1543 - HISTÓRIA DAS BIBLIOTECAS

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Histórico da Biblioteca da UFLA

BIBLIOTECA DA UFLA

BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DO SÉCULO XXI: RUMO AOS PRÓXIMOS 100 ANOS

A Biblioteca Central da Universidade Federal de Lavras está instalada num espaço físico de 5.000m²



HISTÓRICO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UFLA

É interessante como o início da universidade está ligado, ao mesmo tempo, ao início do museu e ao da biblioteca. Remetendo-nos à Antiguidade, encontramos os latinos que denominavam Museum ao gabinete ou a sala de trabalho dos homens de letras e ciências. Ptolomeu I, soberano do Egito, deu esse nome à parte do seu palácio, em Alexandria, onde se reuniam os sábios e filósofos mais célebres do seu tempo, para se entregarem ao estudo das letras e das ciências, tendo à sua disposição uma biblioteca que se tornou famosa na Antiguidade (Barroso, 1951).

Campos ([196-]), em seus estudos, mostra que o museu apareceu em Alexandria, na famosa biblioteca organizada pelo genial matemático Erastótenes, ao tempo dos Ptolomeus. Uma das alas da biblioteca, onde se reuniam os sábios, filósofos e naturalistas para ali debater, num encontro que poderíamos chamar universitário, os temas de seus estudos. Não se tratava mais do “templo das musas”, da mitologia grega. No palácio de Alexandre, o museu se transformara agora em “templo da ciência” (Campos [196-]).
A Biblioteca da Universidade Federal de Lavras teve seu início no Centro Histórico da então Escola de Agricultura de Lavras. Surgiu de maneira simples e sem organização, mas já com o objetivo de contribuir com os estudantes de agronomia daquela época.
Inicialmente, a Biblioteca funcionava no Pavilhão Odilon Braga, numa sala à esquerda da entrada principal do prédio. À direita funcionavam a Secretaria e a Diretoria da ESAL.
Em 1961, tinha um amontoado de livros, sem nenhum tipo de organização, com o nome de Biblioteca. com a federalização, a maior partes desses livros foi para Instituto Gammon.
Em 1965, eram poucos livros e poucas revistas, com certeza, doados. Realizou-se, então, a limpeza desse material e os mesmos foram colocados nas estantes, organizados por ordem cronológica. Nesta mesma época, foi elaborada a primeira lista de livros básicos do curso de Agronomia, exigidos pelo MEC, para serem comprados.
Segundo arquivos e informações pessoais, a Biblioteca teve seu início em 1958, porém, não possui qualquer documento oficial de criação e/ou inauguração.
CRONOLOGIA DA BIBLIOTECA DA UFLA





No final dos anos 1960 e início dos anos 70, a Biblioteca funcionou, por algum tempo, no prédio do atual Museu Bi Moreira.
Em 1970, foi criada a primeira Comissão de Biblioteca, formada pelos professores Américo Iório Ciociola (1º Presidente da Comissão), Luiz Carlos Gonçalves Costa, Luiz Henrique de Aquino e Wilson Ferreira Gomes, cuja primeira reunião foi realizada em 5 de outubro de 1970.
Em setembro de 1979, a Biblioteca Central mudou para o novo campus, onde está funcionando desde então, após o término da construção do seu prédio próprio, sua 1ª ala.
Em 1983, foi inaugurada a 2ª ala.
Em 2008, inaugurou-se a 3ª ala, nas comemorações dos 100 anos da UFLA e no cinqüentenário da Biblioteca.
Nestes cinqüenta anos de Biblioteca, foram seis os seus diretores.
Diretores da Biblioteca da Universidade Federal de Lavras de 1966 a 2012


Sua estrutura organizacional compreende: Conselho Deliberativo, Comissão Técnica, Diretoria, Secretaria, Divisão de Serviços aos Usuários, Divisão de Processos Técnicos, Divisão de Informática, Divisão de Formação e Desenvolvimento do Acervo e onze seções.

O quadro funcional é composto por 58 colaboradores, sendo: 32 servidores técnico-administrativos do quadro da UFLA, 1 lotação provisória, 4 contratados, 14 bolsistas, 5 da manutenção e limpeza. No total, são 11 bibliotecários.

O acervo de monografias, dissertações, teses, obras de referência e livros, com predominância na área agrícola, compreende 63.301 exemplares. A base de folhetos técnicos possui 8.929 títulos indexados. O acervo de periódicos, em processo de informatização, compreende, aproximadamentem 3.106 títulos nacionais e estrangeiros, sendo 160.821 fascículos.

Os usuários têm acesso aos textos completos de artigos de mais de 12.365 revistas internacionais e nacionais, e a mais de 90 bases de dadosm com resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento, por meio do Portal de Periódicos da CAPES, além de importantes fontes de informação acadêmica com acesso gratuito na Internet.

A rede da Biblioteca Central dispõe de 109 microcomputadores. São dois laboratórios de internet: um destina-se a atender alunos de graduação, com 24 pontos de acesso e o da pós-graduação, docentes e pesquisadores, com 17 pontos de acesso, além de 4 equipamentos para digitação de trabalhos.

Três equipamentos são utilizados pelo serviço de circulação e empréstimo, 8 estão disponibilizados para consulta aos catálogos locais e os demais equipamentos são utilizados para o gerenciamento da rede e serviços técnicos e administrativos.

O sistema utilizado para o gerenciamento da informação e serviços técnicos da biblioteca denomina-se Sistema Pergamum. Este Sistema integra as funções de catálogo e empréstimo e está instalado em ambiente www, trazendo ao usuário diversos benefícios, como buscas, reservas, renovação de empréstimo, consulta a extrato e histórico pessoal via Internet.

A Biblioteca Central tem como finalidade dar acesso à informação e, para isso, é importante e indispensável que se estabeleça a troca de informação entre pessoas, a consulta direta ao acervo impresso de obras tradicionais ou virtual, graças às maravilhas das novas formas de tecnologia e canais de comunicação.

Para isso, é vital que a Biblioteca seja o coração e o cérebro da Universidade, sendo um espaço democrático do saber, o local do encontro e do encanto, fazendo sempre o prazer de descoberta, a sensação do be- estar e da boa acolhida, para que todos possam ter a vontade de retornar (Paixão, 2008).

Ser uma Biblioteca de excelência, reconhecida nos âmbitos nacional e internacional, nas diversas áreas, com um acervo valioso e atualizado, em consonância com a pesquisa mais avançada da pós-graduação; ser um espaço de difusão e incentivo à produção bibliográfica e cultural do Brasil devem ser o seu foco, a sua visão.



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