MOLWICKPEDIA
Museu de ciência do futuro na Internet.
A vida, ciência e filosofia ao alcance das suas mãos.
Ideias modernas sobre física, biologia e psicologia da educação.
TEORIA COGNITIVA GLOBAL
O CÉREBRO HUMANO E OS COMPUTADORES
1. O cérebro
Processos cognitivos do cérebro
Teoria cognitiva
O cérebro humano
Diagramas das funções cognitivas
2. Características comuns da inteligência e da memória
Conceito destas funções cerebrais
Como funciona o cérebro
Dupla complementaridade das funções cognitivas
Otimização na evolução do cérebro humano
Caráter multifuncional e polifacético
O cérebro e os computadores modernos
Processos cognitivos
Manutenção da capacidade intelectual
3. Psicologia evolutiva
Psicologia geral
Psicologia educativa
Evolução do cérebro humano
O CÉREBRO
I.1. Processos cognitivos do cérebro
A Teoria Cognitiva Global trata sobre as conseqüências da Teoria Global da Evolução
Condicionada da Vida, de 1992, sobre a filosofia da meta-cognição. Analisa os
sistemas de informação, a teoria do conhecimento e a psicologia do conhecimento
em relação à neurociência e à fisiologia do cérebro na cultura moderna.
Independentemente de outros possíveis pontos de vista, para a Teoria Cognitiva
Global não existe diferença entre os termos cérebro e mente, o que não significa que
se negue a liberdade intrínseca à Vida.
O cérebro quadrado - Niza
No cabeçalho do índice figuram os enlaces relacionados nos quais se incluem os
quatro livros digitais ou livros online grátis em que se dividiu a exposição da Teoria
Cognitiva Global: o cérebro e os computadores, a inteligência e a criatividade, a memória e, por
último, a vontade, os processos de tomada de decisões e a inteligência artificial.
Também se citam nos enlaces relacionados com a própria Teoria Cognitiva Global o
relativo à citada Teoria Global da Evolução Condicionada da Vida, cuja base última é a
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mesma, por abordarem as duas teorias o tema central da inteligência, os seus
mecanismos, origens e evolução a partir de distintas perspectivas.
O apartado dos enlaces selecionados corresponde ao Estudo IDI sobre a análise
estatística do inteligente desenho da inteligência com base nos dados longitudinais de
quocientes de inteligência de família (pai, mãe, filhos, irmãos normais e gêmeos)
existentes graças ao Young Adult Study, 1939-1967.
No referido estudo investigam-se empiricamente importantes considerações da
Teoria Cognitiva Global relativas à evolução e ao cérebro.
Convém assinalar que o Estudo IDI demonstra claramente, seguindo o método
científico, os seguintes aspectos:
O caráter hereditário da inteligência relacional (r² até 0,99), a
significatividade do cromossoma de menor potencial intelectual e
funcionalidades importantes da diferenciação sexual de acordo com o
apontado pela TGECV e a TCG que se deriva da mesma.
O desenvolvimento do potencial intelectual encontra-se limitado pelo
potencial menor dos dois potenciais herdados quando existe a condição de
verificação (caso particular da inteligência condicional). Ou seja, o potencial
intelectual necessita das duas fontes de informação genética recebida dos
progenitores para se expressar e, por outro lado, encontra-se limitado por
ambos.
Como se não bastasse, com a cautela que o tema merece, demonstra-se
cientificamente a existência de uma evolução finalista ou teleológica de acordo
com o apontado pela TGECV – Teoria Geral da Evolução Condicionada
da Vida.
A dedução lógica é a necessidade de efetuar estudos mais extensos aplicando a
mesma metodologia, dado que os resultados atuais sugerem uma mudança tão
radical das posturas mantidas no presente pela maior parte da comunidade
científica e da sociedade que bem poderia considerar-se uma mudança de
paradigma.
Um exemplo de aprofundamento do estudo com quocientes de inteligência, que
foi acrescentado posteriormente (Setembro 2002), encontra-se no apartado relativo
à escolha de marido/mulher e inteligência. No referido apartado confirma-se
uma hipótese sobre um requisito concreto relativo ao limite aceitável da diferença em
inteligência no momento de escolher marido/mulher, reforçando simultaneamente a
coerência global do modelo. De fato, o requisito refere-se à escolha inconsciente
de uma inteligência desconhecida para a psicologia atual.
