terça-feira, 2 de outubro de 2012

OS MAIORES FILÓSOFOS DA HISTÓRIA

Filósofos - Vida e Obra


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Epicuro (341-270 a.C.)





VIDA: Em suas escavações, os arqueólogos notaram que nas casas gregas e romanas havia um grande número de estátuas com a efígie de Epicuro, às vezes até de pequenas dimensões. É verdade que os antigos gostavam de colecionar imagens dos sábios, mas este é um caso especial, porque as estátuas do filósofo de Samos estavam presentes mesmo nas casas dos homens comuns, sem interesses intelectuais. A explicação para esse fato é de grande relevância filosófica: acreditava-se que contemplar o rosto de Epicuro tivesse o poder de aquietar o espírito. Epicuro comparava a sua filosofia à medicina: queria ser o médico da alma. A escola de Epicuro devia ser muito semelhante a uma casa de cura: um simples e tranquilo jardim nos arredores de Atenas, distante do ruído da cidade e da política. Ali o filósofo acolhia a todos, sem distinção: mulheres, escravos até mesmo prostitutas em crise. Curava o corpo com os medicamentos mais adequados e, o espírito, com a força do exemplo. E, mesmo gravemente doente e sofredor, na última carta que escreveu a um amigo saudava a vida: doce, feliz e sempre digna de ser vivida.



PRINCIPAIS IDEIAS: Para Epicuro o objetivo da vida feliz é o prazer, mas, em que consiste a felicidade? É bom ter muitos desejos? Segundo este filósofo o prazer e a felicidade são certamente os critérios condutores do ser humano. O problema está em definir qual é o verdadeiro prazer e como otimizar o bem-estar pessoal, lembrando que a um prazer imediato corresponde muitas vezes uma dor futura. Segundo Epicuro a solução mais sábia está em submeter a busca da felicidade ao juízo da razão. É preciso, portanto, eliminar os medos inúteis (da morte, dos deuses, da dor), moderar as necessidades de modo que o seu gozo não se transforme no contrário e, principalmente, a tranquilidade do espírito, a serenidade.

Cálculo do prazer - Consiste na ideia de Epicuro de que é possível maximizar o bem-estar da vida por meio do cuidadoso cálculo matemático, dos sacrifícios e do prazer decorrentes de um comportamento. O cálculo não deve considerar somente as consequencias imediatas, mas também, as de longo prazo, posto que, frequentemente, satisfazer um desejo provoca uma imediata felicidade.

Necessidades - Epicuro distingue três tipos de necessidades: 1) Necessidades naturais e essenciais, a serem saciadas sempre (por exemplo, a fome, a sede, o sono). Dependem das necessidades biológicas do corpo e, se não forem satisfeitas, produzem a morte. 2) Necessidades naturais e não essenciais, a serem buscadas com moderação ou nem mesmo assim (por exemplo, comer bem ou demais, exceder-se nas práticas sexuais). 3) Necessidades não naturais e não essenciais, que nunca devem ser buscadas, pela sua natureza artificial (glória, sucesso, riqueza, riqueza, beleza).

Hedonismo - Corresponde à doutrina do Epicurismo, pela qual o prazer é o fim e o princípio de uma vida feliz, objetivo em direção ao qual todo indivíduo orienta a própria ação. No entanto, segundo Epicuro, é preciso distinguir entre prazer efêmero (felicidade, alegria) e prazer estável, definido pela negativa, como ausência de dor. Dado que somente o segundo tipo de prazer é perseguido pele sábio, o Epicurismo condena a tentativa de satisfazer indiscriminadamente todo desejo, defendendo a necessidade do racionalismo ético, ou seja, um sensato controle da razão sobre as emoções e as pulsões do espírito.

Bibliografia:



CHAUI, Marilena – Iniciação à Filosofia; Ed. Ática, 2009



LAW, Stephen – Guia Ilustrado Zahar de Filosofia; Ed. Zahar, 2008



Postado por Marco Maluf às 12:41 4 comentários: Links para esta postagem segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sócrates (469-399 a.C.)







