quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

LEONID BREJENEV

Leonid BrejnevOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Leonid Ilítch Brejnev
Леонид Ильич Брежнев

Presidente da União Soviética
Mandato 14 de Outubro de 1964 a
a 10 de Novembro de 1982
Antecessor(a) Nikita Khrushchov
Sucessor(a) Yuri Andropov
Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética
Mandato 14 de Outubro de 1964 a
a 10 de Novembro de 1982
Antecessor(a) Nikita Khrushchov
Sucessor(a) Yuri Andropov
Vida
Nascimento 19 de dezembro de 1906
Kameskoe, Império Russo
Falecimento 10 de novembro de 1982 (75 anos);
Moscou, União Soviética
Nacionalidade Rússia
Cônjuge Viktoria Petrovna Brejneva
Partido Partido Comunista da União Soviética
Religião Patriarcado de Moscou [1]
Profissão Engenheiro
Assinatura
Serviço militar
Serviço/ramo Engenharia
Anos de serviço 1935-1954
Graduação Marechal
Comandos 4ª Frente da Ucrânia
Batalhas/guerras Batalha do Dnieper (1943)
Batalha de Kiev (1943)
Condecorações Herói da União Soviética
Ordem de Lenin










































ver
Este é um nome russo, o nome de família é «Брежнев» (Brejnev) e o patronímico «Ильич» (Ilitch).

Leonid Ilitch Brejnev, em russo ? Леони́д Ильи́ч Бре́жнев, transl. Leonid Ilitch Brejnev, pron. Lyeaníd Ilítch Bryéjnyév (19 de Dezembro de 1906 — 10 de Novembro de 1982) foi um estadista soviético, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, cargo mais alto do país, de 1964 a 1982 e presidente entre 1977 e 1982.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retomada das relações diplomáticas soviéticas com outros países do mundo, a cooperação, junto das potências ocidentais pela paz mundial e a criação de um bem-estar social único em seu país, que ao mesmo tempo manteve uma estagnação econômica. Ele também teve influente participação na expansão da ideologia comunista a sua maior extensão, através do financiamento de revoluções e golpes socialistas ao redor do globo, ao mesmo tempo que declarava a União Soviética como guardiã da paz no planeta.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder stalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de seu antecessor Joseph Stalin[2].
Em termos culturais, deu fim às campanhas anti-religiosas iniciadas em 1958 e premiou os Patriarcas Ortodoxos de Moscou com prêmios socialistas, como Ordem do Estandarte Vermelho e Lutador pela Paz, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a antiga cultura da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.[3][4]
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, e por suas contribuições na Grande Guerra Patriótica, recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética.
Após sua morte, uma crise tomou conta e derrubou a União Soviética durante o regime reformista de Mikhail Gorbatchov.

Índice [esconder]
1 Inícios na política
1.1 Brejnev e Khrushchev
1.2 Chefe do Partido
2 A gestão de Brejnev
2.1 Relações com Reagan e Thatcher
2.2 A Doutrina Brejnev
2.3 Crises do regime
3 Atentado
4 Últimos anos de Brejnev
4.1 Início dos problemas
4.2 Morte e Legado
4.3 Repercussão da Morte
5 Família
6 Elogios e críticas
7 Centenário
8 Fatos Interessantes
9 Considerações
10 Referências
11 Ver também
12 Ligações externas

[editar] Inícios na políticaBrejnev era filho de um metalúrgico russo. Apesar de sua ascendência russa, manteve fortes costumes ucranianos durante toda sua vida. Igual a outros jovens proletários dos tempos da Revolução Russa de 1917, realiza estudos técnicos em metalurgia. Em 1923 se inscreve na organização juvenil do Partido Comunista e em 1931 no próprio PCUS.

Em 1935-36 realiza seu serviço militar obrigatório. Primeiro se emprega em uma companhia de Cavaleiros, e segue cursos relacionados com os carros de combate antes de passar a exercer o cargo de comissário político. Depois, passa a ser o diretor do colégio técnico de metalurgia de Dniprodzerzhinsk. É encaminhado bastante cedo ao centro regional de Dniepropetrovsk e em 1939 se converte em secretário do Partido, a cargo das importantes indústrias pesadas de Defesa. Brejnev pertence a primeira geração de soviéticos que não conheceram a época anterior à Revolução Russa e incluso demasiado jovem para participar de verdade nas lutas sobre a sucessão de Lênin como líder revolucionário em 1924. Na época em que Brejnev entra no Partido, Josef Stalin já era o Secretário-Geral do Partido. Brejnev, como outros muitos jovens comunistas de sua época cresceu aceitando o stalinismo. Os que sobreviveram ao Grande Expurgo de 1937-39 alcançaram rapidamente diversas promoções,já que a eliminação de muita gente deixava livres muitos postos nos níveis altos e médios do Partido, do Governo e das Forças Armadas.


Brejnev em 1942, na Grande Guerra PatrióticaEm junho de 1941 a Alemanha nazi, que havia firmado um pacto de não-agressão com a União Soviética antes de se iniciar a Segunda Guerra Mundial, o rompe e inicia sua invasão. Assim como outros dirigentes comunistas, é rapidamente chamado (em 22 de junho). Brejnev participa na evacuação das indústrias de Dniepropetrovsk . Tal como os membros de partido de nível médio, ingressa no Exército Vermelho como politruk (политрук, ou comissário político). Em efeito, o Exército Vermelho seguia o princípio de duplo mando: todas as formações militares estavam às ordens de um militar profissional e de um comissário político. Esta organização não era do gosto dos militares. Em outubro, Brejnev se converte em delegado da administração política para a frente sul, com o cargo de Comissário de Brigada.

Em 1942, enquanto os alemães invadem a Ucrânia, Brejnev é destinado ao Cáucaso como delegado da administração. Em abril de 1943 se converte em chefe de departamento político do XVIII Exército. Nesse mesmo ano esse exército ruma até a frente da Ucrânia para apoiar ao Exército Vermelho que acabava de tomar a iniciativa de dirigir-se ao oeste através da Ucrânia. O comandante daquela linha de frente é Nikita Khrushchov, que passa a ser un importante aliado de Brejnev.

Ao fim da guerra, Brejnev ocupa o posto de comissário político da IV Frente Ucraniana que entra em Praga.

Em agosto de 1946 deixa o Exército Vermelho com o grau de Comandante Geral. Passou toda a guerra como comissário e não como militar. Após participar nos projetos de reconstrução da Ucrânia, passa a ser o primeiro-secretário em Dniepropetrovsk. Em 1950 passa a ser delegado do Soviete Supremo, o Parlamento da URSS. Nesse mesmo ano, é nomeado primeiro-secretário do Partido na Moldávia, território romeno que se incorpora a União Soviética pela primeira vez em 1940 e de modo definitivo em 1944. Em 1952 se converte em membro do Comitê Central e se apresenta como candidato para o Presidium do Comitê Central do PCUS (antes de 1952 chamado Politburo).

[editar] Brejnev e KhrushchevVer artigo principal: Era Khrushchov
Stálin morre em março de 1953 e a reorganização que segue elimina o Presidium do Comité Central (não confundir com o do Soviete Supremo) para reconstruir um Politburo mais reduzido. Apesar de que Brejnev não era membro do Politburo, é nomeado chefe do diretório político do Exército e da Armada, com o grau de Tenente General, um posto de enorme importância. Esta promoção se deve provavelmente ao novo poder de seu mentor, Khrushchev que sucede a Stálin no cargo de Primeiro-Secretario do PCUS. Em 1955 é nomeado primeiro-secretário do Partido no Cazaquistão, um posto estratégico.


Brejnev, 18 de abril de 1967Em fevereiro de 1956, Brejnev é requerido em Moscou para controlar a indústria de Defesa. Com o programa espacial, a industria pesada é a mais importante do país. Desde esse momento passa a ser um personagem chave e em junho de 1957 apoia Khrushchov em sua luta contra a velha guarda encabeçada por Viatcheslav Molotov, Gueórgui Malenkov e Lazar Kaganovitch pela direção do partido. A derrota da velha guarda lhe abre as portas do Politburo. Em 1959, Brejnev se converte em Segundo Secretário do Comitê Central e em maio de 1960 obtém o cargo de Presidente do Presidium do Soviete Supremo, ou seja, de Chefe de Estado, cargo que lhe permitiu viajar ao estrangeiro.

