segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

6952 - RESUMO DO SEISCENTISMO OU BARROCO

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Introdução

Nesse trabalho mostraremos um pouco da história do BARROCO na EUROPA e no BRASIL falando tudo sobre ele, o que é, quando começou, e quem instituiu o BARROCO na EUROPA e no BRASIL.

O Barroco

O estilo barroco é de origem controvertida. Pode ter nascido na Itália, mas criou raízes na Espanha entre poetas e pintores do século XVII. A literatura barroca chega a Portugal em um período marcado por grandes tensões e mudanças. Portugal e Espanha tinham um único rei. Com o desaparecimento de D. Sebastião (rei de Portugal), Felipe II torna-se herdeiro do trono e consolida a unificação da península ibérica. Surge, então, o mito do SEBASTIANISMO, crença segundo a qual os portugueses achavam que D. Sebastião não morrera na batalha de alcácer-quibir, na áfrica e voltaria em breve para retomar o trono português.

Além disso, nessa época, Portugal atravessava uma série de crises econômicas. O comércio com as especiarias orientais decaiu e a economia portuguesa declinava, uma vez que os lusos ainda não contavam com as riquezas das colônias conquistadas.

O barroco toma denominação diferentes, que variam de uma região para outra da Europa: Gongorismo, Marinismo, precionismo e etc...

Gongorismo: estilo do poeta espanhol Gôngaro; termo que os partidários dessa tendência literária utilizavam; emprego exagerado de metáforas, trocadilhos, jogos de palavras.

Marinismo: de influência do poeta italiano Giambattista Marini (1569 – 1625); caracterizada pela afetação no estilo.

Preciosismo: como tendência literária voltada para a perfeição da forma e a sutileza da frase; muito em voga na corte de Luis XIV, rei sol.

Eufuismo: estilo afetado, extravagante, comparável ao gongarismo português e ao preciosismo francês. Recebeu esse nome em conseqüência da novela de John Lyly: EUPHUES.

No século XVII temos à reação da igreja contra idéias do antropocentrismo difundido pelo renascimento e contra a reforma protestante, solidificada na Inglaterra, Holanda e regiões do Reno e do Báltico.

Esta reação da igreja, na tentativa de recuperar seu poder, chamou-se contra-reforma. Foi um movimento caracterizado pela censura de textos e idéias, com decisões elaboradas a partir do concílio de Trento, ocorrido de 1545 a 1563. A companhia de Jesus de combatia com vigor as idéias da reforma protestante. O ensino passa a ser atribuição dos jesuítas. Qualquer avanço no campo científico-cultural passava pela censura eclesiástica. Tudo isso fez com que a península ibérica não acompanhasse o progresso cientifico da Europa. Portugal manteve-se alheio as idéias de Galileu, Copérnico, Newton e descartes. Entre essas descobertas estão as leis da mecânica e o processo de circulação do sangue no corpo humano.

Nesse clima de profundas transformações de ordem social, política, econômica é que se desenvolve a estética barroca. O barroco reflete a tentativa de conciliar forças antagônicas: o bem e o mal, o espírito e a matéria, o céu e a terra, a pureza e o pecado, a razão e a fé.

No Brasil:

Com a expansão do comercio, a economia mercantista do Brasil colônia, com toda a sua produção, volta-se para a metrópole. A cana de açúcar, no nordeste, atinge rapidamente seu apogeu, mas entra logo em declínio. Em minas gerais, a extração de minério – outra fonte de riqueza – contribui para o desenvolvimento econômico.

Após a expulsão definitiva dos franceses (1615), ocorrem às invasões holandesas (1624 a 1630), e o conde Mauricio de Nassau administrava as regiões ocupadas pelos holandeses (1637-1644). O nordeste passa por rápidas mudanças culturais e econômicas através do contato com os holandeses, até a sua expulsão, em 1654.

É nesse contexto que a arte barroca surge, influenciada fortemente pelas tensões de sua época.

As artes:

Na PINTURA, é clara a influência do conflito entre razão e fé. As obras de arte demonstram essa dualidade através do uso do contraste, como claro e escuro, luz e sombra, além da exploração das idéias de profundidade e de intensidade dramática. Na ARQUITETURA, o estilo é retorcido, cheio de detalhes, exagerado, refletindo o próprio conflito vivido pelo homem desta época. A arte renascentista, baseada no equilíbrio, dá lugar a uma arte mais intensa, emocional, envolvente, que expressa as emoções de forma passional.

