domingo, 25 de julho de 2010

2072 - A IDADE MÉDIA

ED100207
Introdução às Transições: A Decadência Clássica e
a Formação Medieval
Frente: 02 Aula: 01
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Prof: ANDERSON COSTA
A Idade Média
O período conhecido como Idade Média diz respeito a uma fase da história ocidental que,
segundo alguns historiadores, estende-se da segunda metad do século V até a primeira metade do
século XV, cerca de mil anos.
Do século VI ao VIII, a Europa ocidental lutou para superar as desordens causadas pela
fragmentação do império e pela deteriorização da civilização greco-romana. Nesse processo, um
novo modelo de organização politica, começou a criar raizes, a partir dos remanescentes grecoromanos,
das tradições dos povos migrantes e da perspctiva cristã. Porém, seriam necessários
séculos para essa nova civilização florescesse.
A Formação do Feudalismo
INTRODUÇÃO
A formação do feudalismo, na Europa Ocidental, envolveu uma série de elementos
estruturais, de origem romana e germânica, associados aos fatores conjunturais, num longo
período, que engloba a crise do Império Romano a partir do século III, a formação dos Reinos
Bárbaros e a desagregação do Império Carolíngeo no século IX.
A CRISE ROMANA
A partir do século III a CRISE DO IMPÉRIO romano tornou-se intensa e manifestou-se
principalmente nas cidades, através das lutas sociais, da retração do comércio e das invasões
bárbaras. Esses elementos estimularam um processo de ruralização, envolvendo tanto as elites
como a massa plebéia, determinando o desenvolvimento de uma nova estrutura sócio econômica,
baseada nas Vilae e no colonato.
As transformações da estrutura produtiva
desenvolveram-se principalmente nos séculos IV e V e
ocorreram também mesmo nas regiões onde se
fixaram os povos bárbaros, que, de uma forma geral,
tenderam a se organizar seguindo a nova tendência do
Império, com uma economia rural, aprofundando o
processo de fragmentação.
Em meio a crise, as Vilae tenderam a se
transformar no núcleo básico da economia. A grande
propriedade rural passou a diversificar a produção de
gêneros agrícolas, além da criação de animais e da
produção artesanal, deixando de produzir para o
mercado, atendendo suas próprias necessidades.
Foi dentro deste contexto que desenvolveu-se o
colonato, novo sistema de trabalho, que atendia aos
interesses dos grandes proprietários rurais ao
substituir o trabalho escravo, aos interesses do Estado,
que preservava uma fonte de arrecadação tributária e
mesmo aos interesses da plebe, que migrando para as
áreas rurais, encontrava trabalho.
gravura que retrata o trabalho do camponês no feudo
O COLONO
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O colono é o trabalhador rural, colocado agora em uma nova situação. Nas regiões próximas
à Roma a origem do colono é o antigo plebeu ou ainda o ex-escravo, enquanto nas áreas mais
afastadas é normalmente o homem de origem bárbara, que, ao abandonar o nomadismo e a guerra
é fixado à terra
O colono é um homem livre por não ser escravo, porém está preso à terra.
A grande propriedade passou a dividir-se em duas grandes partes, ambas trabalhadas pelo
colono; uma utilizada exclusivamente pelo proprietário, a outra dividida entre os colonos. Cada
colono tinha a posse de seu lote de terra, não podendo abandona-lo e nem ser expulso dele,
devendo trabalhar na terra do senhor e entregar parte da produção de seu lote.
Dessa maneira percebe-se que a estrutura fundiária desenvolve-se de uma maneira que pode
ser considerada como embrionária da economia feudal
É importante notar que durante todo o período de gestação do feudalismo ainda serão
encontrados escravos na Europa, porém em pequena quantidade e com importância cada vez mais
reduzida.
AS INVASÕES BÁRBARAS
Os povos "bárbaros", ao ocuparem parte das terras
do Império Romano, contribuíram com o processo de
ruralização e com a fragmentação do poder, no entanto
assimilaram aspectos da organização sócio econômica
romana, fazendo com que os membros da tribo se
tornassem pequenos proprietários ou rendeiros e, com o
passar do tempo, cada vez mais dependentes dos
grandes proprietários rurais, antigos líderes tribais.
O colapso do "Mundo Romano" possibilitou o
desenvolvimento de diversos reinos de origem bárbara na
Europa, destacando-se o Reino dos Francos, formado no
final do século V, a partir da união de diversas tribos
francas sob a autoridade de Clóvis, iniciador da Dinastia
Merovíngea.
A aliança das tribos, assim como a aliança de Clóvis com a Igreja Católica impulsionou o
processo de conquistas territoriais, que estendeu-se até o século IX e foi responsável pela
consolidação do "beneficium", que transformaria a elite militar em elite agrária.
O "Beneficium" era uma instituição bárbara, a partir da qual o chefe tribal concedia certos
benefícios a seus subordinados, em troca de serviços e principalmente de fidelidade. Em um
período de crise generalizada, marcada pela retração do comércio, da economia monetária e pela
ruralização, a terra tornou-se o bem mais valioso e passou a ser doada pelos reis a seus principais
comandantes.
cavaleiro medieval
Bibliografia
DUBY, Georges. As três ordens ou imaginário do feudalismo. Lisboa, Editorial Estampa, 1982.
FRANCO, Hilário Jr. A IDADE MÉDIA: Nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001.
MOTA, Myriam Becho. HISTÓRIA: da cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2002.


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