quinta-feira, 15 de julho de 2010

1638 - BIBLIOTECONOMIA

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Arquivística
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A arquivística (no Brasil também é usado o neologismo arquivologia) é uma ciência que se relaciona com a ciência da informação. Com suas bases modernas fundamentadas na Revolução Francesa, a arquivologia cuida da informação que tem por objetivo se tornar evidência, fator de prova de que algum evento ocorreu. A arquivística é um conjunto de princípios, conceitos e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e uso de documentos em arquivos.

A arquivistica ou arquivologia é um campo de conhecimento que estuda a informação arquivistica, isto é, a informação ligada a processos de trabalho. Ainda hoje há aqueles que confundem as funções e práticas de bibliotecas, museus e arquivos, visto que essas três instituições se ocupam da guarda, conservação e processamento de documentos para uso futuro ou corrente. No entanto, a natureza do documento e a finalidade de cada instituição diferem e caracterizam cada uma delas distintamente. Essas três entidades que se ocupam da guarda de documentos podem ser chamadas de órgãos de documentação.

Índice [esconder]
1 Conceitos
1.1 Arquivologia
1.2 Arquivística
1.3 Documento
1.4 Documentação
2 A profissão de arquivista
2.1 Regulamentação da profissão
3 As três correntes
4 Os referenciais teóricos arquivísticos
5 Legislação arquivística brasileira
6 Bibliografia básica
7 Ver também
8 Ligações externas


[editar] Conceitos
[editar] Arquivologia
É a ciência que estuda as informações orgânicas registradas.
Disciplina que tem por objetivo o conhecimento das informações registradas e dos princípios e técnicas a serem aplicados nos processos de constituição, organização, desenvolvimento e utilização.
[editar] Arquivística
São as normas técnicas e procedimentos utilizados na constituição, organização, desenvolvimento e utilização de arquivos.
Disciplina que trata dos princípios e técnicas da organização e utilização dos arquivos.
Ciência que ajuda a manejar os documentos que ainda serão arquivados
[editar] Documento
É o objeto que transpõe uma idéia, pensamento ou acontecimento, ou seja, uma informação.
Registro de uma informação independentemente da natureza do suporte que a contém.
É toda informação registrada em um suporte material, suscetível de consulta, estudo prova e pesquisa, pois comprova fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos do homem numa determinada época ou lugar.
[editar] Documentação
Conjunto de documentos ou de informações que tratam de determinado assunto, que elucidam certos fatos ou servem para comprová-los.
Disciplina que trata da coleta, organização e processamento de informações ou dados contidos em documentos, incluindo identificação, análise, armazenamento, recuperação e circulação, para informação de usuários.
Em processamento de dados, conjunto organizado de documentos descritivos do sistema operacional e do software básico.
[editar] A profissão de arquivista
O arquivista pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, centros de documentação, arquivos privados ou públicos, instituições culturais, entre outras.
O arquivista é o responsável pelo gerenciamento da informação, gestão documental, conservação, preservação e disseminação da informação contida nos documentos.
Também tem por função a preservação do patrimônio documental de um pessoa, institução e, em última instância, da sociedade como um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observando as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e permanente.
O arquivista opera na elaboração de projetos, planejamento e implantação de instituições e sistemas arquivísticos; gerenciamento da informação; programação e organização de atividades culturais que envolvam informação documental produzida pelos arquivos públicos e privados.
O profissional desta área desenvolve estudo e técnica de organização e conservação de arquivos de forma sistemática.
Eventualmente o arquivista trabalha com documentos empoeirados, com fungo, umidade e em ambientes que facilitam o risco de contrair doenças respiratórias. Isso ocorre principalmente com quem trabalha em arquivos permanentes ou com restauração de documentos. Uma outra dificuldade é que muitas organizações não se preocupam com seus arquivos, desconhecendo ou desqualificando o trabalho deste profissional, delegando a outros profissionais as atividades específicas do arquivista. Isto provoca problemas quanto à qualidade do serviço.
[editar] Regulamentação da profissão
Foi regulamentada no Brasil pela Lei n. 6.546, de 1978, que versa sobre planejamento, orientação, direção e seleção de documentos arquivísticos.
[editar] As três correntes
De acordo com Rousseau e Couture (1998, p. 70), a arquivística pode ser abordada de três maneiras: uma maneira unicamente administrativa (records management), cuja principal preocupação é ter em conta o valor primário do documento; uma maneira tradicional, que põe a tônica exclusivamente no valor secundário do documento; ou, por último, uma maneira nova, integrada e englobante, que tem como objetivo ocupar-se simultaneamente do valor primário e do valor secundário do documento.