O Barroco na literatura:

A designação de BARROCO chega a ser quase ambígua, quando se quer classificar esse estilo de época. Assim, BARROCO é sinônimo de BIZARRO. Esse termo, segundo a critica das artes plásticas, é sinal de mau gosto, de coisa absurda.

Para efeito didático, podemos dizer BARROCO ou SEISCENTISMO (estilo literário do século XVII) – inicia-se em portugal em 1580 com a UNIFICAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA e vai até 1756 com a FUNDAÇÃO DA ARCADIA LUSITANA.

A literatura barroca é fruto do conflito característico de sua época. Pressionado pela igreja e pelo racionalismo, o homem perde-se entre dois pólos opostos:

IGREJA X PENSAMENTO RENASCENTISTA

SALVAÇÃO X PECADO

CÉU X INFERNO

ESPIRITO X CARNE

CARNE X RAZÃO

Características do Barroco:

Atormentado por este conflito, o homem produz textos literários com características bastante nítidas. São elas:

1. Uso do contraste: as idéias opostas seduzem o barroco; os textos mostram choques entre amor e dor, vida e morte, religiosidade e erotismo, juventude e velhice etc...

2. Pessimismo: conflito entre o eu e o mundo. A vida terrena é vista como triste e cheia de sofrimento, enquanto que a vida celestial é luminosa e tranqüila.

3. Presença de impressões sensórias: usando seus sentidos, o homem busca captar todo o sentido da miséria humana, ressaltando seus aspectos dolorosos e cruéis.

4. Preocupação com a transitoriedade da vida: por ser curta, a vida não permite que o homem a viva intensamente, como seria seu desejo.

5. Intensidade: desejo de expressar as emoções fortes do amor, do desejo e da dor em profundidade, na tentativa de encontrar o sentido da existência humana.

6. Linguagem complicada, excessivamente trabalhada, através de:

• Expressões eruditas;
• Sintaxe rebuscada, com o uso freqüente da ordem inversa.
• Repetições
• Paralelismo
• Uso abusivo de figuras de linguagem, principalmente antíteses, hipérboles, paradoxos e metáforas;
• Uso freqüente de frases interrogativas

7. tentativa de conciliação entre a religiosidade e o racionalismo: há uma constante oscilação entre os dois opostos.

Duas correntes se distinguem na literatura barroca: o cultismo e o concretismo

O cultismo:

Esse estilo é marcado pela erudição, pelo rebuscamento, pelo uso de iversões brutais e de numerosas figuras de linguagem. Trata-se de uma espécie de JOGO DE PALAVRAS, exageradamente trabalhado quanto á forma.

O conceptismo:

Desenvolveu-se paralelamente ao cultismo. Definiu-se na primeira metade do século XVII nas obras de grades escritores: Quevedo, padre Vieira e Shakespeare. É um estilo fluente, pouco rebuscado, preocupado em expor, através do raciocínio lógico, idéias e conceitos.

Num texto com as características conceptistas, há o emprego da linguagem figurada: inversões, antíteses; há jogo de palavras e de idéias.

O Barroco no Brasil:

O Barroco é um estilo de época comum a quase toda a Europa. No Brasil, escritores do século XVII e primeira metade do século XVIII seguiram os modelos padrões europeus.

O estilo barroco desenvolve-se inicialmente nas artes plásticas, atingindo a sua fase áurea, de modo especial, nos estados de minas gerais, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.

O barroco brasileiro na literatura tem como marco inicial a publicação da obra Prosopopéia, de bento Teixeira em 1601. Essa obra é constituída de 94 oitavas, nela o autor exalta as qualidades do governador de Pernambuco, JORGE ALBUQUERQUE COELHO, e de seu irmão Duarte.

O término desse movimento no Brasil é assinalado com a publicação do livro OBRAS (1768), de Cláudio Manuel da costa, introduzindo, assim, o Arcadismo no Brasil.

Autores barrocos:

Dos escritores que manifestaram tendência barroca em suas obras destacam-se Gregório de matos e padre Antônio Vieira.

Gregório de Matos Guerra

Fez doutorado em direito, em Coimbra, e permaneceu mais de trinta anos em Portugal. Veio então para o Brasil e passou a viver na Bahia.

Gregório de matos é o autor mais representativo da poesia desse período da nossa historia literária. É poeta lírico, satírico e religioso. Em seus poemas manisfeta aspiração religiosa, expressa o amor carnal e satiriza a sociedade baiana da época. Com isso ganha a antipatia de inúmeras pessoas de seu tempo e é obrigado a partir em exílio para angola.

