domingo, 27 de junho de 2010

1259 - HISTÓRIA DO LIVRO

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Breve História do Livro
Escrito por Jose Reinaldo
Sex, 09 de Abril de 2010 17:10
Que é O livro? Para fins estatísticos, na década de 1960, a UNESCO considerou o livro "uma publicação impressa, não periódica, que consta de, no mínimo49 páginas, sem contar as capas".

O livro é um produto industrial.

Mas também é mais do que um simples produto. O primeiro conceito que deveríamos reter é o de que o livro como objeto é o veículo, o suporte de uma informação. O livro é uma das mais revolucionárias invenções do homem.

A Enciclopédia Abril (1972), publicada pelo editor e empresário Victor Civitas, no verbete "livro", faz concisas e impressionantes informações sobre a história do livro. A seguir, transcrevemos alguns tópicos desse estudo didático sobre o livro.

O livro na antiguidade

Antes mesmo que o homem pensasse em utilizar determinados matériais para escrever(como, por exemplo, fibras vegetais e tecidos), as bibliotecas da Antiguidade estavam repletas de textos gravados em tabuínhas de barro cozido. Eram os primeiros "livros", depois progressivamente modificados até chegar a ser feitos-em grandes tiragens-em papel impresso mecanicamente, proporcionando facilidade de leitura e transporte. Com eles, tornou-se possível, em todas as épocas, transmitir fatos, acontecimentos históricos, descobertas, tratados, códigos ou apenas entretenimento.

Com a sua fabricação, a função do livro sofreu enormes modificações dentro das mais diversas sociedades, a ponto de constituir uma mercadoria especial, com técnica, intenção e utilização determinadas. No moderno movimento editorial das chamadas sociedades de consumo, o livro pode ser considerado uma mercadoria cultural, com maior ou menor significado no contexto socioeconômico em que é publicado. Como mercadoria, pode ser comprado, vendido ou trocado. Isso não ocorre, porém, com a sua função intrínseca, insubstituível: pode-se dizer que o livro é essencialmente um instrumento cultural de difusão de idéias, transmissao de conceitos, documentação(inclusive fotográfica e iconográfica), entretenimento, ou ainda de condensação e acumulação de conhecimento. A palavra escrita venceu o tempo, e o livro conquistou o espaço. Teoricamente. toda a humanidade pode ser atingida por textos que difundem idéias que vão de Sócrates e Horácio a Satre e MacLuhan, de Adolf Hitler a Karl Marx.

A história do livro confunde-se, em muitos aspectos, com a história da humanidade. Sempre que escolhem temas e frases, e transmitem idéias e conceitos, os escritores elegendo o que consideram significativo no momento histórico e culturam em que escrevem. E assim, fornecem dados para a análise de sua sociedade. O conteúdo de um livro-aceito,discutido ou refutado socialmente-integra a estrutura intelectual dos grupos sociais.

Nos primeiros tempos, o escritor geralmente vivia em contato direto com seu público, que era formado por uns poucos leitores, já ciente das opiniões, idéias, imaginação e teses do autor, pela própria convivência que tinha com ele. Muitas vezes, mesmo antes de ser redigido o texto, as idéias nele contidas já haviam sido intensamente discutidas pelo escritor e parte de seus leitores. Nessa época, como em várias outras, não se pensava no enormepercentual de analfabetos. Até o século XV, o livro servia exclusivamente a uma pequena minoria de sábios e estudiosos que constituiam os círculos intelectuais (confinado aos mosteiros no início da Idade Média) e que tinham acesso às bibliotecas, cheias de manuscritos ricamente ilustrados.

Com o reflorescimento comercial europeu em fins do século XIV, burgueses e comerciantes passaram a integrar o mercado livreiro da época. A erudição laicizou-se, e o número de escritores aumentou, surgindo também as primeiras obras escritas em línguas que não o latim e o grego(reservados aos textos clássicos e aos assuntos considerados dignos de atenção)

Nos séculos XV e XVI surgiram diversas literaturas nacionais, demonstrando, além do florescimento intelectual da época, que a população letrada dos países europeus estava mais capacitada a adquirir obras escritas.

Cultura e comércio

Com o desenvolvimento do sistema de impressão de Gutemberg, a Europa conseguiu dinamizar a fabricação de livros, imprimindo, em cinquenta anos, cerca de vinte milhões de exemplares para uma população de quase cem milhões de habitantes, a maioria analfabeta. Para a época, isso significou enorme revolução, demonstrando que a imprensa só se tornou uma realidade diante da necessidade social de ler mais.

Impressos em papel, feitos em cadernos costurados e posteriormente encapados, os livros tornaram-se empreendimento cultural e comercial: os editores passaram logo a se preocupar com melhor apresentação e redução de preços. Tudo isso levou à comercialização do livro. E os livreiros baseavam-se no gosto do público para imprimir, sobretudo obras religiosas, novelas, coleções de anedotas, manuais técnicos e receitas.

