quinta-feira, 22 de julho de 2010

1851 - HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Apresentação 7
It’s been a hard day’s night
And I’ve been working like a dog
It’s been a hard day’s night
I should be sleeping like a log
(Lennon & McCartney)
O presente número especial é um dos produtos do
Grupo de Trabalho (GT), que funcionou em 2000
no âmbito do VIII Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio
Científico da Associação Nacional de Pesquisa e Pósgraduação
em Psicologia (ANPEPP), denominado “GT:
Desafios Metodológicos da Pesquisa em Psicologia
Organizacional e do Trabalho”. Este GT foi herdeiro de outros
que funcionaram nos referidos Simpósios, em anos anteriores.
Para uma melhor compreensão do que se passou,
julgamos que deveríamos deixar aqui registrados o cenário
que então percebíamos e nossa versão sobre a trajetória e
fatos que levaram àquele evento.
Cenário em que atuava o GT
Dentre os diversos domínios de produção de conhecimento
na Psicologia, no fim do século XX a Psicologia
Organizacional e do Trabalho (POT) brasileira caracterizava-
se (e obviamente continua a ser assim) como um dos
menos desenvolvidos enquanto campo de pesquisa. Os seus
pesquisadores, com projetos apoiados pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
eram onze pessoas ou 7% dos da Psicologia que recebiam
esse apoio. Sete desses onze pesquisadores estavam no Distrito
Federal, o que era um indicador da alta concentração
dos esforços apoiados de pesquisa em muito poucas instituições.
Além disso, somente três desses onze pesquisadores
estavam classificados no nível 1 e um no nível 2A, o que
sugeria que a maioria estava em início de carreira. As perspectivas
de saída desse quadro, a curto prazo, eram remotas,
considerando-se que esse domínio tinha no CNPq, em
relação à área da Psicologia, 3% das bolsas de mestrado e
2% das de doutorado no país e 6% das bolsas de doutorado
no exterior. Em termos absolutos, essas bolsas eram uma
dezena.
Havia poucos núcleos recentemente consolidados de
pesquisa e um número de pesquisadores dispersos, muitos
sem contar mesmo com o pequeno apoio do CNPq, em diferentes
unidades da federação e cursos de pós-graduação e
graduação, alguns fora da Psicologia (geralmente em Administração)
e mesmo fora do ambiente universitário. As
origens institucionais dos membros do GT que funcionou
em 2000 provavelmente sugerem onde estavam esses pesquisadores:
Universidades de Brasília (UnB) e Federais de
Minas Gerais (UFMG), Santa Catarina (UFSC), Bahia
(UFBA), Rio Grande do Norte (UFRN), Paraíba (UFPB),
Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e Universidade
Metodista de São Paulo (UMESP), bem como
outras instituições, que nos biênios anteriores tiveram participação
em outros GTs (relacionados a POT), como as Universidades
de São Paulo, em São Paulo (USP-SP) e em Ribeirão
Preto (USP-RP), Federal de Uberlândia (UFU) e
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), as Pontifícias Universidades
Católicas de São Paulo (PUC-SP) e do Rio Grande
do Sul (PUC-RS) e a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa). Outra instituição, com interesses
de pesquisa em “organizações e trabalho”, mas que somente
participou do GT na condição de observadora, foi a
UFRGS. Esses núcleos investigavam (e investigam) importantes
questões relacionadas à compreensão do comportamento
humano em contextos organizacionais e de trabalho,
assim como práticas e políticas organizacionais e sociais relativas
à gestão das pessoas que têm ocupações remuneradas.
Criou-se, assim, um corpo inicial de conhecimento sobre
o trabalhador, as organizações e as práticas de gestão no
contexto nacional.
