segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

6954 - REDSUMO DO SEISCENTISMO OU BARROCO

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Estilos Literários


Barroco

O termo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.
Mesmo considerando o Barroco o primeiro estilo de época da literatura brasileira e Gregório de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, com sentimento nativista manifesto, na realidade ainda não se pode isolar a Colônia da Metrópole, Ou, como afirma Alfredo Bosi; "No Brasil houve ecos do Barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras academias repetiram motivos e formas do Barroquismo ibérico e italiano''. Além disso, os dois principais autores - Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos tiveram suas vidas divididas entre Portugal e Brasil.
Em Portugal, o Barroco ou Seiscentismo tem seu início em 1580 com a unificação da Península Ibérica, o que acarretará um forte domínio espanhol em todas as atividades, daí o nome Escola Espanhola, também dado ao Barroco lusitano. O Seiscentismo se estenderá até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, já em pleno governo do Marquês de Pombal, aberto aos novos ares da ideologia liberal burguesa iluminista, que caracterizará a segunda metade do século XVIII.
No Brasil, o Barroco tem seu marco inicial em 1601 com a publicação do poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira, que introduz definitivamente o modelo da poesia camoniana em nossa literatura. Estende-se por todo o século XVII e início do século XVIII. O final do Barroco brasileiro só se concretizou em 1768, com a fundação da Arcádia Ultramarina e com a publicação do livro Obras, de Cláudio Manuel da Costa. No entanto, já a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos, o movimento academicista ganhava corpo, assinalando a decadência dos valores defendidos pelo Barroco e a ascensão do movimento árcade.
O estilo barroco nasceu da crise de valores renascentistas ocasionada pelas lutas religiosas e pela crise econômica vivida em conseqüência da falência do comércio com o Oriente. O homem do Seiscentismo vivia um estado de tensão e desequilíbrio, do qual tentou evadir-se pelo, culto exagerado da forma, sobrecarregando a poesia de figuras, como a metáfora, a antítese, a hipérbole e a alegoria.




Todo o rebuscamento que aflora na arte barroca é reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII. A arte assume, assim, uma tendência sensualista, caracterizada pela busca do detalhe num exagerado rebuscamento formal.
Podemos notar dois estilos no barroco literário o Cultismo e o Conceptismo. O Cultismo: é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras, com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora daí o estilo ser também conhecido por Gongorismo. O Conceptismo: é marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. Um dos principais cultores do Conceptismo foi o espanhol Quevedo, de onde deriva o termo Quevedismo.


Arcadismo

O Arcadismo, Setecentismo (os anos 1700) ou Neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa. Vive-se, agora, o Século das Luzes, o Iluminismo burguês que prepara o caminho para a Revolução Francesa.
No início do século XVIII ocorre a decadência do pensamento barroco, para a qual colaboraram vários fatores: o exagero da expressão barroca havia cansado o público, e a chamada arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença, atinge em meados do século um estágio estacionário e mesmo decadente, perdendo terreno para o subjetivismo burguês; o problema da ascensão burguesa supera a questão religiosa surgem as primeiras arcádias, que procuram a pureza e a simplicidade das formas clássicas no combate ao poder monárquico, os burgueses cultuam o "bom selvagem'', em oposição ao homem corrompido pela sociedade do Ancien Régime (o velho regime monárquico). Como se observa, a burguesia atinge a hegemonia econômica e passa a lutar pelo poder político, então em mãos da monarquia. Isso se reflete claramente no campo social e artístico: a antiga arte cerimonial cortesã dá lugar ao gosto burguês.
O Arcadismo tem espírito nitidamente reformista, pretendendo reformular o ensino, os hábitos, as atitudes sociais, uma vez que é a manifestação artística de um novo tempo e de uma nova ideologia. Se no século XVI Portugal esteve influenciado pela cultura italiana e no século XVII, pela cultura espanhola, no século XVIII a influência vem da França e, mais importante, da emancipação política da burguesia. Essa mesma burguesia é responsável pelo desenvolvimento do comércio e da indústria e já assistia a algumas vitórias na Inglaterra e Estados Unidos. Na França, a partir de 1750, os filósofos atacam o poder real e clerical e denunciam a corrupção dos costumes com grande violência.
Em Portugal, o Arcadismo estende-se desde 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, até 1825, com a publicação do poema "Camões", de Almeida da Garrett, considerado o marco inicial do Romantismo português.
No Brasil, considera-se como data inicial do Arcadismo o ano de 1768, em que ocorrem dois fatos marcantes: a fundação da Arcádia Ultramarina, em Vila Rica, e a publicação de Obras, de Cláudio Manuel da Costa.
A Escola Setecentista desenvolve-se até 1808, com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, a qual, com suas medidas político - administrativas, permite a introdução do pensamento pré - romântico no Brasil.
Os modelos seguidos pelos árcades são os clássicos greco-latinos e os renascentistas; a mitologia pagã é retomada como elemento estético. Daí a escola ser conhecida também como Neoclassicismo.
Inspirados na frase de Horácio Fugere urbem (fugir da cidade) e levados pela teoria de Rousseau acerca do ''bom selvagem'', os árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólica, pastoril. É a procura do locus amoenus, de um refúgio ameno em oposição aos centros urbanos monárquicos; a luta do burguês culto contra a aristocracia se manifesta na busca da natureza. Cumpre salientar que esse objetivo configurava apenas um estado de espírito, uma posição política e ideológica, uma vez que todos os árcades viviam nos centros urbanos e, burgueses que eram, lá estavam seus interesses econômicos. Isso justifica falar-se em fingimento poético no Arcadismo, fato que transparece no uso dos pseudônimos pastoris. Assim, o Dr. Tomás Antônio Gonzaga adota o pseudônimo de Dirceu, pobre pastor. O Dr. Cláudio Manuel da Costa é o guardador de rebanhos Glauceste Satúrnio. Do mesmo modo, Manuel Maria L'Hedoux Barbosa du Bocage é Elmano Sadino. Essas contradições se patenteiam em suas obras, reacionárias, uma vez que tentavam ofuscar o progresso urbano que os próprios árcades geravam.
Assim é que as características do Arcadismo em Portugal e no Brasil seguem a linha européia: a volta aos padrões clássicos da Antigüidade e do Renascimento; a simplicidade; a poesia bucólica, pastoril; o fingimento poético e o uso de pseudônimos. Quanto ao aspecto formal, temos o soneto, os versos decassílabos, a rima optativa e a tradição da poesia épica.
O Arcadismo brasileiro é também denominado Escola Mineira, uma vez que seus poetas têm ligação direta com Minas Gerais, sua geografia, sua política e sua história.




