domingo, 12 de dezembro de 2010

6672 - PARAGUAI

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Paraguai
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República del Paraguay (espanhol)
Tetã Paraguái (guarani)
República do Paraguai

Bandeira do Paraguai Brasão das Armas

Lema: Paz y justicia
("Paz e justiça")
Hino nacional: Paraguayos, República o Muerte
("Paraguaios, república ou morte")
Gentílico: paraguaio(a);
paraguaiano(a)[1]



Capital Assunção
Língua oficial Espanhol e guarani
Governo República presidencialista
- Presidente Fernando Lugo
- Vice-presidente Federico Franco
Independência da Espanha
- Declarada 15 de Maio de 1811
Área
- Total 406 750 km² (58.º)
- Água (%) 2,3
População
- Estimativa de 2007 6 100 000 hab. (100.º)
- Densidade 14 hab./km² (192.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2006
- Total US$ US$ 28,342 bilhões (96.º)
- Per capita US$ US$ 4 055 (107.º)
Indicadores sociais
- Gini (2002) 57,8 – alto
- IDH (2010) 0,640 (96.º) – médio[2]
- Esper. de vida 71,8 anos (99.º)
- Mort. infantil 32,0/mil nasc. (121.º)
- Alfabetização 94,6% (71.º)
Moeda Guarani (moeda) (PYG)
Fuso horário (UTC−4)
Cód. Internet .py
Cód. telef. +595
Website governamental www.presidencia.gov.py



O Paraguai (em espanhol: Paraguay; em guarani: Paraguái), oficialmente República do Paraguai (República del Paraguay; Tetã Paraguái), é um país do centro da América do Sul, limitado a norte e oeste pela Bolívia, a nordeste e leste pelo Brasil e a sul e oeste pela Argentina.[3] Sua capital é a cidade de Assunção.[4] O Paraguai é um dos dois países da América do Sul que não possuem uma saída para o mar, juntamente com a Bolívia. Possui uma área de 406.752 km²,[5] um pouco maior que o estado brasileiro de Mato Grosso do Sul.[6] O nome do país é derivado da palavra guarani paraguái, que significa "de um grande rio".[7] O "grande rio" é o rio Paraguai, que divide o pais em duas regiões, Region Oriental e Region Occidental (ou Chaco).[7]

Situado no centro-sul da América do Sul, o Paraguai possui extensa área plana no leste,[8] onde se cultiva soja, o principal produto de exportação.[9] A região de cerrado do Gran Chaco, a oeste, é usada para a pecuária.[10] O rio Paraguai, que liga o norte ao sul, é a principal via comercial num país sem acesso ao mar. Vivem no Paraguai muitos brasileiros, os brasiguaios, que ocupam uma área cada vez maior junto da fronteira com o Brasil,[11] fonte de tensão com os habitantes locais.[12] Famoso centro de contrabando, o país é rota do tráfico internacional de drogas.[13] Após décadas de ditadura, o regime político é instável e padece de alto grau de corrupção.[14] As usinas hidrelétricas construídas em associação com o Brasil (Itaipu) e a Argentina (Yaciretá) fornecem energia abundante e barata ao país.[15]

Índice [esconder]
1 Etimologia
2 História
2.1 Período colonial
2.2 Independência
2.3 Ditadura de Francia (1814-40)
2.4 Guerra da Tríplice Aliança
2.5 Reconstrução e Guerra do Chaco
2.6 O movimento de reforma
2.7 Restauração conservadora
2.8 Governo Stroessner
2.9 Tentativa de golpe
2.10 Assassinato
2.11 Escândalo de corrupção
2.12 Nicanor Duarte Frutos
2.13 Cooperação militar
2.14 Protesto
2.15 Fernando Lugo
3 Geografia
3.1 Regiões geográficas
3.2 Geologia
3.3 Relevo
3.4 Clima
3.5 Hidrografia
3.6 Flora e fauna
4 Demografia
4.1 Etnias
4.2 Idiomas
4.3 Religião
4.4 Criminalidade
5 Política
5.1 Eleições e partidos políticos
5.2 Forças armadas
6 Subdivisões
6.1 Departamentos
6.2 Distritos
7 Economia
7.1 Agricultura, pecuária e pesca
7.2 Silvicultura e indústria
7.3 Mineração
7.4 Finanças e comércio
7.5 Turismo
8 Infraestrutura
8.1 Energia
8.2 Transportes e comunicações
8.3 Saúde
8.4 Educação
9 Cultura
9.1 Mitologia
9.2 Música
9.3 Artesanato
9.4 Literatura
9.5 Teatro
9.6 Esporte
9.7 Feriados
10 Ver também
11 Referências
12 Bibliografia
13 Ligações externas


[editar] Etimologia
O topônimo Paraguay tem origem relativamente incerta; sabe-se que provém do guarani, e que teria sido dado inicialmente ao rio, porém não há uma etimologia fidedigna de seu significado no idioma.[16] As alternativas prováveis são "águas do mar" (de pará, "mar", guá, que denota origem, e ý, "água", significando "água que vem do mar",[7] onde "mar" provavelmente se refere ao Pantanal) ou uma modificação de payagua-í ("água" ou "rio dos paiaguás").[7] Em guarani costuma-se escrever o nome como Paraguái, e usa-se ocasionalmente a forma Paragua-y para se referir à cidade de Assunção.[7]

[editar] História
Ver artigo principal: História do Paraguai
Os primeiros colonos espanhóis chegaram ao Paraguai no início do século XVI.[17] A cidade de Assunção, fundada em 15 de agosto de 1537,[18] logo se tornou o centro de uma província nas colônias espanholas na América do Sul, conhecida como "Província Gigante de Indias".

…o Paraguai não chegou a formar grandes latifúndios exportadores, em mãos de uma camada poderosa de proprietários rurais, como aconteceu em muitos países latino-americanos. (…) Os camponeses livres, na sua maioria mestiços, haviam sido, no início do século XVIII, os protagonistas das grandes rebeliões "comuneras" contra os jesuítas e as autoridades espanholas ligadas a eles."[19]

— '

Em 15 de maio de 1811, o Paraguai declarou a sua independência da Espanha, sem luta nem guerra. O Dr. José Gaspar García Rodríguez de Francia, mais conhecido como o "Dr. Francia", ou "O Supremo", governou o país até sua morte, ocorrida em 1840. Sobre este caudilho afirmam Antonio Mendes Junior e Ricardo Maranhão:

As imensas terras dos jesuítas, que após sua expulsão, em meados do século XVIII, haviam passado para as mãos do Estado espanhol, foram arrendadas por baixo preço a camponeses livres. (…) "El Supremo" apoiou-se exclusivamente nos camponeses mestiços e índios. (…) preocupou-se muito com a educação primária dos mestiços: defensor do ensino obrigatório e gratuito, atacou o analfabetismo; ao morrer, em 1840, não existia um só analfabeto no Paraguai, caso único em toda a América Latina."[20]

— '

Há um mito muito divulgado sobre o Paraguai dessa época, que diz que o Paraguai era uma potência regional e um país auto-suficiente, com um exército poderoso, procurando buscar uma saída para o mar. Tal narrativa, segundo alguns historiadores, não passa de mito. O Paraguai de Francia e Solano López, nada mais era que um país que buscava se fortalecer militarmente com medo de possíveis tentativas de anexação da Argentina, bem como a busca de saída para o mar. Outro fato importante é que o Paraguai tinha uma receita de exportações baseada na madeira e na erva-mate, ao contrário do que se diz por muitos. O Paraguai naquela época não era industrializado tampouco era uma potência regional.

As perdas territoriais começaram quando a província de Misiones foi cedida à Argentina em 1852 por Carlos Antonio López, pai de Francisco Solano López, em troca do reconhecimento argentino da independência paraguaia [21] e a província de Formosa foi perdida após a Guerra do Paraguai, chamada pelos paraguaios Guerra de La Triple Alianza.

Para a Argentina, a Guerra do Paraguai havia representado um passo decisivo para completar o processo de formação de seu estado nacional, pela eliminação ou incorporação da maioria das oposições provinciais ao governo de Buenos Aires. A oligarquia portenha sentia-se à vontade para aspirar à efetiva aplicação do Tratado da Tríplice Aliança, que lhe daria de presente todo o chaco paraguaio. O governo argentino, chefiado então por Sarmiento (que sucedera a Mitre), e tendo como ministro das relações exteriores Tejedor, empenhou-se em por em prática sua política anexionista. (…) As discussões e disputas se arrastaram por dois anos, tornando-se mais graves a partir de janeiro de 1872, quando o barão de Cotegipe assinou um tratado em separado com o governo títere de Asunción. Os protestos de Buenos Aires levaram a um clima em que a possibilidade de guerra contra o Império não era descartada. Principalmente porque o governo do Rio de Janeiro, apresentando-se como "benévolo", perante os paraguaios, contentou-se com a fixação de fronteiras nos limites reivindicados antes da guerra, e contestados por Solano López. (…) Finalmente, a 3 de fevereiro de 1876, o Tratado de Irigoyen-Machain entre Buenos Aires e Asunción, aceito pelo Rio de Janeiro, encerrou a questão. Segundo ele, a Argentina teria uma parte do território do Chaco até o rio Pilcomayo, e as tropas brasileiras se retiravam do Paraguai, respeitando as cláusulas brasileiro-paraguaias de 1872."[22]

— '

A chamada Guerra do Paraguai desenvolveu-se entre 1865 a 1870, contra a Tríplice Aliança, composta pela Argentina, Brasil e Uruguai, apoiados economicamente pelo Reino Unido. Diversos motivos levaram os países envolvidos ao conflito bélico, que acabou custando muito ao Paraguai, como a perda do seu exército poderoso frente aos demais países da América do Sul, como também o mais grave, que foi a morte de dois terços da população do sexo masculino e a perda de territórios, em grande parte, para o Brasil e a Argentina: como resultado da Guerra, que se encerrou em 1870, além de Misiones, os paraguaios perderam a região do Chaco, correspondente à Província de Formosa para a Argentina. Conforme transcrito acima, ambas as anexações foram definitivamente reconhecidas em 1876, depois do Tratado de Irigoyen-Machain que firmou a paz com o governo de Buenos Aires. Uma parte do seu território (nordeste) foi anexada ao Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul). A economia paraguaia ficaria estagnada pelos 50 anos seguintes.

