domingo, 18 de julho de 2010

1707 - HISTÓRIA DA PSICANALISE

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Psicanálise
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Sala com o divã de FreudPsicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psicologia desenvolvido por Sigmund Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856 que se propõe à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente e abrange três áreas:

um método de investigação da mente e seu funcionamento;
um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humanos;
um método de tratamento psicoterapêutico[1].
Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia; contudo é inquestionável, em nossos dias, suas contribuições para compreensão da ética, moralidade e cultura humana.

Índice [esconder]
1 Conceituação
2 Correntes, dissensões e críticas
3 Ver também
4 Autores importantes
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ligações externas


[editar] Conceituação
Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação cultural, ou seja, seus desejos eram reprimidos, relegados ao inconscientes. Notou também que muitos desses desejos se tratavam de fantasias de natureza sexual. O método básico da psicanálise é o manejo da transferência e da resistência em análise. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre). Suas aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como também todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.

A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado, analisando-se o contexto da época observa-se que sua proposição estabeleceu um diálogo crítico à proposições Wilhelm Wundt (1832 — 1920) da psicologia com a ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica (da época) ou seja opondo-se aos estados de coma e alienação mental. (Goodwin)

Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter tido acesso a seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária.

Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições de psicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida de conhecer o inconsciente.

Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.

[editar] Correntes, dissensões e críticas
Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.

As principais dissensões que passou o criador da psicanálise foram C. G. Jung e Alfred Adler, que participavam da expansão da psicanálise no começo do século XX. C. G. Jung, inclusive, foi o primeiro presidente do Instituto Internacional de Psicanálise (IPA), antes de sua renúncia ao cargo e a seguidor das idéias de Freud. Outras dissidências importantes foram Otto Rank, Erich Fromm. No entanto, a partir da teoria psicanalítica de Freud, fundou-se uma tradição de pesquisas envolvendo a psicoterapia, o inconsciente e o desenvolvimento da práxis clínica, com uma abordagem puramente psicológica.

Desenvolvimentos como a psicoterapia humanista/existencial, psicoterapia reichiana, dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular para os conteúdos da psicologia clínica.

O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação trazida por Freud. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e tinham um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangrias e outros métodos antigos no combate às doenças mentais.

Sua contribuição para a Medicina, Psicologia, e outras áreas do conhecimento humano (arte, literatura, sociologia, antropologia, entre outras) é inegável. O verdadeiro choque moral provocado pelas ideias de Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo menos repensasse muito de seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade, e atingisse um maior grau de refinamento e profundidade na busca das verdades psíquicas do ser humano.

Na atualidade, a Psicanálise já não se limita à prática e tem uma amplitude maior de pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma ciência psicológica autônoma. Hoje fica muito difícil afirmar se a Psicanálise é uma disciplina da Psicologia ou uma Psicologia própria.

Após Freud, muitos outros psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento e importância da psicanálise. Entre alguns, podemos citar Melanie Klein, Winnicott, Bion e André Green. No entanto, a principal virada no seio da psicanálise, que conciliou ao mesmo tempo a inovação e a proposta de um "retorno a Freud" veio com o psicanalista francês Jacques Lacan. A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André, J-D Nasio e Jacques-Alain Miller.

[editar] Ver também

Escultura de Moisés de MichelangeloTeoria psicanalítica
Neuroses
Psicoses
Perversões
Transtornos Alimentares
Toxicomanias
Alucinação
Histeria
Depressão
Ansiedade
Fantasia
Sexualidade humana / Libido
Incesto / Amor
Édipo / Édipo Rei
Complexo de Édipo
Gradiva de Jensen
Semiótica psicanalítica
Antropologia e psicanálise
[editar] Autores importantes
Anna Freud
Anna O.
Alfred Adler
Carl Jung
Donald Winnicott
Ernest Jones
Erik Erikson
Françoise Dolto
Franz Alexander
Karl Abraham
Steve Abadie-Rosier
Jean-Martin Charcot
Jean Laplanche
Jacques Lacan
Jacques-Allain Miller
Jen-Bertrand Pontalis
Josef Breuer
Melanie Klein
Sigmund Freud
Wilfred Bion
Wilhelm Reich


Referências
↑ Moore BE, Fine BD (1968), A Glossary of Psychoanalytic Terms and Concepts, Amer Psychoanalytic Assn, p. 78, ISBN 978-0318131252
[editar] Bibliografia
Strachey, James (Ed.) Sigmund Freud, edição standard brasileira das obras de sigmund Freud 24 V. RJ, Imago, 1996

Etchegoyen, R. Horacio : Fundamentos da Técnica Psicanalítica - 2ª Edição, Editora: Artmed, 2004, ISBN 85-363-0206-2

Goodwin, C James. História da psicologia moderna. SP, Cultrix, 2005

Hothersall, D. História da psicologia moderna. SP, McGraw-Hill, 2006




[editar] Ligações externas
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Psicanálise.Febrapsi - Federação Brasileira de Psicanálise
CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos
Psicoanálisis en Portalpsicologia.org
ABRAFP - Associação Brasileira de Filosofia e Psicanálise
Filosofia e Psicanálise
Instituto Sedes Sapientiae
NovaMente (movimento de estudo, pesquisa, clínica e publicações para o desenvolvimento e divulgação da Nova Psicanálise)
(em inglês) International Network of Freud Critics
Vídeo com a voz de Sigmund Freud (em português)
EBP - Escola Brasileira de Psicanálise
Corpo Freudiano - Escola de Psicanálise

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