Constatou-se em 1994, como diagnosticou o GT relacionado
a POT do V Simpósio da ANPEPP, a existência de
um paradoxo. De um lado, era pequeno o seu peso relativo,
em termos da formação inexpressiva que oferecia a grande
maioria das instituições de ensino superior, da pouca presença
de professores e pesquisadores qualificados a ela dedicados
e da pouca importância (e até aviltamento) que a
“Psicologia estabelecida” atribuía à POT. Este “lobo mau”
da Psicologia, expressão cunhada por Wanderley Codo, ficou
à margem do eixo principal desta ciência, nas instituições
universitárias de ensino e pesquisa da Psicologia, onde
esta vicejava. Por outro lado e por isso mesmo, não sofreu
A P R E S E N T A Ç Ã O
Trajetória da Psicologia Organizacional e do Trabalho nos
Simpósios da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação
em Psicologia, antes de 2000
8 Apresentação
em todos os lugares e da mesma forma as conseqüências da
crise por que passavam (e passam) estas instituições, crise
esta que arrastava (e arrasta) os que elegeram essas instituições
como locus privilegiado (ou único). A condição de desvalorização
interna em que vivia (e vive) a subárea de “organizações
e trabalho”, nessas instituições, a forçou a buscar
parcerias (por exemplo, em cursos de Administração e
com empresas públicas e privadas), que lhe deram apoio
estratégico e condições de desenvolvimento sustentado, além
de a polinizarem e a forçarem a sair da endogenia. Como
conseqüência, a maior parte de sua produção nem é divulgada
através dos meios típicos (congressos e revistas) da Psicologia
nacional.
A realidade impõe múltiplos desafios, quando se tem
em mente a necessidade de consolidação da POT, subárea
que absorve um elevado contingente de profissionais da Psicologia,
egressos dos seus cursos de graduação. Ao longo
dos últimos doze anos, como demonstraremos mais adiante,
a ANPEPP vem se constituindo em importante espaço para
articulação desses pesquisadores em “organizações e trabalho”.
Espaço não só de troca de experiência como também
de constituição de projetos integrados de pesquisa, o que
acabou culminando até com o apoio do Programa de Núcleos
de Excelência (PRONEX) do Ministério da Ciência e
Tecnologia, a alguns desses pesquisadores. Esse fato é extraordinário,
dada a pequenez da pesquisa nacional em POT
e considerando o fato de que somente dois núcleos da Psicologia
brasileira até agora conseguiram tal reconhecimento
desse Programa. Certamente é um indicador de que, embora
o tamanho seja diminuto, já existe organização e amadurecimento
suficientes para competir no cenário da ciência
nacional e conseguir recursos escassos.
Origens e história anterior ao GT 2000
O primeiro GT relacionado a POT em Simpósios da
ANPEPP, denominado “Estudos de Organização e Trabalho”,
ocorreu em 1990, durante o III Simpósio de Pesquisa e
Intercâmbio Científico. Na época, estava composto por pesquisadores
de pós-graduação da UnB, PUC-RS e PUC-SP.
Discutiu sua estratégia de consolidação no âmbito dessa
Associação, dado que o tema “organizações e trabalho” estava
pouco desenvolvido nos cursos de mestrado e doutorado
no país. Decidiu-se criar uma sistemática de comunicação
entre os membros do GT e outros pesquisadores identificados,
a fim de estimular o conhecimento mútuo da produção
acadêmica brasileira e a ampliação do próprio Grupo.
Os membros iniciais já se declaravam com uma postura
metodológica e teórica aberta e pretendiam continuar nesta
orientação no próximo Simpósio. Foram discutidos três trabalhos
de pesquisa, cobrindo os temas: a dinâmica da subjetividade
nos ambientes de trabalho, as representações sociais
dos gerentes a respeito da gerência e a representação e
regulação do sistema de produção. Dois deles tiveram seus
resumos publicados nos Anais do evento.
No IV Simpósio, em 1992, quatro programas de pósgraduação
foram representados no GT, bem como dois grupos
de pesquisa, das seguintes instituições: UnB, PUC-SP,
USP-SP, USP-RP, UFU e Embrapa. Nessa ocasião, o GT
denominou-se “Ambiente, Funções e Comportamento
Organizacional”. Sua reunião permitiu uma avaliação das
pesquisas na área de “organizações e trabalho”, tendo sido
encontrada uma identidade nos projetos desenvolvidos, necessitando
contudo de maior sistematização para a efetiva
consolidação do Grupo. A área necessitava se estruturar nos
programas de pós-graduação, não havendo grupos de pesquisadores
em número suficiente para sustentar uma linha
de pesquisa nesses programas. Existiam pesquisadores isolados,
nas diferentes instituições, tentando atender uma demanda
cada vez maior.