VIDA: Pouco sabemos sobre os detalhes da vida de Sócrates. Nasceu em Atenas, filho de um escultor e de uma parteira. Quando jovem, serviu no exército contra Esparta na Guerra do Peloponeso, mas, fora isso, sempre viveu em Atenas, onde se casou e teve vários filhos. A julgar pelas descrições tinha uma cara feia. Ficava parado por horas, aparentemente perdido em pensamentos. Contudo, tinha grande senso de humor, e sua graça e carisma atraíram a devoção de muitos. Suas indagações críticas, contudo, irritavam alguns atenienses. Embora tenha sobrevivido à Era dos Trinta Tiranos, após a derrota de Atenas por Esparta, apenas quatro anos depois que a democracia foi restabelecida, Sócrates foi levado a julgamento e condenado à morte por desrespeito aos deuses e por corromper os jovens. Poderia ter fugido, mas ecolheu aceitar sua sentença e tomou voluntariamente a cicuta que o matou. Platão assistiu ao julgamento e se sentiu inspirado a preservar a sua memória em diálogos.





PRINCIPAIS IDEIAS: Sócrates interessava-se sobretudo pelas questões morais que afetam nossas vidas, como o que é justo, corajoso e bom. Considerava que sua missão era expor a ignorância dos outros quanto à verdadeira natureza dessas virtudes e era conhecido por constranger os sábios da época ao revelar a confusão implícita em seus pensamentos morais. Iniciava sua abordagem fazendo a seus interlocutores uma pergunta como "o que é a coragem?" ou "o que é o amor?" e passava a examinar as limitações das respostas. Buscava não uma definiçao de dicionário, mas as naturezas essenciais desses conceitos: em outras palavras, o que é que todos os atos corajosos compartilham que os torna corajosos. Nossa dificuldade em descobrir a essência desses conceitos revelava, segundo ele, a profunda ignorância em que todos vivemos quanto ao que realmente importa.

Para Sócrates, o relevante era o espírito crítico, assim como o reconhecimento da própria ignorância era o primeiro e decisivo passo para o conhecimento.

A sua principal tese com relação a ética era a de que a integridade moral é sua própria recompensa. Ele dizia que fazer o mal prejudica o perpretrador muito mais do aquele a quem o mal é feito, pois, embora infortúnios externos possam ocorrer, a verdadeira boa vida consiste em pureza da alma. Para ele as más ações era resultado de ignorância. Segue-se que o conhecimento da virtude moral é de nosso maior interesse e deveria ser nosso objetivo essencial, e que expor a ignorância de outrem é fazer-lhe um favor.

fonte: LAW, Stephen; Guia Ilustrado Zahar - Filosofia, Jorge Zahar, ED. 2008

Postado por Marco Maluf às 15:02 3 comentários: Links para esta postagem Schopenhauer (1788-1860)







VIDA E OBRA: A prosa de Schopenhauer está entre as mais magníficas na língua alemã, mas sua filosofia é conhecida pelo pessimismo, que ele contrapôs ao otimismo de Hegel, seu contemporâneo. A vida é um processo de contínuo sofrimento para o qual a arte pode ser uma trégua temporária.

Na infância, Schopenhauer passou períodos em Hamburgo, Paris e num internato inglês. Em 1806, após a morte do pai, possivelmente por suicídio, mudou-se com a mãe para Weimar. Ela era uma romancista de sucesso e promovia saraus literários na casa da família. O jovem Schopenhauer teve uma educação liberal. Doutourou-se na Universidade de Iena e iniciou uma carreira acadêmica, assumindo um cargo na Universidade de Berlim. Ensinou ali ao mesmo tempo que Hegel, a quem desprezava, rotulando-o como charlatão. Schopenhauer acabou deixando a universidade. Viveu o resto de seus dias de sua herança, uma figura solitária e irascível que alcançou certa fama mais tarde na vida.