O cérebro humano e a psicologia cognitiva
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O cérebro humano e a psicologia cognitiva
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I.2. Teoria cognitiva
Os livros virtuais online sobre a Teoria Cognitiva Global são:
O cérebro e os computadores modernos
No título I, para além de uma breve introdução, expõe-se o cérebro como
órgão especializado no tratamento da informação e um diagrama funcional do
mesmo.
Por sua vez, no título II examinam-se as características comuns da
inteligência e da memória. Sublinha-se a identidade conceptual básica de
ambas funções por não poder existir nenhuma delas separadamente.
Outros aspectos comuns comentados são a necessidade de um suporte
fisiológico em ambos, pelo menos, para alcançar um alto potencial; a
complementaridade de ambas funções e a otimização constante a que está
submetido o sistema do intelecto humano dada a sua complexidade e
flexibilidade.
No título III mencionam-se uma série de implicações de psicologia evolutiva e
de índole prática sobre determinados temas das pessoas, da educação e
sobre a evolução da vida.
Inteligência, intuição e criatividade
O segundo livro da Teoria Cognitiva Global dedica-se às diferentes
acepções da palavra inteligência e à inteligência como sujeito ativo da gestão
do conhecimento:
Tentam-se tipificar as distintas formas do seu funcionamento interno;
desde os preconceitos e as respostas automáticas às respostas geradas
pelo sistema de linguagem. O critério de ordenação escolhido foi o grau
de fiabilidade associado à resposta da inteligência perante um problema
ou requerimento ao seu sistema.
Realiza-se uma menção especial à criatividade como conjunto de
funções complexas do cérebro ou seqüência de funções simples da
inteligência mais outras funções específicas de uma matéria determinada.
O seguinte passo é especular sobre a estrutura fisiológica do cérebro
mais apta para executar as funções requeridas, sobre o seu caráter
genético e, em conseqüência, sobre a forma como se transmite às
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gerações seguintes.
A coerência das propostas necessita de um elemento adicional, a forma
como cresce e se desenvolve a inteligência. Parece um pouco complicado
que se desenvolva e melhore a sua eficácia por mutações aleatórias.
Depois dos anteriores apartados estaremos preparados para compreender
melhor as matizações realizadas sobre os distintos conceitos da palavra
inteligência, em particular sobre os termos empregues de inteligência
relacional e inteligência condicional.
Teoria Cognitiva Global
(Imagem de domínio público)
Memória, a linguagem e outras capacidades intelectuais.
O terceiro livro online da Teoria Cognitiva Global dedica-se aos diferentes
tipos de memória, análise funcional e à sua base genética; dando lugar a
explicações sobre a potência da linguagem e outras capacidades intelectuais e
ao conhecimento de algumas pistas de como melhorar a memória e os seus
limites.
A memória é a segunda grande função do cérebro e sem dúvida tem que estar
correlacionada com o desenvolvimento do cérebro. A teoria cognitiva desta
capacidade intelectual não foi tão desenvolvida como a da inteligência até ao
momento, talvez se deva à complexidade e tipos de memória existentes, Um
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exemplo da referida complexidade e variabilidade pode ser a linguagem, já que
no mesmo interacionam diferentes tipos de inteligência, de memória que se
sustentam tanto em diferenças fisiológicas como funcionais do cérebro.
Reflexões sobre como melhorar a memória
Análise funcional da memória humana nos processos cognitivos
conscientes. Memórias especiais como a lingüística.
Tipos de memória pela sua perspectiva temporal: curto, médio e longo
prazo e tipos de memória pela sua persistência temporal e pela sua
fiabilidade.
Gestão da informação por parte da inteligência como gestor do
conhecimento ou memória propriamente dita. Mecanismos
inconscientes de compreensão, degradação e reconstrução da informação
e mecanismos de otimização consciente.
A interação entre a capacidade cognitiva de armazenar a informação e a
capacidade cognitiva de gestão do referido armazém produzirá efeitos de
complementaridade entre ambas capacidades intelectuais relativas à
memória total.
Consequentemente, a investigação empírica da teoria cognitiva e da
neurociência sobre a eficácia global no manejo da informação e a
possível natureza genética da memória e da linguagem será bastante mais
complicada que a da inteligência, inclusivamente se dispuséssemos de
métodos de avaliação precisos da potência da memória ou da linguagem.