Tropas bolivianas invadiram o Paraguai em 1932, desencadeando a Guerra do Chaco (1932-1935), e culminando com vitória paraguaia e a anexação do Chaco ao país.

Desde 1989, quando o regime militar de mais de 35 anos de Alfredo Stroessner teve fim, o Paraguai tem sido governado por presidentes eleitos democraticamente. Os maiores desafios do Paraguai desde então têm sido a crescente instabilidade política e a corrupção em alta.

[editar] Período colonial

Cabildo de Assunção (1537-1811).Antes da chegada dos europeus os territórios situados entre os rios Paraná e Paraguai eram ocupados pelos guaranis, que viviam da agricultura, da caça e da pesca. Acossados, no século XV, por tribos da região do Grande Chaco, os guaranis cruzaram o rio Paraguai, submeteram seus inimigos, levando o conflito aos limites meridionais do Império Inca. Eram, assim, os aliados naturais dos primeiros exploradores europeus que procuravam rotas mais curtas para as minas do Peru.

Aleixo Garcia, que partiu do litoral brasileiro em 1524, e Sebastião Caboto, que subiu o Paraná em 1526, foram os primeiros a atingir as terras interiores da Bacia Platina, hoje pertencentes ao Paraguai, mas coube a Domingos Martínez de Irala a primazia dos primeiros núcleos coloniais (1536-56). Juan de Ayolas, Juan de Salazar e Juan de Garay também realizaram penetrações na região. Irala lançou os fundamentos do Paraguai, que logo se transformou no centro da transformação espanhola na região sul-oriental da América do Sul. Sua política de colonização consistiu na delimitação das fronteiras com o Brasil, através da construção de uma linha de fortes contra a expansão portuguesa, na fundação de vilas e na intensa miscigenação de espanhóis com guaranis, principal fator da formação da população do país.

A partir do início do século XVII, e por mais de 150 anos, missões jesuíticas do sudeste do Paraguai exerceram governo efetivo sobre cerca de 100.000 índios com 33 reduções, centros de conversão religiosa, de produção agropecuária, de comércio e manufaturas, mas que também serviam como postos avançados contra a expansão portuguesa.


Casa da Independência (1811).[editar] Independência
À medida que Buenos Aires tornava-se mais poderosa, os líderes paraguaios insurgiam-se contra o declínio da importância de sua província e, embora também contestassem a autoridade espanhola, recusaram-se a aceitar a declaração de independência da Argentina (1810) como extensiva ao Paraguai. Nem mesmo a intervenção de um exército argentino, comandado pelo general Manuel Belgrano, conseguiu efetivar a incorporação da província. Mais tarde, porém, quando o governador espanhol do Paraguai solicitou auxílio português para defender a colônia dos ataques de Buenos Aires, os paraguaios, liderados por Fulgencio Yegros, Pedro Juan Caballero e Vicente Ignácio Iturbide, depuseram o governador Bernardo Velasco e proclamaram a independência do país a 14 de maio de 1811.

[editar] Ditadura de Francia (1814-40)
Após curto período de anarquia, José Gaspar Rodríguez Francia implantou uma ditadura. Durante seu governo, o Dr. Francia isolou o Paraguai do resto do mundo, não mantendo relações com nenhum país e proibindo a emigração e a imigração. Reprimiu a oposição ao regime e utilizou a política isolacionista como meio de deter as ambições expansionistas do Brasil e da Argentina e a penetração estrangeira. A fim de evitar a necessidade de comércio exterior, o ditador estimulou a auto-suficiência agrícola, mediante a introdução de novas culturas, e desenvolveu as manufaturas. Essa política isolacionista contribuiu para preservar o caráter homogêneo do povo paraguaio e seu espírito de independência.

[editar] Guerra da Tríplice Aliança
Ver artigo principal: Guerra do Paraguai

Interpretação de soldado paraguaio que aflige a perda de seu filho por José Ignacio Garmendia.Francia foi sucedido por Carlos Antonio López (1840-62), que abandonou o isolacionismo, expandiu o comércio externo e a educação e abriu as portas do país para técnicos estrangeiros. Aumentava, contudo, a fricção entre o Paraguai e seus dois poderosos vizinhos, Brasil e Argentina. O ditador argentino Juan Manuel Rosas ergueu obstáculos ao comércio exterior paraguaio, mediante bloqueio econômico, enquanto reavivavam-se disputas fronteiriças. Consciente do perigo, Antonio López, tratou de fortalecer o exército, que seu filho Francisco Solano López (1862-70) teria amplas oportunidades de usar. Treinado por oficiais alemães e equipado com armas européias modernas, o exército paraguaio tornou-se uma força formidável empregada numa aventura expansionista.

[editar] Reconstrução e Guerra do Chaco
Ver artigo principal: Guerra do Chaco

Mapa da Bolívia e Paraguai após a Guerra do Chaco.A reconstrução econômica do país foi perturbada pela sequência de crises políticas, golpes de Estado e guerras civis das últimas décadas do século XIX. Apesar da existência de partidos políticos, Colorado e Liberal, a formação dos governos era, quase sempre, fruto de intervenções militares e revoluções palacianas. Durante a Primeira Guerra Mundial, quando o país permaneceu neutro, houve um período de certa prosperidade. Cresciam paralelamente as disputas com a Bolívia pela posse do Chaco. Desde os primeiros anos do século XX os dois países construíram fortes na área contestada. Após choques esporádicos, estourou a guerra do Chaco (1932-35), que os paraguaios, comandados pelo coronel José Félix Estigarribia, venceram a muito custo. O Tratado de Paz de 1938, assinado com a intermediação do Brasil, Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Estados Unidos, deu ao Paraguai a maior parte do território disputado e à Bolívia uma saída para o rio Paraguai via Puerto Suárez.

[editar] O movimento de reforma
A Guerra do Chaco permitiu o surgimento do primeiro movimento político importante destinado a reformar instituições. O coronel Rafael Franco, líder de um novo partido, Febrerista, assumiu a 17 de fevereiro de 1936, com grande apoio popular. Empregando métodos ditatoriais, Franco promoveu uma distribuição limitada de terras, promulgou leis sociais e trabalhistas e nacionalizou fontes de matérias-primas. Os reformistas sofreram um revés com o golpe de Estado desfechado com o exército, mas em 1939 elegeram o herói da guerra do Chaco, José Félix Estigarribia, presidente da República. Estigarribia promulgou a constituição reformista de 1940. Seus planos progressistas que previam a reforma agrária e modernização do país, caíram por terra após sua morte num acidente de aviação.

[editar] Restauração conservadora
Sob o governo do general Higino Morínigo (1940-48), o Paraguai recaiu na ditadura militar, em que as liberdades civis foram suprimidas e restabelecidos os direitos do latifundiários. A oposição cresceu a partir de 1944, e, em 1947, liberais e febreristas, com o apoio de parte do exército, sublevaram-se. Embora derrotados, provocaram a renúncia do ditador. Após sucessivos golpes de Estado que levaram ao poder quatro presidentes, inclusive o escritor Juan Natalicio González, o líder do Partido Colorado, Federico Chávez (1949-54), assumiu o governo. Sua administração caracterizou-se pelo alinhamento com o regime de Juan Domingo Perón, na Argentina. Dificuldades econômicas e financeiras, decorrentes do forte processo inflacionário que se seguira à Guerra Civil de 1947, contribuíram para sua deposição.

[editar] Governo Stroessner

Juan Domingo Perón e o presidente paraguaio Alfredo Stroessner, em 1954. Foto publicada pelo jornal El Clarín.Em maio de 1954 o comandante do Exército, general Alfredo Stroessner, tomou o poder, Stroessner fez-se eleger presidente nesse ano e foi reeleito em 1958, 1963, 1973, 1978, 1983 e 1988. Para cada eleição, suspendeu-se por um dia o estado de sítio. Stroessner garantiu seu regime exilando os líderes democráticos, cercando-se de áulicos e controlando diretamente as forças armadas. Aos apelos da Igreja em favor dos presos políticos, reagiu expulsando do país vários sacerdotes. No campo econômico, o Paraguai foi marcado por contrabando e pela inauguração da Usina Hidrelétrica de Itaipu, um projeto brasilo-paraguaio.

Stroessner foi deposto em 3 de fevereiro de 1989 em golpe, liderado pelo general Andrés Rodríguez, que deixou dezenas de mortos. Empossado na presidência, Rodríguez levantou a censura à imprensa, autorizou a volta dos exilados, legalizou organizações políticas, que estavam proibidas e convocou eleições. A 1º de maio foi eleito presidente. Em 1991 assinou em Assunção, junto com os presidentes do Brasil, Argentina e Uruguai, o tratado de criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Nas eleições presidenciais e legislativas de 9 de maio de 1993, ganhou Juan Carlos Wasmosy, que tomou posse na presidência em 15 de agosto do mesmo ano.

[editar] Tentativa de golpe
Juan Carlos Wasmosy, do Partido Colorado, foi eleito presidente em 1993. Investigações sobre a ligação de paraguaios com o narcotráfico internacional e o veto aos protestos de militares, em 1994, geraram conflitos entre Wasmosy e o chefe do Exército, Lino Oviedo, que tentou um golpe, frustrado por manifestações no país e dos demais membros do Mercosul e dos Estados Unidos. Oviedo foi indicado a concorrer à Presidência, mas um tribunal militar o condenou a dez anos de prisão, um março de 1998, pela tentativa de golpe, tornando-o inelegível. Seu substituto. Raúl Cubas, venceu o pleito em maio e libertou Oviedo por decreto. A Corte Suprema declarou ilegal o indulto, mas Cubas ignorou essa posição.