Até 1962 aproximadamente, o posto de Khrushchev como chefe do partido e Presidente do Conselho de Ministros é sólida, mas ao não resultar em bons resultados, seus camaradas começam a se intranquilizar. O aumento das dificuldades econômicas da União Soviética aumentou a pressão. Aparentemente, Brejnev segue leal a Khrushchev, mas em 1963 se ve implicado em uma conspiração iniciada pelo armênio Anastás Mikoyán, cujo objetivo é retirar Khrushchev. Neste ano sucede a Frol Kozlov, como secretário do Comitê Central, e passa a ser por esse posto o sucessor oficial de Khrushchev. Em 14 de outubro de 1964, aproveitando as férias de Khrushchev, os conspiradores executam seu golpe de estado e o retiram do poder. Brejnev se converte em Primeiro Secretário do Partido, Alexey Kosygin Presidente do Conselho de Ministros e Mikoyan, Presidente do Presidium do Soviete Supremo (em 1965 Mikoyan se aposentou e foi substituído por Nikolai Podgorny). Este tipo de governo de três ficou conhecido em todo o mundo como um Triunvirato.

[editar] Chefe do PartidoEm um discurso comemorativo do XX Aniversário da Vitória sobre a Alemanha, em maio de 1965, Brejnev menciona pela primeira vez o nome de Stalin de modo positivo. Em abril de 1966 adotou o título de Secretário Geral, que era o que usava Stalin. Ao mando de Iuri Andropov a inteligência soviética (a KGB) recuperou quase todo o poder de que havia desfrutado na época de Stalin, ainda que não chegasse aos excessos da época.


Brejnev e Erich Honecker em postal da Alemanha OrientalAo alcançar o poder, sua política (em especial a internacional), se baseou em uma revisão do marxismo, vindo a ser chamada de Doutrina de Brejnev, ou Teoria da Soberania Limitada. Declarou que a União Soviética era o Estado guia do comunismo e que por ele teria direito de intervir, inclusive militarmente, nos assuntos internos de seus aliados, o que levou a ser a justificativa às intervenções na Tchecoslováquia, em 1968, Dizendo que o mesmo fora feito em 1956 na Hungria. Esta foi a primeira crise da era de Brejnev. Em julho, Brejnev criticou publicamente alguns dirigentes Tchecoslovacos, tachando-os de "revisionistas e antissoviéticos", e em agosto organizou a invasão do país pelas tropas do Pacto de Varsóvia e a substituição de Dubček. A invasão foi criticada No âmbito do mandato de Brejnev, as relações com a República Popular da China seguiram deteriorando-se, como consequência da ruptura que se havia produzido aos princípios dos anos 1960. Em 1965, o primeiro-ministro chinês Zhou Enlai visitou Moscou para negociações, mas o conflito não se resolveu. Em 1969, tropas soviéticas e chinesas se enfrentaram em diversas regiões na fronteira do rio Usuri. Brejnev seguiu apoiando o Vietnã do Norte na Guerra do Vietnã. Sem embargo, o descongelamento nas relações entre China e Estados Unidos no princípio de 1971 marcou uma nova fase nas relações internacionais. Para evitar a formação de uma aliança anti-soviética entre os Estados Unidos e a China, Brejnev abriu uma nova ronda de negociações com os norte-americanos. Em maio de 1972, o presidente Gerald Ford visitou Vladivostok, e firmaram o Tratado de limitação de armas estratégicas (SALT I). Os acordos de paz de Paris em janeiro de 1973 fazem que finalize oficialmente a guerra do Vietnã, o que elimina um importante obstáculo nas relações entre os soviéticos e os norte-americanos.


Leonid Brejnev assina o SALT II com Jimmy Carter em 18 de junho de 1979, Viena
Leonid Brejnev e Richard Nixon discutem a bordo do USS Sequoia em 1973O ponto culminante na política de distensão, conhecida como détente ou razryadka, foi o tratado da Conferência de Helsinki de 1975, que certificava as fronteiras na Europa do leste e Central posteriores a Segunda Guerra Mundial.

Durante os anos 1970 a União Soviética alcança a máxima cota de seu poder político e estratégico com o escândalo do Watergate.
Enquanto isso, a União Soviética passa a ser uma potência naval mundial pela primeira vez, e por meio de Cuba pode intervir inclusive militarmente na África.

Durante esse tempo, Brejnev consolida sua posição interna. Em maio de 1976 é nomeado Marechal da União Soviética, e em junho de 1977, Podgorny se aposenta e volta a ser Presidente. Em 18 de junho de 1979 firma em Viena, junto ao Presidente Jimmy Carter, os acordos do SALT II, e de limitação de armas estratégicas norte-americanas e soviéticas.

[editar] A gestão de BrejnevFoi o segundo mais duradouro mandato do partido, 18 anos, tempo só superado por Stálin, que governou por 31 anos. Seu governo foi marcado por bloqueios em possíveis revoluções pró-capitalistas que pudessem acontecer no lado leste e próximo a URSS, o que causou várias invasões a países próximos. Brejnev pode ser dito como um governante extremamente comunista, mas liberal. Foi o último chefe que manteve o real comunismo na URSS; seus sucessores diretos mal tiveram tempo para governar, e uma má administração do partido por Mikhail Gorbachev acabou por levar o estado soviético ao seu fim. Brejnev nem sempre calculava suas estratégias, mas transformou o exército soviético em um dos maiores do mundo, com maior poder e influência. Brejnev é considerado um dos mais importantes e influentes chefes soviéticos, o que o torna muitas vezes ser comparado à imagem de Stálin, mas desta vez, sem os expurgos, perseguições e cultos à personalidade característicos no período stalinista.

"Não devemos encobrir os erros, mas também não devemos encobrir os méritos, portanto, respeitemos Stálin."

— Leonid Brejnev, 1965

[5]

Brejnev também teve uma certa influência por conseguir consolidar, durante a Guerra Fria, o socialismo e a paz, apesar da Guerra Fria, diferentemente do que acontecia com seus antecessores, Stálin iniciava uma série de expurgos e uma guerra com muitas perdas humanas, e Khrushchov, em uma gestão com diversas tensões (como a crise dos mísseis) e as corridas armamentista e espacial, que acabaram sendo atenuadas durante o governo Brejnev, que fez acordos de paz com diversos presidentes norte-americanos. Muitos dos russos consideram sua época boa, com um alto grau de bem estar,[6] inclusive a geração mais jovem, e dizem que gostariam de retornar a um governo como o tal de Brejnev.


Presidente Gerald Ford chega em Vladivostok, URSS em 1974Brejnev é lembrado pelo povo de todos os países como o "mensageiro da paz socialista", e por seu povo como o premiê que inspirava o povo e os trabalhadores, além de gerar uma política diplomática que transformou a União Soviética em um país admirado pelo ocidente, o que até o momento era justamente o inverso. Devido ao seu alto carisma, Brejnev fez o mundo ser marcado por sua imagem, independentemente do pensamento que tivessem. Na maioria dos países que visitou, fez a opinião pública repensar sobre uma relação pacífica com a União Soviética, algo antes abominado pelos conservadores de países ocidentais.
Durante a gestão de Brejnev, junto a constituição soviética, houve a mudança na letra do hino soviético em 1977, antes desta data, ele era executado sem letras, antes da morte de Stálin, o hino continha versos que citavam a guerra, durante a gestão pacificadora de Brejnev, a mesma citação não seria aceita, a versão instrumental do hino também mudou, com um ritmo mais lento e brando.

Hino da União Soviética, versão vocal de 1977

Gravação do teatro Bolshoi.
Durante o governo de Brejnev, fora criada a versão moderna do hino, aplicada na então Constituição Soviética de 1977.

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Problemas para escutar este arquivo? Veja introdução à mídia.
Hino da União Soviética, versão instrumental de 1977

A partir de 1977, o país também recebeu uma nova versão instrumental do hino, desta vez em um ritmo menos breve.

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Problemas para escutar este arquivo? Veja introdução à mídia.

Brejnev tinha um grande asseio por medalhas e tinha uma coleção, com um total de 114, Em 1976, em seu 70º aniversário, foi premiado como Herói da União Soviética, a maior ordem que um soviético pode receber. Também recebeu a "ordem da vitória", a maior ordem militar. Recebeu estes prêmios principalmente pela participação em importantes eventos na "Grande Guerra Patriótica".

