segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A IDADE DE OURO DA FILOSOFIA: PLATÃO

PlatãoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Nota: Para outros significados, veja Platão (desambiguação).


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Platão

Filosofia antiga



Nome completo Πλάτων

Escola/Tradição: Platonismo

Data de nascimento: 428/427 a.C.

* Local: Atenas, Grécia Antiga

Data de falecimento 348/347 a.C.

* Local: Atenas

Principais interesses: Retórica, Arte, Literatura, Epistemologia, Justiça, Virtude, Política, Educação, Militarismo, Filosofia

Influenciado por: Sócrates, Homero, Hesíodo, Aristófanes, Protágoras de Abdera, Parmênides, Pitágoras, Heraclito, Orfismo

Influências: Aristóteles, Neoplatonismo, Cícero, Plutarco, Estoicismo, Descartes, Hobbes, Leibniz, Newton, John Stuart Mill, Schopenhauer, Nietzsche, Heidegger, Anselmo de Cantuária, Gadamer e inúmeros outros filosófos e teólogos.

Portal Filosofia



Platão (em grego antigo: Πλάτων, transl. Plátōn, "amplo",[1] Atenas,[nota 1] 428/427[nota 2] – Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.[11] Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles[12]; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.



A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele, embora os estudiosos modernos tenham colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras.[13] Estas obras também foram publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.



Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia fundada por ele, a função pedagógica de seus diálogos - se é que alguma existia - não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia, lógica, retórica, matemática, entre outros.



Índice [esconder]

1 Vida

2 Pensamento platônico

3 Obras

3.1 Diálogos

3.2 Tetralogias

4 Linha do tempo

5 Notas

6 Referências

7 Referências bibliográficas

8 Ligações externas





VidaPlatão nasceu em Atenas[14], provavelmente em 427 a.C.[carece de fontes?] (no ano da 88a olimpíada, no sétimo dia do mês Thargêliốn[15]), cerca de um ano após a morte do estadista Péricles [carece de fontes?], e morreu em 347 a.C.[carece de fontes?] (no primeiro ano da 108a olimpíada[16]). Seu pai, Aristão, tinha como ancestral o rei Codros e sua mãe, Perictione, era descendente de um irmão de Sólon[14].



Inicialmente, Platão entusiasmou-se com a filosofia de Crátilo, um seguidor de Heraclito. No entanto, por volta dos 20 anos, encontrou o filósofo Sócrates e tornou-se seu discípulo até a morte deste. Pouco depois de 399 a.C., Platão esteve em Mégara com alguns outros discípulos de Sócrates, hospedando-se na casa de Euclides. Em 388 a.C., quando já contava quarenta anos, Platão viajou para a Magna Grécia com o intuito de conhecer mais de perto comunidades pitagóricas. Nesta ocasião, veio a conhecer Arquitas de Tarento. Ainda durante essa viagem, Dionísio I convidou Platão para ir à Siracusa, na Sicília[17]. No início, Dionísio deu liberdade para Platão se expressar, porém quando se sentiu ofendido por algumas declarações de Platão, Dionísio vendeu Platão no mercado de escravos por vinte minas; alguns filósofos, porém, juntaram o dinheiro, compraram Platão e o mandaram de volta para a Grécia, aconselhando-o que os sábios deve se associar o menos possível aos tiranos, ou com o maior cuidado possível[17].



Em seu retorno, fundou a Academia. A instituição logo adquiriu prestígio e a ela acorriam inúmeros jovens em busca de instrução e até mesmo homens ilustres a fim de debater ideias. Em 367 a.C., Dionísio I morreu, e Platão retornou a Siracusa a fim de mais uma vez tentar implementar suas ideias políticas na corte de Dionísio II. No entanto, o desejo do filósofo foi novamente frustrado. Em 361 a.C. voltou pela última vez à Siracusa com o mesmo objetivo e pela terceira vez fracassa. De volta para Atenas em 360 a.C., Platão permaneceu na direção da Academia até sua morte, em 347 a.C.



Pensamento platônico

Platão, em detalhe da Escola de Atenas, de Rafael Sanzio (c. 1510). Satanza della Segnatura. Palácio Apostólico, Vaticano.Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens da realidade inteligível.



Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Ideias ou Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.



Para Platão, uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Ideia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta. A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Ideia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.



O problema que Platão propõe-se a resolver é a tensão entre Heraclito e Parmênides: para o primeiro, o ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento é que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é, não pode passar a ser; assim, não há mudança.



Por exemplo, o que faz com que determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes? Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação a outra. Para Heraclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão .



Platão resolve esse problema com sua Teoria das Ideias. O que há de permanente em um objeto é a Ideia; mais precisamente, a participação desse objeto na sua Ideia correspondente. E a mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Ideia desse objeto. No exemplo da árvore, o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra coisa), a despeito de sua diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de outras espécies (e mesmo das árvores da mesma espécie) é a sua participação na Ideia de Árvore; e sua mudança deve-se ao fato de ser uma pálida representação da Ideia de Árvore.



Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se pode conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao ver um objeto repetidas vezes, uma pessoa se lembra, aos poucos, da Ideia daquele objeto que viu no mundo das Ideias. Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo a qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela, onde se localizam as Ideias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é "jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que viu na estrela. Mas, ao ver um objeto aparecer de diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a alma se recorda da Ideia daquele objeto que foi visto na estrela. Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis.



A reminiscência

Uma das condições para a indagação ou investigação acerca das Ideias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as Ideias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordemos das Ideias ao vê-las reproduzidas palidamente nas coisas.



Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência.[18] A investigação das Ideias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde contemplavam as Ideias. Podemos tomar como exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo Fedro, de Platão. Neste diálogo, Platão compara a raça humana a carros alados. Tudo o que fazemos de bom, dá forças às nossas asas. Tudo o que fazemos de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem elas para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as sombras do Mundo das Ideias.



Amor

No Simpósio (também conhecido como O Banquete), de Platão, Sócrates revela que foi a sacerdotisa Diotima de Mantinea que o iniciou nos conhecimentos e na genealogia do amor. As ideias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor.



Conhecimento

Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vão. Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior.



Como seu mestre Sócrates, Platão busca descobrir as verdades essenciais das coisas. As coisas devem ter um outro fundamento, além do físico, e a forma de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas mas do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa. Isto significa buscar a verdade no interior do próprio homem, não meramente como sujeito particular, mas como participante das verdades essenciais do ser.



O conhecimento era o conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento contido na alma era a essência daquilo que existia no mundo sensível. Portanto, em Platão, também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das ideias, porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.



Também o conhecimento tinha fins morais, isto é, levar o homem à bondade e à felicidade. Assim a forma de conhecimento era um reconhecimento, que faria o homem dar-se conta das verdades que sempre possuíra e que o levavam a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A obtenção do autoconhecimento era um caminho árduo e metódico.



Quanto ao mundo material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne (técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo das ideias, o homem pode ter a épisthéme, o conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico,.



Platão não defendia que todas as pessoas tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegavam à contemplação absoluta do mundo das ideias.



Política

"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente." (Platão, Carta Sétima, 326b).



Esta afirmação de Platão deve ser compreendida com base na teoria do conhecimento, e lembrando que o conhecimento para Platão tem fins morais.



Todo o projecto político platónico foi traçado a partir da convicção de que a Cidade-Estado ideal deveria ser obrigatoriamente governada por alguém dotado de uma rigorosa formação filosófica.



Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma, que corresponderiam aos estamentos da pólis:



A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão.

A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os soldados ou guardiões da pólis, pois sua alma de prata é imbuída de vontade. E, por fim,

A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis.

O homem e a alma

O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O corpo era a matéria e a alma era o imaterial e o divino que o homem possuía. Enquanto o corpo está em constante mudança de aparência, a alma não muda nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita, porém não sabemos. As verdades essenciais estão inscritas na alma eternamente, porém, ao nascermos, nós as esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo.



Para Platão a alma é divida em três partes:



1 Racional: cabeça; esta tem que controlar as outras duas partes. Sua virtude é a sabedoria ou prudência (phrónesis).

2 Irascível: tórax; parte da impetuosidade, dos sentimentos. Sua virtude é a coragem (andreía).

3 Concupiscente: baixo ventre; apetite, desejo, mesmo carnal (sexual), ligado ao libido. Sua virtude é a moderação ou temperança (sophrosýne).

