quinta-feira, 29 de julho de 2010

2333 - HISTÓRIA DAS IGREEJAS

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HISTÓRIA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS REFORMADAS NO BRASIL
Escrito por admin
Qua, 12 de Agosto de 2009 12:39
HISTÓRIA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS REFORMADAS NO BRASIL

Prefácio

Ao ler, deve-se levar em consideração que a história foi condensada e que fala apenas sobre o início de cada Igreja.

Cada Igreja–imigrante passou por situações semelhantes. Os membros provinham de origem eclesiástica diversa; deviam adaptar-se a um outro país; e ainda havia as dificuldades financeiras.

A Igreja Evangélica Reformada (IER) tem suas raízes na Holanda e pode-se dizer que chegou no Brasil juntamente com a imigração holandesa, no século passado.



O início da Igreja de Carambeí

Durante o ano de 1911, os primeiros imigrantes chegaram em Carambeí e logo deram início aos cultos dominicais. Primeiro, em uma casa cedida pelo governo e que durante a semana era usada como escola. Os srs. L. Verschoor e J. Voorsluys eram os responsáveis pela leitura dos sermões e pelo ensino doutrinário para os jovens, pois não tinham pastor.

Na Holanda, vários dos imigrantes tinham sido membros de diferentes igrejas do ramo calvinista, mas aqui viviam como se todos fossem membros de uma só igreja. Da mesma forma que os alemães, para os holandeses a religião era de fundamental importância, tanto para preservar a fé, como para promover a união na comunidade.

Já no início, começaram os contatos com a Igreja Luterana, pois havia grande proximidade cultural entre os alemães e holandeses e o relacionamento entre ambos era mais fácil. Os batismos (e, às vezes, cultos) eram realizados por pastores luteranos de Castro e Ponta Grossa.

Contato com a IRA

Vendo a necessidade de organizar-se como igreja, a liderança entrou em contato com o pt. A. C. Sonneveld, que servia a Igreja dos holandeses reformados que moravam na Argentina. Igreja ligada às Igrejas Reformadas da Holanda (GKN). Esta carta foi de grande importância, pois a partir daí iniciaram-se contatos entre Carambeí e as comissões para a América do Sul da Christian Reformed Church/EUA, as Igrejas Reformadas da Holanda e as Igrejas Reformadas da Argentina (IRA).

O resultado destes contatos foi animador. O pastor B. Bruxvoort, da IRA de Três Arroios, foi enviado para Carambeí para estudar a possibilidade de organizar uma Igreja Reformada nesta colônia, que se filiaria ao seu presbitério.

Aprovou-se a organização e, no dia 14 de setembro de 1933, foi instituída oficialmente a Igreja, com um total de 31 membros professos. Ficou decidido que o credo desta Igreja estaria representada nos ‘Três Formulários de Unidade’, a saber: a ‘Confissão Belga’, o ‘Catecismo de Heidelberg’ e os ‘Cânones de Dort’.

Três anos antes, em 1930, haviam construído o primeiro templo.

A Christian Reformed Church/EUA

Esta Igreja, que havia colocado pastores à disposição do Presbitério de Buenos Aires, que subsidiava, logo colocou o pt. W. V. Muller à disposição da nova Igreja, que, sendo aceito pela comunidade, veio para Carambeí com a sua família. O casal Muller foi de inestimável apoio para a igreja e seus membros, durante o período de 1935 até 1952, quando foi sucedido pelo pt. L. Moesker e sua esposa. Este, entre outros, investiu bastante no trabalho missionário local.

O início da Igreja de Castrolanda

Enquanto isso, com a vinda de outros imigrantes holandeses (a partir de 1951), começou a formar-se a Igreja Reformada em Castrolanda, que foi instituída em 25 de outubro de 1952, com um total de 31 membros professos. O pt. W. V. Muller, colocado à disposição pela Christian Reformed Church/EUA, além disso, ainda era responsável pelo cuidado pastoral dos dispersos. O ensino doutrinário para os jovens era dado pelo pt. Moesker e pelos presbíteros.

No início os cultos eram realizados na sala do escritório da Cooperativa. Porém, com a vinda de mais imigrantes, este mostrou-se pequeno e então construíram um local maior, que servia tanto de templo como para todas as outras atividades da comunidade.