[editar] Relações com Reagan e ThatcherDe 1979 até sua morte, travou uma batalha suja com duas das maiores figuras conservadoras e anti-comunistas da época, Margaret Thatcher e Ronald Reagan, quando, cometendo uma gafe, rebaixou publicamente Thatcher e depois, em outra situação, difamou a Reagan e sua esposa Nancy, durante baterias de piadas e chacotas sobre a União Soviética lançadas por Reagan. Em 1979 durante uma assembleia aberta com chefes de governo na ONU, ofendeu Margaret Thatcher e sua política, quando esta lhe acusou, afirmando que até mesmo a família real e todo o povo britânico deveria sentir vergonha de tal representante.
Em uma conversa discreta com Chernenko, Brejnev acabou deixando vazar ofensas e chulidades à primeira-ministra, logo após esta dizer durante o congresso que a política de paz de Brejnev era um mero disfarce e que a União Soviética era uma ameaça aos direitos humanos, durante a Guerra do Afeganistão, após ter cometido a gafe, ele mudou o tom do discurso e afirmou que a política imperialista e de colonização feria os direitos humanos por pura natureza, chamou o governo inglês de colonizador e arcaico, o discurso final de Brejnev atraiu a atenção de muitos socialistas ingleses e foi por muitos usado para criticar o regime de Thatcher.[7][8]



Brejnev nas celebrações da Revolução do Grande Outubro, em 1977Em 1981, logo na chegada de Ronald Reagan ao poder, Brejnev chegou a ser desafiado por piadas que criticavam o regime comunista, segundo Brejnev, "piadas infames de um presidente infame", Brejnev conseguiu calar Reagan após responder a uma piada, que envolvia inclusive, a esposa de Reagan, a idade avançada dos chefes de ambos os países também era motivo de chacotas dos dois lados.[9]

[editar] A Doutrina BrejnevA Doutrina Brejnev, chamada também de Teoria da Soberania Limitada, ou simplesmente Brejnevismo foi um conjunto de teorias socialistas criado por Leonid Ilitch Brejnev (1906-1982), em adaptação, revisionismo, e modernização do Marxismo-leninismo, para governar a União Soviética, tanto na política externa quanto internamente, durante a segunda metade do século, uma vez que a Rússia havia mudado muito desde as teorias de Lênin, e muito mais ainda desde as teorias de Marx e Engels. Esta doutrina também é considerada "neo-stalinista", por ser expansionista, agressiva, defender o culto da personalidade e a burocracia no estado.

A União Soviética age em nome da paz na Terra.

— Leonid Brejnev

A doutrina fora primeiramente utilizada em 1968, durante as manifestações liberalistas na Tchecoslováquia, durante a chamada "Primavera de Praga", pois entre outras coisas, defende a hegemonia soviética no mundo comunista. Na prática, a doutrina limitou a independência de partidos comunistas em todo o mundo, não permitiu a saída de qualquer estado do Pacto de Varsóvia, estabeleceu o monopólio político do Partido Comunista, elevou o nível econômico das massas, a população inteira se encontrava no patamar da classe média americana, em exceção de 2,5% do povo, que estava abaixo deste nível; apenas 1,5% da população estava abaixo do nível de pobreza.[10] Esta doutrina, apesar de invocar a paz, causou diversas guerras em nome da hegemonia soviética, entre elas se encontram as bem sucedidas revoluções socialistas em Angola, Moçambique, Etiópia, Nicarágua, a invasão do Afeganistão a pedido do governo, a Guerra do Vietnã, o apoio à Indira Gandhi na Guerra do Paquistão, contra os Estados Unidos e China, e outros golpes fracassados em demais localidades (Belize, Guatemala, Congo, Benim e outros).[11]


Brejnev e Honecker, 1971Também aumentou os vínculos com a França, até então muito desgastados.[6] Com isso, iniciou um enorme e sem precedentes processo de Distensão, que levou a União Soviética ao ápice democrático. Com sua política Détente, levou a União Soviética a uma condição democrática jamais vista, com grandes alianças com os países socialistas, com a China [7] e Iugoslávia [8][9][10], algo até o tempo impossível, uma vez que na época de Stálin, a China era o principal aliado, e na época de Khrushchov, a China tornou-se quase um rival, enquanto a Iugoslávia também saía do eixo soviético. Brejnev seguiu adotando o lema "A vida e a paz", e a "colaboração pacífica", que reuniu socialistas e capitalistas em um empenho por toda a paz mundial e amizade dos povos, ainda que invasões, guerras e revoluções se estendessem pelo globo e acabassem eclodindo em alguma localidade.

[editar] Crises do regimeA União Soviética dependia de sua economia para se manter no setor tanto interno quanto externo, mas acabou entrando em uma recessão, e a economia, caiu, fazendo com que os setores dependentes dela também caíssem, mas isso ocorreu por duas razões:

A primeira foi a demora da agricultura, que apesar da industrialização pesada obter resultados, eram cada vez mais medíocres, que obrigam a URSS a importar trigo. Este trigo só poderia prover de países ocidentais, que dispunham assim de uma eficaz ferramenta de pressão sobre a URSS. Por sorte do povo soviético e de Brejnev, o isolamento internacional da ditadura argentina lhe permitiu obter dela grandes quantidades de trigo sem relações políticas.

O segundo obstáculo, muito mais grave, era a impossibilidade se modernizar uma economia estatal em um mundo em que as condições sociais dos trabalhadores estavam sempre por detrás dos resultados econômicos. As melhoras das condições de vida se ião atrasando e ela desmotivava a população.


Leonid Brejnev e Gerald Ford, 1974 "Lênin Viveu, Lênin Vive, Lênin Viverá"

— Leonid Brejnev (Vladimir Maiakovski)
[editar] AtentadoEm 22 de Janeiro de 1969, Leonid Brejnev sofre um atentado, por parte de Viktor Ilyin, um dissidente da União Soviética.
Brejnev estava presente em uma carreata em homenagem aos quatro cosmonautas dos programas Soyuz 4 e Soyuz 5, quando Viktor Ilyin, partidário da Revolução Tcheca de 1968, atirou em seu automóvel.
O motorista morreu no instante, e os tiros atingiram alguns dos cosmonautas, sem causar graves problemas, e Brejnev saiu ileso.
Ilyin havia roubado duas pistolas Makarov durante seu serviço militar e um uniforme de polícia de seu irmão.
Vestido como policial, Ilyin teve acesso a uma platéia que aguardava no Kremlin, sob o portão de Borovitsky, onde era esperada a carreata, que deveria conduzir os cosmonautas para uma cerimônia de honra.
Os membros da tripulação Soyuz - Vladimir Shatalov, Boris Volynov, Yevgeny Khrunov, e Aleksei Yeliseyev - esperavam o conversível que os levariam para a cerimônia.
Eis que os automóveis passam pelo portão, Ilyin saca as armas em suas duas mãos, e ignorando a presença dos cosmonautas, abre fogo no segundo carro que passava, que de fato deveria conduzir somente Brejnev.
Sem que Ilyin soubesse, a limusine modelo Zil estava ainda conduzindo ilustres astronautas: Alexei Leonov, o primeiro humano a realizar uma caminhada espacial, Valentina Tereshkova, a primeira cosmonauta da história e a primeira mulher a ir ao espaço, Georgi Beregovoi, que foi ao espaço em outubro de 1968, na missão Soyuz 3, e Andrian Nikolayev, o terceiro soviético no espaço. Ilyin atirou à limosine quatorze tiros, matando o motorista, Ilya Zharkov, antes que o guarda o atropelasse com sua motocicleta, os outros ocupantes não sofreram graves ferimentos.
Mesmo após o incidente, a cerimônia pôde ser concluída, ainda que com atrasos.
Ilyin passou por um longo interrogatório com o então Chefe do KGB, Iuri Andropov.
Foi considerado insano e enviado para o Hospital Psiquiátrico de Kazan, onde foi mantido em confinamento até 1988, quando foi solto e mudou-se para São Petersburgo.
Até hoje, a limusine com os tiros é conservada em um museu.
Após o colapso da União Soviética, Alexei Leonov, que na hora do ocorrido estava junto de Brejnev no automóvel, contou o que o líder o disse após o incidente:
Essas balas não eram para você, Alexei, eram para mim, por isso, peço desculpas.
[12]

[editar] Últimos anos de Brejnev[editar] Início dos problemasApesar de saudável no final da década de 1970, no início da década de 1980, a saúde de Brejnev ia de mal à pior, em uma comemoração, leu duas vezes um mesmo trecho de um longo discurso; Quando viajou a fim de assinar o tratado SALT com o então presidente Jimmy Carter, Brejnev tropeçou em três ocasiões e quase caiu no chão; Num jantar, foi incapaz de dialogar coerentemente com um estadista estrangeiro; Em uma visita à Alemanha Oriental, mal conseguia se sentar sem ajuda. Apesar de tantos problemas, quando viajou à Iugoslávia, para marcar presença no funeral de Tito, acabou surpreendendo boa parte do mundo, ao sair de seu avião Tupolev Tu-144 com uma enorme rapidez, apenas com a ajuda de um soldado e ainda sorrir para os jornalistas, ao ler perfeitamente um texto em homenagem à Tito, e ao se curvar à esquife e aguentar um longo cortejo fúnebre, enquanto muitos achavam que ele mal poderia andar. Passou seu último ano, 1981, desta forma, sem vigor, mas diferentemente de poucos dias antes de sua morte.
Em 1982, poucos meses antes de sua morte, já se via a decadência de sua saúde e como se passava Brejnev, em um discurso ao telejornal da rede estatal de televisão soviética, o conhecido Vremya, mal sabia sobre o que estava dizendo, e demonstrava uma aparência cansada. O mundo inteiro percebia a saúde precária do líder soviético, a imagem de líder poderoso e carismático era substituída pela de um idoso moribundo.