O mercado de trabalho solicitava, de forma clara, profissionais
com conhecimentos de questões mais aprofundadas
do que aquelas tratadas tradicionalmente pelos cursos destinados
à formação de recursos humanos. A emergência de
novos programas de pós-graduação, que incluíssem nas suas
áreas de concentração as temáticas de “organizações e trabalho”
permitiria, por um lado, maior rigor científico no trato
das questões colocadas pela demanda então existente e,
por outro lado, criaria massa crítica de demanda para formação
de docentes na área.
Os estudos e pesquisas apresentados e discutidos durante
o encontro do GT focalizaram, de forma complementar,
aspectos do trabalho e do fenômeno organizacional: uma
proposta de classificação da pesquisa em psicologia
organizacional, um estudo sobre as representações sociais
dos acidentes de trabalho, uma pesquisa sobre processos
atribuicionais em acidentes de trabalho, uma avaliação sobre
mal estar do trabalho vazio em banco estatal, uma análise
ergonômica da organização do trabalho em refinaria e um
estudo sobre as conseqüências da tarefa de digitação para
leitura de textos. Os resumos de quatro desses seis trabalhos
foram apresentados nos Anais do IV Simpósio e seus
textos integrais foram publicados isoladamente pelos seus
autores, em forma de artigos ou capítulos de livros.
Em 1994, no V Simpósio da ANPEPP, o Grupo de Trabalho
(GT) “Uma Agenda de Pesquisa para a Psicologia
Organizacional e do Trabalho” realizou uma análise e discussão
das pesquisas brasileiras publicadas nos anos 1980-1993,
em oito domínios da Psicologia Organizacional e do Trabalho
(sob as disciplinas Psicologia, Administração, Educação,
Sociologia e/ou correlatas): treinamento e desenvolvimento
de pessoal, vínculos indivíduo - organização, formação
e atuação do psicólogo organizacional, qualidade de vida
no trabalho, avaliação de desempenho, atitudes e crenças
Apresentação 9
relativas ao trabalho, saúde mental e trabalho e avaliação
organizacional. Estiveram presentes pesquisadores da UnB,
UFBA, UFSC, UFMG, UFU, Embrapa, e USP-RP. Em menos
da metade desses casos, estes pesquisadores eram de
programas de pós-graduação em Psicologia, sendo que nos
outros casos eram de cursos de graduação em Psicologia,
pós-graduação em Administração e de grupos de pesquisa
isolados.
Foi feita uma revisão e uma organização sistemáticas
do que tinha sido produzido, visando uma avaliação da medida
em que a produção existente se inseria nas tendências
mais recentes - quer temáticas, quer metodológicas - observadas
na literatura internacional e realmente necessárias
para o desenvolvimento social brasileiro. Tal avaliação permitiu
começar a identificação de uma agenda de pesquisa
para a área, que iria auxiliar na articulação das ações dos
pesquisadores e dos estudantes de pós-graduação.
Para aquele Simpósio, cada participante do GT levou
um trabalho, escrito individualmente ou em co-autoria, que
sistematizou o estado da arte e apontou diretrizes para o
desenvolvimento de estudos futuros, num dos oito domínios.
Durante o V Simpósio, os trabalhos foram apresentados
oralmente para o Grupo. Além disto, cada texto foi anteriormente
lido por um dos membros do Grupo, que funcionou
como debatedor principal e avaliador do que havia sido realizado,
fazendo críticas e sugestões para melhoria, logo após
a apresentação oral do trabalho. Finalmente, foi realizada
uma discussão geral sobre os problemas da pesquisa em cada
um dos domínios analisados, com base na apresentação do
autor e na discussão iniciada pelo debatedor principal. Alguns
desses textos foram publicados, de forma isolada, pelos
seus autores.
O referido GT realizou, após as discussões das revisões
apresentadas, um diagnóstico da pesquisa em Psicologia
Organizacional e do Trabalho no Brasil e esboçou os
seus próximos rumos. De acordo com esse diagnóstico, a
pesquisa em POT sobreviveria em ambientes diferenciados,
como a Psicologia, a Administração, a Educação e a Sociologia,
sendo igualmente realizada fora e dentro das universidades,
em alguns poucos programas de pós-graduação e fora
deles. Haveria avanços significativos na natureza do conhecimento
produzido. Ele seria interdisciplinar, gerado através
de metodologias híbridas e altamente preocupado com
sua institucionalização. Na área de “organizações e trabalho”,
a discussão sobre a relevância social da ciência psicológica
estaria superada, principalmente no que concerne à questão
da valoração apriorística dos problemas a serem pesquisados.
