sábado, 5 de junho de 2010

489 - POMPEU

Saiba mais sobre a Wikipédia.Pompeu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência (desde maio de 2009)
Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé. Encontre fontes: Google — news, books, scholar, Scirus

Nota: Para outros significados de Pompeu, veja Pompeu (desambiguação).
Cneu Pompeu Magno, em latim Cnaeus Pompeius Magnus (Picenum, 29 de Setembro de 106 a.C. — Egipto, 29 de Setembro de 48 a.C.) foi um general e político romano, conhecido também em português como Pompeu, o Grande, tradução de seu nome latino Magnus.

Índice [esconder]
1 Primeiros anos
2 Sicília e África
3 Hispânia e Espártaco
4 Os piratas e a Ásia Menor
5 O primeiro triunvirato
6 Guerra civil
7 Casamentos e descendência


[editar] Primeiros anos
Pompeu era o único filho e herdeiro de Cneu Pompeu Estrabão, um proprietário muito rico da zona de Picenum, na Itália, chefe de um ramo da família Pompeia, tradicionalmente rural. Aos olhos da elite aristocrática de Roma, estes antecedentes não eram bem vistos. Não obstante, dada a sua riqueza, Estrabão progrediu na vida política e foi o primeiro senador da família, eleito cônsul em 89 a.C., no meio da crise política da Guerra Social. Pompeu cresceu portanto junto do seu pai nos acampamentos militares, envolvido em questões políticas desde a adolescência. De acordo com Plutarco, Pompeu era um jovem de fácil trato, popular e com bastantes amigos da sua idade, entre os quais o futuro escritor Cícero.

Estrabão morreu por volta de 87 a.C., no meio da guerra civil entre a facção populista de Caio Mário e os conservadores de Lúcio Cornélio Sulla, deixando Pompeu no controle dos seus negócios e fortuna. Apesar da sua juventude, Pompeu não hesitou em tomar um partido e aliou-se a Sulla no seu regresso à Itália depois do fim da Primeira Guerra Mitridática em 83 a.C.. Com a sua posição longe de estar assegurada, Sulla não desdenhou a ajuda oferecida pelo rapaz de 23 anos, líder de três legiões picentinas veteranas, oriundas da província que controlava quase como rei. Esta aliança projectou a carreira política de Pompeu e favoreceu o seu casamento com Emília Escaura, enteada de Sulla (então grávida do primeiro marido).

[editar] Sicília e África

Pompeu.Embora sendo um privatus (um homem que não detém um cargo político do, ou associado ao, cursus honorum) devido à idade, Pompeu manteve os seus comandos sob a administração de Sulla e revelou-se um general talentoso. O ditador confiava nos seus instintos e enviou-o em perseguição dos apoiantes de Marius, entrincheirados nas províncias da Sicília e África. A Sicília era estrategicamente muito importante, uma vez que era a origem dos cereais que abasteciam Roma. Pompeu varreu a ilha com as suas legiões, acabando com a resistência, mas ao mesmo tempo provocando desagrado das populações locais, que responderam com queixas. Não me falem em leis, nós estamos armados! foi a sua célebre resposta. Em África obteve igual sucesso e no fim da campanha foi aclamado imperator (diferente de imperador) pelas suas fiéis tropas. De acordo com a tradição, Pompeu requereu ao senado o direito de celebrar uma parada triunfal, apesar de não ter estatuto consular, nem sequer senatorial. Os senadores recusaram o pedido do que consideravam um miúdo nem sequer oriundo de boas famílias, mas Pompeu estacionou as tropas à saída de Roma, recusando-se a conceder-lhes licença enquanto o seu desejo não fosse concedido. O ditador Sulla acabou por intervir e conceder-lhe o triunfo, mais para fazer a vontade ao genro que por medo. É também nesta altura que Pompeu adquire o cognome Magnus, "o Grande", que segundo uma das versões foi atribuído pelo próprio Sulla com uma certa dose de sarcasmo.[carece de fontes?]

[editar] Hispânia e Espártaco
Depois de celebrar um triunfo apesar de não ter nem a idade nem o status adequados, Pompeu pediu um imperium proconsular, sem nunca ter sido cônsul, para fazer frente a Sertório, o último apoiante de Caio Mário ainda no activo. O pedido foi concedido e, juntamente com Quinto Cecílio Metelo Pio, dirigiu-se à Hispânia. Esta campanha marcou uma nova fase na carreira militar de Pompeu. Até então, estava acostumado a vitórias relativamente fáceis frente a inimigos desmoralizados e/ou desorganizados. Sertório era um general talentoso, a jogar no seu próprio terreno e com um talento especial para a guerrilha. Era portanto um inimigo à altura de qualquer adversário, o que é comprovado pela longa duração da campanha, de 76 a 71 a.C.. Pompeu e Metelo Pio conseguiram uma vitória apenas devido ao assassinato de Sertório numa conspiração organizada pelos seus próprios homens.