Vontade, processo de decisões e inteligência artificial
O quarto livro online da Teoria Cognitiva Global dedica-se à vontade, ao
processo de tomada de decisões e à inteligência artificial.
No esquema funcional do cérebro o processo de tomada de decisões da vontade não
aparece devido a que se estudou com uma abordagem diferente. Chegados a
este ponto, considerei interessante efetuar uma aproximação muito mais
filosófica à vontade do que a realizada com os outros processos cognitivos do
cérebro.
Os aspectos mais relevantes tratados neste livro sobre a vontade são:
A origem das idéias e pensamentos
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Nos processos de tomada de decisões intervém o cérebro, mas seguramente
também intervêm todas as células do nosso corpo, como se se tratasse da
expressão da autonomia da vontade mediante um sistema de decisões como
um verdadeiro sistema político.
Esta visão do modelo de tomada de decisões, juntamente com a
sensibilidade do mesmo, oferece explicações razoáveis para as mudanças
observadas nas decisões pessoais sem causa aparente, e em certa medida,
aos problemas derivados como a esquizofrenia.
A perspectiva filosófica permitiu-me chegar a divertidas e curiosas
formulações sobre a própria existência, no sentido de existir como único
indivíduo, como sistema de impulso vital de indivíduos mais
elementares, como impulso vital de uma coletividade mais global ou
como as referidas existências de forma alternativa ao longo do tempo.
Tudo isto, em função da expressão da vontade ou da existência de um
sentimento.
Aproveitando a discussão sobre o sujeito ativo da vontade no processo de
tomada de decisões, propõe-se uma definição de inteligência artificial,
recolhendo um pouco de todas as idéias comentadas sobre as funções
cerebrais, chamemos-lhe, naturais.
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I.3. O cérebro humano
Apesar dos numerosos estudos sobre o funcionamento do cérebro, devemos
reconhecer que continuam a ser um enigma muitas das questões que se colocam
nesta matéria. A sua complexidade não necessita de ser argumentada, aqui tentarei
expor algumas idéias sobre a lógica da atividade cerebral e a estrutura fisiológica
idônea para a sua otimização, mas advertindo sobre a presença de uma grande
componente intuitiva nos nossos raciocínios.
As relações entre o cérebro humano e os modernos computadores constituem
um tema apaixonante, dadas as semelhanças que se podem observar entre os dois
mecanismos na hora de resolver os mesmos problemas. Estes são, principalmente,
o armazenamento e manejo de ingentes quantidades de informação.
Por isso, dedica-se especial atenção às semelhanças entre as funções cerebrais e os
computadores, pela vantagem de poder analisar ou explicar grande parte da
problemática essencial do cérebro com um modelo muito mais simples e
conhecido por todos nós.
O desenvolvimento tecnológico que está a alcançar o ser humano permitiu-lhe o
desenho de máquinas capazes de emular certas funções cerebrais, chegando a
superar o cérebro em casos particulares, como em cálculo e em memória
matemática.
Tanto pelo caráter intuitivo mencionado como pela amplitude do tema, não se
pretende realizar uma análise sistemática do mesmo, mas sim comentar de forma
muito simplificada, algumas das idéias e reflexões que mais podem chamar a
atenção por implicarem, nalguma medida, contribuições novas ou recolhidas da
cultura atual sobre esta matéria e, de forma especial, da TGECV – Teoria Geral da
Evolução Condicionada da Vida.
Em sentido contrário, a rápida evolução destas funções cerebrais que entendo que
existe, foi um dos maiores motives das reflexões que me levaram ao
desenvolvimento e formulação da citada teoria.
De fato, inicialmente o conteúdo deste livro encontrava-se incluído no apêndice do
livro da TGECV. A realização do estudo estatístico sobre a hereditariedade da
inteligência recolhido no anexo provocou que definitivamente se separassem
ambos livros por se centrarem ambos em matérias muito diferentes ainda que, ao
mesmo tempo, se encontrem totalmente relacionadas.
O tempo dirá se as novas idéias estão ou não na direção correta e as modificações
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ou precisões que, eventualmente, sejam necessárias. Espero que o tempo seja breve
à luz dos surpreendentes resultados do estudo estatístico assinalado já que parecem
confirmar o caráter hereditário da inteligência relacional, a significatividade do
gene de menor potencial intelectual no estudo do típico coeficiente de inteligência
(um caso particular da inteligência condicional), funcionalidades importantes da
diferenciação sexual e da própria existência de uma evolução finalista.