Seu legado foi deixar uma pesada herança aos seus sucessores, a invasão do Afeganistão em 1979, enquanto o país era atacado por islamistas radicais. Esta intervenção deteriorou bruscamente a distensão. Brejnev participou e promoveu os jogos da XXII Olimpíada, em que houve muitos boicotes da parte ocidental, alegando o que havia acontecido no Afeganistão no ano passado ao evento. Brejnev, pessoalmente, se interessou mais pelas questões internacionais, e já no fim de seu mandato, não se interessava pelos problemas internos como antes, e os deixou à seus subordinados. Entre eles, o responsável pela agricultura era Mikhail Gorbatchov, que estava convencido de que era necessária uma reforma em profundidade. Sem necessidade de que se organizasse nenhum tipo de conspiração, esta opinião se generalizava, ao mesmo tempo que se deteriorava a saúde de Brejnev.

[editar] Morte e Legado[13]

"O nome de Leonid Ilitch Brejnev - grandioso progressor da grande causa de Lênin, e fervoroso defensor da paz e do comunismo, para sempre viverá no coração do povo soviético e de toda a humanidade progressista."

— Anúncio da Morte de Brejnev

[14] Três dias antes de sua morte, Brejnev participou da parada militar em comemoração ao jubileu de 65 anos da Revolução Russa, e foi aplaudido fervorosamente, claramente abatido, ainda que tenha comentado com o marechal Dmitri Ustinov que passava bem, e tenha suportado duas horas de comemorações públicas.[15]
A enfermeira de Brejnev, membro do KGB e a esposa, foram as únicas que visitaram o presidente em seus últimos dias, um médico também visitava periodicamente o presidente e lhe determinava os medicamentos corretos, repassando-os para a enfermeira, mas nesse período isso não aconteceu.
Na noite da morte, Brejnev dormiu sozinho em sua dacha e o que ocorreu na noite da morte não se sabe exatamente, o que foi revelado é que antes de dormir, sua enfermeira lhe deu grandes quantidades de medicamentos sem consultar os médicos, incluindo a fortíssima droga Nembutal, o que acabou envenenando e causando uma overdose no secretário-geral.[16]
Amanhecendo, seu corpo foi encontrado ainda quente por guardas na dacha federal em que morava, às 8:30 da manhã, provavelmente teria sofrido silenciosamente, ou enquanto dormia, um derrame ou ataque cardíaco na madrugada do dia 9 de novembro para o dia 10 de novembro.[16]
Houve rumores sobre uma possível conspiração dos médicos, tal como Stalin, onde em um ambiente de saúde frágil, médicos contrários ao regime se aproveitam das habilidades para atentados de longo ou curto prazo contra o líder, tais como remédios falsos, nocivos ou simplesmente a situação entre paciente e médico, por razão dos fortes argumentos, a enfermeira passou por vários interrogatórios, porém os rumores não foram cofirmados pelo governo soviético, que na verdade, nada confirmou oficialmente, sequer a causa da morte.



Monumento à memória de Leonid BrejnevO corpo foi levado para um hospital, mas já era tarde demais, não obtiveram sucesso em retomar a vida de Brejnev.
[16] Na manhã de 11 de Novembro, às onze horas, Igor Kirillov, conhecido âncora do telejornal, que há anos era responsável por comunicar as notícias relativas ao presidente, anunciava a morte para o público, enquanto um anúncio por rádio elogiava e lembrava a distensão promovida pelo líder soviético, mas sem revelar as causas da morte.
Foi homenageado por um dos maiores e mais impressionantes funerais da história, e um luto de quatro dias foi anunciado, o atraso deveu-se a uma tentativa do governo de não relacionar a data da revolução fundadora do estado soviético com a morte de um de seus líderes.
Delegações de diversos países estiveram presentes no funeral, os chefes de estado mais próximos, dos estados socialistas, principalmente, tiveram uma representação maior no memorial.

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Entre elas estão as cabeças de todos os estados socialistas europeus e Cuba [11][12], o presidente do Presidium da Grã Popular Hural da Mongólia, Iumjaagiin Tsedenbal [13], o presidente de Zimbábue, Canaan Sodino, o presidente do Comitê Executivo da OLP, Yasser Arafat [14], o presidente do Conselho Revolucionário do Afeganistão Babrak Karmal [15], o Secretário Geral do Partido Comunista do Chile, Luis Corvalán, o secretário-geral do Partido Comunista francês Georges Marchais, o primeiro-ministro grego Andreas Papandreou, o presidente do Chipre Spyros Kyprianou, o presidente da Finlândia Mauno Koivisto, o primeiro-ministro sueco Olof Palme, o presidente paquistanês Muhammad Zia-ul-Haq, a primeira-ministra indiana Indira Gandhi[16], o secretário de Estado dos EUA, George Shultz, o vice-presidente George H. W. Bush, o príncipe dinamarquês Henrik, o Secretário Geral da ONU Pérez de Cuéllar, a representante pessoal do Papa João Paulo II, Marina Bettolo, e muitos outros, um funeral para definir um cenário que não mudou desde a morte de Stalin.

De 12 a 14 de Novembro, o Salão Coluna da Câmara dos Sindicatos, local onde os corpos de Lênin e Stalin foram expostos para honra pública, recebeu o corpo de Leonid Brejnev [17], os trabalhadores tiveram acesso para a despedida, em 15 de novembro, dia do funeral, as escolas e universidades pararam as aulas, trabalhadores prestaram homenagens em seus locais de trabalho e a cerimônia foi televisionada por todas as televisões locais [18]. Após vários minutos de despedida ao som da melodia de luto, o caixão foi levado para fora da sala, e instalado num tanque de guerra [19]; atrás do caixão andaram dirigentes do Partido e do Estado, os parentes, os membros do público. À frente da procissão - centenas de coroas de flores, e um retrato de Brejnev carregado por soldados [20], mais para trás, membros da Câmara dos Sindicatos do Comitê Central, do Presidium do Soviete Supremo da União Soviética, do Conselho de Ministros da União Soviética, das repúblicas soviéticas, dos territórios e regiões, dos organismos de partido soviéticos e não-governamentais, de trabalhos coletivos do país, e as delegações estrangeiras [21]. O cortejo fúnebre parou em frente ao Mausoléu de Lenin, onde no topo, Iuri Andropov, Anatoli Alexandrov, Dmitri Ustinov e um operário elogiavam emocionadamente Brejnev. Após o discurso, os líderes desceram do pódio, caminharam até o pedestal, junto ao caixão. A procissão rapidamente chegou à Necrópole da muralha do Kremlin [22]. Às 12 horas e 40 minutos, as atividades no país inteiro foram paralisadas para que os trabalhadores prestassem respeito, todos os membros do Politburo usavam uma fita vermelha no braço esquerdo, em sinal de luto; devido ao grande número de medalhas que Brejnev possuía, foram necessários quase duzentos oficiais para levar cada condecoração, em uma pequena almofada de cetim durante a procissão.

O serviço memorial foi realizado em todo o país, centenas de milhares de pessoas, em cada cidade, vila, em cada fábrica, em todas as escolas, pararam neste dia.
Para o estado, a solenidade foi importante, a ampla participação de uma esmagadora massa de admiradores de Brejnev, foi uma forma de de superar e retocar as crises na sociedade.
Apesar da organização, o funeral saiu do previsto em seu final, quando às 12 horas e 45 minutos no horário de Moscovo, quando o caixão baixou à sepultura e o hino soviético era executado, os cidadãos do país inteiro, ao invés de prestar silêncio, como devido, usaram de todos os tipos de ruídos presentes, como buzinas de automóveis, tiros ao alto, sirenes, apitos de fábricas, barulho de máquinas, apitos de trens, apitos de navios, sinos ortodoxos e até mesmo fogos de artifício para homenagear o líder, mas o fato acabou causando certo constrangimento.[23][17] Mas a situação mais constrangedora aconteceu no mesmo momento, quando, em meio ao hino nacional soviético e o absoluto respeito dos presentes, um dos oficiais presentes no funeral sugeriu aos parentes mais próximos de Brejnev que jogassem o punhado de terra, mas de repente, no mesmo momento, os presentes que assistiam a cerimônia à certa distância, rapidamente saíram em disparada à cova, o povo, os camaradas, os líderes políticos, os generais, e admiradores se apressavam até a sepultura para jogar o punhado de terra, causando um certo alvoroço, desorganização, tropeços e constrangimento pela falta de respeito com os parentes e principalmente durante a execução do hino, que terminou como sua versão mais curta pela total cacofonia, impossibilidade de ouví-lo e o grande número de pessoas tentando se aproximar da cova.
Após a cerimônia, as tropas do Exército Vermelho, carregando estandartes vermelhos com fitas negras marcharam, sob uma marcha de despedida, diante de seu retrato, representando as últimas saudações ao até então Comandante Supremo das Forças Armadas da União Soviética, mesmas saudações prestadas havia uma semana antes, na última aparição em público do líder.
A cerimônia encerrou-se com a passagem das delegações estrangeiras diante do retrato de Brejnev, propositalmente colocado no caminho que levava à reunião com o então recém-empossado presidente, Iuri Andropov.
Depois da morte de Brejnev, a cidade das proximidades do rio Volga, Naberezhnyye Chelny recebeu o nome de Brejnev em sua homenagem, mas em menos de dez anos, o nome original voltou a ser utilizado.