Sua produção literária pode ser agrupada em três divisões temáticas:

A) Poesia satírica: nela critica as autoridades da época, as mulheres de constumes indecorosos, os ricos senhores de engenho, os padres e os comerciantes poucos honestos.

Pelas suas sátiras, Gregório de Matos foi apelidado de BOCA DO INFERNO, por sua habilidade em criticar personalidades e costumes de seu tempo.

B) Poesia lírica: neste tipo de poema o poeta fala de suas fortes paixões e dos sofrimentos por amor. Os sonetos líricos de Gregório de Matos são bem elaborados. Por ser um bom conhecedor da arte de fazer poesias, expressa seus sentimentos amorosos com grande habilidade de mestria.

C) Poesia religiosa: o poeta, arrependido, pede perdão de seus pecados; sofre remorso por suas ações apaixonadas e insensatas; há sempre um conflito entre pecado e perdão


1. Contexto histórico do Barroco

O panorama europeu do século XVII se caracteriza pela existência de conflitos de ordem religiosa, política, econômica e social.

• Aumento de influência da burguesia, graças ao desenvolvimento do capitalismo mercantilista.

• Término do ciclo das grandes navegações.

• Pessimismo reinante entre os portugueses, decorrente do domínio espanhol a que estavam submetidos desde 1580.

• Reforma protestante, liderada por Calvino e Lutero que se solidifica na Inglaterra e Holanda, fazendo dessa úultima um abrigo de dessidentes religiosos.

• Divisão da igreja como conseqüência da reforma. Essa cisão marcou toda a cultura européia seiscentista, levando a igreja católica a se organizar num movimento contra reforma, centralizado principalmente em portugal e Espanha

Caracteriza esse movimento uma profunda reação àquela visão antropocêntrica de mundo cristalizado no renascimento. Conseqüência propunha uma volta ao medievalismo e irrestrita fé na autoridade da igreja e do rei.

O retorno a visão medieval de mundo implicaria a perda da humanidade soberana conquistada pelo homem renascentista. Confrontam-se, por isso, duas forças opostas: antropocentrismo e teocentrismo.
Tentando atingir a síntese, o homem da época procura conciliar esses dois elementos.

Antropocentrismo X Teocentrismo

Dessa tentativa, resulta a tensão que marca a maneira de pensar, as concepções sociais, políticas e artísticas da época.

Ao novo estilo de época que reflete essa tensão dá-se o nome de BARROCO

2. Manifestações artísticas:

As manifestações artisicas do BARROCO retratam a procura da conciliação de forças antagônicas como:

Bem – mal
Deus – Diabo
Céu – Terra
Pureza – Pecado
Alegria – Tristeza
Espírito - Carne

Barroco em Portugal (1580-1756):

• O ano de 1580 marca a passagem de portugal ao domínio espanhol o que provoca um acentuado pessimismo na sociedade lusa.

• Em 1756 acontece a fundação da arcádia lusitana, que marca o inicio de um novo estilo de época chamado arcadismo

3. Principais autores e obras

É estudado pelos críticos nas duas literaturas: a brasileira e a portuguesa. A obra de vieira compreende

1. Pe. Antonio vieira (1608-1697)

É estudado pelos críticos nas duas literaturas: a brasileira e a portuguesa. A obra de vieira comprende

A) Obras de profecia: História do futuro e Esperanças de Portugal

B) Oratória: Sermões: (15 volumes). Os mais famosos sermões de viera eram sermão da sexagésima (tem por assunto a arte pregar)

Sermão pelo bom sucesso: das armas de portugal contra as de holanda (contra a invasão holandesa do brasil em 1640)

Sermão de santo Antônio, também conhecido como sermão aos peixes (aborda a questão da escravidão indígena)

2. Francisco Manuel de melo (1608-1666)

A) Poesia: Obras métricas

B) Prosa: Cartas de caráter moralista e doutrinário, como cartas familiares e castas de guia de casados.

C)Teatro: Auto da fidalgo aprendiz (comedia)

3. Pe Manuel Bernardes (1644-1710)

Sua obra mais importante é a Nova floresta, prosa outrinal e religisa.

4. Francisco rodrigues lobo (1580?-1622)

Poesia: Prosa

Églogas – o pastor peregrino Corte na Aldeia

Bibliografia:

http://www.barroco.com

Livro: Não especificado o nome deles

Autoria: Fernando henrique do Rego

Veja mais:

► Barroco no Brasil e em Portugal




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