No regresso a Itália em 71 a.C., Pompeu utilizou as suas legiões veteranas da guerra na Hispânia para auxiliar Marco Licínio Crasso na sua luta na Terceira Guerra Servil contra a revolta dos escravos liderada por Espártaco (Spartacus). A sua chegada provou-se decisiva para resolver o conflito e valeu-lhe o ódio de Crasso, que pretendia a glória apenas para si próprio. Em Roma, Pompeu celebra o seu segundo triunfo ilegal, juntamente com Metelo Pio, pelas vitórias alcançadas na Península Ibérica. No ano seguinte (70 a.C.), com apenas 35 anos, Pompeu é eleito cônsul pela primeira vez, apesar de esta eleição ser mais uma machadada nas tradições do cursus honorum. Era odiado pelo seu colega Crasso e visto com desconfiança pelo resto da classe senatorial, mas tinha o apoio dos eleitores das camadas sociais mais baixas, que o viam como herói.

[editar] Os piratas e a Ásia Menor
Em 67 a.C., dois anos depois do seu mandato de cônsul, Pompeu foi nomeado comandante de uma frota especial e responsável por uma campanha destinada a combater o problema da pirataria no Mar Mediterrâneo. A nomeação, como quase tudo o resto na sua vida, esteve rodeada de polémica. A facção conservadora detestava-o pelo constante ataque às tradições e pela sua ascendência pouco notável. Tentaram por todos os meios legais impedir este comando, até que um tribuno aliado de Pompeu levou o assunto à Assembleia do Povo. No seu círculo de apoiantes, Pompeu encontrou um apoio esmagador. Para desgosto dos seus adversários, o general levou apenas alguns meses a eliminar os principais núcleos de piratas e garantir a segurança das rotas comerciais entre a Itália, África e Ásia Menor. A rapidez e sucesso desta Guerra dos Piratas mostrou que era também um almirante dotado e detinha fortes capacidades de organização e logística.

Pompeu não regressou a Roma no fim desta campanha naval. Utilizando até ao limite legal o imperium proconsular que lhe havia sido renitentemente concedido, dirigiu-se à província da Ásia, onde aliviou Lucius Licinius Lucullus do comando contra Mitrídates VI do Ponto, responsável por mais de vinte anos de problemas na região. Pompeu permaneceu na área por cinco anos e, em 61 a.C., colocou um ponto final nas guerras mitridáticas. Os resultados da campanha foram:

derrota final de Mitrídates e a transformação do Ponto numa província romana
derrota de Tigranes, rei da Armênia.
derrota de Antíoco XIII, rei da Síria, que também se torna numa província
captura de Jerusalém
cerca de 20.000 talentos de ouro em saque (números oferecidos por Plutarco) e duas novas províncias onde colectar impostos.
Pompeu aproveitou a estadia na região para explorar a área do Cáucaso, chegando às margens do Mar Negro. As notas desta expedição incluíram aspectos geográficos, políticos e respeitantes a recursos naturais e haveriam de se mostrar indispensáveis em campanhas subsequentes.

No fim de 61 a.C., Pompeu regressa a Roma, ao fim de seis anos, com um dilema nas mãos. Por um lado, queria celebrar o seu terceiro triunfo; por outro, ansiava por um segundo mandato de cônsul. As leis de Roma estipulavam que um general não poderia atravessar o pomerium (fronteira simbólica da cidade) sem perder o direito ao triunfo, mas um candidato eleitoral tinha que apresentar a intenção de concorrer em pessoa no Fórum da cidade. Pompeu usou todos os meios diplomáticos para convencer o senado a adiar as eleições, mas os conservadores, liderados por Marcus Porcius Cato Uticensis, opuseram-se à medida e obrigaram-no a escolher. Pompeu ficou-se pelo triunfo mas não se conformou com a perda do consulado. Se não podia ser cônsul, podia subornar os eleitores para favorecerem o seu candidato. De acordo com várias fontes, o que se seguiu foi um verdadeiro escândalo eleitoral, com os eleitores a dirigirem-se em massa ao acampamento de Pompeu fora da cidade para receberem a ordem de voto, acompanhada de uma pequena "gratificação".

O terceiro triunfo de Pompeu celebrou-se a 29 de Setembro de 61 a.C. (o seu 45.º aniversário) em honra das vitórias sobre os piratas e o reino do Ponto. O cortejo triunfal de despojos, prisioneiros, tropas e faixas comemorativas levou dois dias a percorrer a distância entre o Campo de Marte, fora do pomoerium, ao templo de Júpiter Óptimo Máximo e terminou com um banquete para toda a população oferecido pelo general vitorioso.

[editar] O primeiro triunvirato
O primeiro triunvirato foi uma aliança política informal estabelecida em 59 a.C., na República Romana, entre Júlio César, Pompeu, o Grande e Marco Licínio Crasso, que haveria de se prolongar até 53 a.C..