O comunista não só vive nobremente, mas também morre com dignidade

— Leonid Brejnev
[editar] Repercussão da MorteA Morte de Brejnev repercutiu em todo mundo, muitos jornais estrangeiros lançaram notas [18] noticiando a morte do líder soviético:

Os rádios anunciavam o comunicado oficial, que veio depois de 27 horas da morte do líder soviético. O comunicado oficial da morte veio das lideranças do Kremlin até o Partido Comunista e o povo soviético, lido no rádio e na televisão. No momento do anúncio, não havia indicação sobre qualquer substituto de Brejnev; Chernenko, Andropov, Gorbachov e Grishin eram os mais fortes candidatos. O presidente americano Ronald Reagan foi acordado entre 3:30 e 4:00h da madrugada, recebendo a notícia pelo porta-voz da segurança nacional. O governo americano recebeu a notícia da morte de Brejnev pouco antes dos noticiários televisivos americanos, a revista TIME e dos jornais -- Los Angeles Times e Anchorage Daily News. No dia 11 de Novembro, a manchete da revista era:


Leonid Ilitch Brejnev: o homem que durante 18 anos guindou com mão de ferro o maior país do mundo ao status de superpotência militar está morto.




[19][20]


Os chefes soviéticos prometeram prosseguir com a política diplomática de Brejnev, com o desarmamento e a distensão. Em Moscou, tudo parecia normal, os trabalhadores permaneciam junto aos rádios para ouvir solenemente, às 11h, o anúncio:

Центральный Комитет Коммунистической партии Советского Союза, Президиум Верховного Совета СССР и Совет Министров СССР с глубокой скорбью извещают партию, весь советский народ, что 10 ноября 1982 года в 8 часов 30 минут утра скоропостижно скончался Генеральный секретарь Центрального Комитета КПСС, Председатель Президиума Верховного Совета СССР Леонид Ильич БРЕЖНЕВ.
Имя Леонида Ильича Брежнева - великого продолжателя великого ленинского дела, пламенного борца за мир и коммунизм, будет всегда жить в сердцах советских людей и всего прогрессивного человечества.

(O comitê central do Partido Comunista da União Soviética, o Soviete Supremo da União Soviética e o Conselho de Ministros da URSS, com profunda tristeza, informa ao partido, assim como ao povo soviético, que em 10 de novembro do ano de 1982, às 8h 30 min, morreu repentinamente o Secretário-geral do Comitê Central do PCUS e Presidente do Presidium do Soviete Supremo da URSS, Leonid Ilitch BREJNEV.

O nome de Leonid Ilitch Brejnev - grandioso progressor da grande causa de Lênin, e fervoroso defensor da paz e do comunismo, para sempre viverá no coração do povo soviético e de toda a humanidade progressista.)


Comunicado Oficial da TASS anunciando a morte do secretário-geral

O Secretário do Comitê Central, Iuri Andropov, foi cotado para chefiar o comitê do funeral.
O primeiro anúncio não revelou a causa da morte. Brejnev, pouco antes de completar 76 anos, foi publicamente visto pela última vez na celebração dos 65 anos da Revolução Russa, em 7 de novembro, na Praça vermelha, e em uma recepção diplomática mais tarde.
Ele se encontrava estático e calado, o que não era de costume, sobre a tribuna do Kremlin.
Em certo momento, o Marechal Dmitri Ustinov bateu levemente em seu ombro e perguntou se ele estava se sentindo bem, a que Brejnev respondeu positivamente.
Ele havia sofrido uma série de padecimentos cardio-respiratórios e mandibulares desde meados da década de 1970, e havia rumores de que o líder soviético estava muito doente, mas ele próprio desmentiu todas as afirmações.


Em Washington, o Presidente Reagan expressou pesar, e afirmou que torcia por um novo governo produtivo e otimista, como havia sido o do falecido presidente.
A Casa Branca informou que o presidente Reagan gostaria de manter fortes e sérias relações com o Kremlin, e que uma grande delegação deveria estar presente no memorial, mas os nomes dos dignatários não foram divulgados.
"Como líder soviético por quase duas décadas, o presidente Brejnev foi uma das mais importantes figuras em todo o mundo" afirmou a Casa Branca.
"O presidente Brejnev progrediu bastante nas relações Estados Unidos-União Soviética durante seu mandato, o presidente construiu um produtivo e otimista governo."
A morte de Brejnev ocorreu poucos dias antes de um encontro do Comitê Central, previsto para 15 de novembro, que anunciaria a aposentadoria de Andrei Kirilenko, um veterano do Politburo -- Kirilenko, de 76 anos, estava doente após uma série de ataques cardíacos.

Brejnev havia sofrido um ataque cardíaco havia menos de um ano, e chegou-se a noticiar sua morte. Porém o presidente sobreviveu, e no ano seguinte, quando Brejnev morreu de fato, as autoridades soviéticas preferiram aguardar e ter mais informações antes de qualquer anúncio, por isso as notícias chegaram apenas no dia seguinte à morte.
O primeiro indício de morte de um veterano do partido chegou quando trabalhadores da mídia estatal em Moscou foram ordenados a cancelar a exibição de um concerto em comemoração ao dia da polícia soviética. O famoso concerto anual foi substituído por um filme patriótico.
Poucas horas antes do anúncio oficial, o jornal Pravda, publicou um telegrama oriundo do chefe de estado angolano, José Eduardo dos Santos, sem a assinatura de Brejnev, um descuido do governo, que deixou vestígios de que o chefe da nação não estava, ao menos, presente.

Durante a gestão de Brejnev, os Estados Unidos viveram cinco trocas de presidente — Johnson, Nixon, Ford, Carter e Reagan — períodos em que a URSS ganhou e perdeu diplomacias Oeste-Leste durante a distensão.

Em Pequim, a agência oficial de notícias Notícias da Nova China informou a morte sem comentários, este informe foi feito 18 minutos após o informe oficial pelos soviéticos.
Em Varsóvia, o porta-voz polonês disse que a morte de Brejnev foi "uma grande perda para a nação polonesa", pois ele foi "um grande amigo da Polônia e entendia nossos problemas."

Em Camberra, o primeiro-ministro Malcolm Fraser declarou:
"Em nome da nação australiana, estendo as condolências ao povo da União Soviética e à família do falecido presidente, o governo australiano espera sinceramente que, para o bem de todas as pessoas, os novos líderes em Moscou sinceramente sigam o caminho da paz que o falecido presidente Brejnev sempre invocava como a política de seu país, assim, haverá enormes benefícios para toda a humanidade se a paz vier com o novo presidente."
O líder da oposição australiana disse que espera que a morte do presidente não seja seguida por aumento de incertezas e imprevisibilidades nos assuntos internacionais, especialmente nas relações entre Leste e Oeste, e que prossigam-se os planos pelo controle de armas estratégicas.
Um membro do atualmente extinto Partido Comunista da Austrália disse que o partido "espera que a sociedade soviética evolua num sentido democrático após a morte do presidente Brejnev."

No Afeganistão, um porta-voz disse que seus compatriotas receberam a notícia da morte do presidente Brejnev com um grande prazer. "Todos os afegãos corretos estão felizes e muito contentes com a morte de Brejnev, e esperamos que o novo líder soviético ache uma solução para o problema do Afeganistão, mas nós entendemos que o Politburo continuará a cultuar e fazer a política de Brejnev."

Em Nova Deli, a primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi, enviou uma mensagem de solidariedade para o Kremlin, dizendo que o mundo perdeu um arquiteto e um amigo valorizado pelo povo da Índia.
Ela ainda disse que a vida do presidente Brejnev era um composta de uma dedicação inexplicável, tenacidade e realização.

Em Tóquio, o Chefe de Gabinete do Japão, disse que a morte de Brejnev foi lamentável para as relações de amizade entre o Japão e a União Soviética.