Platão acreditava que a alma depois da morte reencarnava em outro corpo, mas a alma que se ocupava com a filosofia e com o Bem, esta era privilegiada com a morte do corpo. A ela era concedida o privilégio de passar o resto dos seus tempos em companhia dos deuses.



Por meio da relação de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das Ideias e aspira ao conhecimento e às ideias do Bem e da Justiça. A partir da contemplação do mundo das Ideias, o Demiurgo, tal como Platão descreveu no Timeu, organizou o mundo sensível. Não se trata de uma criação ex nihilo, isto é, do nada, como no caso do Deus judaico-cristão, pois o Demiurgo não criou a matéria (Timeu, 53b) nem é a fonte da racionalidade das Ideias por ele contempladas. A ação do homem se restringe ao mundo material; no mundo das Ideias o homem não pode transformar nada. Pois o que é perfeito, não pode ser mais perfeito.



Obras

Parte de P.Oxy. LII 3679, com trecho da República, de Platão.DiálogosPlatão escreveu, principalmente, na forma de diálogos. Esses escritos, considerados autênticos, são, provavelmente em ordem cronológica :



1.Hípias menor: trata do agir humano;

2.Primeiro Alcibíades: trata da doutrina socrática do auto-conhecimento;

3.Segundo Alcibíades : trata do conhecimento;

4.Apologia de Sócrates: relata o discurso de defesa de Sócrates no tribunal de Atenas;

5.Eutífron: trata dos conceitos de piedade e impiedade;

6.Críton: trata da justiça;

7.Hípias maior: discussão estética;

8.Hiparco: ocupa-se com os conceitos de cobiça e avidez;

9.Laques: trata da coragem;

10.Lísis: trata da amizade/amor;

11.Cármides: diálogo ético;

12.Protágoras: trata do conceito e natureza da virtude;

13.Górgias: trata do verdadeiro filósofo em oposição aos sofistas;

14.Mênon: trata do ensino da virtude e da rememoração (anamnese);

15.Fédon: relata o julgamento e morte de Sócrates e trata da imortalidade da alma;

16.O Banquete: trata da origem, as diferentes manifestações e o significado do amor sensual;

17.Fedro: trata da retórica e do amor sensual;

18.Íon: trata de poesia;

19.Menêxeno: elogio da morte no campo de batalha;

20.Eutidemo: crítica aos sofistas;

21.Crátilo: trata da natureza dos nomes;

22.A República: aborda vários temas, mas todos subordinados à questão central da justiça;

23.Parmênides: trata da ontologia. É neste diálogo que o jovem Sócrates, a personagem, defende a teoria das formas que é duramente criticada por Parmênides;

24.Teeteto: trata exclusivamente da Teoria do Conhecimento;

25.Sofista: diálogo de caráter ontológico, discute o problema da imagem, do falso e do não-ser;

26.Político: trata do perfil do homem político;

27.Filebo: versa sobre o bom e o belo e como o homem pode viver melhor;

28.Timeu: trata da origem do universo.

29.Crítias: Platão narra aqui mito de Atlântida através de Crítias (seu avô). É um diálogo inacabado;

30.Leis: aborda vários temas da esfera política e jurídica. É o último (inacabado), mais longo e complexo diálogo de Platão;

31.Epidômite

32.Epístolas: Cartas (dentre as quais, somente a de número 7 (sete) é considerada realmente autêntica)

TetralogiasHá, na Antiguidade, duas classificações das obras de Platão: a trilógica, de Aristófanes de Bizâncio, e a tetralógica, de Trasilo. Segundo Diógenes Laércio, as 9 tetralogias são:



I. Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon

II. Crátilo, Teeteto, Sofista, Político

III. Parmênides, Filebo, Banquete, Fedro

IV. Primeiro Alcibíades (1), Segundo Alcibíades (2), Hiparco (2), Os amantes (2)

V. Theages (2), Carmides, Laques, Lísis

VI. Eutidemo, Protágoras, Górgias, Mênon

VII. Hipias (maior) (1), Hípias (menor), Íon, Menéxenes

VIII. Clitófon (1), A República, Timeu, Crítias

IX. Minos (2), Leis, Epínomis (2), Sétima carta (1).

Muitos diálogos não inclusos nas tetralogias de Trasilo circularam com o nome de Platão, ainda que fossem considerados espúrios (notheuomenoi) até mesmo na Antiguidade.