[editar] Assassinato
Em março de 1999, o vice-presidente eleito, Luis María Argaña, rival do Oviedo no Partido Colorado, foi morto a tiros em Assunção. Manifestantes exigiram a destituição de Cubas, apontado com Oviedo como mandante do crime. No dia 26, seis manifestantes foram assassinados enquanto pediam a saída de Cubas. Ele renunciou depois e refugiou-se no Brasil. Luis González Macchi, presidente do congresso, assumiu. Em outubro, pistoleiro confessou ter matado Argaña e implicou Oviedo e Cubas no crime. No leste do país, cresceu a tensão entre paraguaios e brasileiros.

Militares se rebelaram em maio de 2000, mas a nova tentativa de golpe fracassou, outra vez por causa da pressão externa. O governo declarou estado de sítio e atribuiu a tentativa de Oviedo, que foi preso por policiais em Foz do Iguaçu e levado para Brasília, onde aguarda extradição.

[editar] Escândalo de corrupção
Em 2001, Macchi foi acusado num escândalo de corrupção. A situação se agravou com protestos de camponeses, em Assunção, contra a política econômica do governo. Centenas de milhares de pessoas fizeram manifestações para pedir a saída do presidente, mas a oposição não obteve votos necessários para abrir um processo de impeachment.

Cubas retornou ao país em 2002 e se entregou às autoridades para ser julgado pela morte de seis manifestantes em 1999. É colocado em prisão domiciliar. A ala oviedista deixou o Partido Colorado e fundou União Nacional dos Cidadãos Éticos (Unace), como objetivo de viabilizar a eleição de Oviedo como presidente.

A Câmara paraguaia aprovou, em dezembro, o início do processo de impeachment contra Macchi por desvio de 16 milhões de dólares de fundos estatais e uso de automóvel roubado. Em fevereiro de 2003, o pedido de impeachment obteve o voto de 25 dos 45 senadores, mas foi rejeitado, pois seriam necessários dois terços (30 senadores).

[editar] Nicanor Duarte Frutos

O ex-presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos.O colorado Nicanor Duarte Frutos foi eleito presidente em abril de 2003, com 37% dos votos. Em segundo lugar ficou Julio César Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), com 24%. Os colorados mantiveram a maioria no Congresso, mas com menos força: o número de deputados do partido caiu de 45 para 37 e o de senadores de 24 para 16. O PLRA elegeu 21 deputados e 12 senadores. Em agosto, Duarte tomou posse, em meio à grave crise econômica. Fora da Presidência, Macchi foi proibido pela Justiça de sair do país, onde deve responder às acusações de corrupção.

Em 2004, Oviedo regressou à nação e foi preso ao desembarcar em Assunção. Seus advogados alegaram que a condenação foi ilegal e deve ser anulada pela Corte Suprema.

[editar] Cooperação militar
O Congresso aprovou, em julho de 2005, a presença de tropas americanas no país até dezembro de 2006, como parte de acordo de cooperação militar com os Estados Unidos. O acordo, porém, gerou especulações sobre a instalação de uma base militar norte-americana na região do Chaco, próximo à Tríplice Fronteira entre Paraguai, Bolívia e Argentina. Os governos de Assunção e Washington negaram.

Em novembro, o presidente Duarte anunciou planos de mudar a Constituição para concorrer a um segundo mandato. A oposição e os membros do próprio partido governista rejeitaram a proposta. Por considerá-la ilegal, entraram com pedido de impeachment contra o presidente. Na Câmara dos Deputados, a iniciativa recebeu 39 votos, menos do que os 53 necessários, e foi rejeitada.

[editar] Protesto
Em março de 2006, milhares de paraguaios saíram às ruas, na maior manifestação popular dos últimos anos, contra a tentativa de Duarte de concorrer a novo mandato. Em junho, o ex-presidente Macchi foi condenado a seis anos de prisão por desvio de recursos públicos. Em setembro, morreu em Brasília o ex-ditador Alfredo Stroessner.

[editar] Fernando Lugo

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo.Em 20 de abril de 2008, Fernando Lugo foi eleito o novo presidente do Paraguai dando fim a quase seis décadas de domíno do Partido Colorado. O ex-bispo católico e teólogo promete realizar uma reforma agrária dentro dos marcos constitucionais, ampliar o sistema de seguridade social do Paraguai e lutar pela soberania energética do país.

[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Paraguai
O Paraguai é limitado pela Bolívia a norte e noroeste, o Brasil a leste e nordeste, e a Argentina a sudeste, sul e oeste. Assunção está localizada na margem oriental do rio Paraguai, em frente à boca do seu afluente ocidental primário, o rio Pilcomayo. O rio Paraguai, que corre do norte ao sul, divide o Paraguai em duas regiões geográficas distintas — a Región Oriental (Região Oriental) e a Región Ocidental (Região Ocidental), também chamado o Chaco Boreal.

O Paraguai apresenta três regiões geográficas diferenciadas: o Gran Chaco, o campo e a floresta.

O Chaco é uma extensa planície a oeste do país. Compartilhado com Bolívia e Argentina, caracteriza-se pelo declínio gradual da altitude de noroeste para sudeste. É coberta de pântanos e as inundações são frequentes na época de chuvas.

O campo ocupa a região central. É formado por morros e vales de serras férteis. As formações vegetais típicas são a savana, as matas de galeria e a vegetação de pântano.

A área de floresta localiza-se em uma planície acidentada. É recortada por morros de baixa altitude — atingem cerca de 700 mm anuais nas cordilheiras de Amambay e Mbaracayú, ambas na fronteira com o Brasil.

A rede hidrográfica tem grande importância para o país. É formada pelos rios Paraná e Paraguai, que delimitam a fronteira natural com o Brasil; pelo Pilcomayo, que nasce na Bolívia e é afluente do Paraguai; e pelos lagos Ypoá, Ypacaraí e Verá.

O clima varia entre o tropical e o subtropical, com temperaturas elevadas e chuvas abundantes durante boa parte do ano.

[editar] Regiões geográficas
Ver artigos principais: Regiões do Paraguai, Região Oriental e Região Ocidental.
O rio Paraguai divide o país homônimo em duas regiões geográficas: a Região Oriental, na margem esquerda e a Região Ocidental ou Chaco, na margem direita.

O relevo da Região Oriental é uma continuação do Planalto Brasileiro, que aí alcança uma altitude média de cerca de 500 metros. Ao sul, a leste e a oeste do planalto, destaca a presença de cadeias de morros ondulados. O terreno torna-se mais baixo e mais plano à medida que se aproxima, a oeste do rio Paraguai, ao sul e a leste do rio Paraná. A região baixa e pantanosa que se estende ao longo do rio Paraguai apresenta uma relativa densidade populacional. No sul do Paraguai, nas proximidades do rio Paraná, as altitudes médias baixam de 60 até 90 metros. Pântanos e florestas verdejantes cobrem essa área.

A vasta e plana região do Chaco, a Região Ocidental, estende da margem direita do rio Paraguai. Essa área, de terras e planícies, coberta por uma vegetação diversificada, corresponde a dois terços do país. Faz parte da região denominada Gran Chaco, formada ainda pelo sudoeste do Brasil, o leste da Bolívia e o norte da Argentina. Na região do Chaco, o terreno eleva-se gradualmente a partir do rio Paraguai, alcançando aproximadamente 300 metros na fronteira ocidental do país. Cerca de 40% dos paraguaios vivem no Chaco. Aí existem sérias dificuldades que deixam os automóveis, os caminhões e os ônibus atolarem nas estradas de terra em dias de chuva e o solo não é tão rico como o solo do Paraguai oriental.

[editar] Geologia
[editar] Relevo
Ver artigo principal: Relevo do Paraguai

Imagem de satélite do Paraguai.Geologicamente, a parte leste do Paraguai é um prolongamento do Planalto Brasileiro, de rochas cristalinas, que se apresenta quase totalmente coberto por camadas de arenito e basalto, variando em altitude de 300 a 600m. Entretanto, de Encarnación para o norte, esse planalto declina até se transformar numa cuesta ou escarpa, coberta na direção oeste, ao longo do rio Paraguai, por solos de aluvião. Em vários trechos a escarpa é interrompida por "penínsulas" das antigas formações de rochas cristalinas, que são arredondadas e de pouca altitude. As principais elevações são as serras de Amambay e Maracayú, Ibitiruzú e, mais para o sul, Caaguazú, que alcançam cerca de 600m. A cuesta divide o relevo e a hidrografia da região. Os afluentes que correm para leste não são navegáveis.

A oeste do rio Paraguai fica o Chaco Boreal, que é a porção paraguaia do Gran Chaco. O Chaco Boreal, com 237.800 km² de extensão, é uma imensa planície que se supõe ter sido o leito de um antigo mar, depois sedimentado por argilas e areias trazidas da cordilheira dos Andes pelas águas dos rios.

[editar] Clima
Ver artigo principal: Clima do Paraguai
O clima do Paraguai é, em geral, subtropical, menos em alguns trechos da região do Chaco, com temperatura parecida à do Planalto Central Brasileiro, onde é quente e úmido. O país é cortado pelo trópico de Capricórnio ao centro, próximo a Concepción. A posição central e plana do Paraguai, praticamente em barreiras naturais, favorece os rápidos efeitos dos ventos quentes originários do Equador, e dos ventos frios que vêm da Argentina, causando variações térmicas acentuadas.

No verão, as temperaturas variam entre 26 °C e 33 °C, e no inverno entre 15 °C e 26 °C. A temperatura média é de 23 °C, enquanto que a máxima absoluta de 41 °C e a mínima é de 1 °C. A diferença entre a temperatura média do verão e a do inverno é de 6 °C. Uma das características do clima paraguaio é a alta temperatura sentida no verão, especialmente na região dos campos e do Chaco, e o frio intenso que ocorre no período do inverno.

São muito frequentes e quase sempre abundantes as chuvas no território paraguaio. O tamanho do país tem influência na quantidade de chuvas, acentuando a estação seca especialmente na fronteira com Bolívia e Argentina. Pode-se considerar bem elevado o índice de chuvas no Planalto do Paraná, com 2.000 mm anuais. Na capital, Assunção cai para 1.300 mm e no Chaco para 800 mm. Os meses de concentração das chuvas são dezembro, janeiro e fevereiro, caindo durante os meses de inverno.