A inauguração aconteceu em 5 de julho de 1953, seguida de uma assembléia onde foram tomadas várias decisões importantes, entre outras: seria concedida o direito de voto às irmãs; na primeira quarta-feira de novembro seria realizada o ‘Dia de Oração’ pelo trabalho e no dia 1º de maio o ‘Dia de Ação de Graças’; e se deixaria de comemorar o segundo dia de Páscoa, Pentecostes e Natal, sendo que isto não era costume no Brasil.

Em 1955 a Igreja decidiu chamar seu próprio pastor e convidou o pt. D. C. van Lonkhuyzen, que foi empossado em janeiro de 1957.

Trabalho missionário

Em 1959 recebeu-se a visita de Deputados da Missão, das Igrejas Reformadas da Holanda (IRsH = GKN ), que vieram estudar as possibilidades de trabalho missionário no Brasil. O resultado foi que, em 1961, enviaram o pt. F. L. Schalkwijk, para o trabalho missionário na região das colônias. Trabalho que, a partir de então, começou a se desenvolver sob a sua liderança dinâmica. Alguns anos depois o trabalho missionário ampliou e estendeu-se pelo Estado do Paraná, sempre em deliberação com a IPB (com o qual já se mantinha contato).

O trabalho conjunto com as IRsH mostrou-se de suma importância, pois nas Igrejas das colônias não havia pessoas suficientemente capacitadas, nem os meios financeiros, para um trabalho missionário desta dimensão.

Mais tarde, cada Igreja nomeou representantes, os ‘Deputados da Missão’, que eram responsáveis pelo trabalho missionário das Igrejas e também daquele realizado em conjunto com a Missão das IRsH.

O início da Igreja de Arapoti

No início de 1960, chegaram mais imigrantes da Holanda, que se estabeleceram na região de Arapoti. A maioria, assim como os imigrantes das outras colônias, também provinha de Igrejas do ramo calvinista.

A organização da igreja ocorreu em 14 de outubro de 1960, com 34 membros professos. Solicitou-se a cedência especial, temporária, do pt. W. V. Muller para a Igreja de Arapoti.

Mas sentiram a necessidade de ter seu próprio pastor e então convidaram o pt. L. Moesker, que foi empossado no início de 1962. Assim como o pastor Muller e sua esposa tinham sido, este casal também foi de grande apoio para as famílias dos imigrantes, nos difíceis anos iniciais.

Durante seu pastorado foi construído outro local para o culto e as outras atividades, com ajuda financeira da Holanda, pois a casa de madeira tornou-se pequena. A sua inauguração aconteceu em 17 de agosto de 1966.

A Igreja de Arapoti mostrou o desejo de também fazer parte dos trabalhos missionários, no acordo das Igrejas de Carambeí e Castrolanda com a Missão das Igrejas Reformadas da Holanda.

O início da Igreja de São Paulo

Os primeiros contatos foram por meio do pt. Muller, que atendia aos dispersos. Lá formou-se um grupo, o ‘Círculo Bíblico Holandês’, cujo organização se deu em 16 de maio de 1954, com 16 adultos e 16 crianças. Sentiram a necessidade de se tornarem Igreja e se animaram com a vinda do pt. J. C. Houtzagers. No dia 27 de novembro de 1955 realizou-se a organização oficial, na Igreja Anglicana, com 28 membros professos e 26 membros batizados. Adotaram o nome: ‘Igreja Protestante Holandesa’.

No final de 1957, numa reunião com as Igrejas Reformadas do Paraná, concluiu-se que havia base para caminharem juntos. Mesmo assim demorou até 1962 (durante o período do pt. J. J. Oranje) para decidirem.

A independência da Igreja

Um ano importante na história das nossas Igrejas foi o de 1962, quando desligaram-se da IRA. Na ‘Reunião Nacional’, em 1958, as Igrejas Reformadas no Brasil já haviam decidido caminhar rumo à independência.