Mas o percentual de leitores não cresceu na mesma proporção que a expansão demográfica mundial. Somente com as modificações socioculturais e econômicas do século XIX-quando o livro começou a ser utilizado também como meio de divulgação dessas modificações, sobretudo na França e na Inglaterra, onde alguns editores passaram a produzir, a preços baixos, obras completas de autores famosos. O livro era então interpretado como símbolo de liberdade, conseguida por conquistas culturais. Entretanto, na maioria dos países, não houve grande modificação nos índices percentuais até o fim da Primeira Guerra Mundial(1914-1918), quando surgiram as primeiras grandes tiragens de livros, principalmente romances, novelas e textos didáticos. O número elevado de cópias, além de baratear o preço da unidade, difundiu ainda mais a literatura. Mesmo assim, a maior parte da população de muitos países continuou distanciada, em parte porque o livro, em si, tinha sido durante muitos séculos, considerado pbjeto raro, passível de ser adquirido somente por um pequeno número de eruditos. A grande massa da população mostrou maior receptividade aos jornais, peródicos e folhetins, mais dinâmicos e atualizados, além de acessíveis ao poder aquisitivo da grande maioria.

Mas isso não chegou a ameaçar o livro como símbolo cultural de difusão de iféias, como fariam , mais tarde, o rádio, o cinema e a televisão.

O advento das técnicas elet~rônicas, o aperfeiçoamento dos métodos fotográficos e a pesquisa de materiais praticamente imperecíveis fazem alguns teóricos ca comunicação de massa pensar em um futuro sem livros tradicionais, com o seu formato quadrado ou retangular, composto de folhas de papel, unidas umas às outras por um dos lados.

Seu conteúdo e suas mensagens, racionais ou emocionais, seriam transmitidos por outros meios, como, por exemplo, micro-filmes e fitas gravadas.

A televisão transformaria o mundo inteiro em uma grande "aldeia global"(como afirmou Marshall McLuhan), no momento em que todas as sociedades decretassem sua prioridade em relação aos textos escritos.

Mas a palavra escrita dificilmente deixaria de ser considerada uma das mais importantes heranças culturais, para todos os povos.

E no decurso de toda a sua evolução , o livro sempre pôde ser visto como objeto cultural(manuseável,com forma entendida e interpretada em função de valores plásticos) e símbolo cultural(dotado de conteúdo, entendido e interpretado em função de valores semânticos). As duas maneiras podem fundir-se no pensamento coletivo, como um conjunto orgânico(onde texto e arte se complementam, como por exemplo, em um livro de arte) ou apenas como um conjunto textual(onde a mensagem escrita vem em primeiro lugar)-em um livro de matemática, por exemplo.

A mensagem (racional, prática ou emocional) de um livro é sempre intelectual e pode ser revivida a cada momento.

O conteúdo, estático em sí, dinamiza-se em função da assimilação das palavras pelo leitor, que pode discutí-las, reafirmá-las, negá-las ou transformá-las. Por isso, o livro pode ser considerado um instrumento cultural capaz de liberar informação, sons, imagens, sentimentos e idéis através do tempo e do espaço.

A quantidade e a qualidade de idéias colocadas em um texto podem ser aceitas por uma sociedade, ou por ela negadas, quando entram em choque com conceitos ou normas culturalmente admitidas.

Nas sociedades modernas, em que a classe média tende a considerar o livro um sinal de status e cultura(erudição), os compradores utilizam-no como símbolo mesmo, desvirtuando suas funções ao transformá-lo em livro-objeto.

Mas o livro é antes de tudo funcional-seu conteúdo é que lhe confere valor(como os livros de ciências e de filosofia, religião, artes, história e geografia, que representam cerca de 75% dos títulos publicados anualmente em todo o mundo).

No século XX, o consumo e a produção de livros aumentaram progressivamente. Lançado logo após a Segunda Guerra Mundial (1939/45), quando uma das características principais da edição de um livro era eram as capas entrelaçadas ou cartonadas, o livro de bolso constituiu um grande êxito comercial. As obras-sobretudo bestsellers publicados algum tempo antes em edições de luxo-passaram a ser impressas em rotativas, como as revistas, e distribuidas às bancas de jornal. Como as tiragens elevadas permitiam preços muito baixos, essa edições de bolso popularizaram-se e ganharam importância em todo o mundo.

Até 1950, existiam somente livros de bolso destinados a pessoas de baixo poder aquisitivo;a partir de 1955, desenvolveu-se a categoria do livro de bolso "de luxo". As características principais destes últimos eram a abundância de coleções-em 1964 havia mais de duzentas nos Estados Unidos-e a variedade de títulos, endereçados a um público intelectualmente mais refinado.

A essa diversificação das categorias adiciona-se a dos pontos-de-venda, que passaram a abranger, além das bancas de jornal, farmácias, lojas, livrarias, etc. Assim, nos Estados Unidos, o número de títulos publicados em edições de bolso chegou a 35 mil em 1969, representando 35% do total de títulos editados.

Propostas da coleção A Obra-Prima-de Cada Autor

A palavra "coleção" é uma palavra há muito tempo dicionarizada, e define conjunto ou reunião de objetos da mesma natureza, ou que tem relação entre si. Em um sentido editorial, significa o conjunto não limitado de obras de autores diversos, publicado por uma mesma editora, sob um título geral indicativo de assunto ou área, para atendimento de segmentos definidos do mercado.

A coleção "A Obra-Prima-de Cada Autor" corresponde plenamente à definição acima mencionada (...)

Desde os tempos mais remotos existiram coleções de livros. Em Nínive, em Pérgamo e na Anatólia existiam coleções de obras literárias de grande importância cultural. Mas nenhuma delas superou a célebre biblioteca de Alexandria, incendiada em 45 a.C, pelas legiões de Júlio Cesar, quando estes arrasaram a cidade.

(...)



Fonte:Prefácio do livro Eu e Outras Poesias, de Augusto dos Anjos-Editora Martin Claret - 2006

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