[editar] Hidrografia
Ver artigo principal: Hidrografia do Paraguai

Paisagem do rio Paraguai.A rede hidrográfica é caracterizada pela presença de numerosos rios que estão intimamente relacionados com a vida econômica e política do país. Os rios formam a maior parte das fronteiras do Paraguai e constituem seus mais importantes meios de transportes. As fronteiras oeste, sul e sudeste com a Argentina são demarcadas pelos rios Pilcomayo, Paraguai e Paraná, enquanto os rios Paraguai, Apa e Paraná separam o país do Brasil, ao norte e leste.

O Paraguai e o Paraná são os mais importantes cursos d'água do país. O primeiro nasce em terras brasileiras e atravessa extensas planícies de aluvião, dividindo o país em duas partes (oriental e ocidental). Transborda com frequência, inundando terrenos das margens e formando imensos pantanais. Recebe vários afluentes, entre os quais se destacam o Tebicuary, o Ypané, na margem oriental, e o Pilcomayo, o Aguaray Guazú, o Verde e o Negro na margem ocidental. O rio Paraná, que procede do Planalto Brasileiro, é no início, bastante acidentado, com algumas importantes quedas, com o salto de Guaíra ou das Sete Quedas, na parte brasileira da fronteira (que desapareceu com a construção da barragem de Itaipu).

Os lagos paraguaios são de grande importância turística, devendo ser citados Ypacaraí, com a extensão de 22 km de norte a sul, que se encontra encaixado no vale de Ypacaraí; lago Ypoá, situado 100 km ao sul de Assunção.

[editar] Flora e fauna
Ver artigos principais: Vegetação do Paraguai e Fauna do Paraguai.

Paisagem do Chaco no Paraguai.O território do Paraguai tem três regiões com vegetação característica em função da diferença na precipitação pluviométrica. Há florestas, o Chaco e campos. As florestas situam-se na Região Oriental, principalmente nos vales próximos aos grandes rios, onde há madeiras de lei como o urunday, o cedro, o curupay e o lapacho, entre outras. Os campos situam-se na parte central do país, onde há grandes fazendas de criação de gado, que se beneficiam da grande variedade de pastagens naturais, entre as quais muitas gramíneas. Nessa região de campos há também florestas diversas acompanhando as margens dos rios.

Já a região do Chaco é formada por gramíneas e florestas próximas ao rio Paraguai. O quebracho é uma árvore característica da região, de onde se extrai o tanino, de grande valor comercial e vendido especialmente para os mercados estadunidense e britânico. Na regiões mais secas do Chaco há arbustos e cactos gigantes. Em função do clima, tipo de solo e vegetação, o Chaco é considerado uma região inóspita e ocupa cerca de 60% do território do país.

Os campos, que ocupam cerca de 20% da superfície do Paraguai, foram ocupados em primeiro lugar. No entanto, nas últimas décadas as florestas também passaram a ser ocupadas pelos fazendeiros, que implantaram ali extensas plantações de soja, que é exportada, em sua maior parte, através do porto brasileiro de Paranaguá. Milhares de colonos brasileiros se estabeleceram no Paraguai, especialmente nas fronteiras, como donos de fazendas ou trabalhadores rurais.

A fauna paraguaia, idêntica à do Centro-Oeste brasileiro, inclui a onça, muito freqüente no Chaco, o queixada, o cervo, tatu e tamanduá. Há também muitas espécies de pássaros e aves tropicais, como emas, seriemas, garças, tucanos e papagaios.

[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Paraguai

Densidade populacional do Paraguai (pessoas por km²).Embora não exista nenhum dado oficial sobre a composição étnica do Paraguai, estima-se que a maior parte da população seja o resultado da mestiçagem entre indígenas e imigrantes europeus, que teve início na época do domínio espanhol. A população atual é conformada por descendentes de uma nova mestiçagem entre a população tradicional hispano-guarani que sobreviveu ao extermínio durante a Guerra do Paraguai e imigrantes (europeus especialmente e asiáticos) que chegaram após a Guerra do Paraguai com o objetivo de repovoar o país.[23] No final do século XX, o número de habitantes aumentou a uma taxa de 2,6% ao ano. Com o ritmo acelerado de crescimento, a população deve duplicar em um período de 21 anos.

A densidade populacional é considerada baixa (14,1 hab./km²). Existem grandes contrastes de ocupação entre as distintas partes do país: o Chaco é a região mais despovoada. As planícies próximas ao rio Paraná têm densidade moderada.

A porcentagem da população urbana é de 56,7%. Os habitantes concentram-se nas principais cidades do país, como Assunção, Ciudad del Este, San Lorenzo e Fernando de La Mora. A taxa de natalidade é elevada — cada mulher tem em média 3,8 filhos. A taxa de mortalidade infantil é moderada e gira em torno de 26 por mil. A expectativa de vida é de 68,5 anos para homens e de 73 anos para mulheres.

Cidades mais populosas do Paraguai ver • editar
Posição Cidade Departamento População Posição Cidade Departamento População
Assunção

Ciudad del Este

Luque


1 Assunção Assunção 507 574 11 M. Roque Alonso Central 74 484
2 Ciudad del Este Alto Paraná 273 755 12 Itauguá Central 72 162
3 San Lorenzo Central 236 594 13 P. Juan Caballero Amambay 68 480
4 Luque Central 224 438 14 Villa Elisa Central 68 423
5 Capiatá Central 215 201 15 San Antonio Central 63 808
6 Lambaré Central 128 324 16 Hernandarias Alto Paraná 58 616
7 Fernando de la Mora Central 121 941 17 Presidente Franco Alto Paraná 56 613
8 Limpio Central 105 824 18 Caaguazú Caaguazú 56 302
9 Ñemby Central 103 818 19 Coronel Oviedo Caaguazú 52 395
10 Encarnación Itapúa 76 671 20 Concepción Concepción 49 128
Censo 2006
[editar] Etnias
Não existem dados oficiais sobre a composição étnica da população paraguaia, devido a que a Dirección General de Estadísticas, Encuestas y Censos do Paraguai[24] não inclui o item raça ou etnia, embora inclua a porcentagem de indígenas puros que habitam o país (segundo o censo do ano 2002, a população indígena do Paraguai representava 1.7% da população).[25] Cerca de 40.000 índios puros habitam as florestas do Chaco Ocidental e do Nordeste. A população do país, que antes da Guerra do Paraguai (1864-70) era de 500.000 habitantes, foi reduzida a menos da metade depois do conflito. A evasão por questões políticas ou econômicas também contribuiu para a baixa densidade demográfica. Existe, porém, uma ampla presença europeia, que representa uma grande parte da população, principalmente de espanhóis, alemães, italianos (que têm contribuído a repovoar o país após a Guerra da Tríplice Aliança).[23] Uma das últimas e importantes correntes imigratórias do país foi a dos menonitas alemães estabelecidos, maiormente, na Região Ocidental.

Alemães[26], italianos[27], japoneses[28][29], coreanos[30], chineses, sírios, árabes[31], brasileiros e argentinos estão entre as nacionalidades minoritárias que se instalaram no Paraguai.

[editar] Idiomas
Ver artigo principal: Língua guarani
O guarani, língua falada pela maioria da população, e o espanhol são os idiomas oficiais, sendo que 95% da população é bilingüe. O dialeto falado no país é o espanhol rioplatense. Há também dezenas de milhares de falantes puramente indígenas de dialetos guaranis no Paraguai.[32]

O idioma guaraní é uma língua da família tupí-guaraní, falada por uns quatro milhões de pessoas (para uns dois milhões das quais é língua materna) em Paraguai (onde é língua oficial), o nordeste de Argentina, o sul do Brasil e o Chaco boliviano. É a língua nativa dos guaranis, um povo autóctone da zona, mas goza de uso extenso ainda fora da etnia. Na América pré-colonial se empregou regularmente por povos que viviam a leste da Cordilheira dos Andes, desde o mar das Antilhas até o Rio da Prata. O guarani é o idioma oficial do Paraguai e é falado por 90% da população.

Esta situação se deveria principalmente à originária constituição da sociedade. Como conseqüência da superioridade numérica de falantes do guarani e a relação de parentesco que existia entre espanhóis e indígenas, a língua nativa gozou desde o começo de uma ampla aceitação social. Esta língua era a diária na vida paraguaia e a aceitação social era paralela à do castelhano, em contraste ao que ocorria ou ocorre no resto da América.

O Paraguai é único em muitos aspectos e diferente de outros países latino-americanos. O Paraguai tem uma população mestiça que é bastante homogênea (hispânica na aparência e na cultura). As pessoas não aparentam, nem vestem ou se comportam como indígenas. Os termos ladino e mestizo não são usados no espanhol paraguaio, e não existem conceitos sobre mistura cultural ou racial, como existem em outros países latino-americanos. No entanto, apesar da espanholização da maioria dos moradores, noventa por cento da população é falante da língua indígena guarani. Por esse motivo, o Paraguai é único no hemisfério, e o país é frequentemente citado como uma das poucas nações bilíngues no mundo.[33]

[editar] Religião

Basílica da Virgem dos Milagres de Caacupé.O catolicismo é a religião mais popular, não mais oficial desde a atual constituição. A constituição de 1992 admite a livre prática de qualquer tipo de religião ou crença. 89,6% da população são católicos e 6,2% são protestantes, com predominância de menonitas. Há também minorias que incluem 1,1% de cristãos de outras afiliações, 1,9% de outras religiões e 1,1% de ateus.

Os primeiros missionários foram os franciscanos (1542), seguidos dos jesuítas, que fundaram no começo do século XVII as Missões, onde se concentraram mais de 300 mil guaranis, em sete reduções, no sudeste do Paraguai. Esse notável empreendimento catequético e social tinha bases econômicas definidas: agricultura, pastoreio, artesanato, indústria, artes, ao lado de magníficas igrejas.