Em Frankfurt, o nervosismo tomou conta dos mercados após o anúncio da morte do chefe soviético, o dólar e o preço do ouro subiram rapidamente.
Minutos depois do anúncio oficial, o dólar atingiu seu nível mais alto em Frankfurt, em quase sete anos.
Especuladores financeiros imaginavam a possibilidade de que as relações Leste-Oeste entrassem em um período incerto depois da morte do presidente soviético, que foi o principal fator de pressão da elevação do preço do dólar e do ouro.
Mas o pânico inicial diminuiu e o dólar caiu, os investidores tiveram lucros rápidos e esperaram a nova figura no Kremlin.[21]

[editar] Família[22][23][24] A família de Brejnev tornou-se um malogro para o líder soviético, que mesmo após a morte vê seu nome de família envolvido em situações constrangedoras e ilícitas.
Brejnev casou-se com Viktoria Petrovna (1912-1995), e tiveram dois filhos, Galina e Iuri.
A família vivia na conhecida Avenida Kutuzovski, em Moscou, e passava as férias na dacha federal em Zavidovo.



Conjunto de apartamentos onde vivia a família Brejnev.Quando alcançou posições destacadas no partido, Brejnev abandonou sua família para se dedicar a vida política, o que desagradou a esposa e desestabilizou o casamento, a família não se entendia, e Viktoria era uma figura somente simbólica na vida do chefe soviético, mesmo que dificilmente Brejnev fosse visto com a esposa.
Em seus anos finais, Brejnev passava boa parte do tempo em sua casa de campo em um distrito moscovita, refúgio para se distanciar dos problemas familiares e da esposa, sem que se causassem grandes distúrbios na sociedade, tanto que o líder tenha passado suas últimas horas e achado morto nesta mesma casa de campo.
Por sua proximidade com o poder e sem saber lidar com as situações, a filha Galina muitas vezes utilizava o poder para o próprio bem, sujando o nome da família, por isso, Brejnev perde a confiança na própria filha e afasta radicalmente Galina da proximidade do poder, o que sacrificou as relações entre o pai e a filha.
Galina torna-se um infortúnio para as autoridades soviéticas, o vício pelo poder e a tristeza pelo distanciamento do pai fazem Galina se infiltrar no mundo da criminalidade, e se envolver em escândalos surpreendentes dentro da sociedade soviética, como contrabandos, prostituição e embriaguez, relacionando-se com excêntricos artistas anti-comunistas, como Igor Kio e Māris Liepa, e participando de atividades clandestinas e subversivas contra o governo do próprio pai.
O filho, Iuri, um orgulho para seu pai, que diferentemente da irmã encontrava-se como uma figura completamente retraída e livre de escândalos, foi descoberto e denunciado por desvios de dinheiro e corrupção, e teve seus bens confiscados durante o governo de Chernenko, um aliado e amigo próximo de Brejnev.
Viktoria passa os anos seguintes da morte do marido simplesmente abandonada, sofrendo de diabetes e praticamente cega, quando morre em 1995.
Galina é vista publicamente pela última vez durante o funeral de seu pai, onde recusa-se a abraçar o então presidente Andropov, e continua com seus escândalos, mais tarde é internada pelo último marido e morre esquecida em um hospital psiquiátrico em uma cidade próxima a Moscou, Iuri torna-se alcoólatra e é abandonado pelos filhos.
Andrei Brejnev, filho de Iuri, logo após a desintegração soviética, criticou o Partido Comunista da Federação Russa.
O túmulo de Leonid Brejnev se localiza na mais prestigiada localização da Rússia, aos pés da grande muralha do Kremlin.
Em 2005, a televisão russa lançou uma série chamada Brezhnev, uma biografia sobre os últimos meses de Brejnev, que relata em detalhes o distanciamento do líder soviético de sua família e a aproximação de seus assessores, combinados com as memórias dos tempos de guerra e juventude.

[editar] Elogios e críticasBrejnev foi visto com bons olhos na maior parte do mundo e principalmente em seu país por tirar da União Soviética a face de vilã da Guerra Fria, e dar ao mundo pelo menos um sinal da paz, com atitudes pacificadoras, como a proibição de armas estratégicas e as políticas de distensão e cooperação, também elevou o padrão social de seu povo sem ferir os ideais socialistas. Entretanto, foi muito criticado, principalmente pelo ocidente, por causar uma estagnação na economia soviética, assim como por ter exigido que todos os partidos comunistas da Europa fossem submetidos a Moscou.
Muitos consideram que sua gestão foi uma etapa para a renovação que a economia soviética necessitava e um tempo de estabilidade política, mas também consideram que seus últimos anos foram de declínio, sem que fossem tomadas novas atitudes e que o líder, mesmo idoso, continuasse no poder.
O nome de Brejnev esteve e está envolvido em inúmeras anedotas contadas pelo povo russo, desde as características de desatento e confuso do antigo líder até o fato de terem noticiado sua morte sem que ele tenha morrido, o que o fez ser chamado de morto-vivo e ter vindo de volta do mundo dos mortos, incluindo adaptações de diversas outras anedotas, mas após sua morte, as anedotas se cessaram gradualmente.



Caricatura de Brejnev, por Edmund Valtman.Foi acusado de ter autorizado e instruído os militares soviéticos a promoverem o atentado ao ao papa João Paulo II em 1981, porém escreveu uma carta pessoal ao líder católico, desculpando-se por não ter participado da visita da delegação soviética ao Vaticano, por motivos de saúde, ocorrida naquele mesmo ano. O nome de Brejnev também se envolveu-se fortemente após um vazamento de documentos, nos quais Brejnev autorizava o envolvimento e planejamento do serviço secreto soviético na execução do cruel ditador nicaraguense Anastasio Somoza Debayle.[25]



"Tudo deve ser feito para que o povo de nosso planeta viva livre da guerra, para viver com segurança, cooperativismo, e comunicação de amigo com amigo, este é o comando imperativo de nosso tempos"[editar] CentenárioEm 2006, comemorou-se seu centenário.[26]
O Partido Comunista da Federação Russa providenciou todas as honras, um grande número de pessoas visitaram o túmulo na Necrópole do Kremlin e deixaram flores, Gennadi Ziuganov, o Secretário Geral do partido, discursou e deixou uma grande coroa de flores no túmulo que contém uma estátua do líder.[27][28]

No 100 º aniversário de seu nascimento, os russos lembraram do regime conhecido, por ter conseguido grandes feitos, como "punhos de aço", dirigido por ele, com uma nostalgia comunista.
Gennadi Ziuganov [24], o atual líder do Partido Comunista da Federação Russa, disse que "Durante seus anos à frente do país, Leonid Brejnev realizou coisas concretas que perduram até hoje, a produção industrial quase triplicou e o padrão de vida dobrou."
Alexei Ponamarev, um residente de Moscou relatou que "Esses anos foram um renascimento - mesmo que as pessoas chamem de "tempo da estagnação", na realidade, estes anos foram uma época de renascimento."
De fato, depois da destruição causada pela II Guerra Mundial, a Rússia tinha chegado ao fundo do poço.
Os primeiros anos de Brejnev fez com que a URSS sentisse melhorias, embora em termos de padrões de vida do país ainda ficasse um pouco atrás de outros países industrializados.
O 19 de Dezembro, centenário de Brejnev levou a uma série de exposições, filmes e documentários de televisão que tinha o foco sobre o mesmo tema: a nostalgia e vontade de recuperação da época em que o mundo tratava o Kremlin com grande respeito.
Os russos lembram do passado, das melhores habitações e bens de consumo disponíveis, mas em troco das propagandas comunistas e de discursos intermináveis.
Um período de estabilidade política e econômica - conhecida entre os russos comum como "estagnação" assumiu.
Acima de seu túmulo, recordando Brejnev, Vladimir Musaeliam, fotógrafo pessoal do estadista por 18 anos, relatou a amizade e o caráter humano do presidente:


Tirar fotos não era apenas meu trabalho, éramos amigos, um pequeno número de imagens são muito sinceras e mostram o lado humano do líder, uma imagem inédita mostra Brejnev imóvel e atento em uma caça, e em outra, ele está bebendo champanhe alegremente com Fidel Castro na parte traseira de uma lancha, ele viajou muito por todo o país, a cada 20 ou 30 dias, e eu estava cansado depois de tudo isso, mas fiquei impressionado em ver como ele tinha vitalidade para fazer isso, ele normalmente tomava apenas oito minutos para comer, no começo eu chegava a passar um pouco de fome por não conseguir terminar meu lanche a tempo, até que eu também aprendi a comer rapidamente, foram bons tempos, mas hoje, a Rússia é atormentada pela alta criminalidade, corrupção e abuso policial, todos os quais estão fora de controle e constantemente crescendo, estes fatores, mais do que tudo, é o combustível para a nostalgia daquela época chamada de estagnação.