[editar] Os referenciais teóricos arquivísticos
Segundo Faria (2006, p. 29), dentre os referenciais arquivísticos, destacam-se os princípios fundamentais, os conceitos de fundo e documento de arquivo, o ciclo de vida dos documentos, os conceitos de valor primário e valor secundário, o princípio do respect des fonds, as funções de classificação documental e avaliação documental e a definição de instrumento de gestão arquivística.

Ciclo de vida dos documentos ou a teoria das três idades
arquivos correntes, intermediários e permanentes
Arquivo de primeira idade, corrente, ativo ou de momento: constituído de documentos em curso ou consultados freqüentemente, conservados nos escritórios ou nas repartições que os receberam e os produziram ou em dependências próximas de fácil acesso . Por documentos em curso entenda-se que, nesta fase, os documentos tramitam bastante de um setor para outro, ou seja, podem ser emprestados a outros setores para atingirem a finalidade para a qual foram criados.
Arquivo de segunda idade, intermediário ou limbo: constituído de documentos que deixaram de ser freqüentemente consultados, mas cujos órgãos que os receberam e os produziram podem ainda solicitá-los , para tratar de assuntos idênticos ou retomar um problema novamente focalizado. Não há necessidade de serem conservados próximos aos escritórios. A permanência dos documentos nesses arquivos é transitória. São por isso também chamados de limbo ou purgatório, sendo estes termos adotados na Grã-Bretanha para designar esta fase.
Arquivo de terceira idade, permanente, histórico ou de custódia: constituído de documentos que perderam todo valor de natureza administrativa e que se conservam em razão de seu valor histórico ou documental e que constituem os meios de conhecer o passado e sua evolução . Estes são os arquivos propriamente ditos, pois ali os documentos são arquivados de forma definitva.
Estas fases são complementares, pois os documentos podem passar de uma fase para outra, e para cada uma corresponde uma maneira diferente de conservar e tratar os documentos e, conseqüentemente, uma organização adequada, ou seja, as unidades de acondicionamento (pastas, catálogos etc.), adotadas na fase corrente serão substituídas por unidades mais adequadas ao funcionamento da fase intermediária, que, por sua vez, adotara acondicionamento diferente da fase permanente .

Classificação segundo a valoração dos documentos
Valor administrativo: ou primário, refere-se ao valor que o documento apresenta para o funcionamento da instituição. É o valor pelo qual o documento foi criado (todo documento nasce com um objetivo administrativo) e por isso está presente em todo documento quando de sua criação. É um valor temporário, perdendo seu valor administrativo quando atingir todas as finalidades que se possam esperar do mesmo para o funcionamento da instituição.

Valor histórico: ou secundário, refere-se à possibilidade de uso dos documentos para fins diferentes daqueles para os quais foram originariamente criados, quando passa a ser considerado fonte de pesquisa e informação para terceiros e para a própria administração. O documento, após perder seu valor administrativo, pode ou não adquirir valor histórico, e uma vez tendo-o adquirido, este se torna definitivo não podendo jamais serem eliminados.

[editar] Legislação arquivística brasileira
Lei nº 8.159, de 08/01/1991 - Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Regulamentada pelo Decreto nº 4.073, de 03/01/2002.
Lei nº 6.546, de 04/07/1978 - Dispõe sobre a regulamentação das profissões de arquivista e de técnico de arquivo e dá outras providências. Regulamentada pelo Decreto nº 82.590, de 06/07/1978.
Lei nº 5.433, de 08/05/1968 - Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras providências. Regulamentada pelo Decreto nº 1.799, de 30/01/1996.
Decreto nº 4.553, de 27/12/2002 - Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da Administração Pública Federal, e dá outras providências.
Decreto nº 4.915, de 12/12/2003 - Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA - da Administração Pública Federal e dá outras providências.
[editar] Bibliografia básica
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos Permanentes: Tratamento Documental. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2004. 320 p.
BERWANGER, Ana Regina; LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de Paleografia e Diplomática. Santa Maria: Editora da UFSM, 1995. 96 p.
COUTURE, Carol; ROUSSEAU, Jean-Yves. Os Fundamentos da Disciplina Arquivística. Lisboa: Dom Quixote, 1998. 357 p.
DUCHEIN, Michel. O Respeito aos fundos em Arquivística: Princípios teóricos e problemas práticos. Arquivo & Administração, Rio de Janeiro, 10-14(1): p. 14-33, abr 1982/ago 1986.
DURANTI, Luciana. Registros Documentais como prova de ação. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.7, n.13, jan/jun.1994, p. 49-64.
FARIA, Wadson Silva. A normalização dos instrumentos de gestão arquivística no Brasil: um estudo da influência das resoluções do Conarq na organização dos arquivos da Justiça Eleitoral Brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação. Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2006.- A normalização de instrumentos de gestão arquivística no Brasil -
FONSECA, Maria Odila. Direito à informação: acesso aos arquivos públicos municipais. 1996. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Rio de Janeiro, 1996.
______. Arquivologia e Ciência da Informação. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2005. 124 p.
JARDIM, José Maria. Sistemas e Políticas Públicas de arquivos no Brasil. Niterói: EdUFF, 1995. 196 p.
______. A invenção da memória nos arquivos públicos. Ciência da Informação, v. 5, n. 2, 1995.
______. Transparência e Opacidade do Estado no Brasil: usos e desusos da informação governamental. Niterói: EdUFF, 1999. 239 p.
LOPES, Luis Carlos. A informação e os arquivos: teorias e práticas. Niterói/São Carlos: EdUFF et EDUFSCar, 1996. 142 p.
______. A gestão da informação: as organizações, os arquivos e a informática aplicada. Rio de Janeiro: APERJ, 1997. 143 p.
______. A imagem e a sombra da Arquivística. Rio de Janeiro: APERJ, 1998. 110 p.
LUZ, Andre; CARDOSO, Julio. Os arquivos e os sistemas de gestão da qualidade.Arquivistica.net, Brasília, DF, 1.1, 04 07 2005. Disponível em: . Acesso em: 21 03 2009.
PAES, Marilena Leite. Arquivo Teoria e Prática. 5ª reimp. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2005. 228 p.
RONDINELLI, Rosely Curi. Gerenciamento Arquivístico de Documentos Eletrônicos: uma abordagem teórica da diplomática arquivística contemporânea. 3ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2005
SANTOS, Vanderlei Batista dos. Gestão de Documentos Eletrônicos: uma visão arquivística. Brasília: ABARQ, 2005. 223 p.
SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Arquivos Modernos: princípios e técnicas. Tradução de Nilza Teixeira Soares. 4. ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2004. 388 p.
SILVA, Armando Malheiro da; RIBEIRO, Fernanda. Das Ciências documentais à ciência da informação. Porto: Edições Afrontamento, 2002. 174 p.
SILVA, Armando Malheiro da. A Informação: da compreensão do fenômeno e construção do objeto científico. Porto: Edições Afrontamento, 2006. 176 p.
Bibliografia sobre arquivos municipais
[editar] Ver também
Anexo:Arquivos públicos nos países de língua portuguesa
Anexo:Lista de escolas de arquivologia
Biblioteconomia
Gestão documental
[editar] Ligações externas
Executiva Nacional das Associações Regionais de Arquivologia
Associação dos Arquivistas Brasileiros
Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquiv%C3%ADstica"
Categorias: Arquivologia | Ciência da informação
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