sábado, 17 de abril de 2010Europa - Reino Unido e França
Apesar da supremacia dos Estados Unidos, a nova ordem mundial conta com outros pólos econômicos significativos. Podemos verificar que, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, os demais países que estudaremos a partir deste capítulo fazem parte do G-7 e devem seu desenvolvimento econômico principalmente ao fato de terem tido condições de realizar a Revolução Industrial, entre os séculos XVIII e XIX. São eles: Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Canadá, Japão e Estados Unidos.
Reino Unido
O pioneiro da indústria, atividade que mudou radicalmente a economia do mundo, foi o Reino Unido. Localizado no Noroeste da Europa e formado pela Grã-Bretanha {Inglaterra, País de Gales, Escócia) e Irlanda do Norte, o Reino Unido já foi o centro do maior império colonial do mundo. Principal potência mundial até o final da Segunda Guerra, o país apresenta hoje o quinto PIB do planeta e o terceiro da Europa, perdendo para a França e a Alemanha, nesse continente.
As condições iniciais
Condições econômicas (acumulação de capital no mercantilismo), políticas (controle do Estado pela burguesia), técnicas (invenção da máquina a vapor) e recursos naturais (jazidas de carvão) permitiram ao Reino Unido realizar a Revolução Industrial, processo que alterou profundamente a economia mundial a partir do século XVIII.
O império colonial e as "regiões negras"
O êxodo rural e o crescimento das cidades vieram como consequência das indústrias que, a princípio, se localizaram próximo às jazidas de carvão e aos portos. Por esse motivo, essas áreas eram chamadas de "regiões negras", numa alusão ao pó do carvão que deixava tudo escuro. As principais "regiões negras" eram Yorkshire, Lancashíre, Midlands, País de Gales e Glasgow. Os tipos de indústria mais encontrados eram â siderúrgica, a têxtil, a naval e a de material ferroviário. A necessidade de matéria-prima e a busca de novos mercados levaram à formação do Império Britânico, no qual, dizia-se, "o sol nunca se punha", tal era a sua extensão.
A evolução da distribuição da indústria
Após duas guerras mundiais e depois de ter o grande império reduzido a algumas pequenas ilhas espalhadas pelo mundo, muita coisa mudou no Reino Unido. O país só ingressou na Comunidade Econômica Européia em 1973 e não se beneficiou das vantagens que a associação proporcionou a seus membros desde sua criação em 1957.
O declínio do carvão como fonte de energia, bem como o esgotamento das jazidas desse recurso
mineral, a era do petróleo e a necessidade de novas tecnologias foram essenciais para mudar a situação e a distribuição das indústrias no país.
As tradicionais "regiões negras" foram as que sofreram a maior decadência nos últimos tempos. Fechamento de indústrias, desemprego e o êxodo da população são alguns dos problemas que atingem essas áreas. Setores como o têxtil, o naval e o siderúrgico se enfraqueceram, mas surgiram outros, como o petroquímico, o biotecnológico, o aeronáutico e o eletrônico, que têm atingido notável dinamismo. As novas indústrias procuraram outras áreas para se estabelecer.
Atualmente, as mais importantes regiões industriais inglesas são as áreas metropolitanas de Londres e de Birmingham. Londres sempre foi uma importante região industrial. Facilidades como oferta de mão-de-obra, existência de um mercado consumidor, excelente rede de transportes (rodoviário, ferroviário e fluvial) atraíram as indústrias para a capital londrina desde o início da Revolução Industrial. Com um parque industrial diversificado (indústrias automobilísticas, químicas, farmacêuticas, mecânicas), Londres é sem dúvida o principal centro industrial britânico.
Nessa nova fase industrial do Reino Unido, a cidade de Birmingham ultrapassou centros como Liverpool e Glasgow. Muita variedade e dinamismo
Londres, capital do Reino Unido e uma das três mais populosas cidades européias, e um importante centro cultural, comercial e financeiro do mundo.
Da torça da "Dama de Ferro"ao charme de Tony Blair
Não se pode esquecer que, em 1979, o Reino Unido foi o primeiro país desenvolvido a adotar o neoliberalismo, no governo da primeira-ministra Margareth Thatcher. Como consequência da nova política, na década de 1980, grande parte das empresas públicas foi privatizada. Também o desemprego e a pobreza aumentaram no país. Entretanto a descoberta de petróleo na plataforma continental do mar do Norte deu novo alento à economia do Reino Unido. Margareth Thatcher renunciou em 1990, sendo substituída por John Major, que enfrentou problemas com a Irlanda do Norte e com a doença da "vaca louca", que atingiu o rebanho britânico em 1996.
