quarta-feira, 14 de julho de 2010

1598 - HISTÓRIA DOS BIBLIOTECÁRIOS

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Filosofia do Bibliotecário e sua Contribuição Social (Prêmio Laura Russo)
Detalhes do Projeto
Orgão/Instituição Responsável: Projeto Laura Russo
Nome do Responsável: Rogéria Cristina Dias
Diretoria: Bibliotecária
E-mail: rogeriacristina@gmail.com
Telefone: (11)97255386
Local da Ação: São Paulo - SP
Público Alvo: Sociedade, Bibliotecários e Assistentes Sociais
Beneficiados: 0000
Link Internet da(s) ação(ões): Não corresponde
Descrição da Ação: Ao longo da história, a Biblioteca e a Biblioteconomia foram intermediárias holísticas da sociedade. Seja na sua essência ou nas suas funções. Sua essência compreende os registros conhecidos da totalidade das criações e experiências humanas. Sua função está relacionada com todos os indivíduos, grupos, agentes ou instituições que sejam colaboradores potenciais ou ainda consumidores dos recursos da Biblioteca. A história é a arte de registrar acontecimentos passados. Os trabalhos acadêmicos sobre história pesquisam as leis que governam a sucessão dos acontecimentos. A literatura histórica sobre a Biblioteca trata, de forma predominante, mais da Biblioteca do que da Biblioteconomia e do Bibliotecário. Quiçá porque o conceito da Biblioteconomia implica no suporte filosófico de uma disciplina sem par, com uma abordagem relativamente nova e ainda não desenvolvida na sua totalidade. Se bem que a história da Biblioteconomia proporciona um conhecimento importante dos desenvolvimentos sociais, políticos e técnicos da disciplina, é de muito menos utilidade para o estudo da filosofia da Biblioteca por quantidade de motivos: (a) O conhecimento e a interpretação da disciplina é incompleto e fundamentada em descobertas arqueológicas acidentais; (b) Os registros disponíveis relatam quais são suas funções e como elas são realizadas, porém não explicam porque são realizadas; (c) Até o presente poucos se preocuparam com a necessidade da filosofia da Biblioteconomia, até que a disciplina amadureceu. A necessidade de considerações filosóficas surgiu quando a profissão de Bibliotecário foi obrigada a escolher suas prioridades entre os recursos disponíveis. A revisão histórica é importante para entender os motivos que regem o desenvolvimento da Biblioteca e que está condicionado ao ambiente intelectual de cada período. Nenhuma pessoa é idêntica a outra, da mesma forma que duas comunidades nem sempre são iguais ou únicas. Cada membro de uma sociedade específica e a cultura dessa sociedade estão entrelaçados por relações naturais entre eventos e fatos do passado e do presente, assim como de suas correspondentes interpretações. A percepção afinada das constantes mudanças do meio ambiente definem a existência física do ser humano. Seu desenvolvimento mental é determinado pela sua capacidade de comunicar idéias e de perceber as idéias expostas por outros. Ambas as capacidades, os crescimentos físico e mental, se incrementam quando é adquirida a habilidade aprender a partir das experiências de terceiros. A comunicação de fatos do passado para o presente e o futuro só é factível mediante símbolos que representem idéias. O significado das idéias é principalmente expressado no formato de registros. A preservação, organização e disseminação das idéias registradas são essenciais para a sobrevivência intelectual da raça humana. Este é o assunto fundamental do Bibliotecário e da Biblioteconomia. O conteúdo específico das idéias, seu formato de registro e seu contexto são o foco de disciplinas como as ciências, artes ou tecnologia. Porém, a compreensão íntima do ato de comunicar idéias registradas é do domínio específico da filosofia da Biblioteconomia, e por que não, da filosofia do Bibliotecário. A Biblioteconomia é uma profissão antiga, que só recentemente surgiu como disciplina nova e como uma rama nova da erudição. Mesmo assim, a profissão ainda está a procura de uma teoria que dê corpo as tradições intelectuais da área. As escolas de Biblioteconomia raramente