sábado, 17 de julho de 2010

1701 - CÉREBRO HUMANO

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A DÉCADA DE 1990, O CONHECIMENTO DO CÉREBRO HUMANO E A NOVA EDUCAÇÃO (1)


Por muitos anos o conhecimento sobre o cérebro humano e os processos sobre como construía e armazenava saberes, assemelhava-se ao desbravar de uma selva tropical. Conhecia-se alguma coisa sobre seus contornos, mas poucos se atreviam imaginar o que estava oculto em seu interior.
O século XX já estava quase agonizando pouco se sabia sobre as aprendizagens, a cognição, os pensamentos e as memórias, sobre as emoções e a consciência. Existiam estudos interessantes e pesquisas esparsas, experimentos curiosos, mas, como se mostravam sem continuidade, prevaleceriam especulações sobre pensamentos, conexões e sentimentos, identificados apenas pela observação de seus efeitos. Os países mais avançados desenvolviam centros de estudos, mas o que descobriam sobre a mente humana era guardado com segredo político, distante do domínio público.
Mas, com a chegada da década de 1990 tudo isso mudou e essa intrincada floresta cerebral começou a ser rapidamente identificada e descrita.
O fim da guerra fria e, mais tarde, a globalização quebraram a exclusividade científica e estudos sobre o cérebro tornaram-se populares. O desenvolvimento e o rápido avanço das Ciências da Computação, a capacidade eletrônica de rastreamento do cérebro de pessoas vivas permitiu avanços consideráveis e verdadeiras incursões sobre essa floresta desconhecida que era a mente humana. Produziram-se congressos, livros vieram à luz e novas pesquisas orladas por respeitados investimentos se tornaram populares.
Hoje já não mais se pode comparar o conhecimento sobre o cérebro humano a uma floresta impenetrável, ainda que reste muita coisa a se descobrir.
Novas técnicas de diagnóstico por imagem tornaram visível o mundo interno da mente, novas especializações graduaram-se e no entusiasmo desses avanços apareceu uma nova ciência - a Ciência da Cognição - pesquisando elementos até então desconhecidos do cérebro, agregando a interdisciplinaridade dos avanços da computação e pesquisas da psicologia, antropologia, filosofia e sociologia.
No momento atual, em que ainda não se completa a primeira década do século XXI, os modernos aparelhos de varredura funcional do cérebro estão desbravando esse magnífico território com seus cem bilhões de células nervosas e mais de cinqüenta substâncias neurotransmissoras, e descobrindo cascatas de conexões entre uma fantástica constelação de neurônios em ação, até então desconhecida.
Existem mais revelações, surpresas e descobertas a se pesquisar na cabeça de uma simples pessoa que cruza nosso caminho que entre todos os corpos do universo estelar.
Esse formidável avanço científico já seria admirável mesmo que não trouxesse qualquer utilidade prática ao nosso cotidiano. Saber melhor quem somos, como pensamos e porque sentimos, possui valor que não precisa ter preço; mas o desvendar progressivo do cérebro humano expressa solução admirável para a medicina. O que hoje sabemos sobre a amnésia, a epilepsia, o autismo, os transtornos da atenção, a esquizofrenia e mais uma centena de disfunções cerebrais representa avanço inimaginável anos atrás e se para todos esses desvios ainda não se conhece a cura, sabe-se que se está mais perto da mesma do que antes jamais se imaginou estar.
Mas, não é apenas a ciência médica que avança com os novos ramos da Ciência da Cognição. A educação, por certo, caminha com igual rapidez.
Quando uma mãe ou um pai cobra uma ação de seu filho, quando um professor ou uma professora solicita um procedimento de seu aluno, é ao cérebro que se está dirigindo. Como prestar atenção? Como guardar nas memórias? Como fazer do conteúdo que se aprendeu uma ferramenta para outros aprenderes? Estas e outras, muitas outras questões, possuem atualmente respostas muito diferente das que eram conhecidas anos atrás. Observando-se o cérebro de uma pessoa em um aparelho de ressonância magnética funcional é possível localizar e observar a mecânica da raiva, a explosão da violência, a misteriosa força das emoções no equilíbrio da cura e até mesmo identificar a bondade e o humor, a crueldade e a frustração, o altruísmo e a estranha produção de dopamina que melhora o ânimo quando se reconhece e recorda uma música que já nos encantou.
Nos capítulos seguintes desta matéria, se buscará mostrar a face de uma Nova Educação, esculpida pelos prodigiosos avanços sobre o conhecimento do cérebro humano. Sem jamais se afastar da idéia de que tudo quanto sobre esse tema se aprende possui função prática para a sala de aula, se estudará a cognição, a aprendizagem, a memória, as emoções, mas sobretudo essa prodigiosa e surpreendente inteligência humana.
Tudo quanto até hoje sobre a mente humana já se descobriu se apóia em uma verdade da qual já não mais se pode duvidar; do extraordinário poder do cérebro humano se transformar a cada instante, dessa notável neuroplasticidade cerebral.



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SOBRE O AUTOR
Celso Antunes nasceu em São Paulo, no Brooklin Paulista, em 1937.
Em sua juventude foi carteiro, estafeta, auxiliar de escritório e, mais tarde, pela imposição da lei, fez-se soldado, depois Cabo. Formou-se em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo-USP, fez-se depois Especialista em Inteligência e Cognição e Mestre em Ciências Humanas e, por ironia das contingências, já idoso, foi condecorado como colaborador emérito do Exército Brasileiro.
Ministrou aulas por mais de quarenta anos em todos os níveis de ensino, foi Coordenador e Diretor de Escolas de Educação Infantil e Médio e, mais tarde Diretor Acadêmico de Faculdades. Ministrou aulas em inúmeros cursos de pós-graduação em níveis diferentes. Por mais de trinta anos escreveu livros didáticos, publicados por várias editoras brasileiras. A quantidade supera os cento e cinqüenta e as tiragens bem mais de cinco milhões de exemplares.
Em 1997, resolveu não mais escrever livros didáticos, dedicando-se a pesquisa e elaboração de livros pedagógicos envolvendo diferentes temas ligados ao ensino e suas estratégias e a aprendizagem e suas muitas situações. Esses livros, mais de cinqüenta considerando que alguns são fascículos, foram editados pelas principais editoras brasileiras como Vozes, Papirus, Scipione, Artmed, Positivo, Augustus, Salesiana e Ceitec. Foram também traduzidos na Europa, na América do Norte e em diversos países da América do Sul.
É membro consultor da Associação Internacional pelos Direitos da Criança Brincar (UNESCO). Ministrou e ministra cursos e palestras em todos os cantos do país, mas também em alguns países das Américas e da Europa.
Endereço eletrônico: www.celsoantunes.com.br e celso@celsoantunes.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
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Fechando a torneira enquanto escovo os dentes e lavo a louça
Lavando o carro com balde e varendo as calçadas
Tomando banho bem curto
Em todas minhas ações que envolvem água
Não economizo, pago a conta



As "pulseiras do sexo" devem ser proibidas nas escolas?
Não, os jogos sexuais entre jovens sempre existiram, se proibir, amanhã será a camiseta do sexo etc...
Sim, porque as crianças correm risco de ser atacadas ao usar
Não, a maioria usa só como adorno. Entra no jogo quem quer!
Não, basta conversar com as crianças e informar que existe um jogo ligado as cores
Sim, porque as crianças se iniciam sexualmente muito cedo







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