Seria mais importante discutir como incorporar conhecimentos
e tecnologias gerados nas cadeias de produção
organizacional, nas ações dos trabalhadores e, principalmente,
no ensino de graduação e pós-graduação em Psicologia.
À margem do eixo principal, teria surgido uma área de
pesquisa preocupada em aproveitar as oportunidades de parcerias
institucionais e em atender reivindicações de conhecimentos
e tecnologias, contornando as barreiras existentes
no sistema universitário brasileiro. Foram criadas alternativas
de produção de conhecimento, retiradas do “modus
operandi” de outras fontes que não a acadêmica. Com isso,
contribuições já estariam disponíveis para as necessárias
reformulações da relação ensino (de graduação e pós-graduação)
- pesquisa nas instituições universitárias, faltando
compartilhar e sistematizar as mesmas. Era nesta direção
que o GT pretendia caminhar, no VI Simpósio, em 1996.
Por causa da existência de ameaças à sua sobrevivência
e da exigência de um pensamento estratégico e de uma visão
finalista, ainda de acordo com aquele diagnóstico, não
teriam surgido em POT conflitos e disputas que resultassem
em separações irreconciliáveis entre seus pesquisadores.
Decidiu-se, no entanto, para fins de aprofundamento dos dois
objetos essenciais de atenção da área (as organizações e o
trabalho) e para melhor aproveitar as experiências de outros
pesquisadores que tinham sido excluídos (por falta de
espaço no GT), propor a criação de dois GTs para o VI
Simpósio da ANPEPP. Um deles foi organizado pelo autor
do presente texto, enquanto o outro foi paralelamente proposto
pelo Prof. Wanderley Codo, existindo estreita articulação
entre ambos os Grupos. Um terceiro GT, naquele momento
mais interessado em questões de cultura, mudança e
medidas em organizações brasileiras, foi proposto, de forma
independente e paralela, pelo Prof. Álvaro Tamayo. Esses
três coordenadores eram da UnB.
A avaliação final do GT, no V Simpósio, foi de que o
produto da pesquisa em Psicologia Organizacional e do Trabalho
era bom, mas necessitando de contar com um apoio
mais generoso dos órgãos de fomento e das associações científicas
e de respeito quanto à sua natureza híbrida e às
formas de organização de sua produção e disseminação. De
sua parte, os participantes discutiram e decidiram as estratégias
para que isso pudesse ocorrer. A proposta feita para o
Simpósio seguinte era uma dessas estratégias, tendo ela sido
denominada “Relações entre Pós-graduação, Graduação e
Pesquisa em Psicologia Organizacional”. Não por acaso, ela
se articulava com os trabalhos realizados pelo GT anterior
(no V Simpósio) e também com o tema geral do VI Simpósio
da ANPEPP.
Em 1996, o objetivo a ser perseguido pelo então GT
foi: “Através do relato, análise e discussão de experiências e
propostas locais de integração entre graduação, pós-graduação
e pesquisa em Psicologia Organizacional, sistematizálas
em um conjunto que possa ser disseminado nacionalmente,
a fim de sugerir alternativas e produzir avanços no
ensino e pesquisa”. Um objetivo muito similar, mas voltado
10 Apresentação
para a pesquisa em Psicologia do Trabalho, foi definido pelo
GT proposto pelo Prof. Wanderley Codo. O terceiro GT da
área, no entanto, pretendia alcançar outros objetivos.