oferecem cursos adicionais de leitura sobre os trabalhos clássicos dos teóricos da Biblioteconomia. Os estudantes mostram desagrado quando devem comentar ensaios publicados alguns anos há, e franzem suas sobrancelhas porque os consideram material velho e irrelevante. Outros estudantes falam da ciência da informação como de uma nova disciplina, como si ela tivesse emergido sem nenhuma relação com a longa história lógica da Biblioteconomia. Tem-se prestado pouca atenção a história intelectual da Biblioteconomia. Seria necessário reconstrui-la a partir de suas raízes. Escrever um livro sobre os “Antecessores dos Bibliotecários” teria um valor inestimável, se fosse dedicado aos Bibliotecários desaparecidos e as contribuições intelectuais que deixaram para a profissão. Porém, só existem obras sobre Bibliotecas. A filosofia da Biblioteca, da mesma forma que a expressão intelectual da Biblioteconomia, se desenvolveram gradualmente a partir da pesquisa teórica sobre a tecnologia da Biblioteca. Tal fato se deu quando as atenções passaram da prática pura da profissão para as teorias acerca de suas operações. Quando passou a prestar-se maior atenção aos aspectos sociológicos de suas operações rotineiras, surgiram automaticamente uma melhor e mais completa compreensão da dimensão social e do papel da Biblioteca no processo cultural de modificar o comportamento de seus usuários individuais e, ao mesmo tempo, dos princípios metafísicos que regem suas operações. As necessidades culturais da sociedade deram forma aos paradigmas conceituais da disciplina. Desde o início da história humana, o conceito da palavra “conhecimento” era um mito, responsável pelos mistérios do meio ambiente próximo. Esse mito era explicado em forma de metáforas e comunicado a outros em forma de experiências passadas. Era o início do ser humano como “contador de histórias”. As pinturas nas cavernas expandiram a comunicação oral para uma comunicação visual, gravando o pensamento humano num meio gráfico com figuras simbólicas. As figuras gravadas se tornaram arquiváveis ou pelo menos duráveis. Esta forma de escrita pictográfica permitiu, pela primeira vez, a criação de imagens mentais de experiências físicas anteriores. A partir desse instante, os artefatos criados criaram uma forma de descrever as experiências do ser humano que podiam ser guardadas em locais diferentes. O surgimento do alfabeto com o significado do seus signos e da comunicação facilitada por meio de símbolos, criaram um sistema de registro e preservação dos pensamentos. A utilização de materiais para registros, como as tabuletas de argila, o papiro ou pergaminhos, não são mais que iniciadores do conceito genérico do livro, que facilitaram o registro e divulgação de conceitos diferentes sobre uma grande variedade de questões. O fato mais importante, do ponto de vista social, foi a disponibilização ampla do conhecimento que registravam. Desta forma, o conceito do raciocínio foi introduzido. A necessidade de compartilhar a informação levou a aceitação cultural da cópia de documentos, que posteriormente incitou o desenvolvimento de técnicas de duplicação que culminaram na descoberta da impressão. O conceito de disseminar o conhecimento arquivado se tornou a principal função do Bibliotecário e da Biblioteconomia. Durante a primeira etapa de sua evolução a questão central da Biblioteconomia era a produção, aquisição, preservação e arquivamento de livros. Era uma época em que a Biblioteca e os Bibliotecários eram guarda-livros, que finalizou quando surgiu o conceito de disseminação dos registros. A centralização do trabalho na organização bibliográfica dos arquivos e os avanços em reprografia criaram a necessidade de sistematizar as práticas e uma educação especial sobre as tecnologias das operações da Biblioteca. Para efetivar o gerenciamento dos recursos das Bibliotecas foi necessário formular uma teoria sobre a Ciência da Biblioteca. O aumento da demanda dos serviços da Biblioteca por parte da sociedade e estando o Bibliotecário ciente da responsabilidade social do seu trabalho