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I.4. Diagramas das funções cognitivas
Os animais superiores podemos ser considerados como macro-sociedades
simbólicas de unidades mais elementares com vida própria, as células. Um
aspecto essencial é a sua elevada organização, que faculta o conjunto de um
enorme potencial intelectual e de uma vontade própria e independente das
referidas unidades elementares.
Em seguida mostra-se um esquema funcional que representa graficamente os
principais conceitos comentados nos próximos apartados e as suas relações.
Esquema das funções cerebrais
da inteligência e da memória
As correntes de modularidade e relacionamento no cérebro supõem duas
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aproximações filosóficas que bem poderiam ser complementares.
Igualmente, as teorias atuais sobre as estruturas mentais (construtivismo – Jean
Piaget e inatismo – Noam Chomsky) parecem-me duas formas de ver uma
realidade complexa e que não teriam por que estar confrontadas; sem querer
discutir também algumas simplificações e afirmações um tanto gratuitas do
inatismo.
O órgão encarregue de levar a cabo as funções cognitivas superiores é o cérebro.
Não obstante, seguramente não as realiza de forma exclusiva, por exemplo, é
admissível que o sistema de formação de decisões do cérebro contenha elementos
democráticos em relação às células individuais e a sua tarefa seja, em determinados
casos, a de um mero coordenador.
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II. CARACTERÍSTICAS COMUNS DA
INTELIGÊNCIA E DA MEMÓRIA
II.1. Conceito destas funções cerebrais
Se entendermos a inteligência, em sentido amplo, como a capacidade de
relacionar conceitos ou idéias, pense-se que uma conclusão sobre a base de certas
premissas não é mais do que uma relação; dar-nos-emos conta de que necessitamos
conceitos ou idéias para a operatividade ou existência da inteligência e estes
últimos hão-de ser proporcionados pela memória.
Do mesmo modo, a memória sem um gesto da mesma, deixaria de ser memória
em sentido estrito, não poderia ter a consideração de ser informação. Por outras
palavras, no conceito de inteligência encontra-se implicitamente incluída a
memória e vice-versa. O disco duro dos computadores, sem um sistema capaz de
ler não seria mais do que um pedaço de ferro-velho sem nenhuma utilidade.
Black Strokes - Kandinsky
(Imagem de domínio público)
Não obstante, podem diferenciar-se os conceitos de forma um tanto artificial,
enfatizando essa capacidade de relacionar ou o arquivo da informação, para a
inteligência e a memória respectivamente. Digo artificialmente, porque nunca se
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separam totalmente e temos de procurar lembrar este fato para não perder a
perspectiva nalgumas argumentações.
II.2. Como funciona o cérebro
Ainda que esteja relacionada, vamos deixar de lado a problemática derivada de
estudar as posições ou teorias sobre a existência de alma-corpo (monismo e dualismo)
e, ainda que em menor grau, os conceitos mente-cérebro (condutismo lógico-
Wittgenstein, identidade e funcionalismo) por se encontrar no âmbito da teologia e da
filosofia mais do que no da ciência.
Tanto a inteligência como a memória necessitam de um suporte fisiológico. Os
comentários anteriores não se devem entender no sentido de que o suporte é o
mesmo para ambos, sem dúvida, existe a especialização celular e não só em relação
à inteligência ou memória mas também em relação a tipos ou facetas de ambos.
Por exemplo, haverá células especializadas em procurar a informação de acordo
com determinados critérios, em analisar as relações em função da informação que
outras lhe facultaram, etc. Em relação à memória é ainda mais evidente a
especialização, a memória visual pode estar localizada num lugar do cérebro
diferente do da memória auditiva ou da memória lingüística.
Como todos sabemos, a dotação fisiológica de uma ou outra capacidade pode
variar entre os indivíduos e entre as suas diferentes funções e facetas. Mas, ao
mesmo tempo, não teria muito sentido que determinadas funções ou mecanismos
comuns a qualquer tipo de memória ou de inteligência, não se apresentem em
todos os tipos se se apresenta em um deles. Por outras palavras a informação
genética de determinadas funções comuns à inteligência e à memória é a
mesma.
Também os computadores têm elementos semelhantes com as suas
correspondentes especialidades. Temos o chip central, um possível processador
matemático, cartão gráfico, etc. Do lado da memória podemos encontrar a
memória RAM, estendida, expandida, disco duro, etc.
Em relação ao tema das funções comuns, o exemplo dos computadores mostra
com clareza o que quero dizer. Com efeito, o processador central pode utilizar-se
para diferentes funções, como o cálculo matemático ou a apresentação de gráficos
no écran para citar unicamente dois. O que não quer dizer que não possam existir
elementos específicos que melhorem o funcionamento geral, como um
processador matemático.
Também não se pode esquecer que um neurônio, ainda que esteja relacionado com
uma função particular ou se encontre especializado, normalmente poderá realizar
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outro tipo de funções. Em particular, pode-se citar que o simples fato de fechar os
olhos nos permite aumentar de forma imediata a nossa capacidade auditiva e
inclusivamente de processo lógico.
II.3. Dupla complementaridade das funções
cognitivas
Um aspecto muito importante relacionado com estas capacidades é a sua
complementaridade. Na exposição do objetivo de coerência da evolução no livro
da TGECV – Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida cita-se um exemplo da
complementaridade normal de duas variáveis.
No entanto, agora encontramo-nos com um efeito de complementaridade especial
e acrescentado ao normal. Quanto maior for a nossa capacidade de relação, maior
será a eficácia da informação proporcionada pela memória, mas, ao mesmo tempo,
maior será a informação proporcionada por ter um melhor gestor da memória. Ou
seja, a inteligência opera duas vezes, a primeira como gestor da memória e, a
segunda, como analista da informação.
Consequentemente, poderia não ser muito exagerado pensar que a medida da
potência intelectual, falando em sentido amplo, fosse igual ao produto das
capacidades da inteligência e da memória consideradas separadamente. Ou seja,
estandardizando as escalas individuais de 0 a 10, o potencial total encontrar-se-ia
na escala de 0 a 100 e, como em todos os caracteres complementares, o equilíbrio
seria mais potente, valores médios de ambos dar-nos-iam um potencial de 25,
enquanto que valores relativamente extremos como 2 e 8, dar-nos-iam 16.
Com freqüência, a potência dos computadores mede-se tanto pela potência do seu
processador central como pela velocidade de acesso aos dados e de comunicação
entre as suas diferentes partes, que afeta a potência do gestor da informação na sua
fase de localização ou gravação.
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II.4. Otimização na evolução do cérebro humano
Logicamente e contra uma idéia muito difundida, o desenho do funcionamento
cerebral deve tender à sua otimização em função dos recursos disponíveis. Mais: eu
diria que a otimização é um princípio epistemológico de todo o sistema de
impulso vital.
Não se trata aqui de justificar a teoria evolucionista ou a teoria creacionista
(evolucionismo versus essencialismo), correntes filosóficas mais particulares como
a psicologia animal (instinto como pseudo-conceito), o condutismo e a etologia ou, de
outro ponto de vista, o etnocentrismo, o relativismo cultural ou o essencialismo.
Partes do cérebro
(Imagem de domínio público)
Pelo contrário, eu diria que a análise que se apresenta tenta explicar a possível
conexão ou identidade conceptual entre a realidade atual da complexidade das
funções cognitivas do cérebro humano e a essência das referidas funções,
qualidades ou capacidades vitais mediante o estudo da sua evolução objetiva e dos
seus requisitos lógicos.
De fato, se tivesse que qualificar filosoficamente as minhas idéias nesta matéria,
parece-me que se enquadrariam no vitalismo, pelo menos, no seu sentido literal. Ou
seja, parece-me que a essência da vida implica liberdade, inteligência e memória e
que, desde logo, existe uma evolução lógica (não aleatória) e interna ao longo do
tempo e desde o início do que chamamos tempo.
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Tanto na inteligência como na memória podemos detectar as seguintes
características relacionadas com a sua otimização.
II.4.a) Caráter multifuncional e polifacético
Ainda que ambos caracteres possam ser utilizados como sinônimos, no nosso caso,
vamos atribuir-lhes dois conceitos ou matizes diferentes. O caráter multifuncional
referir-se-á às diversas operações de análise e relação da informação dos processos
da inteligência. Por exemplo, as operações podem ter por objetivo chegar a uma
conclusão sobre a atuação concreta do indivíduo ou o resultado de uma operação
matemática, que seria o caso mais conhecido normalmente como inteligência; mas
também pode operar analisando e classificando a informação para guardá-la nos
diferentes níveis da memória.
Também consideraremos parte desta natureza multifuncional da inteligência, a
diferente forma que tem de operar, no sentido de oferecer respostas mais ou
menos seguras em função do modo operativo em que se encontre. Explicação
mais detalhada ver-se-á no próximo apartado, relativo à inteligência.
Por seu lado, a memória também tem o seu caráter multifuncional. Podem-se
assinalar os diferentes tipos de memória em relação ao horizonte temporal com
que trabalha: instantânea, a curto, médio e longo prazo. Igualmente, ver-se-á esta
natureza da memória com mais detalhe no seu apartado especial.
Em relação ao seu caráter polifacético, entenderemos este como a diferente
matéria a que se pode aplicar tanto a memória como a inteligência. Por exemplo,
em relação à inteligência podemos citar, entre outras, as relações espaciais, de
cores, auditivas, de abstração lógica, de caracterização múltipla, etc.
Em relação à memória, informação relativa a: imagens, conceitos abstratos,
lingüística, cores, etc.
Estas características são mais fáceis de aplicar com o exemplo dos computadores.
Como vimos anteriormente, o processador central utiliza-se tanto para o
tratamento da informação como para a sua localização e, ao mesmo tempo, utilizase
para executar programas de diversa índole. Por seu lado, existem diversos tipos
de suporte da informação e gravam-se diversas matérias.
Para a inteligência, este caráter multifuncional e polifacético permite-nos
aprofundar um pouco mais o seu conteúdo ou definição. Indiquei que entendo a
inteligência como capacidade de relação. Portanto, a inteligência estará formada
pelo conjunto de funções relacionais abstratas elementares que permitem
efetuar todas as operações de relação mais ou menos complexas.
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II.4.b) O cérebro e os computadores modernos
Esta característica é facilmente observável tanto na inteligência como na memória.
A primeira apóia-se na segunda para não repetir desnecessariamente várias
operações, chegando inclusivamente à formação do que podemos denominar
subprogramas de atuação automática, como as respostas pré-definidas a
diferentes situações quando se está a conduzir.
Poderíamos pensar que quase metade da memória se dedica a guardar informação
de relações de apoio direto à inteligência, independentemente de que a própria
informação das percepções se encontre armazenada de acordo com um sistema
múltiplo de referências.
Da mesma forma, a memória ou melhor dito o gestor da memória, tentará
guardar só a informação que considere relevante, que não exista já guardada
juntamente com uma informação semelhante de forma a que unicamente
acrescente uma nova matização à existente. Mais à frente voltaremos a este tema
ao falar dos tipos de memória.
II.4.c) Processos cognitivos
É possível que o pensamento consciente não seja o único, ou seja, que não todo
ele esteja a seguir a mesma linha de argumentação, pode haver dois ou mais
simultaneamente; mais ainda, eu diria que quase sempre há dois pelo menos.
Seria como a existência de um pensamento não totalmente inconsciente ainda que
em segundo plano.
Este fato não se deve confundir com as situações em que estamos a pensar em
duas coisas ao mesmo tempo, neste caso, as duas coisas encontram-se em primeiro
plano no pensamento.
Por um lado, estar-se-iam a aproveitar as capacidades cognitivas, incluindo os
recursos ociosos, do sistema e, por outro lado, sempre teremos uma idéia na
cabeça quando decidimos deixar de pensar em alguma coisa e conseguimos o
nosso objetivo com um raciocínio.
Quando a mente fica em branco, pode dever-se a que se acabam os dois
pensamentos simultâneos ao mesmo tempo, ainda que normalmente eu acho que é
por ter tentado voltar atrás na seqüência do pensamento e nem sempre é fácil ou
possível.
Que os computadores já fazem coisas parecidas e que cada vez se vão complicando
mais neste aspecto não necessita de maiores explicações.
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II.4.d) Manutenção da capacidade intelectual
Dada a complexidade do sistema intelectual do nosso cérebro e a necessidade de
manter uma operatividade ótima em relação aos horizontes temporais da
informação, o sistema necessita de se reestruturar diariamente. Esta função de
limpeza realiza-se principalmente durante o tempo em que estamos a dormir.
Los Angeles - Skyline
(Imagem de domínio público)
Talvez a razão fundamental pela qual necessitamos de dormir seja porque a
memória de trabalho e a capacidade relacional estão libertas de várias tarefas e que,
para um aproveitamento da experiência diária e da sua análise para a sua possível
memorização necessitam-se as duas capacidades citadas com uma grande potência
disponível.
Os sonhos, em grande medida, representam o trabalho que leva a cabo o gestor da
memória na hora de arquivar certos dados. Quando não sabe muito bem o que
fazer, por carecer de informação suficiente, recria uma situação e tenta forçar a
inteligência a decidir-se, esta decisão afetará a forma de memorizar a informação.
Desta forma conseguirá limpar a memória a curto prazo e não perder informação
considerada importante ou ver-se obrigado a guardar provisoriamente toda a
informação relativa ao tema concreto.
Em temas complexos, onde a inteligência oferece claramente uma decisão, o sonho
pode ser recorrente. Seguramente o tema é importante e da solução adotada
dependerá a gravação em lugares diferentes da memória de muita outra
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informação, ou afetará a configuração de uma das dimensões sobre a que assentam
muitas referências.
O grau de dificuldade de alguns problemas relacionais pode ser tão grande que, em
determinados momentos a solução mais rápida para um problema é esquecê-lo e
tentar mais tarde, sobretudo depois de dormir. Qualquer programador
experimentado sabe que, perante um problema elementar que parece irresolúvel,
há sempre que comprovar a opção de apagar o computador e tentar de novo.
A explicação está em que no primeiro caso, depois de dormir limpou-se a
memória a curto prazo e ao analisar o problema de novo carregar-se-á tudo o
que está relacionado e de acordo com as prioridades ou importância de cada
elemento, o que permitirá que a análise se simplifique consideravelmente.
No caso dos computadores, depois de apagá-lo e ligá-lo, todos os programas e
variáveis em memória desapareceram e só se carregarão os programas e variáveis
necessários, assegurando-nos ter memória livre e sem que nenhuma das variáveis
possa ter valores errôneos que se pudessem ter gerado nas múltiplas provas que
efetua um programador no desenvolvimento dos seus programas.
Outro exemplo, ainda que diferente, é o do olho humano. Este adapta-se melhor
a mudanças bruscas na luminosidade abrindo e fechando as pálpebras que de
nenhuma outra forma; ou seja, reiniciando o sistema. Isto é importante para
aqueles que conduzem longos períodos de tempo durante a noite. A luz dos carros
que circulam em sentido contrário e os que nos ultrapassam, provocam mudanças
bruscas na luminosidade que cansam o olho.
No entanto, é muito curioso comprovar que, se perante cada mudança brusca de
luminosidade, se piscam os olhos justamente no momento da mudança, a fadiga do
olho e o incômodo que se sente reduzem-se uma terça parte ou menos. Isto quer
dizer que existem mecanismos de ajustamento da luminosidade que estão
otimizados para efetuar-se partindo da escuridão e que não cansam o olho, sendo,
portanto, mais eficazes quando se dão as circunstâncias apropriadas.
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III. PSICOLOGIA EVOLUTIVA
As conclusões mais importantes encontram-se expostas no apartado
correspondente ao estudo estatístico, referem-se fundamentalmente a temas de
psicologia evolutiva e são as seguintes:
O caráter hereditário da inteligência relacional.
A significatividade do gene de menor potencial intelectual e a sua coerência
com o conceito de inteligência condicional.
Funcionalidades importantes da diferenciação sexual.
A própria existência de uma evolução teleológica ou finalista.
A visão intuitiva do funcionamento do cérebro nos seus aspectos cognitivos é
difícil de resumir por ter sido exposta de forma um tanto esquemática. De fato, o
índice poderia ser um bom resumo dos conceitos tratados.
No entanto, queria sublinhar os seguintes pontos:
Psicologia geral
Esperamos que a descrição efetuada sobre o funcionamento do cérebro, da
inteligência e da memória lhes sirva para se compreenderem melhor a vocês
mesmos e às pessoas que os rodeiam.
Ser algo mais conscientes dos nossos limites pode-nos ajudar a ser mais
prudentes na fixação de determinados objetivos e a manter uma psicologia
geral mais equilibrada.
As diferentes formas em que se desenvolve o processo de tomada de decisões
individual pode explicar a aparente mudança de opinião individual que se
produz em determinados casos. Em particular quando se leva a cabo de forma
centralizada ou de forma democrática em relação às nossas próprias células ou
conjunto das mesmas.