As Missões constituíram um verdadeiro Estado auto-suficiente, de caráter teocrático e comunitário, que chegou a existir por mais de 150 anos (1610-1768), resistindo ao assédio dos paulistas e dos mamelucos brasileiros. Com o tratado de Madrid e com a expulsão dos jesuítas (1767), as Missões foram invadidas e devastadas, voltando os índios ao estado primitivo.

O arcebispo de Assunção era membro do conselho de Estado até 1992, que designava altos dignitários eclesiásticos pelo direito do padroado real. Cerca de metade dos padres do país (400 no total, um para cada mil pessoas) são franciscanos, membros de ordens predominantemente europeias e têm criticado as violências da ditadura de Alfredo Stroessner.

As denominações protestantes (menonitas, batistas, pentescostais) dependiam predominantemente das missões estrangeiras, sem suficiente liderança nacional.

[editar] Criminalidade
A criminalidade no Paraguai tem aumentado nos últimos anos, com os criminosos atacando aqueles que se sentem mais ricos. Embora a maioria dos crimes no Paraguai é não-violenta, tem havido um aumento no uso de armas e houve incidentes onde a violência extrema tem sido usada, como assalto à mão armada, seqüestros, roubo de carros e invasões de privacidade, que se tornaram um problema tanto em áreas urbanas e rurais. O crime de rua, incluindo punguistas e assalto, é predominante nas cidades. O número de roubo de carteiras e ataques armados também está aumentando em ônibus públicos e na área do centro da cidade de Assunção. Houve incidentes de roubo de bagagem em aeroportos e terminais de ônibus. Os vendedores de bilhetes não autorizados também operam no terminal de ônibus de Assunção, atormentando viajantes com a venda de bilhetes abaixo do padrão ou não existentes.

O Paraguai não divulga o número de detentos. A criminalidade aumentou consideravelmente 29% em 1991. É a capital do contrabando na América Latina. Há tráfico de tudo, de automóveis à cocaína. Pistas de pouso nas florestas são rota para drogas.

[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Paraguai
O Paraguai é uma república presidencialista, onde o presidente é, ao mesmo tempo, chefe de Estado e de governo. A constituição promulgada em 20 de agosto de 1992 estabelece que o país é uma república baseada na democracia e na divisão dos poderes. O chefe de estado e de governo é o atual presidente Fernando Lugo e o vice-presidente, Federico Franco.

No final dos anos 1980, a saúde declinante do general Alfredo Stroessner e com a conseqüente incapacidade de lidar com os golpes de Estado, disputas militares, sucessão e descontentamento econômico levaram o general Andrés Rodríguez em 1989, por meio de um golpe. Sua promessa de estabelecer a democracia foi cumprida em 1993, com as primeiras eleições livres após sessenta anos de governo militar. O Partido Colorado, o velho partido governante de Stroessner, ainda teve apoio suficiente para vencer as eleições para o Congresso e para a presidência. Mas Guillermo Cabalero Vargas representando o PEN, um dos expoentes da ideologia do novo mercado, obteve metade dos votos em Assunção.


O Palacio de los López, em Assunção, é a sede do governo do Paraguai.O poder executivo é exercido pelo presidente, eleito por sufrágio universal direto para um mandato de cinco anos, sem possibilidade de reeleição. Ao presidente, que é auxiliado pelo vice-presidente, compete nomear os ministros.

O presidente e o vice-presidente são assessorados pelo Conselho de Ministros. O presidente participa da formulação da legislação e a promulga, podendo vetar leis emanadas do legislativo.

O Conselho de Ministros é constituído pelos membros do gabinete, o reitor da Universidad Nacional de Asunción, o presidente do Banco Central do Paraguai e representantes dos seguintes ministérios: agricultura e pecuária; educação e cultura; finanças; relações exteriores; indústria e comércio; interior; justiça; defesa; saúde e bem-estar social; obras publicas e comunicações.

O poder legislativo é bicameral, compreendendo o Senado, (45 membros), e a Câmara dos Deputados, (80 membros); senadores e deputados têm cinco anos de mandato. As eleições para o Congresso se celebram em listas fechadas simultaneamente com a eleição presidencial (não se aplica o voto por cada candidato a deputado ou senador senão por uma lista apresentada por cada partido político). Os deputados se elegem por departamento enquanto os senadores se elegem em nível nacional, ambos para mandatos de cinco anos.

O número de representantes eleitos por cada departamento (divisão administrativa) relaciona-se com a população do departamento. Os senadores são eleitos por todos os eleitores. 2/3 das cadeiras são do partido do governo. 1/3 são divididas proprocionalmente entre as minorias.

O poder judiciário inclui a Corte Suprema de Justiça (nove juízes), as Cortes de Apelação, o Tribunal de Primeira Instância, e os juízes de Arbitragem, de Instrução e de Paz. O Senado e o presidente selecionam seus nove membros sobre a base de recomendações de um conselho de magistrados (Conselho da Magistratura) segundo a atual constituição de 1992.

A Corte Suprema resolve todos os casos que lhe são enviados pelas cortes inferiores. É constituída por um juíz principal e oito juízes associados. O presidente do país indica os juízes, que cumprem um mandato de cinco anos. As cortes de apelação especiais tratam de casos criminais, civis e trabalhistas. As cortes civis lidam com casos comerciais. Os juízes de paz resolvem os casos menores.

Os principais partidos políticos são o Partido Colorado ou Associação Nacional Republicana (ANR), o Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), o Movimento Pátria Querida (MPQ), a União Nacional dos Cidadãos Éticos (Unace), o Partido País Solidário (PPS), o Partido Encontro Nacional (PEN) e o Partido Pátria Livre (PPL).

No que tange às relações internacionais, o Paraguai é membro da Organização das Nações Unidas, da Organização dos Estados Americanos, da Associação Latino-Americana de Integração e do Mercosul. Os principais objetivos do Paraguai são a integração ao Mercosul e a melhoria das relações diplomáticas com os EUA.

[editar] Eleições e partidos políticos
O voto é obrigatório para todos os paraguaios com idade de 18 a 75 anos. As eleições são regidas por um código eleitoral, que pode ser alterado pelo Congresso. Os residentes estrangeiros são autorizados a votar nas eleições municipais. Até 1990, o partido que ganhou uma maioria simples, foi premiado com dois terços das cadeiras em ambas as câmaras, que foi substituído por um sistema de representação proporcional.

A partir do final do século XIX, dois tradicionais partidos políticos do Paraguai foram o Partido Liberal (último no poder em 1940) ea Associação Nacional Republicana (Asociación Nacional Republicana; ANR), popularmente conhecido como Partido Colorado. De 1947 até 1962 o Partido Colorado foi o único partido legal no Paraguai, e manteve-se no poder ininterruptamente até 2008. Sob o governo do general Alfredo Stroessner (1954-1989), todos os partidos políticos estavam estreitamente controlados, incluindo as facções dissidentes do seu Partido Colorado. A polícia manteve dossiers sobre os cidadãos, particularmente os adversários políticos, e a repressão política era generalizada. Os generais desempenharam um importante papel no governo.

A liberdade política melhorou significativamente com presidentes Andrés Rodríguez (1989-1993) e Juan Carlos Wasmosy (1993-1998), e as facções internas do Partido Colorado eram abertamente toleradas. Em 2008, Fernando Lugo foi eleito presidente como candidato da Aliança Patriótica para a Mudança (Alianza Patriótica para el Cambio; APC), coalizão de centro-esquerda que incluía o Partido Liberal Radical Autêntico (Partido Liberal Radical Autêntico, PLRA), uma ramificação do tradicional Partido Liberal, bem como um número de grupos que representam os interesses de índios, camponeses e sindicatos de esquerda. Entre outros partidos políticos do país são o Partido Comunista Paraguaio (Partido Comunista Paraguaio; PCP), o Partido Pátria Querida (Partido Patria Querida; PPQ) e União Nacional dos Cidadãos Éticos (Partido Unión Nacional de Ciudadanos Éticos; PUNACE). Partes dedicadas à substituição da força da democracia não podem ser organizadas. Nenhum partido pode receber ajuda ou instruções de organizações estrangeiras ou Estados, ou estabelecer as estruturas que direta ou indiretamente, abracem a violência como uma metodologia política.

A família geralmente determina o juramento do indivíduo aos partidos políticos, uma mudança de filiação partidária é muitas vezes considerado um ato de traição. Os membros do partido significam a adesão ausente a uma ideologia política do que o apoio indefectível de candidatos do partido. Especialmente nas áreas rurais, essa lealdade é muitas vezes o caminho para o emprego.

[editar] Forças armadas
As principais forças armadas do Paraguai são Exército, Marinha Nacional (que inclui Aviação Nacional, Corpo de Fuzileiros Navais e Prefeitura Naval Geral) e Força Aérea. A Constituição do Paraguai estabelece que o presidente do Paraguai é o comandante-em-chefe.

O orçamento anual de defesa é de US$ 6,3 milhões de dólares. As alterações nos gastos com defesa aumentaram 38% em 1989. Sob o governo do general Alfredo Stroessner, o exército, com efetivo total de 26 mil homens, tinha 42 generais e 245 coronéis. Em 1992, o chefe do exército e outros altos oficiais foram demitidos devido ao escândalo envolvendo contrabando de automóveis.

O Paraguai tem serviço militar obrigatório, e todos os homens de 18 anos de idade e 17 anos de idade no ano de seu aniversário de 18 anos são responsáveis por um ano de serviço ativo. Embora a Constituição de 1992 permite a objeção de consciência, não há legislação outorgada que ainda tenha sido aprovada.

Em julho de 2005, a ajuda militar sob a forma de Forças Especiais dos Estados Unidos, começaram a chegar na base aérea paraguaia de Mariscal Estigarribia, um imenso complexo construído em 1982.

