sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

8273 - GUERRA DO GOLFO

Guerra do Golfo


Período 1990-1991
Área do conflito Oriente Médio
Protagonistas Estados Unidos e Iraque. Forças da Coalizão: Grã-Bretanha, França, Arábia Saudita, Egito e pequenos contingentes de diversas nações arábes.
Histórico A intenção de Saddam Hussein de a longo prazo controlar as reservas petrolíferas da Península Arábica levou-o a invadir o Kuwait, em 2 de agosto de 1990, numa ação coordenada, iniciada pelo avanço de duas divisões blindadas iraquianas através da fronteira, ataques executados por forças de assalto especiais na capital kuwaitiana, por unidades anfíbias e por helicópteros. Apesar de alguns focos de resistência, os bravos kuwaitianos foram facilmente sobrepujados pela investida furiosa da Guarda Republicana de Saddam. A seguir outras divisões foram enviadas para garantir a ocupação do país vizinho. A preocupação com a possibilidade de que o Iraque viesse a dominar as principais reservas de petróleo do mundo, inclusive invadindo outros países da região, levaram os Estados Unidos a preparar uma resposta armada, com apoio da ONU e aliados como Grã-Bretanha, França, Egito e Arábia Saudita. As tropas iraquianas então começaram a reforçar suas defesas, cavando profundos fossos anti-tanques, campos minados, trincheiras e extensas cercas de arame farpado nos acessos ao Kuwait. Em novembro de 1990 haviam 430.000 soldados e 4.000 tanques iraquianos naquele teatro de operações. Os americanos, por outro lado, haviam reunido a mais poderosa força militar desde a invasão da Normandia, no dia D em junho de 1944, para por em andamento o plano de liberação do Kuwait, a Operação Tempestade do Deserto. A batalha começou com intensos bombardeios a alvos estratégicos cuidadosamente escolhidos no Iraque, em 16 de janeiro de 1991, utilizando-se das mais sofisticadas armas do arsenal americano, como bombas guiadas a laser (LGB), mísseis de cruzeiro Tomahawk (290 mísseis disparados com 242 acertos) e os caças F-117 Night Hawk (stealth), com o intuito de quebrar a cadeia de comando dos iraquianos, destruir centros de comunicação (17 destruídos de um total de 26), usinas elétricas ( 50% ficaram inoperantes), pontes, bases aéreas (pistas inutilizadas e 70 abrigos aniquilados), lançadores de mísseis Scud e as baterias de mísseis anti-aéreos. No final de janeiro, os aliados tinham o controle incontestável do espaço aéreo e do mar e haviam cortado boa parte das linhas de suprimento das tropas iraquianas de ocupação. Esperando um ataque anfíbio em grande escala, o Exército iraquiano concentrou suas forças junto ao litoral, deixando as tropas da Guarda Republicana na retaguarda. A estratégia dos Aliados, no entanto, consistia em criar tantas frentes de penetração que o inimigo não saberia de onde viria o ataque principal, até ser tarde demais para reagir. Desviando-se dos pontos fortificados dos iraquianos, atacando pelos flancos para isolar o adversário, as tropas aliadas, iniciaram a grande ofensiva em 24 de fevereiro de 1991, com as Forças Árabes e os Marines á esquerda da linha de frente, a 1a.Div.Cavalaria, o 7° Corpo de Exército, o 3° Regimento Blindado, a 24a. Div.Infantaria e as 82a. e a 101a. Div.Aerotransportadas à direita. A cidade de As Salman, defendida pela 45a. Div.Inf.iraquiana, foi liberada numa atuação fulminante de tropas francesas e americanas (82a.), com apoio de helicópteros de ataque e tanques, fazendo 2.900 prisioneiros. Os marines da 1a.Divisão conseguiram dominar a área dos campos petrolíferos de Burgan, apesar dos tanques T-72 iraquianos e do ar empregnado de petróleo dos poços incendiados pelo inimigo. No setor do 7° Corpo, britânicos e americanos avançaram pelas brechas da linha defensiva, conhecida como Linha Saddam, e em Busayya enfrentaram a 12a.Div.Blindada iraquiana, destruindo 200 tanques, 100 veículos blindados, 100 peças de artilharia e fazendo 5.000 prisioneiros. O clímax da guerra viria ao longo da chamada linha 73 norte-sul, onde de 26 a 28 de fevereiro, o 7° Corpo dizimou a Guarda Republicana, tropa de elite que apesar dos intensos ataques aéreos ainda tinha 75% de seu poderio intacto. Percebendo a derrota próxima, Saddam ordenou que as tropas que restavam no Kuwait batessem em retirada, mas foram emboscados ao longo da rodovia que leva a Basra, numa ação em que durante horas os pilotos aliados destruiram centenas de veículos com uma precisão devastadora. O local ficou conhecido como "Rodovia para o Inferno". No início de março de 1991, americanos e iraquianos se reuniram em Safwan, um lugar isolado no meio do deserto, para discutir os termos da rendição do Iraque.
Principais forças envolvidas Estados Unidos: 82a. e 101a.Div.Aerotransportada; 3° Regimento de Cav.Blindada; 24a. Div.Inf. Mecanizada; 45.000 marines; 719 aviões de combate de diversos tipos; cerca de 200 helicópteros de ataque e transporte; 120 navios de guerra; unidades das forças especiais Rangers, Boinas Verdes e SEAL.

Iraque: 570.000 soldados ( 4 Div.Mec., 9 Div.Blindadas e 29 Div.Inf.); 4.500 tanques (3.847 destruídos); 2.880 veículos blindados (1.450 destruídos); 3.257 peças de artilharia (2.917 destruídas); 500 aviões de combate.
Principais batalhas Batalhas de As Salman, dos campos petrolíferos de Burgan, de Busayya, da Linha 73 norte-sul e de Medina Ridge.
Resultado final Rendição incondicional do Iraque (com atraso de pelo menos 10 anos em sua capacidade de produzir armas de destruição em massa e eliminação de seu poderio ofensivo), libertação do Kuwait, criação da zona de exclusão aérea ao sul do Iraque e embargo econômico. Mas Saddam Hussein continuava vivo e governando o país.

Custo total estimado: US$ 102 bilhões

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