No poder desde 1997,depois de anos de governo dos conservadores, e reeleito em 2001, o trabalhista Tony Blair aprofundou e ampliou as reformas de Margareth Thatcher. Garantiu, mediante lei, a independência do Banco Central britânico e estabeleceu uma disciplina fiscal rigorosa, mantendo os impostos como os mais baixos da Europa. O apoio à empresa privada favoreceu o crescimento do mercado de trabalho, reduzindo o desemprego para 4,5%, uma das taxas mais baixas do mundo. Entretanto o Reino Unido ainda enfrenta problemas como a doença da "vaca louca", que atingiu os rebanhos do país, e crises nos setores da saúde, da segurança e educacional -médicos, policiais e professores protestam por melhores condições de trabalho e por melhores salários. Como líder do Reino Unido, o primeiro-ministro tem tido uma participação ativa na luta contra o terrorismo, após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Na política interna, destacou-se por conseguir os acordos de paz na Irlanda do Norte
França
Rival secular do Reino Unido na Europa, a França, também detentora de um vasto império colonial no passado, apresenta-se na atualidade em melhor posição no ranking dos PIBs e das rendas per capita das maiores economias do mundo.
A INDÚSTRIA E RECURSOS MINERAIS NA FRANÇA
Principal Indústria Química Automobilística Mecânica de bebidas metalúrgica têxtil eletrônica
Os fatores iniciais
A França iniciou sua industrialização após a Revolução Francesa, que colocou a burguesia no poder nos últimos anos do século XVIII (1789). Entretanto só consolidou sua revolução industrial no século XIX, quando conheceu a estabilidade política que chegou depois dos anos conturbados que sucederam a revolução liberal.
As jazidas de carvão mineral determinaram a localização da indústria francesa nos seus primeiros tempos, quando se destacavam as regiões da Alsácia e da Lorena.
A economia francesa após a Segunda Guerra.
Com as mudanças estabelecidas no decorrer do tempo, hoje outros combustíveis são utilizados na França e a distribuição espacial da indústria no país ficou bem diferente, como você pode verificar no mapa ao lado.
Após a Segunda Guerra, a França foi beneficiada pelo Plano Marshall e participou da criação da CEE (Comunidade Econômica Européia), o que permitiu uma rápida recuperação de sua economia, muito afetada pêlos anos de conflitos em seu território.
As regiões industriais francesas
A principal região industrial da França localiza-se na área metropolitana de Paris. A "cidade-luz" - centro político, cultural e econômico - do país. Possui um parque industrial muito variado, que reúne desde o mundo da alta-costura, perfumes e cosméticos, até aviões, automóveis, produtos farmacêuticos e inúmeros outros tipos de indústria.
A França conta com quarenta tecnopolos , entre os quais Lyon (indústrias química e têxtil}, Toulouse (aviões), Nantes (indústrias químicas).
Os principais portos franceses são: Marselha, no mar Mediterrâneo, e Lê Havre, no oceano Atlântico.
Recursos minerais e fontes de energia
Quanto às fontes de energia, a França importa do Oriente Médio e da África do Norte quase todo o petróleo de que necessita. O gás natural é explorado nos Pireneus e as minas de carvão estão praticamente esgotadas. A França tem o maior índice de utilização de energia nuclear do mundo. As hidrelétricas são construídas em rios que descem dos Alpes, dos Pireneus e do Maciço Central Francês. Entre os minérios, destaca-se a bauxita (minério de alumínio), explorada na Provença (Lês Baux) e que alimenta importante indústria metalúrgica.
A França, na atualidade
A França, que disputa com a Alemanha a liderança na UE, é um dos países mais industrializados do mundo. Além disso, é importante potência nuclear. Até 1996, realizou testes na Polinésia Francesa, quando foi obrigada a interrompê-los, sob forte pressão da comunidade internacional.
É o país onde o Estado tem maior participação na economia. Com um governo socialista desde 1997, a França enfrenta problemas comuns na Europa, como desemprego, imigração ilegal e envelhecimento da população.
A intervenção do Estado tem sido fundamental para diminuir a taxa de desemprego, através de planos de criação de postos de trabalho, além de incentivar a fusão de empresas para enfrentar o mundo globalizado. Em 2000, em consequência dessa política governamental, o PIB francês cresceu 3,5% e o desemprego, que era de 12,5% em 1997, caiu para 9,6%.
Seu maior problema político tem sido o separatismo da ilha de Córsega, mas um plano de autonomia para a ilha parece ter provocado uma trégua dos separatistas.
O país mantém um departamento ultramarino, na América do Sul, a Guiana Francesa, que abriga desde 1998 uma base de lançamento de foguetes, o Centro Espacial de Kourou, pertencente à Agência Espacial Européia. Outros departamentos de ultramar são Guadalupe e Martinica, no mar do Caribe, e Reunião, no oceano Indico.
Postado por Prof. Miguel Jeronymo Filho às 06:51 0 comentários:
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Arménia e Chipre, consideram-se europeus por razões históricas e culturais.
Também se consideram parte da Europa quatro repúblicas ex-soviéticas da Ásia Central (Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão), além de Israel.
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