[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Paraguai
[editar] Departamentos
O Paraguai está dividido em 17 Departamentos (departamientos). Cada departamento é dividido em distritos (distritos). Até 1991, o governo central nomeou governadores departamentais e prefeitos, mas em maio desse ano direto eleições municipais foram realizadas pela primeira vez. A Constituição de 1992, em uma outra inovação, desde as eleições de governador e um conselho departamental de cada departamento, que também será realizada a cada cinco anos.

Durante a ditadura de Alfredo Stroessner, o exército estava encarregado da administração de Boquerón e Alto Paraguay, na região do Chaco.

[editar] Distritos
A unidade de governo local é o distrito, governado pela junta municipal e pelo prefeito. Os distritos estão subdividem-se em partidos e os partidos em compañias.

Os eleitores escolhem conselhos para governar os distritos. Os chefes de polícia, indicados pelo governo nacional, mantêm a lei nos partidos e nas compañias. Assunção, a capital, forma o distrito federal, com administração própria.

[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Paraguai
A economia paraguaia baseia-se em produtos agropecuários e florestais, que representam 75% das exportações. Entre os recursos agrícolas destacam-se a cana-de-açúcar, o algodão, a soja e o tabaco. O país também produz cereais, milho, erva-mate e mandioca, base tradicional da alimentação dos habitantes. A pecuária é muito desenvolvida. Em ordem de importância, conta com a criação de bovinos, suínos e ovinos. As principais espécies de madeiras florestais de exportação são o quebracho, o mogno, a nogueira e o cedro.

O Paraguai possui indústrias de erva-mate, cervejeira, alimentícia, de tabaco, de rum e álcool, de preparação de carnes e couros e ligada à exportação de tanino óleo de soja, de parket e lâminas de madeiras. Seus complexos hidrelétricos, como a Usina Hidrelétrica de Itaipu (co-financiada com o Brasil), fornecem um índice de cobertura energética de 175,2% — bem acima do consumo interno, porém tem também a Usina del Acaray em Hernandarias e a Usina de Yacyreta que está sendo construída em parceria com a Argentina. Os cursos fluviais dos rios Paraná e Paraguai funcionam como vias de comunicação. Dos países vizinhos importa principalmente maquinaria, materiais de construção e produtos têxteis e químicos.

Exporta eletricidade — os rendimentos cobrem as importações de petróleo. O país é auto-suficiente em trigo e em outras matérias-primas alimentícias. Grande dependência da agricultura (a atividade responde por 50% do PIB e 90% das exportações). Poucos minérios. Totalmente cercado de terra e dependente do crescimento dos vizinhos.

Em 2010, o Paraguai está experimentando a maior expansão econômica da região e a mais alta da América Latina, com uma perspectiva histórica de crescimento do PIB de 9% para o final do ano [34][35][36][37]. Só no primeiro semestre de 2010, o país teve un crescimento econômico de 14%[38]. O 49,9% do crescimento do PIB corresponde à agricultura; o 9,7% à indústria (incluindo a construção e as utilidades públicas); o 34% corresponde a serviços e 6,1% às taxas[39].

Uma nova estimação da consultora internacional norte-americana PricewatherhouseCooper, indica um crescimento de 10,5% da economia paraguaia para 2010[40][41][42].

[editar] Agricultura, pecuária e pesca

Silos e plantação de soja.As propriedades agrícolas produzem milho, mandioca, cana-de-açúcar e fumo, utilizando técnicas em geral primitivas. Milho e mandioca ocupam a maior área cultivada, enquanto o algodão, o fumo e os óleos vegetais constituem os principais produtos de exportação. As regiões algodoeiras estão situadas ao longo do rio Paraguai no Chaco, e as culturas de fumo no sul do país. O mate é cultivado, primcipalmente para consumo, na parte leste do território. Cultiva-se a laranja amarga, que é de importância, uma vez que, pela destilação da casca, se consegue uma essência fundamental para a indústria da perfumaria.

No rebanho paraguaio prepondera o gado bovino, com cerca de 8.074.000 cabeças, além de porcinos, eqüinos e lanígeros. O bovino mais bem adaptado às condições do país é o da chamada raça crioula, excelente para a fabricação de charque, conservas e produtos e subprodutos. A produção de carne, em todas as suas fases, está na esfera de um órgão governamental, a Corporação Paraguaia de Carnes (COPACAR). O gado é criado de forma extensiva e as principais áreas de criação nos campos do Chaco e no departamento de Itapúa. Os grandes rios são muito piscosos, mas a pesca é praticada apenas de maneira artesanal.

[editar] Silvicultura e indústria

Quebracho vermelho chaquenho.É grande a produção madeireira, embora a maior parte seja cortada para combustível. Os principais são o quebracho vermelho, apanhado no Chaco, e do qual se retira o tanino; o cedro, obtido nas florestas do Paraná, e erva-mate, colhida nas florestas orientais e a oeste da serra de Amambay. A exploração ressente-se da falta de transporte e de equipamentos modernos. Há pouco reflorestamento.

A indústria paraguaia é pouco desenvolvida. Os estabelecimentos existentes se destinam, em grande parte, a transformação de produtos florestais, agrícolas ou de pecuária. Indústrias do tanino, de óleos vegetais, carnes e conservas. Há fábricas de tecidos de algodão e outros bens de consumo, sapatos, cigarros, bebidas, açúcar, fósforos e sabão. Existem fundições que trabalham com o ferro de Ibytymi (Ibitimi), uma fábrica de cimento ao norte de Concepción e uma refinaria de petróleo em Assunção. O artesanato indígena merece destaque.

[editar] Mineração
O Paraguai tem sido considerado por muito tempo como um país pobre em recursos minerais. Desde 2009, essa ideia vem sendo rejeitada como consequência da descoberta de grandes reservas de urânio na área de Yuty, Departamento de Caazapá, por uma empresa de capital canadense (Chris Healey Transandes Paraguay)[43][44][45][46].

Desde então, as notícias do setor de mineração no Paraguai têm sido mais do que positivas. Esse ano foi anunciada a descoberta da que poderia ser a maior reserva mundial de titânio[47][48][49][50][51][52][53].

O setor de mineração no Paraguai tornou-se muito atraente para os investidores estrangeiros e, segundo alguns especialistas, podem tornar o país como a nova potência latinoamericana em minerais [54]. Também foi descoberto ouro, cobalto, níquel e cromo[55].

A possibilidade de extrair o petróleo do Chaco não se concretizou. Existem pequenas jazidas de ferro, manganês e cobre, de exploração incipiente.

[editar] Finanças e comércio

Nota de 100.000 guaranis de 2004.O principal banco paraguaio é o Banco Central do Paraguai, que administra o sistema financeiro do país. Os maiores bancos são o Interbanco, o Citibank, o Banco Amambay S.A., o Banco Regional e o Banco Nacional de Fomento. Argentina, Brasil, Estados Unidos e Inglaterra têm investimentos consideráveis no Paraguai. O guarani é a moeda corrente no país. Está dividida em cem cêntimos.

As exportações paraguaias - que se destinam, sobretudo ao Brasil, Países Baixos, Argentina, Suíça, Alemanha, EUA e Itália - apóiam-se nos produtos agrários e extrativos. As fibras de algodão, soja, carnes enlatadas, essência para perfumaria, café e óleo vegetal perfazem 89,5% do total. Os principais importados - principalmente do Brasil, Japão, Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Argélia - são as máquinas e os equipamentos de transporte, combustíveis e lubrificantes, fumo e bebidas, de produtos químicos, farmacêuticos e de ferro.

[editar] Turismo
Ver artigo principal: Turismo no Paraguai

Turismo rural.O Paraguai recebe 280.454 visitantes por ano. O número de visitantes aumentou 1% em 1990. O turismo é fraco — exceto quanto ao grande número de brasileiros e argentinos que cruzam a fronteira todos os dias para comprar, em Ciudad del Este, produtos eletrônicos originários do Extremo Oriente.

Sendo um país de características nacionais bastante acentuadas de música e folclore típicos, possui valioso potencial turístico. Algumas de suas atrações: o lago Ypacaraí, com os balneários de San Bernardino e Areguá; o Lago Ypoá; os saltos de Monday, Acaray, Guairá; as ruínas jesuíticas dos centros missionários de Trinidad, perto de Encarnación; o monumento ao marechal Solano Lopez e o panteão nacional dos heróis. Ainda constituem atrativos o festival de ñaduti, em Itauguá, onde é exposto esse tipo de renda fina feita à mão, vestidos de aho poí e artigos de madeira e de couro.

[editar] Infraestrutura
[editar] Energia
Ver artigo principal: Política energética do Paraguai

Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo.O Paraguai tornou-se autosuficiente em energia quando entrou em funcionamento, em 1976, complexo hidrelétrico de Acaray, com capacidade para 190 MW. A inauguração do complexo binacional brasilo-paraguaio de Itaipu (12.000 MW), no rio Paraná, tornou o Paraguai exportador de energia, principalmente para o Brasil. Dois outros projetos, de Yacyretá-Apipé e de Corpus, em cooperação com a Argentina, enfretaram uma série de problemas, dentre os quais avultavam os de financiamento.

[editar] Transportes e comunicações
Ver artigo principal: Transportes do Paraguai

Rotas nacionais do Paraguai.O sistema de comunicação reflete as características do país. O transporte fluvial é importante e o sistema Paraná-Paraguai, que abrange uma rede navegável de 1.600 km, concentra a maior parte do tráfego comercial para o porto de Buenos Aires. Assunção é o principal porto do Paraguai. A rede ferroviária tem 44 km de extensão. As principais linhas são a da estrada de ferro Presidente Carlos Antonio López, que liga Assunção e Encarnación, servindo a região mais povoada do país, e a de Ferrocaril de Norte, que faz a conexão entre Concepción e Horqueta.


Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi.As comunicações por estradas de rodagem são mais abrangentes, com 29.800 km, sendo que 30% desse total é pavimentado (4.800 km asfaltados, 1.600 km empedrados e 2.500 km de saibro). A taxa de rodovias asfaltadas para cada milhão de habitantes é quase igual à rede brasileira e chilena, e pode-se viajar a qualquer cidade importante do país, de norte a sul, leste-oeste, em boas rodovias asfaltadas, sendo que a maioria tem menos de 10 anos de idade.

