segunda-feira, 12 de julho de 2010

1459 - HISTÓRIA DAS BIBLIOTECAS

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Todo o conhecimento do mundo


Todo o conhecimento do mundo.

A internet promete ser o último capítulo de uma epopéia da humanidade — a construção da biblioteca universal.

Daniel Tremel

No final do ano passado, o site Google, dono da ferramenta de busca mais eficiente da web, anunciou mais uma empreitada: em convênio com cinco grandes bibliotecas do mundo, eles pretendem digitalizar e colocar na internet nada menos que 15 milhões de obras.Ver a internet como uma biblioteca não é uma idéia original. Praticamente nasceu junto com a rede. O Gutenberg Project (www.gutenberg.org) oferece 13 mil livros online. A Amazon.com possui uma ferramenta de busca que permite vasculhar nos livros e encontrar trechos. Diversas bibliotecas, como a do Congresso norte-americano, já estão colocando parte de seu acervo na internet. A iniciativa do Google, porém, é o passo mais ousado para realizar um sonho milenar: reunir, em apenas um local, todo o conhecimento humano - ou pelo menos a parte mais significativa dele.Antes mesmo de todas essas experiências, em 1995, quando a internet mal era conhecida do público, o presidente da Oracle, Lawrence Ellison, já profetizava uma nova biblioteca universal: "Nós chamamos nossa idéia de Projeto Alexandria", declarou em uma entrevista. "É o renascimento digital da grande biblioteca de Alexandria."A Biblioteca UniversalA referência à Biblioteca de Alexandria não é mera ilustração: ela foi o primeiro projeto de uma biblioteca universal.No século 3 a.C., quando inaugurou a Biblioteca, Ptolomeu Sóter enviou uma carta a todos os "governantes e soberanos" do mundo, pedindo que lhe enviassem todo tipo de obras. Pelos cálculos do rei e de seus bibliotecários, seriam necessários 500 mil rolos de papiro para reunir todo o conhecimento produzido pelo homem no mundo.Valia tudo para conseguir atingir essa meta. Todo navio que chegasse ao porto de Alexandria era obrigado a entregar quaisquer rolos de papiro que possuísse à Biblioteca. Uma cópia era feita e o navio partia com a nova edição, enquanto o original ficava retido. As obras em língua diferente do grego eram traduzidas. Foi assim que o Antigo Testamento foi traduzido do hebraico pela primeira vez.No seu apogeu, a biblioteca contou com cerca de 700 mil rolos de papiro. A conservação de toda essa riqueza, entretanto, sempre foi problemática, a começar pelo tipo de material, altamente inflamável. Os incêndios são parte da história das bibliotecas desse tempo. O mais famoso foi provocado por Júlio César, em 48 a.C., que fora em defesa de Cleópatra. Cercado no palácio, ele pôs fogo nos navios do porto e teria queimado cerca de 40 mil rolos depositados ali.A versão mais difundida do fim da biblioteca é que ela teria sido incendiada a mando do califa Omar, quando Alexandria foi conquistada pelos muçulmanos, em 640. Ao ser questionado sobre o que fazer com a biblioteca, o califa foi direto: se os livros estavam de acordo com o Alcorão, não eram necessários; se não estivessem, deveriam ser destruídos. O general Amr ibn al-As mandou que os rolos servissem de combustível para os cerca de 4 mil banhos públicos de Alexandria. Eles teriam alimentado os fornos durante seis meses.Embora pitoresca, a história não parece real. O mais provável é que a biblioteca tenha sido destruída em grande parte durante a guerra com Zenóbia, rainha de Palmira, no século 3. O fato é que não restou nenhum vestígio das obras e nem se sabe onde ela ficava exatamente.De fato, nenhuma biblioteca da Antiguidade - Pérgamo, Rodes e todas as bibliotecas públicas de Roma - sobreviveu. A reunião das obras em grande número ajudava, na verdade, mais a destruição que a preservação, e a maior parte das que sobreviveram pertenciam a pequenas coleções particulares.OrganizaçãoA invenção da prensa por Gutenberg encerrou a fase copista da humanidade. Livre para produzir edições sem limites, os livros começaram a se multiplicar. Um problema inimaginável antes surgiu: como organizar o volume de informação que ia saindo das gráficas?Já em 1550, um escritor italiano se queixava de que havia tantos livros que mal conseguia ler todos os títulos. Os homens letrados reclamavam da confusão que a "enxurrada" de novas edições estava trazendo.Até a Idade Média, era raro uma biblioteca elaborar um catálogo das obras que possuía. A cópia era o trabalho principal e gastar tempo e papel fazendo listas não era lógico. Os poucos catálogos eram abreviados e relacionavam os volumes existentes, e não obras e autores. A Universidade de Sorbonne elaborou seu primeiro catálogo de obras em 1290, quando ultrapassou o marco de poucomais de mil livros.As soluções variavam de local para local. Na mesma Sorbonne, experimentou-se usar a ordem alfabética. Em Oxford, os livros foram ordenados com os números arábicos, ainda pouco usados na Europa. A Biblioteca do Vaticano usou a divisão medieval entre livros sagrados e seculares.Esses sistemas não resistiram conforme as coleções cresciam e foram surgindo sistemas de classificação. O mais bem-sucedido foi o de Francis Bacon, que dividiu o conhecimento em três áreas, História, Poesia e Filosofia. Esse foi o primeiro sistema adotado pela Biblioteca do Congresso de Washington e serviu de base para a Enciclopédia organizada por Diderot.A revolução industrial e a mecanização das gráficas foram mais um golpe nesse mundo conturbado: os livros multiplicaram-se em proporções ainda maiores.A solução veio apenas com a invenção do sistema de Classificação Decimal de Dewey, chamado de CDD em 1876. O sistema dividia todo o conhecimento humano em dez categorias e depois em subcategorias, dividindo cada área várias vezes. A grande vantagem é que ele classificava não apenas os livros existentes, mas qualquer um que viesse a existir.A obsessão de Dewey pela organização e eficiência não se limitou à organização das bibliotecas. Ele também fundou uma empresa que projetava e vendia móveis e instrumentos para bibliotecas, pensando na sua praticidade. Ele organizou também o primeiro curso de biblioteconomia e desde o início permitiu o acesso às mulheres. Isso não tinha nada a ver com a defesa dos direitos femininos. Dewey acreditava que a função do bibliotecário era apenas classificar os livros e não devia se intrometer em discussões teóricas. Ele preferia mulheres justamente porque elas não tinham acesso ao estudo.A Classificação Decimal de Dewey e algumas variantes se espalharam pelo mundo e hoje estão praticamente em todas as bibliotecas do planeta. A eficiência absoluta do método virou padrão global. Até que surgiu a internet.A internet reinventou o caos, arduamente debatido e combatido por gerações de homens letrados e bibliotecários. A informação, enfim organizada nas estantes, se dispersou novamente pelo mundo virtual sem ordem e lógica aparente. E promete alcançar um volume ainda maior que o do passado.Nos últimos anos, a atividade mais lucrativa surgida no mundo da internet foi justamente o desenvolvimento de ferramentas de busca, que auxiliam o internauta a encontrar o que deseja. O Google saiu na frente e hoje pesquisa quase 8 bilhões de páginas na rede. Uma pesquisa recente calcula que, mesmo assim, o site de busca não lê nem 1% de todas as páginas existentes. A nova biblioteca ainda não encontrou seu bibliotecário.
Uma breve história das bibliotecas do passado