Assim, no dia 30 de julho de 1962, em Castrolanda, foi realizada a ‘Reunião Nacional’ das Igrejas Reformadas que tinha como tema: ‘A formação de uma só denominação’. Para tal também convidaram a Igreja Protestante Holandesa de São Paulo e a Igreja Reformada Libertada de Monte Alegre. Nesta reunião decidiu-se pela independência.

A Igreja de São Paulo então também se afiliou à nova denominação, cujo nome escolhido foi: ‘Igreja Evangélica Reformada’ (IER). Foi enviada comunicação oficial da formação da IER, para as Igrejas com que se mantinha contato.

Em 21 de janeiro de 1963 foi realizado o primeiro Sínodo, onde estabeleceu-se a Constituição das IERs. Estatutos aprovados: a IER é uma federação de Igrejas, que adota como única regra de fé e prática: a Bíblia Sagrada. Como confissões adotou os ‘Credos Ecumênicos’ e os ‘Três Formulários de Unidade’, como fiel exposição da doutrina contida na Escritura Sagrada (anos depois, o Sínodo excluiu os Cânones de Dort). A IER tem como finalidade adorar a Deus conforme a Sua Palavra, propagar o Evangelho, promover a educação cristã e obras de caridade, e administrar o seu patrimônio.

A AERIC

Em 1964, as IERs assumem o Instituto Cristão, conforme comodato feito com o proprietário (duração, 50 anos) e forma-se a Associação das Escolas Reunidas do Instituto Cristão (AERIC). O pt. Muller foi convidado a dar mais atenção ao Instituto Cristão, além do cuidado aos membros dispersos.

A IER da Vila Nova Holanda

A IER da Vila Nova Holanda surgiu da necessidade de se investir mais no trabalho entre os brasileiros, pois havia entre estes os que tinham o desejo de afiliar-se à IER. Em janeiro de 1965 o Conselho da IER de Carambeí decidiu subdividir-se em duas alas, uma de língua holandesa e outra de língua portuguesa. Os membros puderam escolher a qual ala desejavam se afiliar.

O primeiro culto no salão da Vila Nova Holanda, realizou-se em 20 de março de 1968. A organização e afiliação ao Sínodo das IERs, como Igreja autônoma, aconteceu no dia 21 de agosto de 1977, com 98 membros professos. Em 1990 a Igreja comunicou ao Sínodo, que alcançaram autonomia financeira.

A mulher no ofício

Na sua reunião em 1971, o Sínodo resolveu autorizar que as mulheres ocupem ofícios na IER, deixando às igrejas locais a liberdade de opção.

Mais ou menos a partir da década de ‘70, começou a reflexão sobre o futuro das IERs. Integrar numa Igreja brasileira, sim ou não?



A IER de Tibagi

No ano de 1975 apresentou-se a possibilidade de iniciar um trabalho em Tibagi, contando com a cooperação de jovens casais que se mudaram de Carambeí para Tibagi. Nesta época, não havia nenhuma Igreja Evangélica na cidade. No início, os trabalhos e atos pastorais foram realizados por pastores das IERs e a responsabilidade dos cultos coube a dois membros da Congregação: Cornélio de Geus e Nicolaas Biersteker. O templo foi inaugurado no dia 4 de março de 1979.

No ano de 1981, a IER de Carambeí convidou o pt. Simon Wolfert para pastorear a Congregação. Esta Igreja encaminhou um pedido ao Sínodo para que concedessem autonomia à Congregação e pediram também que todas as IERs assumissem a responsabilidade de acompanhar e apoiar à novas igrejas da IER.

A organização da IER de Tibagi, aconteceu no dia 26 de fevereiro de 1982.

Os primeiros seminaristas

O primeiro seminarista foi o pt. Auke R. van der Meer, que se formou em 1978, no Seminário Presbiteriano de Campinas. A seguir foi trabalhar na IPB (mais tarde ele trabalhou alguns anos para a IER).