O aeroporto de Assunção é importante escala de linhas aéreas internacionais, e o Aeroporto Internacional Guaraní, de Ciudad del Este é um importante centro aéreo internacional de cargas. Ambos os aeroportos contam com pistas de mais de 3.500 metros de extensão, com possibilidades para qualquer tipo de aeronave, e o Aeroporto de Asunción permanece aberto os 365 dias do ano, devido à excelente visibilidade. Em 2008, o país alcançou o recorde de pasageiros em vôos internacionais, com aproximadamente 700.000 passageiros embarcados/desembarcados, sendo que 80% deste movimento foi realizado pela TAM Airlines, subsidiária da TAM Brasil, com sede em Assunção, e vôos para 10 destinos internacionais regionais.

O Paraguai tem uma das menores taxas de linha telefônica fixa e uso da Internet por pessoa na América do Sul. Parcialmente em resposta a isso, o uso do telefone celular aumentou radicalmente, com cerca da metade de paraguaios tendo um telefone celular.

[editar] Saúde
A expectativa de vida ao nascer era de 75 anos em 2006[56], e a oitava melhor posição do ranking na América do Sul de acordo com a Organização Mundial da Saúde. É o mesmo nível da Argentina. A despesa pública em saúde é de 2,6% do PIB e as despesas privadas em saúde 5,1% [57]. A mortalidade infantil era de 20 por mil nascimentos em 2005[57]. A mortalidade materna foi de 150 por 100.000 nascidos vivos em 2000.[57] O Banco Mundial ajudou o governo paraguaio para reduzir a mortalidade materna e infantil do Paraguai. O Mother and Child Basic Health Insurance Project teve como objetivo contribuir para a redução da mortalidade, aumentando a utilização de serviços selecionados de salvação de vidas incluídos no Mother and Child Basic Health Insurance Program (MCBI) por mulheres em idade fértil e crianças menores de idade seis em áreas selecionadas. Para este fim, o projeto também teve como objetivo a melhoria da qualidade e eficiência da rede de serviços de saúde dentro de determinadas áreas, além da gestão do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPBS).[58]

Sarampo, tuberculose, infecções respiratórias agudas, disenteria, ancilostomíase e hepatite são prevalentes no Paraguai. O mal de Chagas e leishmaniose são endêmicas, e não foram registrados surtos esporádicos de dengue transmitida por mosquitos e febre amarela. Embora as taxas de mortalidade infantil ter diminuído significativamente desde a década de 1960, elas ainda são superiores aos de outros países sul-americanos. Desnutrição e serviços de saúde pública limitados, especialmente a implementação pobre dos programas de imunização, levaram milhares de mortes preveníveis, particularmente nas zonas rurais, onde a saúde dos moradores é geralmente pior do que suas contrapartes urbanas. Em 2000, cerca de quatro quintos dos paraguaios tinham acesso a água potável (de cerca de três quintos, em 1992), mas, em geral, o governo gastou menos para a assistência médica. Cerca de quatro quintos dos paraguaios não têm seguro de saúde. O Instituto de Previdência Social (IPS) é financiado por contribuições do governo, empregadores e empregados. Oferece pensões, assistência médica, e subsídios durante a doença, mas atinge apenas uma pequena percentagem dos trabalhadores assalariados.

[editar] Educação
Ver artigo principal: Educação no Paraguai
A taxa de alfabetização foi de cerca de 93,6% e 87,7% dos paraguaios terminaram a 5ª série de acordo com o último Índice de Desenvolvimento da Educação de 2008 pela UNESCO. A alfabetização não difere muito em função do sexo.[57] A educação primária é gratuita, obrigatória e tem nove anos. O ensino secundário dura três anos [57]. O Paraguai tem diversas universidades. A Universidade Nacional de Assunção foi fundada em 1890, e a Universidade Americana é uma das melhores instituições que oferecem MBA na América do Sul e no Paraguai.[57] A taxa de escolaridade primária líquida foi de 88% em 2005.[57] Despesa pública em educação era cerca de 4,3% do PIB no início da década de 2000.[57]

A educação básica é gratuita e, se possível, obrigatória para crianças com idades entre 7 e 13. Embora os números oficiais de registro são elevados, a taxa de evasão escolar também é alta. Mais de nove décimos da população é alfabetizada, embora a alfabetização funcional é provavelmente menor. As duas universidades mais antigas, a pública Universidade Nacional de Assunção (1890) e a privada Universidade Católica de Nossa Senhora de Assunção (1960) situam-se em Assunção, com filiais em outras cidades. Essas universidades também têm escolas especiais para engenharia, medicina, agricultura, comércio e ciência veterinária. Começando na década de 1990, o número de universidades privadas tem aumentado. Pelo menos metade de todos os licenciados são do sexo feminino. Os gastos do governo com a educação aumentaram após a exigência constitucional de 1992, porções de um quinto do orçamento do governo para esse fim. No entanto, o número de escolas ainda é insuficiente, especialmente nas zonas rurais, e recursos de ensino são insuficientes em todo o país.

[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura do Paraguai
Ver página anexa: Lista de paraguaios

Carreta tradicional.A característica marcante da cultura paraguaia é a persistência da tradição guarani, entrelaçada com a hispânica. Embora as publicações em guarani sejam numerosas, a maioria da população conhece os dois idiomas. O guarani é empregado como linguagem doméstica e o espanhol na vida oficial e comercial.

As duas maiores e mais tradicionais são a Nacional de Assunção, fundada em 1890, e a Católica, em 1960. A maioria dos paraguaios professa o catolicismo, mas outros cultos são tolerados. As principais instituições culturais do país estão na capital: a Academia Nacional de Belas-Artes, o Conservatório Nacional de Música, a Orquestra Sinfônica de Assunção, a Biblioteca Nacional e o Museu de História Nacional e Etnografia. São famosas as qualidades melódicas da música popular paraguaia, que em vez da influência africana manteve traços da cultura guarani, particularmente as guarânias, acompanhas por violão e de ritmo dolente.

Villarrica, há 179 km de distância de Assunção e fundada em 1570, é o segundo centro cultural e universitário mais importante do país, logo atrás de Assunção.

O isolamento do país durante boa parte do século XIX não foi propício ao desenvolvimento literário. Guerras cruentas motivaram uma literatura de exacerbado nacionalismo e os autores que divergiam essa linha eram ignorados ou tachados de derrotistas, o que levou muitos deles a abandonarem o país. Só na década de 1940 surgiu o primeiro grupo poético coerente, com obra reconhecida, Óscar Ferreyro e Augusto Roa Bastos, entre outros autores. Em 1952, Gabriel Casaccia publicou em Buenos Aires La babosa (A lesma), primeiro grande romance de um autor paraguaio. Outros romancistas surgidos mais tarde foram Jorge Rodolfo Ritter e Juan Bautista Matto.

As missões jesuíticas instaladas no Paraguai do início do século XVII até 1767 cobriram o país de notáveis obras arquitetônicas, a maioria dos quais, no entanto, foram reduzidas a ruínas. Outras sobrevivem e permitem apreciar o esplendoroso desenvolvimento, na região do barroco colonial.

[editar] Mitologia
Ver artigo principal: Mitologia guarani
[editar] Música
Ver artigo principal: Música do Paraguai

Fachada Teatro Municipal de AssunçãoSendo o único país da América do Sul onde a maioria dos habitantes fala o idioma da origem nativa, sua música é totalmente de origem européia.

Entre os séculos XVII e XVIII, os jesuítas notaram que os guaranis sentiam afinidade musical, e em sua missões os nativos se interiorizavam na música européia.

Os instrumentos mais populares são o harpa e a viola. A harpa paraguaia teve muita difusão e é conhecida em muitos países do mundo.

Seus gêneros são a canção paraguaia, ou purajhei e a guarânia, caracterizada por uma canção lenta desenvolvida por José Asunción Flores.

Para a dança existem umas vivas polcas e polcas galopadas. A polca é uma dança de casais, enquanto as galopas são dançadas por um grupo de mulheres chamadas galoperas que giram formando um círculo, balançando-se de um lado a outro um cântaro ou um vaso em suas mãos, a polca galopada mais famosa é a galopera.

Outra variante é a dança da garrafa, onde a principal bailarina dança até com 10 garrafas na cabeça uma sobre outra. Também estão os valseados, uma versão local das valsas, como por exemplo El Chopí, Santa Fe, Taguató, Golondrina, etc.

Um dos mais conhecidos expoentes da música paraguaia foi Luis Alberto del Paraná, quem realizou vários tours pela Europa e o resto do mundo por mais de 30 anos.

O Conservatório Nacional de Música oferece 27 matérias, aos alunos de diversas especialidades musicais que vão desenvolvendo ao longo de 7 e 10 anos de estudos, culminando sua carreira segundo o instrumento eleito como ser: instrumentos clássicos em general, canto e instrumento popular. Conta com várias agrupações orquestales acadêmicas como: A Orquestra Sinfônica Acadêmica Nacional, Banda Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica da Cidade de Asunción, Orquestra Folclórica José A. Flores, Camerata Lara Bareiro, Orquestra de Jazz, Orquestra Sinfônica Infantil e coro de meninos, Coro Polifônico.

Uma das conquistas mais importantes é a criação da Orquestra Sinfônica Nacional (OSN), com rubro diferente, é uma agrupação que se desembrulha dentro da instituição. Seus integrantes foram admitidos através de uma audição internacional, com participação de 270 postulantes de todo o país, concurso onde os alunos sobressalentes do Conservatório Nacional de Música se impuseram com uma maioria do 70% dos 112 postos da orquestra; uma das orquestras mais numerosas da América do Sul.