— Vladimir Musaeliam [27]
[editar] Fatos InteressantesExistem rumores de que a estranha dicção de Brejnev era causada por um ferimento no maxilar durante a Grande Guerra Patriótica, mas muitos dizem que Brejnev voltou da guerra sem ferimento algum.
Brejnev gostava de jogar Dominó.
Em 1977, foi lançado o filme "Soldados da Liberdade", que contava a história da Grande Guerra Patriótica, e incluia personalidades da guerra, como Jukov, Tito e Andrei Grechko, mas boa parte do filme foi protagonizada por Brejnev, interpretado por E.E. Matveiev.
Brejnev zombou certa vez pedindo para que fosse enterrado de bruços, pois assim, poderia 'beijar o Diabo'.
Após a sua morte e a de Ustinov, seu ministro da defesa cuja imagem esteve sempre ligada a seu governo, foi fundada em Ijevsk uma linha de ônibus Brejnev-Ustinov.
Brejnev torcia pelo Spartak, importante time de esportes russo, e comparecia muitas vezes nos jogos do CSKA, um dos principais rivais.
Brejnev era o cidadão com maior número de "medalhas honoríficas" soviéticas, entre elas, detinha as mais valiosas, como de Herói da União Soviética, o Prêmio Lênin da Paz, e a Ordem de Lenin.
Em 9 de fevereiro de 1961, em uma visita oficial à República da Guiné, Brejnev se encontrava em uma aeronave IL-18, eis que sobrevoando o norte da Argélia, a uma altura de 8.250 metros, um caça francês, pensando que se tratava de algum perigo em plena Guerra Fria, abriu fogo sobre a aeronave soviética, e mais tarde sobre seu curso, os pilotos rapidamente se esquivaram e foram embora do local, onde mais tarde ficaram sabendo do mal-entendido acidente.
Em uma viagem aos Estados Unidos, foi recebido com cartazes como: "Welcome, Brezhnev", e se despediu do país falando inglês; em uma ida para a Bulgária, dançou uma dança típica do país [25]; em Cuba, cartazes de boas vindas e bandeiras também o receberam [26]; na França, encorajou o partido comunista a nomear uma importante avenida com o nome de Rue Lenine [27], e dentro de seu país, ficou lembrado por visitar fazendas, fábricas, escolas e hospitais e encontrar-se com os cidadãos soviéticos.[28].
Em seu governo, pela primeira vez após a Segunda Guerra Mundial, as bandeiras soviética e americana foram desfiladas lado a lado.
Em 2005, foi lançada uma série televisiva sobre a vida de Brejnev, chamada Brezhnev.
[editar] ConsideraçõesDa época czarista a Vladimir Putin, os anos de Leonid Brejnev e dos seus dois sucessores à frente do Partido Comunista da URSS foram aqueles em que os russos afirmam ter vivido melhor, segundo uma sondagem divulgada pelo «Nezavissimaia Gazeta».
À questão «em que época os russos viviam melhor?», 54,9 por cento das pessoas interrogadas respondeu «o período de estagnação», os anos em que a URSS foi dirigida sucessivamente por Leonid Brejnev, Konstantin Tchernenko e Iuri Andropov.
As penúrias crónicas, a impossibilidade de viajar para o estrangeiro, a falta de liberdade, as perseguições a dissidentes e a guerra no Afeganistão, que simbolizam este período para o Ocidente, não deixaram a mesma lembrança nas cerca de duas mil pessoas interrogadas em toda a Rússia.
[29]

A maioria dos russos considera a Era Brejnev (1964-1982) «tempos de bem estar», segundo uma sondagem divulgada Pela Fundação Opinião Pública da Rússia. 61% dos inquéritos fizeram uma avaliação positiva daquela época e apenas 17% a recordam como «negativa». E entre pessoas com idades entre 36 e 54 anos, a avaliação positiva sobe para 75%. Mesmo entre os jovens russos (até aos 35 anos), 35 por cento dão uma nota positiva a esse período do regime comunista, enquanto 20% o consideram negativo. Quanto ao papel desempenhado pelo antigo 50% consideram-no positivo, enquanto que 16% têm opinião contrária.
Contudo, 42% respondem negativamente à pergunta: «Gostaria de fazer regressar o país ao período histórico em que ele foi dirigido por Brejnev, com todos os aspectos e particularidades distintivas da vida desse período?», e 36% mostraram-se dispostos a entrar na «máquina do tempo». Segundo este estudo, a maioria dos saudosistas da «época de Brejnev» vive na província russa. O centenário do nascimento de Leonid Brejnev, que se assinalou a 19 de Novembro de 2006 na Ucrânia (onde nasceu) e na Rússia (onde governou), foi destacado pela publicação de numerosos artigos e filmes documentários sobre a vida e a obra desse dirigente comunista. Por um lado, sublinha-se que, nessa época, a URSS atingiu o auge do seu poderio a nível global, conseguiu a paridade militar com os Estados Unidos, e a supremacia no desbravamento do Espaço.
Por outro lado, chama-se a atenção para o facto de Brejnev não ter sabido utilizar esses factores, bem como as divisas ganhas com a exportação de petróleo soviético nos anos 1970 do século XX, para dar um grande salto na modernização da economia e indústria soviéticas. «Os tempos de Brejnev foram a idade do ouro, se não de toda a história russa, pelo menos do seu período soviético» - considera Vitali Tretiakov, redactor principal do semanário Moskovskie Novosti.
Tretiakov assinala, no entanto, que «ele não foi capaz de fazer avançar bruscamente o país ou de fazer uma manobra civilizacional e ideológica brusca, nem de voltar para trás».
[30]

Referências↑ [1] Brejnev se referiu a Deus em um encontro com Carter.
↑ http://www.wsws.org/articles/2000/feb2000/russ-f29.shtml - The rehabilitation of Stalin—an ideological cornerstone of the new Kremlin politics
↑ http://www.jstor.org/pss/1385865 - Religious Belief in the Brezhnev Era
↑ http://www.informaworld.com/smpp/content~content=a789074002&db=all - Soviet religious policy under Brezhnev and after
↑ http://www.ng.ru/ideas/2005-05-20/10_stalin.html - Традиции сталинизма как идеологии и практики будоражат воображение влиятельных политических сил
↑ [2]; José Milhazes, Da Rússia; Segunda-feira, Dezembro 18, 2006
↑ Brezhnev Reconsidered, Edwin Bacon, Mark Sandle
↑ Brejnev usou até mesmo herança cultural inglesa para criticar Thatcher.
↑ Reagan tells jokes about Soviet Union
↑ Números estatísticos de acordo com o Instituto Levada
↑ Soviet Union under Brezhnev (Détente)
↑ http://en.wikipedia.org/wiki/Brezhnev_assassination_attempt#cite_ref-3 Wikipedia: Brezhnev assassination attempt
↑ youtube.com/watch?v=xWvtth79374 - Soviet Leader Leonid Brezhnev's Funeral
↑ [3] Leonid Brezhnev Funeral - Part II
↑ Похороны Брежнева
↑ a b c Christopher Andrew e Vasili Mitrokhin (2000). O Arquivo Mitrokhin: A KGB na Europa e no Ocidente. Livros de Jardineiros. ISBN 0-14-028487-7. página 266
↑ youtube.com/watch?v=27Oe5psc12Q Brezhnev's Funeral: Mourning Soviet Anthem
↑ [4], Brezhnev Dead, PARTY CHIEF KEEPS IT SECRET FOR 27 HOURS; Author: Robert Gillete; Source: The Age; Date: november,12 1982
↑ http://pqasb.pqarchiver.com/latimes/access/666384442.html?dids=666384442:666384442&FMT=ABS&FMTS=ABS:AI&type=historic&date=Nov+11%2C+1982&author=&pub=Los+Angeles+Times&desc=Brezhnev+Dies+at+75&pqatl=google
↑ http://news.google.com/newspapers?id=Jx4rAAAAIBAJ&sjid=Op8FAAAAIBAJ&pg=2314,4345043&dq=die+brezhnev&hl=en
↑ http://inside.theage.com.au/view_bestofarticle.php?straction=update&inttype=1&intid=780 - Todas as informações da seção Repercussão da Morte foram tiradas - se não traduzidas - da página citada.
↑ Todas as informações da sessão "Família" foram baseadas nas informações trazidas pelas seguintes fontes.
↑ http://www.izvestia.ru/russia/article16432/ Андрей БРЕЖНЕВ: "Кто у нас цари-генсеки?"
↑ http://dailytalking.ru/interview/brezhnev-andrey-yurevich/126/ Дед не смешивал работу и семью (Andrei Brejnev: Vovô não misturava família e trabalho.)
↑ http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=29534
↑ [5]; "Rússia comemora 100º aniversário do excelente líder, Leonid Brezhnev", Portal Pravda (Português)
↑ a b http://www.blinkx.com/watch-video/russia-russia-marks-100-years-since-the-birth-of-the-soviet-dictator-leonid-brezhnev/9kXp1KD3ypGExCCPjR8Nyg - Três vídeos relatando a visita ao túmulo de Brejnev em seu centenário
↑ http://gdb.rferl.org/A1795176-E4FA-412E-A9F5-BA22404FA6B2_mw800_mh600.jpg - Ziuganov deixa coroa de flores
↑ http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=777419 - TSF Rádio Notícias
↑ http://port.pravda.ru/russa/19-12-2006/14474-brejnev-0 Pravda.ru online: Era Brejnev - Tempos de bem estar mas voltar lá não queremos
[editar] Ver tambémVelha Guarda do Politburo
Estagnação de Brejnev
Era Khrushchov
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
[editar] Ligações externasO Commons possui multimídias sobre Leonid BrejnevColetânea de vídeos sobre Brejnev
Coletânea de fotografias de Brejnev
Retrato da família de Brejnev (1930)
Precedido por
Nikita Khrushchov Secretário-Geral do
Partido Comunista da União Soviética
1964 — 1982 Sucedido por
Yuri Andropov