A proposta original incluía seis membros no GT de “Psicologia
Organizacional” do VI Simpósio, mas um deles não
pode comparecer nem enviou seu trabalho. Cinco textos, de
pesquisadores da UnB, UFSC, UFPB e UFBA foram escritos,
discutidos e revisados, cobrindo as seguintes temáticas:
pesquisa qualitativa em psicologia e administração, aspectos
psicossociais das cooperativas agrárias, comprometimento
no trabalho, treinamento de pessoal e avaliação de desempenho
ocupacional e estruturas de poder. Em três dessas
instituições, já existiam programas de pós-graduação com
áreas de concentração ou linhas de pesquisa em “organizações
e trabalho”. Os outros dois GTs, propostos paralelamente
para o Simpósio, também discutiram trabalhos produzidos
pelos seus membros. Decidiu-se publicar conjuntamente
os textos discutidos, pelos pesquisadores dos três GTs,
num volume especial dos Anais, patrocinado pela ANPEPP,
e também na forma de um livro com edição comercial, aprovada
pela ANPEPP, que seria uma estratégia para possibilitar
mais ampla divulgação dos textos. O referido livro foi lançado
em 1997 e em 2001 teve sua primeira edição esgotada.
No VII Simpósio, em 1998, continuaram a funcionar os
três GTs já citados. O GT com o foco em “organizações e
trabalho” foi denominado “Comportamento Organizacional:
indivíduo, processos organizacionais e contextos de trabalho”.
Em sua proposta original foram incluídos sete membros,
mas somente seis compareceram, vinculados às seguintes
instituições: UnB, UFBA, UFPB, UFSC e UERJ
(quatro delas com programas de pós-graduação em Psicologia,
com áreas de concentração ou linhas de pesquisa
enfocando “organizações e trabalho”).
Os objetivos do Grupo de Trabalho, no referido ano,
foram:
1. realizar intercâmbio de informações, referentes aos
temas definidos, e sobre linhas de pesquisa em andamento
nos Programas de Pós-graduação nacionais;
2. discutir pesquisas em processo de realização ou em
fase imediatamente anterior à publicação dos seus
resultados, de modo que o grupo ainda pudesse contribuir
para a sua melhoria;
3. discutir estratégias implementadas de investigação
dos temas definidos, de forma a contribuir para o
aperfeiçoamento e melhor adequação entre objeto,
problemas e metodologias de pesquisa;
4. organizar ou desenvolver parcerias entre programas
de pós-graduação, para realizar trabalhos de pesquisa
e ensino nos temas definidos;
5. debater e formular estratégias de incentivo e
mobilização de pesquisadores - psicólogos para o
campo de estudos das organizações brasileiras;
6. discutir políticas e prioridades de pesquisa e ensino
de pós-graduação, nos temas definidos;
7. trocar informações sobre convênios e instituições de
ensino e pesquisa no exterior, assim como sobre fontes
alternativas de financiamento de pesquisas.
Os trabalhos de pesquisa apresentados e discutidos incluíram
as seguintes temáticas: mudanças organizacionais e
comprometimento no trabalho, avaliação de programas e sua
influência comportamental no mundo agrário, impacto de
treinamento no trabalho, comportamento humano e planejamento
estratégico em organizações, poder e justiça nas organizações
de trabalho e representações sociais do poder
em organizações governamentais. Os cinco primeiros trabalhos
tiveram seus textos revisados e foram submetidos para
publicação em um número especial da revista “Psicologia e
Sociedade”, da Associação Brasileira de Psicologia Social
(ABRAPSO). Essa revista publicou alguns deles, junto com
outros que tinha recebido como resultado de uma chamada
para um número especial, e a ABRAPSO sugeriu aos integrantes
do GT que, considerando o estágio de produção científica
na área, teria chegado o momento de investir esforços
na criação de uma revista científica especializada em
POT. A criação dessa revista, bem como sua estrutura, procedimentos
e critérios, foram discutidas entre os membros
do GT, bem como entre membros dos outros dois GTs “irmãos”
que funcionaram no VI e VII Simpósios. Seu primeiro
número começou a circular em 2001, com o nome de
“Psicologia: Organizações e Trabalho”, sendo o segundo
autor do editorial do presente número escolhido como seu
primeiro editor.
A continuação desta história, referente ao VIII Simpósio
ocorrido em 2000, está contada naquele editorial.
Are you sad because you’re on your own?
No, I get by with a little help from my friends
I get high with a little help from my friends
I’m gonna try with a little help from my friends
(Lennon & McCartney)
Jairo E. Borges-Andrade (Universidade de Brasília)
Editor convidado

COPYRIGHT DEVIDO AO AUTOR DO TEXTO.

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