Daniel Tremel

669-630 a.C.
BIBLIOTECA DE NÍNIVE

As primeiras bibliotecas surgiram na Mesopotâmia e as obras eram feitas em argila. A biblioteca de Nínive chegou a possuir 25 mil placas de argila no reinado de Assurbanipal 2º.

300 a.C.
BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA

Fundada por Ptolomeu I, general de Alexandre, o Grande, seu objetivo era possuir ao menos uma cópia de toda a obra escrita no mundo.

241-197 a.C.
PÉRGAMO

Rival de Alexandria, Pérgamo utilizava o couro de cabra como suporte para a escrita, o que ficou conhecido como "pergaminho”.

39 a.C.
PRIMEIRA BIBLIOTECA PÚBLICA ROMANA

Idealizada por Júlio César, foi fundada por Assírio Polião durante o reinado de Augusto. Possuía obras em grego e latim e já organizava serviço de empréstimo

Séc. 6 d.C.
VIVARIUM

Logo antes da Idade Média, Cassiodoro, um nobre romano cristão, construiu um mosteiro em que se dedicou a preservar obras. O mosteiro se tornou modelo para toda a Idade Média e sua obra, "Institutiones Divinarum et Saecularium Litterarum", foi uma espécie de guia para os monges copistas da Idade Média.

1444
BIBLIOTECA DE SÃO MARCOS

As bibliotecas públicas ressurgiram no Renascimento. A primeira biblioteca mantida por um mecenas foi a biblioteca de São Marcos, construída por Cosimo de Médici, em Florença.

1456
Invenção da Prensa

Já conhecida no Oriente, Gutenberg "reinventa" a prensa para o Ocidente. A primeira obra que imprime é a Bíblia.

Uma nova maneira de ler

O crescimento do volume de informação na Idade Moderna moldou duas formas de organização das bibliotecas: a indexação e a classificação. A indexação funciona como um "dicionário especializado", em que os principais termos de um texto são retirados e se tornam "chaves" para que ele seja encontrado depois. A classificação divide o saber em classes e subclasses e cria um catálogo de referência. Os números nas lombadas dos livros nas bibliotecas são essa divisão.Os dois sistemas foram adaptados da Filosofia. Descobrir a essência do mundo sempre foi um problema filosófico, mas foi Aristóteles quem se preocupou em criar um modelo para formular conceitos. Sua idéia era simples: qualquer termo poderia ser definido pela atribuição de uma diferença específica à sua substância. A definição para "ser humano", assim, seria "animal racional".No meio virtual esse sistema filosófico já não é preciso. A novidade é que é possível "ler" não só um texto, mas toda uma biblioteca em um tempo curtíssimo. É como se o leitor tivesse a capacidade de passar os olhos por toda a biblioteca para encontrar o que quer. O homem ainda não consegue ler todos os livros do mundo, mas já inventou uma máquina que consegue.

(Texto sem Bibliografia)




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