Em 1979 o pt. Leonardo de Geus Los se formou e pouco tempo depois foi enviado para Holanda, para estudo complementar. Ao voltar, em 1981, foi ordenado pastor, na IER de Carambeí e enviado ao campo missionário do norte pioneiro do Paraná e mais tarde para a região de Pato Branco. (Anos depois, em 1991, ele foi nomeado Coordenador da Missão das IERs)

Jubileu 45 anos de pastorado

O culto de gratidão pelo jubileu do pastorado do reverendo W. V. Muller foi realizado em 26 de outubro de 1979, em Carambeí. Foram 45 anos que este grande homem dedicou à obra do Senhor, dos quais grande parte nas colônias, tanto na área eclesiástica como na econômica, desde sua ordenação em 1934.

A língua

Gradativamente foi aumentando a necessidade do uso da língua portuguesa nas IERs de língua holandesa, principalmente nas atividades com adolescentes e jovens. Mas também nos cultos em português, até então dirigidos por pastores convidados ou pastores holandeses.

Assim a IER de Carambeí-colônia procurou e, em fevereiro de 1986, empossou o primeiro pastor brasileiro, pt. João V. de Lima. Nesta época, a Igreja já contava com 605 membros, professos e batizados.

Alguns anos depois, a IER de Castrolanda também viu esta necessidade e o primeiro pastor brasileiro foi empossado em 10 de fevereiro de 1991. Esta IER tinha então um total de 604 membros, professos e batizados.

E, em 1996, a IER de Arapoti empossou o primeiro pastor brasileiro. Então esta Igreja contava um total de 383 membros.

Neste ano de 1996, o total de membros das IERs somava: 2.445 membros, professos e batizados.

Contatos ecumênicos

A IER sempre manteve contatos ecumênicos com outras Igrejas e Organizações, entre outros com o WARC, CONIC, CLAI, etc.

Em 1990 são formados dois outros departamentos sinodais, ao lado do Departamento da Missão: o de Contatos Ecumênicos (DCE) e o de Educação Cristã, que em 1994 foi renovado e composto por representantes das IERs do Paraná, tornou-se o Departamento de Educação Cristã Sinodal (DECS).

O Sínodo aprova um Documento Protocolo com a IELB, em1993, que também regulariza a cedência de pastores da IELB para a IER.

A IER de Gerais de Balsas

Em 1995, um grupo de pessoas oriundas de Carambeí estabeleceu-se em Gerais de Balsas, Maranhão. Na reunião do Sínodo foi decido que seriam visitados mensalmente por um pastor das IERs. No ano seguinte, o grupo pediu ajuda na procura de um obreiro e manifestou o desejo de se tornar uma IER. Inicia-se então o processo de instituição e organização da IER de Gerais de Balsas, fato que aconteceu no dia 23 de setembro de 1996. A inauguração do templo foi em 30 de novembro de 1997.



A Comunidade de Curitiba

Também no ano de 1995, o Sínodo aprovou a proposta do Departamento da Missão para um trabalho missionário em Curitiba, em parceria com as Igrejas Cristãs Reformadas da Holanda. O pt. Auke van der Meer foi o primeiro pastor missionário. Existia um ponto de partida, pois um grupo de estudantes e alguns membros da IER, moravam em Curitiba. Após várias dificuldades nos anos iniciais, procurou-se um local de reuniões no bairro Portão e em 8 de março de 1998, foi instituída a Comunidade de Curitiba, com ligação especial com a IER de Castrolanda. Em 10 de junho de 2001 organizaram-se, foi instalado um Conselho e passou a ser Congregação Sinodal IER Curitiba.



Conclusão

No decorrer dos anos, a Igreja ocupou um lugar central e conseguiu manter a união nas comunidades, apesar da diversidade e das diferenças.

¯ "Até aqui Deus conservou a Sua igreja amada;

com Suas bênçãos a alegrou na vida atribulada.

Jamais faltou a pregação e a boa nova do perdão,

que a muitos foi levada." ¯

Graças, Senhor, Te rendemos!



Fontes usadas:

"25 jaar Arapoti" (1985) - N. A. Bronkhorst

"Carambeí 75 jaar" (1986) - H. A. Kooy

"Castrolanda 40 jaar" (1991) - C. H. L. Kiers – Pot

"História das IERs" (1991) - pt. A. R. van der Meer

"História da Igreja no Brasil" (2001) - pt. J. G. de Geus Los

"Documentos Oficiais das IERs" (Resoluções do Sínodo) – edição de 1999



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