Axíocho (2), Definições (2), Demódoco (2), Epigramas, Eríxia (2), Halcyon (2), Da Justiça (2), Da Virtude (2), Sísifo (2).

Os diálogos que estão marcados com (1) nem sempre são atribuídos a Platão, e os marcado com (2) são considerados apócrifos. Os que não estão marcados são de autoria certa. O critério para a atribuição é variado, mas geralmente são consideradas obras de Platão as que são citadas por Cícero ou Aristóteles, ou referidas pelo próprio autor em outros textos.



Linha do tempo432 a.C. - Início da guerra do Peloponeso.

428/27 a.C. - Nascimento de Platão.

411 a.C. - Revolução oligárquica aristocrata tira os democratas do poder em Atenas e impõe o Conselho dos Quatrocentos.

404 a.C. - Liga do Peloponeso, liderada por Esparta, derrota a Liga da Hélade, liderada por Atenas, e tem início o governo dos Trinta Tiranos.

399 a.C. - Condenação de Sócrates à morte pela Assembleia popular de Atenas.

387 a.C. - Platão funda, em Atenas, a Academia.

384 a.C. - Nascimento de Aristóteles, em Estagira, na Calcídica.

347 a.C. - Morte de Platão, em Atenas. A Academia passa a ser dirigida por Espeusipo.

338 a.C. - Filipe da Macedônia vence a batalha de Queronéia e conquista a Grécia.

Notas1.↑ Diógenes Laércio menciona que Platão "nasceu, segundo alguns escritores, em Aegina, na casa de Fidíades, filho de Tales". Diógenes menciona como uma de suas fontes a História Universal de Favorinus. De acordo com Favorinus, Ariston, pai de Platão, e sua família foram enviados por Atenas para fixarem-se como clerúquios (colonos mantendo sua cidadania ateniense) na ilha de Aegina, de onde foram expulsos pelos espartanos após Platão nascer lá.[2] Nails indica, no entanto, que não há registro de qualquer expulsão de atenienses de Aegina por parte dos espartanos entre 431 e 411 a.C.[3] Por outro lado, no Tratado de Nicias Aegina foi silenciosamente deixada sob o controle de Atenas, e não foi até o verão de 411 a.C. que os espartanos invadiram a ilha.[4] Por isso Nails conclui que "talvez Ariston foi um clerúquio, talvez foi a Aegina em 431, e, talvez, Platão nasceu em Aegina, mas nada disso permite uma datação precisa da morte de Ariston (ou de nascimento de Platão).[3] Aegina é considerada como o local de nascimento de Platão também pela Suda.[5]

2.↑ O gramático Apolodoro argumenta, nas suas Crônicas, que Platão nasceu no primeiro ano da 88ª Olimpíada (427 a.C.), no sétimo dia do mês de Targélion; de acordo com esta tradição, o deus Apolo teria nascido neste dia.[6] De acordo com outro biógrafo seu, Neantes, Platão teria 84 anos de idade ao morrer.[6] De acordo com a versão de Neantes, Platão era seis anos mais novo que Isócrates, e teria portanto nascido no segundo ano da 87ª Olimpíada, ano da morte de Péricles (429 a.C.).[7] De acordo com a Suda, Platão teria nascido em Egina, na 88ª Olimpíada, em meio à fase preliminar da Guerra do Peloponeso, e teria vivido 82 anos.[5] Para o estudioso inglês do século XVI, sir Thomas Browne, Platão teria nascido de fato na 88ª Olimpíada;[8] o célebre platonista do Renascimento celebrava o nascimento de Platão no dia 7 de novembro.[9] Já para o filólogo alemão Ulrich von Wilamowitz-Moellendorff, Platão teria nascido quando Diótimos era arconte epônimo, mais especificamente entre 29 de julho de 428 a.C. e 24 de julho de 427 a.C.[10] O filólogo grego acredita que o filósofo teria nascido em 26 ou 27 de maio de 427 a.C., enquanto o filósofo britânico Jonathan Barnes estipula 428 a.C. como o ano de nascimento de Platão.[11] Já a filósofa americana Debra Nails alega que Platão teria nascido em 424/423 a.C.[9]

Referências1.↑ Diógenes Laércio 3.4; p. 21, David Sedley, Plato's Cratylus, Cambridge University Press 2003.

