sábado, 17 de abril de 2010O Mundo Sem a URSS
A decadência de dois dos setores mais importantes para manter a supremacia do país durante a guerra fria - o de armas nucleares e a corrida espacial - é um sinal evidente dos problemas russos, depois da desintegração da superpotência socialista.
O COMEÇO DO FIM
URSS foi o primeiro país a adotar o regime socialista sob a forma de um governo autoritário, a ditadura do Partido Comunista, a partir de 1922. Sob esse regime, o país assumiu o lugar de potência mundial e durante muito tempo conseguiu competir tanto com os Estados Unidos, líder do mundo capitalista, quanto com outros países, como Reino Unido, Alemanha e Japão.
Entretanto, na década de 1980, a economia soviética começou a dar mostras de que tinha perdido a competição com a rival capitalista.
Mas, afinal, por que a segunda economia do mundo faliu?
Vários fatores contribuíram para que o desastre ocorresse:
- Gastos excessivos nos setores espacial e bélico, na tentativa de ultrapassar as realizações norte-americanas na corrida armamentista.
- O fato de o país ser formado por repúblicas anexadas à força pêlos soviéticos e que sempre esperaram recuperar a antiga autonomia.
- Mecanismos da economia planificada que tornaram o país impossibilitado de competir no mercado mundial, com a qualidade dos produtos fabricados por países capitalistas.
Os erros da economia planificada
Podemos concluir que, enquanto os padrões de desenvolvimento industrial eram marcados pela Segunda Revolução Industrial, a economia soviética foi bem. Entretanto o país não conseguiu acompanhar os progressos da Terceira Revolução Industrial, perdendo a competição para novas forças econômicas, como Alemanha e Japão, na década de 1980.
Até 1970, a economia planificada dava destaque aos seguintes setores:
• Indústrias de bens de produção e intermediários: siderúrgicas, petrolíferas, de máquinas e equipamentos. Essas indústrias, nos dez primeiros anos de planejamento, tiveram seu crescimento aumentado oito vezes, enquanto as de bens de consumo em comparação cresceram apenas três vezes mais.
• Obras de infra-estrutura: barragens, ferrovias, energia elétrica, portos.
• Pesados investimentos no setor bélico.
Podemos citar como principais equívocos da economia planificada os seguintes fatores;
• As metas dos planos eram apenas quantitativas, não havia preocupação com qualidade.
• O acesso a bens de consumo, tanto em qualidade quanto em quantidade, não era disponibilizado para a população da URSS.
• As outras atividades econômicas, como a agricultura, por exemplo, não acompanharam o desenvolvimento industrial.
• Como tudo era determinado pêlos planos governamentais e a avaliação do desempenho era inexistente, não havia incentivo para o aumento da produtividade.
Em 1985, a insatisfação popular com as imensas filas para conseguir alimentos ou mercadorias e com as regalias dos burocratas era intensa. Foi nesse clima que Mikhail Gorbachev assumiu o cargo de secretário-geral do Partido Comunista, dirigente máximo da URSS.
Os resultados da perestroïka e da glasnost
Mikhail Gorbachev, o novo líder soviético, apesar de seus cinquenta e quatro anos, era chamado de "garoto" pêlos jornais da época, pelo fato de seus antecessores terem sido bem mais velhos. Gorbachev teve pela frente a difícil tarefa de tirar a URSS da profunda crise econômica em que mergulhara. Para alcançar seu objetivo, pôs em prática reformas econômicas que defendera em seu livro Perestroika -Novas ideias para meu país e o mundo.
A palavra perestroïka (que em russo significa reestruturação) passou a designar a tentativa de introdução de mecanismos de economia de mercado -entrada de capital estrangeiro, conceitos como lucro, produtividade e qualidade -, com os quais Gorbachev queria dar novo ânimo à economia soviética.
O maior empecilho para essas mudanças era o próprio regime totalitário do país. Para implementar a reforma econômica, era preciso transparência política. A glasnost (transparência) acabou com a ditadura do partido único. Para um país com diferenças étnicas e religiosas, resultado da anexação forçada das repúblicas, a onda de liberdade acendeu a chama dos nacionalismos. O dirigente se viu às voltas com reivindicações de liberdade por todo o país.
Na política externa da URSS, Gorbachev também foi um inovador, Na conferência de cúpula entre os Estados Unidos e os soviéticos (1986}, o secretário-geral do Partido Comunista encerrou seu discurso dizendo: "Os historiadores que um dia vão avaliar ou descrever o que está sendo feito agora provavelmente ainda não nasceram". Nessa reunião realizada na Islândia, Gorbachev e Ronald Reagan, então presidente americano, assinaram importantes acordos sobre desarmamento nuclear entre as superpotências.
O líder soviético fez uma visita à China, a primeira depois de mais de trinta anos de rompimento da URSS com esse país. As rivalidades geopolíticas mundiais pareciam estar perto do fim, depois de quase cinquenta anos de enfrentamentos e disputas.
O golpe de agosto de 1991
Ao mesmo tempo que as mudanças realizadas na URSS desagradavam cada vez mais os burocratas que temiam perder seus privilégios, cresciam os movimentos nacionalistas nas repúblicas soviéticas.
Para acalmar os ânimos dos nacionalistas, Gorbachev propôs às repúblicas mais autonomia, com o Tratado da União, que deveria ser assinado em agosto de 1991. Porém um golpe de Estado liderado por Guennady Yanayev e outros burocratas do Partido Comunista foi deflagrado para conter as reformas. Gorbachev foi deposto e conduzido para sua casa de campo na Criméia, onde ficou sob a guarda da KGB.
O golpe, porém, durou apenas três dias. A resistência liderada por Boris Ieltsin, presidente da Rússia, e, além de tudo, a vontade do povo em manter a liberdade conquistada, trouxeram Gorbachev de volta ao poder. Entretanto nada mais poderia deter o processo de desintegração da URSS. Em dezembro de 1991, todas as repúblicas soviéticas já haviam declarado sua independência.
Mikhail Gorbachev renunciou em 26 de dezembro de 1991, depois que onze das quinze repúblicas soviéticas formaram a CEÏ - Comunidade de Estados Independentes, assunto que será tratado no capítulo 50. Em 31 de dezembro de 1991, setenta e quatro anos após a Revolução de 1917, a URSS estava oficialmente extinta.
Postado por Prof. Miguel Jeronymo Filho às 06:36 0 comentários:
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