Schopenhauer chegou ao seu sistema filosófico relativamente cedo em sua carreira, como exposto em Sobre a raiz quadrupla do princípio da razão suficiente e O Mundo como vontade e como representação. Suas obras posteriores são essencialmente defesas e refinamentos desse sistema. Produziu também dois ensaios importantes, Sobre a liberdade da vontade e Sobre a base da moralidade.



PRINCIPAIS IDEIAS: Schopenhauer segue Kant, tratando o mundo do fenômeno (o mundo em que vivemos) como sujeito à determinação causal. Mas enquanto para Kant o mundo numênico (o mundo como ele é em si mesmo) estava além do nosso conhecimento. Schopenhauer afirmava que podemos ter acesso a ele "a partir de dentro", através da "vontade". Ele identifica a vontade como uma força impessoal que controla todas as coisas, inclusive nós. Enquanto que no mundo em que vivemos, as coisas nos aparecem de forma diversa, há uma pluralidade, a vontade é a força única que está por trás de tudo o que vemos e ela nos rege. O Universo é, portanto, um grande impulso cósmico para a existência manifestada em seres conscientes particulares, isto é, nós somos manifestação da vontade inconsciente que rege todo o Universo.

Influenciado pelo pensamento hindu, Schopenhauer chama o reino fenômenico de "o véu de Maia", caracterizado como um ciclo interminável de luta e sofrimento. A vontade produz desejos nunca totalmente saciáveis, e como estamos sujeitos ao seu controle, não temos domínio sobre nossas próprias vidas - daí o famoso pessimismo de Schopenhauer.

Existe uma forma de escapar desse ciclo interminável do desejo e Schopenhauer encontrará nas artes, uma forma de entrar em contato com essa totalidade que permeia tudo, mas, essa forma de transcendência dura o tempo que dura a fruição de uma obra de arte.

Porém, existe outra via para escapar do sofrimento e pode ser encontrada na superação da luta produzida pela vontade, que podemos alcançar seguindo um estilo de vida ascético.





Bibliografia:



CHAUI, Marilena – Iniciação à Filosofia; Ed. Ática, 2009



LAW, Stephen – Guia Ilustrado Zahar de Filosofia; Ed. Zahar, 2008



Postado por Marco Maluf às 15:01 Um comentário: Links para esta postagem Aristóteles (384-322 a.C.)









VIDA: Aristóteles nasceu em Estagira, no norte da Grécia. Tinha ligações com a família real da Macedônia, seu pai sendo médico do rei Filipe. Aos 17 anos foi enviado para estudar na Academia de Platão, em Atenas. Permaneceu ali por 20 anos até a morte de Platão. Em 343 aceitou o convite para se tornar o preceptor de Alexandre, filho do rei Macedônio. Voltou para Atenas com 49 anos e fundou o Liceu. Como Sócrates, porém, foi acusado de impiedade. Fugiu para não permitir que os atenienses "pecassem duas vezes contra a filosofia", mas morreu um ano depois de uma doença estomacal.





PRINCIPAIS IDEIAS: A simples extensão da obra de Aristóteles é assombrosa, e as disciplinas e termos que utilizou diram até hoje: ética, lógica, metafísica, meteorologia, física, economia e psicologia. Há mais de 2000 anos sua influência sobre o pensamento europeu tem sido profunda. Aristóteles desconfiava das ideias de Platão com respeito ao mundo dos sentidos, sua busca teve um caráter mais empírico e valoriza as investigações gradativas do cientista. Para ele o conhecimento deve se fundar no que podemos experimentar, portanto, o seu ponto de partida é contrário ao de Platão que valorizava o "mundo das ideias", para ele, o ponto de partida deve ser os sentidos, o mundo da experiência, ir além disso é se perder no misticismo.