[Expandir]v • ePrêmio Lenin da Paz
Década de 1950 1950: Frédéric Joliot-Curie - Soong Ching-ling - Hewlett Johnson - Eugénie Cotton - Arthur Moulton - Pak Chong Ae - Heriberto Jara Corona • 1951: Guo Moruo - Monica Felton - Oyama Ikuo - Pietro Nenni - Anna Seghers - Jorge Amado • 1952: Johannes Becher - Eliza Branco - Ilya Ehrenburg - James Gareth Endicott - Yves Farge - Saifuddin Kitchlew - Paul Robeson • 1953: Andrea Andreen - John Desmond Bernal - Isabelle Blume - Howard Fast - Andrew Gaggiero - Leon Kruczkowski - Pablo Neruda - Nina Vasilevna Popova - Sahib-singh Sokhey - Pierre Cot • 1954: Alain Le Léap - Baldomero Sanincano - Prijono - Bertolt Brecht - André Bonnard - Thakin Kodaw Hmaing - Felix Iversen - Nicolás Guillén - Denis Nowell Pritt • 1955: Lázaro Cárdenas - Mohammed Al-Ashmar - Joseph Wirth - Ton Duc Thang - Akiko Seki - Ragnar Forbeck • 1957: Louis Aragon - Emmanuel d'Astier - Heinrich Brandweiner - Danilo Dolci - Maria Rosa Oliver - Chandrasekhara Venkata Raman - Udakandawala Saranankara Thero - Nikolay Semenovich Tikhonov • 1958: Josef Lukl Hromádka - Artur Lundkvist - Louis Saillant - Kaoru Yasui - Arnold Zweig • 1959: Otto Buchwitz - William Edward Burghardt Du Bois - Nikita Khrushchov - Ivor Montagu - Kostas Varnalis

Década de 1960 1960: Laurent Casanova - Cyrus Eaton - Sukarno • 1961: Fidel Castro - Ostap Dlussky - William Morrow - Rameshvari Neru - Mihail Sadoveanu - Antoine Tabet - Ahmed Sékou Touré • 1962: István Dobi - Olga Poblete de Espinosa - Faiz Ahmed Faiz - Kwame Nkrumah - Pablo Picasso - Georgi Traikov - Manolis Glezos • 1963: Oscar Niemeyer • 1964: Dolores Ibárruri - Rafael Alberti - Aruna Asaf Ali - Kaoru Ota • 1965: Miguel Ángel Asturias - Mirjam Vire-Tuominen - Peter Ayodele Curtis Joseph - Giacomo Manzù - Jamtsarangiyn Sambuu • 1966: Herbert Warnke - Rockwell Kent - Ivan Málek - Martin Niemöller - David Siqueiros - Bram Fischer • 1967: Joris Ivens - Nguyen Thi Dinh - Jorge Zalamea - Romes Chandra - Endre Sík - Jean Effel • 1968-1969: Akira Iwai - Jarosław Iwaszkiewicz - Khaled Mohieddin - Linus Pauling - Shafie Ahmed el Sheikh - Bertil Svahnstrom - Ludvík Svoboda

Década de 1970 1970-1971: Eric Henry Stoneley Burhop - Ernst Busch - Tsola Dragoicheva - Renato Guttuso - Kamal Jumblatt - Alfredo Varela • 1972: James Aldridge - Salvador Allende - Leonid Brejnev - Enrique Pastorino • 1973-1974: Luis Corvalán - Raymond Goor - Jeanne Martin-Cissé • 1975-1976: Hortensia Bussi de Allende - János Kádár - Seán MacBride - Samora Machel - Agostinho Neto - Yannis Ritsos • 1977-1978: Kurt Bachmann - Freda Yetta Brown - Angela Davis - Vilma Espín Guillois - Kumara Padma Sivasankara Menon - Halina Skibniewska • 1979: Hervé Bazin - Lê Duẩn - Urho Kekkonen - Abd al-Rahman al-Sharqawi - Miguel Otero Silva

Década de 1980 1980-1982: Mahmoud Darwish - John Morgan - Líber Seregni - Míkis Theodorákis • 1983-1984: Indira Gandhi - Jean-Marie Léger - Eva Palmer - Nguyễn Hữu Thọ - Luis Vidales - Joseph Weber - Charilaos Florakis • 1985-1986: Miguel d'Escoto - Dorothy Hodgkin - Herbert Mies - Julius Nyerere - Petr Tanchev • 1986-1987: Evan Litwack

Década de 1990 1990: Nelson Mandela


[Expandir]v • ePresidentes do Soviete Supremo da União Soviética
Vladimir Lênin (1917-1924) • Iossif Stálin (1924-1953) • Nikita Khrushchov (1953-1964) • Leonid Brejnev (1964-1982) Iúri Andropov (1982-1984) • Konstantin Chernenko (1984-1985) • Mikhail Gorbachev (1985-1991)

[Expandir]v • eMarechais da União Soviética
Voroshilov · Tukhachevsky · Budyonny · Yegorov · Blyukher · Timoshenko · Kulik · Shaposhnikov · Jukov · Vasilevsky · Stalin · Konev · Govorov · Rokossovsky · Malinovsky · Tolbukhin · Meretskov · Beria · Sokolovsky · Bulganin · Bagramyan · Biriuzov · Grechko · Yeryomenko · Moskalenko · Chuikov · Zakharov · Golikov · Krylov · Yakubovsky · Batitsky · Koshevoy · Brezhnev · Ustinov · Kulikov · Ogarkov · Sokolov · Akhromeyev · Kurkotkin · Petrov · Yazov

[Expandir]v • eHistória da União Soviética (1964–1985) e a Era da Estagnação
Eventos Políticos 1964–1982: Liderança Coletiva · Conferência de Glassboro · Reabilitação de Stálin · Primavera de Praga · Invasão da Tchecoslováquia · Doutrina da Soberania Limitada · Atentado contra Leonid Brejnev · Conflito Fronteiriço Sino-Soviético · Détente · Acordos de Helsínquia · Constituição Soviética de 1977 · Intervenção no Afeganistão · Jogos Olímpicos de Verão de 1980 · Reação à Crise da Polônia · Exercícios Zapad · Morte e Funeral de Leonid Brejnev · O Legado de Leonid Brejnev · Máfia Piramida
1982–1985: Planos de Mísseis Nucleares · Caso do Boeing Coreano · Able Archer 83 · Boicote aos Jogos Olímpicos de 1984
Membros do Politburo
Aliyev · Andropov · Brejnev · Tchebrikov · Chernenko · Demitchev · Dolgikh · Gorbachev · Grechko · Grishin · Gromiko · Kirilenko · Kiselyov · Konayev · Kossygin · Kulakov · Kuznetsov · Masherov · Mazurov · Mikoyan · Mzhavanadze · Pelše · Podgorny · Polyansky · Ponomarev · Rashidov · Romanov · Shcherbytsky · Shelepin · Shelest · Shevardnadze · Shvernik · Solomentsev · Suslov · Tikhonov · Ustinov · Voronov · Vorotnikov
Líderes Leonid Brejnev (Tróika: Brejnev · Kossyguin · Podgorni) · Iuri Andropov · Konstantin Chernenko
Familiares de Brejnev Churbanov (genro) · Galina (filha) · Liubov (sobrinha) · Viktoria (esposa) · Iakov (irmão) · Iuri (filho)
União Soviética


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