O avanço conseguido nos últimos 7 anos é extraordinário, se poderia dizer que com a concretização deste projeto, gradualmente se vai mudada a história da música no Paraguai. No ano 2005 se solidifica ainda mais o Conservatório Nacional de Música com a criação da filial de Itaugua, uma nova dependência com um rubro aparte concedido pelo Parlamento no orçamento geral da nação, esta nova dependência com 200 alunos se adota a mesma disciplina, o programa e o sistema de ensino. Convergem ali alunos de diferentes cidades do país como: San Bernardino, Paraguarí, Pirayú, Itá, San Lorenzo, Carapeguá, Piribebuy.

[editar] Artesanato
Ver artigo principal: Artesanato do Paraguai

Mulher guarani vendendo seu artesanato.Algumas da cidades e povos do Paraguai se caracterizam pelo tipo de artesanato que produzem.

A diversidade de culturas no Paraguai permite um desenvolvimento constante e expansivo dos artesanatos. Da tradição indígena brotam belos trabalhos em fibras naturais, madeiras nobres, sementes, plumas e outros materiais naturais. Tapeçarias, canastras, colares e outros artigos de excelente terminação.

O artesanato paraguaio oferece também delicados têxteis tais como o bordado conhecido como aho poí, o encaixe chamado ñandutí, joalheria em filigrana de ouro e prata, copos de corno talhado, redes, cobertores, talhas de madeira, objetos de cerâmica e infinidade de outros artigos nos que se destacam a criatividade e a destreza dos artesãos.

[editar] Literatura
Ver artigo principal: Literatura do Paraguai

O lago YpacaraíParaguai foi terra de numerosos poetas, em especial em língua guarani. Destacam-se com suas poesias nesta língua (em ordem cronológica) Natalicio de María Talavera, Narciso R. Colmán, Juan E. O'Leary, Ignacio A. Pane, Marcelino Pérez Martínez, Julio Correa, Francisco Martín Barrios, Emiliano R. Fernández, Manuel Ortiz Guerrero, Félix Fernández, Darío Gómez Serrato, Miguel G. Fariña, Manuel D. Cardozo, Matías Nuñez González, Deidamio González, Hérib Campos Cervera, Enrique E. Gayoso, Emilio Bobadilla Cáceres, Mauricio Cardozo Ocampos, Mariano Celso Pedrozo, Gumersindo Ayala Aquino, Meneleo Zonza Coronel, José Asunción Cunha, Francisco Cristaldo, Julián Bobadilla, Carlos Miguel Jiménez, Julián Paredes, Crispiniano Martínez González, Teodoro Salvador Mongelós, Clementino Ocampos, Cecilio Méndez, Pedro Azinheira Ramos, Rubén Darío Gramas (Tatajyva) e Gabino Ruíz Díaz Torales (Rudi Torga)

Ainda que o Paraguai das últimas décadas não foi solo propício para a criação artística em geral, a poesia sempre foi o gênero literário mais prolífico das letras paraguaias. Se por "poesia atual" entendemos a produzida a partir da década de 1960 (i.e., 1960-presente), então o meio temporário do aqui incluso como "poesia paraguaia atual" abarca quase trinta anos de governo dictatorial (ditadura de Stroessner, 1955-1989) e mal dezessete anos de transição democrática (1989-presente).

A situação política, econômica e cultural resultante, bem como também as censuras e autocensuras vigentes durante dita ditadura afetaram significativamente, tanto em quantidade como em qualidade, a produção poética interna. As detenções arbitrárias, a perseguição ideológica e a repressão política imperantes levaram ao exílio a quase um milhão de paraguaios (um terço da população) e, entre eles, a muitos escritores e artistas.

A literatura do Paraguai se construiu mais com as contribuições dos exilados que com as dos escritores que viveram na pátria. Efetivamente, os dois poetas paraguaios de maior renome internacional, Hérib Campos Cervera (1905-1953) e Elvio Romero (1926-2004), escreveram praticamente toda sua obra no exílio, ambos em Buenos Aires. Considerado o poeta mais importante da promoção de 1940, Campos Cervera é também um dos três escritores de dito grupo (com Josefina Plá e Augusto Roa Bastos) que maior influência tiveram na literatura paraguaia contemporânea.

O criacionismo, movimento poético fundado pelo chileno Vicente Huidobro, cuja doutrina proclama a total autonomia do poema. Segundo dados do pesquisador e crítico Raúl Amaral, em nosso país a informação sobre esta tendência literária está contida num artigo publicado pelo escritor paraguaio Federico García (1892-1923) em El Liberal.

[editar] Teatro
Ver artigo principal: Teatro do Paraguai

A cidade de Encarnación, vista do lado argentino.Durante a primeira metade do século, a história do teatro paraguaio não conta com muitos nomes que tenham transcendido as fronteiras nacionais, com a possível exceção de Josefina Plá quem, além de ser autora e co-autora (com Roque Centurión Miranda) de várias obras teatrais, está entre os críticos que mais estudaram o teatro paraguaio.

Como em outros países da América Latina, razões de ordem histórico-político e econômico-social explicam parcialmente o fato de que o teatro tenha sido, e continue sendo, o gênero menos fecundo da literatura paraguaia. No caso específico do Paraguai, a instabilidade política das primeiras décadas unida a uma guerra internacional, a "Guerra do Chaco" contra a Bolívia, de (1932-1935), uma terrível guerra civil (a Revolução de 1947) e uma das duas ditaduras mais longas que registra a história do continente americano até a data (a do general Alfredo Stroessner (1955-1989); a outra é a de Fidel Castro, (1959-2008). Esses três períodos históricos têm um impacto negativo direto tanto na quantidade como na qualidade da produção teatral deste século.

No entanto, durante as duas décadas que precedem à Guerra do Chaco surge um interesse teatral antes inexistente e numerosos autores estreiam dramas e comédias de caráter predominantemente popular, entre eles Eusebio A. Lugo (1890-1953), Pedro Juan Caballero (1900-1946), Facundo Recalde (1896-1969) e José Arturo Alsina (1897-1984), o mais célebre do grupo.

Não obstante ter nascido na Argentina, Alsina viveu no Paraguai desde muito menino e sua obra dramática é netamente nacional ainda que algumas de suas peças refletem influências do teatro europeu. De enorme significação cultural para um país bilingue como o Paraguai é a produção teatral de Julio Correa, autor de grande mérito e iniciador, na década do 30, do teatro em guaraní em obras inspiradas no contexto histórico-político desses anos, e em particular na Guerra do Chaco. Outros representantes do teatro em guaraní dessa época são Francisco Martín Bairros, Roque Centurión Miranda e Luis Ruffinelli.

A atividade teatral paraguaia conta com o apoio do Ateneu Paraguaio e da Escola Municipal de Arte Cênica de Asunción, fundada por Centurión Miranda em 1948. Além dos dramaturgos já mencionados, entre os nomes que também ocupam um lugar significativo dentro do teatro paraguaio contemporâneo devem figurar, entre outros: os autores e críticos José Luis Appleyard, Ramiro Domínguez e Ezequiel González Alsina; o ator, autor e ensaísta Manuel E. B. Argüello; e mais recentemente, o crítico e diretor Agustín Núñez e a dramaturga e roteirista teatral Gloria Muñoz, quem encenassem (sob a direção daquele e a adaptação teatral desta), com grande sucesso de público (1991), uma versão teatral de Eu o Supremo (1974), a novela mais conhecida de Augusto Roa Bastos.

[editar] Esporte
Ver artigo principal: Esporte do Paraguai
O esporte mais praticado e mais popular é o futebol. A seleção do Paraguai é uma das mais fortes do continente sendo duas vezes campeã da Copa América em 1953 e em 1979 e obteve uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 sendo a única medalha olímpica do país até o momento e participou sete vezes na Copa do Mundo. Os principais clubes do país são o Olimpia e o Cerro Porteño. Depois do futebol o esporte com mais aficionados é o rali cujo evento mais tradicional é o Trans-Chaco Rally que se disputa desde 1971, outros esportes praticados são o rugby, o basquete, o golfe e o tênis, sendo os principais representantes destes dois últimos Carlos Franco e Víctor Pecci respectivamente.

[editar] Feriados
Ver artigo principal: Feriados nacionais no Paraguai
Feriados Data Nome em português Nome local (em espanhol) Observações
1 de janeiro Ano Novo Año Nuevo
6 de janeiro Dia dos Reis Día de los Reyes
3 de fevereiro Dia do Patrono do Paraguai Dia del Patrono del Paraguay
1 de março Dia dos Heróis Día de los Héroes
(varia) Quinta e Sexta-feira Santa Jueves y Viernes Santo
1 de maio Dia dos Trabalhadores Dia de los Trabajadores
15 de maio Dia da Independência Dia de la Independencia
12 de junho Dia da Paz no Chaco Dia de la Paz del Chaco
14 de agosto Dia da bandeira Día de la Bandera
15 de agosto Fundação de Assunção Dia de la Fundación de Asunción Aniversário da capital nacional
16 de agosto Dia das crianças Día de los Niños Crianças ficam em casa
29 de setembro Dia da Batalha de Boquerón Dia de la Batalla de Boquerón
8 de dezembro Dia da Virgem de Caacupé Dia de la Virgen de Caacupé
25 de dezembro Natal Navidad Celebração do nascimento de Jesus Cristo na religião cristã.

[editar] Ver também
América Platina
América do Sul
Lista de países
Brasiguaios
Missões diplomáticas do Paraguai
Wikipédia em Língua Guarani
Referências
↑ Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
↑ Ranking do IDH 2010. PNUD. Página visitada em 4 de novembro de 2010.
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↑ Presidência da República do Paraguai (em espanhol). Site oficial do Paraguai. Página visitada em 14 de maio de 2010.
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↑ Mendes Junior & Maranhão - op. cit., p. 47.
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[editar] Bibliografia
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Enciclopédia Delta Universal: Tradução e adaptação de: The world book encyclopedia. (em português). Rio de Janeiro: Delta, 1986. 15 vol. vol. 11.
Enciclopédia Mirador Internacional (em português). 18ª ed. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil, 1993. 20 vol. vol. 16. ISBN 85-7026-311-2
[editar] Ligações externas
O Wikimedia Commons possui multimedia sobre ParaguaiGoverno do Paraguai (em castelhano)
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