Romantismo

Movimento que surgiu por volta de 1830, prolongando-se até 1870-80. Seus traços principais são o forte desejo de expressar as peculiaridades do país e a valorização dos aspectos mais individuais da vida afetiva. Também preocupou-se em consolidar uma literatura tipicamente brasileira, tanto em termos temáticos quanto estilísticos. A primeira grande figura deste período foi o poeta Gonçalves Dias, que estabeleceu os parâmetros do romantismo brasileiro. Na prosa, Joaquim Manuel de Macedo sugeriu a fórmula do romance de costumes. O ultra-romantismo da metade do século tem em Álvares de Azevedo seu maior representante. Casimiro de Abreu (1837-60) mostrou um sentimentalismo mais suave em sua poesia. O ponto culminante do gosto romântico pela musicalidade foi alcançado com Fagundes Varela (1841-75), em sua poesia altamente elaborada. A plasticidade e o rigor vocabular de Castro Alves iniciaram a transição para o Parnasianismo. No romance, Manuel Antônio de Almeida e seu Memórias de um Sargento de Milícias abriram caminho para o realismo. Criador de vários estilos de romance, José de Alencar é considerado o mais importante prosador do romantismo brasileiro. Ainda na corrente regionalista, apareceram Bernardo Guimarães (1825-84), com A Escrava Isaura, e o visconde de Taunay, com Inocência. O poeta Sousândrade (1832-l902), autor de O Guesa, da segunda geração romântica, é considerado precursor do Simbolismo e do modernismo.


Realismo / Naturalismo

O novo estilo iniciou-se no Brasil com a publicação do romance naturalista O Mulato, de Aluísio Azevedo, e do romance realista Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, ambos publicados em livro no ano de 1881. São romances urbanos, ou seja, que têm como cenário a cidade grande.
É a representação artística de algum aspecto da vida, que produz um efeito convincente de vida real. No realismo, os artistas não podem simplesmente reproduzir ou refletir a realidade; devem selecioná-la e moldá-la, obtendo uma ilusão de fidelidade à vida, ao excluírem quaisquer elementos idealizados, sobrenaturais, melodramáticos ou escapistas em favor de uma descrição 'neutra' de pessoas comuns, num meio ambiente nada marcante. No naturalismo, ocorre a tentativa de fixar a realidade de modo objetivo, quase científico.





Parnasianismo

Somente com o Parnasianismo a poesia da época do Realismo/Naturalismo conseguiu alguma qualidade e, sobretudo, interessar ao público leitor.
O estilo Parnasiano surgiu na França. O termo relaciona-se a um lugar mitológico da Grécia, o Parnassus, que seria a morada das musas e onde os artistas buscariam inspiração. O Parnasianismo só conseguiu êxito na França e no Brasil.
Durante dez anos (de 18866 a 1876) publicou-se na França a revista literária Le Parnaise Contemporain (O Parnaso Contemporâneo), em que poetas empregavam uma nova maneira de fazer poesia, cuja característica principal era a oposição à subjetividade romântica.
Um dos principais norteadores dos parnasianos era a "arte pela arte", ou seja, a concepção de que a arte deve estar descompromissada da realidade, procurando atingir sobretudo a perfeição formal. Isto significa: a arte por ela mesma, sem outra finalidade. Os parnasianos elegeram a Antigüidade clássica (cultura greco-romana) como ponto de referência para a almejada perfeição formal.
No Brasil, considera-se como marco inicial do Parnasianismo a publicação da obra Fanfarras, de Teófilo Dias, em 1882.


Simbolismo

Movimento artístico que se desenvolveu particularmente na França, entre 1880 e 1890, baseando no postulado de que a função da arte é sugerir, através de símbolos, a realidade transcendente que está para além da superfície aparente das coisas. Na literatura, o Simbolismo teve sua origem na obra de Baudelaire. Este movimento desenvolveu-se, em parte, como uma reação ao Naturalismo.
Considera-se o ano de 1893 como marco inicial desse estilo no Brasil. É nesse ano que Cruz e Sousa publica dois livros: Missal - coletânea de poemas em prosa - e Broquéis - poemas.




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