No início da década de 50 a.C. aparentemente nada havia a unir estes três homens: Júlio César, acabado de ser eleito consul, era um advogado brilhante mas um out-sider político; Pompeu era extremamente popular junto dos cidadãos dado às suas conquistas militares, mas desprezado pela classe senatorial pela falta de sangue azul da sua família; Crasso era considerado o homem mais rico de Roma, mas ao qual faltava influência política. Uma vez que César não tinha aliados políticos, Pompeu não conseguia obter terras de cultivo para os veteranos das suas legiões e Crasso não era levado a sério na sua ideia de conquistar o Império Parto, os três juntaram-se para unir esforços. Ao contrário do segundo triunvirato, este acordo era informal e não continha nenhum valor jurídico. A única transacção efectuada foi a de Júlia Cesaris, filha de César, que se tonou mulher de Pompeu num casamento que haveria de se revelar feliz.

Durante o seu consulado em 59 a.C., César legislou terras para os soldados de Pompeu, apesar de forte contestação da facção conservadora do senado, e leis que favoreciam os negócios de Crasso. Em troca obteve o apoio de Pompeu para conseguir a governação da Gália e iniciar a conquista de toda a região (Guerras Gálicas). Em 55 a.C., Pompeu e Crasso são eleitos cônsules em parceria e prolongam o poder de César na Gália por mais cinco anos. Crasso assegura ainda os fundos e legiões para a tão desejada campanha persa.

No ano seguinte, a morte de Júlia enfraquece a relação entre Pompeu e César e, em 53 a.C. Crasso é assassinado pelos persas a seguir a uma batalha desastrosa. Sem mais nada a uni-los, Pompeu e César desfazem a aliança e transformam-se em inimigos.

[editar] Guerra civil
Em 50 a.C. o Senado, liderado por Pompeu, ordenou a César que voltasse a Roma e dispersasse o seu exército porque o seu termo como procônsul havia terminado.

Em 49 a.C. César cruzou o rio Rubicão, ocasião em que teria pronunciado a famosa frase alea jacta est ("a sorte está lançada"), e invadiu Roma com suas legiões. Pompeu fugiu para a Grécia onde foi derrotado por César na Batalha de Farsália, acabando por procurar refúgio no Egipto onde foi morto por antigos camaradas de armas às ordens da corte de Ptolomeu XIII.

[editar] Casamentos e descendência
Primeira mulher, Antistia
Segunda mulher, Emília Escaura
Terceira mulher, Múcia Terceira (de quem se divorcia por adultério)
Gnaeus Pompeius, o Jovem, executado em 45 a.C., depois da batalha de Munda
Pompéia, casada com Fausto Cornélio Sulla
Sexto Pompeu, manteve-se como opositor de Júlio César e Augusto até ser apanhado em 36 a.C.
Quarta mulher, Julia Caesaris, filha de César
Quinta mulher, Cornélia Metela, filha de Metelo Cipião
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Pompeu.O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Pompeu[Esconder]v • eBiografias
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Pompeu"
Categorias: Pessoas assassinadas | Guerras Servis | Optimates
Categorias ocultas: !Artigos que carecem de fontes desde Maio de 2009 | !Artigos que carecem de notas de rodapé desde Dezembro de 2008VistasArtigo Discussão Editar Histórico Ferramentas pessoaisExperimente o Beta Entrar / criar conta Busca
Navegação
Página principal
Conteúdo destacado
Eventos atuais
Esplanada
Página aleatória
Portais
colaboração
Boas-vindas
Ajuda
Página de testes
Portal comunitário
Mudanças recentes
Estaleiro
Criar página
Páginas novas
Contato
Donativos
Imprimir/exportar
Criar um livro
Descarregar como PDF
Versão para impressão
Ferramentas
Páginas afluentes
Alterações relacionadas
Carregar ficheiro
Páginas especiais
Link permanente
Citar esta página
Noutras línguas
Aragonés
العربية
Azərbaycan
Беларуская
Български
བོད་ཡིག
Bosanski
Català
Česky
Cymraeg
Dansk
Deutsch
Ελληνικά
English
Esperanto
Español
Euskara
فارسی
Suomi
Français
Gaeilge
Galego
עברית
Hrvatski
Magyar
Interlingua
Bahasa Indonesia
Íslenska
Italiano
日本語
ქართული
한국어
Latina
Lietuvių
Bahasa Melayu
Nederlands
‪Norsk (bokmål)‬
Polski
Română
Русский
Srpskohrvatski / Српскохрватски
Simple English
Slovenčina
Slovenščina
Српски / Srpski
Svenska
Türkçe
Українська
اردو
Tiếng Việt
中文

Esta página foi modificada pela última vez às 05h26min de 10 de maio de 2010. Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as Condições de Uso para mais detalhes. Política de privacidade Sobre a Wikipédia Avisos gerais


TODOS OS DIREITOS DE COPYRIGHT À WIKIPÉDIA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas