quinta-feira, 15 de julho de 2010

1660 - BIBLIOTECONOMISTA

Bibliotecas: desafio é formar 200 mil profissionais
10-Jun-2010
CGN A INFORMAÇÃO E PONTO




Com a Lei 12.244/10, sancionada pelo

presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de maio de 2010, que

determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino

do país, incluindo públicas e privadas, o Brasil terá um desafio nos

próximos 10 anos, formar 200 mil profissionais da área de

biblioteconomia.



No Brasil, são contabilizados 42 cursos superiores de

biblioteconomia, documentação, ciência da informação ou gestão de

unidades de informação/gestão da informação, que são oferecidos em 21

estados e no Distrito Federal. Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e

Tocantins não possuem curso de biblioteconomia. No Paraná, a UEL

(Universidade Estadual de Londrina), por meio do Departamento de

Ciências da Informação, oferece o curso de biblioteconomia e a UFPR

(Universidade Federal do Paraná), por meio do Setor de Ciências Sociais

Aplicadas, oferece o curso de gestão da informação.





A lei

determina que estados, municípios - que são responsáveis pelas escolas

públicas da educação básica -, as 17 universidades federais - que têm

colégios de aplicação - e as entidades mantenedoras das escolas privadas

têm prazo de dez anos para implantar bibliotecas. De acordo com o MEC

(Ministério da Educação), dados do Censo Escolar 2009 revelam que a

maioria das escolas públicas da educação básica, e parte dos

estabelecimentos privados, não tem bibliotecas. Das 152.251 escolas de

ensino fundamental, 52.355 tem bibliotecas e 99,8 mil não têm; no ensino

médio, das 25.923 escolas, 18.751 tem biblioteca e 7,1 mil não têm.





O

diretor de políticas de formação, materiais didáticos e tecnologias da

SEB (Secretaria de Educação Básica) do MEC, Marcelo Soares, destaca dois

fatores da lei que favorecem a tomada de providências de prefeitos e

governadores: o primeiro é que a lei contempla a diversidade da

realidade escolar brasileira ao definir a exigência mínima de um livro

por estudante para que a escola inicie sua biblioteca. O segundo é o

prazo de dez anos para a efetivação, que é o ano de 2020.





Sobre a

realidade das escolas públicas urbanas e rurais, Marcelo cita dois

exemplos que mostram as diferenças e o tipo de tratamento que devem

receber. Uma escola rural, multisseriada, com duas turmas de 18 a 30

alunos, por exemplo, tem geralmente uma sala de aula e outra sala para

uso da direção, dos professores e do serviço de secretaria.





O Educacionista
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Faculdades





Em

Cascavel, as faculdades particulares e a Unioeste (Universidade

Estadual do Oeste) possuem em suas bibliotecas profissionais formados em

biblioteconomia, além da Biblioteca Pública Municipal, conforme

exigência da lei. Na FAG (Faculdade Assis Gurgacz), segundo o gerente da

biblioteca, Eduardo Madureira, a bibliotecária responsável é Hebe

Negrão. O espaço conta com 65 mil exemplares, uma média de dez livros

por aluno matriculado na instituição. Na Unipar (Universidade

Paranaense), a profissional formada na área é Dirce Lucia Mestriner. Na

Unioeste é Jeanine da Silva Barros. Na Univel (Faculdade de Ciências

Sociais e Aplicadas de Cascavel) é Tatiana Demichei.





Formada em

1967 pela UFPR, Hebe Negrão de Jimenez é a bibliotecária da Biblioteca

Pública Municipal, que comemora a lei aprovada em maio pelo presidente.

"É muito importante ter um profissional formado em todas as

bibliotecas".





Hebe lamenta o fato de a profissão ser pouco

reconhecida, já que muitos acham que o serviço de bibliotecária é apenas

receber e guardar livros. "Entre as funções da profissão estão

classificar, catalogar, organizar e administrar a biblioteca". Ela cita

ainda que a maior dificuldade deste trabalho está relacionado a

aquisição de acervo nas bibliotecas públicas escolares e outros acervos.

"Para executar este trabalho, é preciso ter conhecimento técnico, não é

simplesmente pegar o livro na prateleira e emprestar", destaca Hebe.





De

acordo com a presidente do Sindicato das Escolas Particulares de

Educação Infantil e de Ensino Fundamental, Ieda Cândido dos Santos, em

Cascavel são mais de 60 escolas particulares, e como não havia exigência

de profissional formado em biblioteconomia e nem que o estabelecimento

de ensino possuísse uma biblioteca, não existem dados sobre o assunto.

Ieda acredita que as escolas maiores tenham biblioteca e que na medida

em que a lei existe, as escolas irão se adequar. Dentre as escolas

particulares que possuem um biblioteconomista está o Colégio Marista. As

escolas do Estado e do município de Cascavel, conforme informações

repassadas pelos órgãos, não possuem biblioteconomistas formados, os

profissionais que atuam na área recebem treinamento específico para

desempenhar a função.





Curso





Para suprir parte da demanda de

novos profissionais para esta área, mais um curso será aberto no Paraná.

O Educacionista
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A Univel (Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Cascavel)

promove no dia 19 de junho, o primeiro vestibular para o curso de

biblioteconomia. O curso tem duração de quatro anos e foram aprovadas

para a instituição 120 vagas. As aulas terão início no dia 19 de julho e

ocorrerão no período noturno, caso haja demanda serão realizadas também

pela manhã. A carga horária é de 2.749 horas. A mensalidade, segundo o

diretor de desenvolvimento da Univel, Nilton Nicolau Freire, é de R$

339. "O país precisa formar, nos próximos 10 anos, 200 mil

bibliotecários e as faculdades existentes vão conseguir suprir esta

demanda. A Univel criou este curso porque já tinha a visão desta

necessidade", destacou Nilton.





O curso de biblioteconomia tem por

objetivo formar profissionais para auxiliar diretamente ou indiretamente

os usuários potenciais e reais da formação socioculturaleconômica. O

profissional formado em biblioteconomia pode atuar em órgãos públicos,

empresas privadas, bibliotecas em todos os níveis de ensino, arquivos,

museus, centos de documentação, editoras, livrarias, jornais e web site.





A

funcionária pública, Silvia Prado, é formada em letras, mas acalenta há

cerca de 10 anos o sonho de cursar biblioteconomia. O gosto pela área

se iniciou quando fazia o curso de magistério e começou a trabalhar em

um colégio como auxiliar de biblioteca da instituição. "Foi ali que

comecei a gostar da profissão e a entender a importância do

bibliotecário em uma biblioteca e também a sonhar com o curso, como não

tinha aqui, não tive condições de fazer em outro lugar", conta. "A

intenção com o curso é ampliar conhecimentos e aplicar no trabalho que

realizo no MIS (Museu da Imagem e do Som), além de prestar concursos

federais", acrescenta.



O Educacionista
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