2.↑ Diogenes Laertius, Life of Plato, III

3.↑ a b D. Nails, "Ariston", 54

4.↑ Thucydides, History of the Peloponnesian War, 5.18; local de nascimento = * Thucydides, History of the Peloponnesian War, 8.92

5.↑ a b "Plato". Suda.

6.↑ a b Diógenes Laércio, Vida de Platão, II

7.↑ F.W. Nietzsche, Werke, 32

8.↑ T. Browne, Pseudodoxia Epidemica, XII

9.↑ a b D. Nails, The Life of Plato of Athens, 1

10.↑ U. von Wilamowitz-Moellendorff, Plato, 46

11.↑ a b "Plato". Encyclopaedia Britannica. (2002).

12.↑ Alexander, citado por Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 5

13.↑ Algumas das tetralogias de Trasilo, por exemplo, foram excluídas; ver a lista em John M. Cooper (ed.), Plato: Complete Works, Hackett, 1997.

14.↑ a b Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 1

15.↑ Apolodoro, citado por Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 2

16.↑ Hermippus, citado por Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 2

17.↑ a b Diodoro Sículo, Livro XV, 7.1

18.↑ A reminiscência em Platão Por José Cavalcante de Souza. Revista Discurso. Ano I, nº 2 - 1971.

Referências bibliográficasBrowne, Sir Thomas. Pseudodoxia Epidemica. [S.l.: s.n.], 1646-1672.

Guthrie, W.K.C.. A History of Greek Philosophy: Volume 4, Plato: The Man and His Dialogues: Earlier Period. [S.l.]: Cambridge University Press, 1986. ISBN 0-521-31101-2

Kahn, Charles H.. Plato and the socratic dialogue: The Philosophical Use of a Literary Form. [S.l.]: Cambridge University Press, 2004. ISBN 0-521-64830-0

Nails, Debra. A Companion to Plato edited by Hugh H. Benson. [S.l.]: Blackwell Publishing, 2006. ISBN 1-405-11521-1

Nails, Debra. The People of Plato: A Prosopography of Plato and Other Socratics. [S.l.]: Hackett Publishing, 2002. ISBN 0-872-20564-9

Nietzsche, Friedrich Wilhelm. Werke: Kritische Gesamtausgabe (in German). [S.l.]: Walter de Gruyter, 1967. ISBN 3-110-13912-X

Notopoulos, A.. (April 1939). "The Name of Plato". Classical Philology 34 (2): 135–145. The University of Chicago Press. DOI:10.1086/362227.

"Plato". Encyclopaedia Britannica. (2002).

"Plato". Encyclopaedic Dictionary The Helios Volume XVI (in Greek). (1952).

"Plato". Suda. (10th century).

Smith, William. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. [S.l.: s.n.], 1870.

Tarán, Leonardo. Collected Papers 1962-1999. [S.l.]: Brill Academic Publishers, 2001. ISBN 9-004-12304-0.

Taylor, Alfred Edward. Plato: The Man and his Work. [S.l.]: Courier Dover Publications, 2001. ISBN 0-486-41605-4

Wilamowitz-Moellendorff, Ulrich von. Plato: his Life and Work (traduzido do grego por Xenophon Armyros. [S.l.]: Kaktos, 2005 (first edition 1917). ISBN 960-382-664-2

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Quarta tetralogia Primeiro Alcibíades (*) · Segundo Alcibíades (**) · Hiparco (**) · Amantes rivais (**)



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Legenda Os diálogos assinalados com (*) tem a autoria discutida; diálogos assinalados com (**) são considerados apócrifos.







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