O conhecimento sobre o processo de tomada de decisões deveria implicar, em
certo grau, um a auto-educação para evitar perdas de controlo da vontade.
Um pouco de humor nunca está mal, sobretudo quando dizemos que parece
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que não existimos desde um ponto de vista estritamente científico; que o ser
humano, mais que um ser vivo propriamente dito, se configura como um
sistema de impulso vital.
Em relação à natureza dual do ser humano e outros seres!, expõe-se o conceito
de descontinuidade temporal da existência.
Psicologia educativa
Dever-se-ia incrementar a tendência para utilizar a memória normal na
medida do possível, pelo seu enorme potencial em comparação com a
memória matemática.
Atualmente, muitas pessoas pensam que o que há a fazer é praticar e
exercitar a memória matemática para que se desenvolva plenamente.
Se as novas formulações são corretas e esta capacidade intelectual está
configurada principalmente pelas condicionantes genéticas, dirigir os esforços
dos estudantes para a memória matemática podia ser realmente
contraproducente visto que gera muita tensão e evita a desejável utilização da
memória normal e a compreensão dos seus limites.
Um elemento mais a ter em conta deve-se aos paralelismos funcionais entre os
computadores e o cérebro humano.
A mudança anterior em direção à utilização da memória normal pode
apoiar-se na eficácia dos computadores e das comunicações que nos
podem proporcionar uma grande quantidade de informação quase em
tempo real. Já não teremos que memorizar tantos dados ao serem
facilitados em maior quantidade e com maior rapidez pelos
computadores.
A educação deveria fomentar a capacidade das pessoas para o manejo e
tratamento da grande quantidade de informação disponível.
Aceite a importância de dormir e dos sonhos no funcionamento da memória,
dever-se-ia explicar a idéia suficientemente para que os estudantes não
cometam o grave erro de substituir tempo de dormir por tempo de estudo.
O mesmo raciocínio se pode aplicar a outro tipo de comportamentos que
afeta de forma muito especial e temporal a capacidade de memorizar.
Os estudantes estarão especialmente interessados num maior conhecimento
dos métodos que utiliza o gestor da memória para uma maior educação dos
seus hábitos de estudo.
O cérebro humano e a psicologia cognitiva
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Evolução do cérebro humano
Se o paralelismo entre computadores e cérebro obedece a causas profundas,
uma curiosa conseqüência seria o confronto das teses atuais de evolução por
mutações aleatórias com a idéia de que um “computador” tão perfeito como o
cérebro.
Da mesma forma, a evolução dos computadores recorda-nos uma das
propostas da Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida. O mesmo
paralelismo conduzir-nos-ia a reconsiderar o diferente papel dos sexos no
processo evolutivo, dado que as fêmeas parece que não modificam os genes
desde a sua precoce formação, poderíamos deparar-nos com que elas se
tenham especializado no que podemos denominar hardware e os machos,
pelo contrário, no software; ambos, como todos sabemos, inter-relacionados e
de uma importância semelhante.
A quantidade de interrogações que coloca esta visão das funções cognitivas do
cérebro: São os genes a expressão mais comprimida da nossa memória? Existe no corpo
humano algo parecido a um compilador e onde se encontraria? Quando se atualiza a
informação genética a transmitir? Porque é que se limpa a memória a curto prazo nas
relações sexuais? Em que percentagem se modifica a informação genética em cada geração?
Neste sentido, poderia existir um mecanismo especial de compressão e
codificação da informação genética para a sua múltipla transmissão, uma vez
modificada pelo subsistema da informação genética da memória.
Finalmente, propor como definição de inteligência artificial o sistema de
decisões de uma máquina, criada ou não pelo ser humano, que mostre certa
inteligência, ao menos aparentemente, e que tenha as características de um
sistema de impulso vital.
* * *
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* * *
Quando Globus acabou o livro, recebeu do futuro
uma ressonância holhológica transversal
do para-cerebellum de Darwinoutro,
enviada por sua amiga Mª José.
Psicologia evolutiva e para-cerebellum
(Imagem de domínio público)
O cérebro humano e a psicologia cognitiva
21/06/2010 Página 26
¿Es ésta la última actualización del libro?
¡Puede comprobar la fecha en la página de descarga!
http://www.molwick.com/pt/livros/index.html
Mª José T. Molina
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21/06/2010 Página 27
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