e do seu papel de intermediário, foi necessário o estabelecimento de padrões profissionais. A Biblioteconomia tornou-se uma profissão distinta e importante, dedicada a fornecer informação para atender as necessidades da sociedade. Pode-se qualificar esta fase como aquela em que a Biblioteca se converteu em um criador do conceito de comunidade, toda vez que ligava as fontes de informação com as pessoas. A Biblioteca tornou-se uma aldeia global de leitores, focalizando suas funções na comunicação de idéias. A introdução de computadores aumento a capacidade das Bibliotecas para manipular registros de informação que, por sua vez, permitiu a expansão dos seus serviços através do trabalho em rede. A centralização das atenções no processo de disseminação do conteúdo dos arquivos, independentemente dos formatos, introduziu o conceito de “transferência de informação A missão social da Biblioteca foi inicialmente articulada no final do século XIX. Essa missão foi avolumada por novas metas tecnológicas de eficiência e pelo uso eficaz dos registros gráficos. A principal função da Biblioteconomia é adquirir, processar, preservar e utilizar os dados registrados. Isto, por sua vez, envolve a organização e a disseminação dos dados registrados que possuam valor para uma determinada sociedade e suas comunidades. No entanto, essas atividades não ficam limitadas apenas à Biblioteconomia tradicional. A coleta de informação e seu registro adequado figuram entre as primeiras atividades de todas as sociedades. A responsabilidade de armazenagem dos registros da informação foi sempre delegada aos cuidadores de registros ou pré-Bibliotecários. Em virtude da expansão do conhecimento e dos novos formatos de registro, apareceram novas funções na Biblioteca, com o objetivo de facilitar o acesso às coleções e para prestar assistência aos usuários na compreensão dos conteúdos. Os conceitos até aqui apresentados explicam de forma clara e contundente que as escolas acadêmicas apresenta “como” fazer Biblioteconomia e o “que” fazer” na Biblioteconomia, mas dificilmente dedicam seu tempo ao “porque” fazer Biblioteconomia. A cada dia que passa a tecnologia complica mais a vida do Bibliotecário e do usuário e a consequência é um “como fazer” mais emaranhado. Os profissionais se dedicam unicamente ao “que fazer” de acordo com a disponibilidade do acervo da instituição donde atuam. Fica esquecido mais uma vez o “porque fazer”. No presente estudo, que analisa a responsabilidade social do Bibliotecário e o compromisso ético de arrancar os membros da sociedade da simples alfabetização, o objetivo fundamental é demonstrar que a meta final é a inclusão dos membros da sociedade no, até hoje, seleto grupo de pessoas capazes de entender o que lêem. O objetivo final do Bibliotecário é a própria autonomia intelectual dos usuários, capazes de lutar pelos seus diretos, passíveis de entender nossas leis e possibilitados de ajudar de forma realista na criação de uma verdadeira e justa sociedade democrática.
Histórico: O diferencial do presente projeto é o de tratar da filosofia da Biblioteconomia, que o torna inédito e com pretensões de resgate histórico da profissão
Histórico do projeto: (Ano de início e perspectiva de duração e continuidade do projeto): O diferencial do presente projeto é o de tratar da filosofia da Biblioteconomia, que o torna inédito e com pretensões de resgate histórico da profissão
Objetivos: Alertar os Bibliotecários, Assistentes Sociais e Organizações Não Guvernamentais da importância da dimsseminação do verdadeiro conhecimento.
Resultados esperados para 2005: Projeto Laura Russo
Recursos e meios para execução: Divulgar o estudo completo do Projeto ora esboçado
Realizadores: Rogéria Cristina Dias
Outras Cidades: Não corresponde
Patrocinadores: Rogéria Cristina Dias
Apoiadores: Não corresponde
Data de Início: 2/2/2005
Data de Cadastramento: 30/6/2005 15:40:49
Endereço da Instituição: Rua Miguel Ribas, 141
Cep da Instituição: 05187-270
Financeiro: de R$ 1 mil a R$ 5 mil



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