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Bibliotecas: desafio é formar 200 mil profissionais
Muitos acham que o serviço de bibliotecária é apenas receber e guardar livros...
Publicado em 10 de Junho de 2010, às 7h41min | Patrícia Sonsin | Fonte: Vanelirte Moretto/GP

Pontuação: RSS imprimir enviar comentar diminuir aumentar Com a Lei 12.244/10, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de maio de 2010, que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, incluindo públicas e privadas, o Brasil terá um desafio nos próximos 10 anos, formar 200 mil profissionais da área de biblioteconomia.

No Brasil, são contabilizados 42 cursos superiores de biblioteconomia, documentação, ciência da informação ou gestão de unidades de informação/gestão da informação, que são oferecidos em 21 estados e no Distrito Federal. Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins não possuem curso de biblioteconomia. No Paraná, a UEL (Universidade Estadual de Londrina), por meio do Departamento de Ciências da Informação, oferece o curso de biblioteconomia e a UFPR (Universidade Federal do Paraná), por meio do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, oferece o curso de gestão da informação.

A lei determina que estados, municípios – que são responsáveis pelas escolas públicas da educação básica –, as 17 universidades federais – que têm colégios de aplicação – e as entidades mantenedoras das escolas privadas têm prazo de dez anos para implantar bibliotecas. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), dados do Censo Escolar 2009 revelam que a maioria das escolas públicas da educação básica, e parte dos estabelecimentos privados, não tem bibliotecas. Das 152.251 escolas de ensino fundamental, 52.355 tem bibliotecas e 99,8 mil não têm; no ensino médio, das 25.923 escolas, 18.751 tem biblioteca e 7,1 mil não têm.

O diretor de políticas de formação, materiais didáticos e tecnologias da SEB (Secretaria de Educação Básica) do MEC, Marcelo Soares, destaca dois fatores da lei que favorecem a tomada de providências de prefeitos e governadores: o primeiro é que a lei contempla a diversidade da realidade escolar brasileira ao definir a exigência mínima de um livro por estudante para que a escola inicie sua biblioteca. O segundo é o prazo de dez anos para a efetivação, que é o ano de 2020.

Sobre a realidade das escolas públicas urbanas e rurais, Marcelo cita dois exemplos que mostram as diferenças e o tipo de tratamento que devem receber. Uma escola rural, multisseriada, com duas turmas de 18 a 30 alunos, por exemplo, tem geralmente uma sala de aula e outra sala para uso da direção, dos professores e do serviço de secretaria.

Faculdades

Em Cascavel, as faculdades particulares e a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste) possuem em suas bibliotecas profissionais formados em biblioteconomia, além da Biblioteca Pública Municipal, conforme exigência da lei. Na FAG (Faculdade Assis Gurgacz), segundo o gerente da biblioteca, Eduardo Madureira, a bibliotecária responsável é Hebe Negrão. O espaço conta com 65 mil exemplares, uma média de dez livros por aluno matriculado na instituição. Na Unipar (Universidade Paranaense), a profissional formada na área é Dirce Lucia Mestriner. Na Unioeste é Jeanine da Silva Barros. Na Univel (Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Cascavel) é Tatiana Demichei.

Formada em 1967 pela UFPR, Hebe Negrão de Jimenez é a bibliotecária da Biblioteca Pública Municipal, que comemora a lei aprovada em maio pelo presidente. “É muito importante ter um profissional formado em todas as bibliotecas”.

Hebe lamenta o fato de a profissão ser pouco reconhecida, já que muitos acham que o serviço de bibliotecária é apenas receber e guardar livros. “Entre as funções da profissão estão classificar, catalogar, organizar e administrar a biblioteca”. Ela cita ainda que a maior dificuldade deste trabalho está relacionado a aquisição de acervo nas bibliotecas públicas escolares e outros acervos. “Para executar este trabalho, é preciso ter conhecimento técnico, não é simplesmente pegar o livro na prateleira e emprestar”, destaca Hebe.

De acordo com a presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, Ieda Cândido dos Santos, em Cascavel são mais de 60 escolas particulares, e como não havia exigência de profissional formado em biblioteconomia e nem que o estabelecimento de ensino possuísse uma biblioteca, não existem dados sobre o assunto. Ieda acredita que as escolas maiores tenham biblioteca e que na medida em que a lei existe, as escolas irão se adequar. Dentre as escolas particulares que possuem um biblioteconomista está o Colégio Marista. As escolas do Estado e do município de Cascavel, conforme informações repassadas pelos órgãos, não possuem biblioteconomistas formados, os profissionais que atuam na área recebem treinamento específico para desempenhar a função.

Curso

Para suprir parte da demanda de novos profissionais para esta área, mais um curso será aberto no Paraná. A Univel (Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Cascavel) promove no dia 19 de junho, o primeiro vestibular para o curso de biblioteconomia. O curso tem duração de quatro anos e foram aprovadas para a instituição 120 vagas. As aulas terão início no dia 19 de julho e ocorrerão no período noturno, caso haja demanda serão realizadas também pela manhã. A carga horária é de 2.749 horas. A mensalidade, segundo o diretor de desenvolvimento da Univel, Nilton Nicolau Freire, é de R$ 339. “O país precisa formar, nos próximos 10 anos, 200 mil bibliotecários e as faculdades existentes vão conseguir suprir esta demanda. A Univel criou este curso porque já tinha a visão desta necessidade”, destacou Nilton.

O curso de biblioteconomia tem por objetivo formar profissionais para auxiliar diretamente ou indiretamente os usuários potenciais e reais da formação socioculturaleconômica. O profissional formado em biblioteconomia pode atuar em órgãos públicos, empresas privadas, bibliotecas em todos os níveis de ensino, arquivos, museus, centos de documentação, editoras, livrarias, jornais e web site.
A funcionária pública, Silvia Prado, é formada em letras, mas acalenta há cerca de 10 anos o sonho de cursar biblioteconomia. O gosto pela área se iniciou quando fazia o curso de magistério e começou a trabalhar em um colégio como auxiliar de biblioteca da instituição. “Foi ali que comecei a gostar da profissão e a entender a importância do bibliotecário em uma biblioteca e também a sonhar com o curso, como não tinha aqui, não tive condições de fazer em outro lugar”, conta. “A intenção com o curso é ampliar conhecimentos e aplicar no trabalho que realizo no MIS (Museu da Imagem e do Som), além de prestar concursos federais”, acrescenta.
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