Aristóteles definia as coisas em termos das finalidades que elas tinham. Assim, não existe algo como a árvore ideal, distinta daquelas que crescem à nossa volta. As coisas ou "substâncias" consistem não só em matéria física bruta, mas também na forma que assumem. O que torna uma planta ou animal o que ele é não é a matéria de que é composto, mas o modo como esta se organiza. Diferentes árvores são a mesma coisa não por se assemelharem a ideia de árvore como pensava Platão, mas por possuirem uma estrutura comum.

Arsitóteles nos vê fundamentalmente como seres sociais, e o governo uma instituição para nos ajudar a alcançar uma boa vida na sociedade. Como seu papel é facilitar e não impor, ele rejeita a ideia do Estado de Platão governado por filósofos, julgando a democracia mais apta a alcançar essa meta.

PRINCIPAIS OBRAS: Metafísica; Ética a Nicômaco; Politica; Tratado da Alma.

fonte: LAW, Stephen; Guia Ilustrado Zahar - Filosofia, Jorge Zahar, ED. 2008

Postado por Marco Maluf às 14:59 44 comentários: Links para esta postagem Santo Agostinho (354-430)





VIDA E OBRA: Um dos grandes santos da fé católica, Agostinho produziu, segundo ele próprio, inacreditáveis 230 obras. As mais conhecidas são sua autobiografia, as Confissões, em que narra sua vida pecaminosa e a descoberta de Deus, e a Cidade de Deus, sua descrição do reino divino.

Agostinho foi criado como um cristão por sua mãe na África do Norte, mas, na juventude, quando estudava em Cartago, ficou insatisfeito com a aparente simploriedade das escrituras cristãs. Em busca de uma religião digna de um filósofo, tornou-se seguidor dos maniqueístas, seita fundada pelo profeta Mani, crucificado na Pérsia em 277.

Embora, segundo suas Confissões, o tempo que passou em Cartago e nas proximidades, estudando e depois ensinando, tenha sido bastante licencioso, aos 18 anos, foi morar com a mãe de seu filho. Não se sabe porque nunca se casaram; talvez ela fosse ex-escrava, caso em que o casamento seria proibido pela lei romana. Em 384 a família mudou-se para a Itália, onde Agostinho entrou em contato com o neoplatonismo, que, vencendo sua relutância, ajudou a convencê-lo a se reconverter ao cristianismo em 386. Ele retornou à África do Norte em 391, agora preparado para uma vida de celibato, e tornou-se presbítero e, mais tarde, bispode Hipona. fundou uma comunidade de discípulos em sua cidade natal, Tagaste, na Numídia. Morreu em Hipona aos 75 anos, quando a cidade estava cercada por vândalos que, em seguida, a saquearam.

PRINCIPAIS IDEIAS: Agostinho abandonou a fé cristã inicial sobretudo por não poder compreender a ideia de um criador imaterial do universo material, e por sua incapacidade de lidar com os problemas do mal e do sofrimento. Esta última dificuldade surge da fé cristã de que seu Deus-criador é consciente, misericordioso e onipotente. Um ser assim teria conhecimento do mal em sua criação e seria tanto propenso a quanto capaz de eliminá-lo. O fato de não tê-lo feito pesa fortemente contra a sua existência.

Talvez não surpreenda, portanto, que o maniqueísmo tenha parecido de início mais satisfatório a Agostinho, pois caracteriza o universo em termos de luta entre o bem e o mal.

Mas o maniqueísmo não forneceu uma solução duradoura para a mente inquisitiva de Agostinho, e seus embates com as obras de Platão e Plotino ofereceram-lhe uma saída para essas dificuldades. A ideia neoplatônica de um mundo imaterial de ideias e do bem ou o uno como o princípio primeiro de todo ser dava lugar para um criador espiritual que é a causa de todas as coisas. Só Deus é inteiramente real; o mundo criado é menos real por estar diante dele. Ao mesmo tempo, Deus ilumina objetos de contemplação intelectual. Assim, enquanto os sentidos são uma fonte inconfiável de conhecimento, a compreensão genuína começa com a contemplação da própria mente e eleva-se gradualmente até a contemplação de Deus. Por fim, a verdadeira iluminação espiritual é alcançada através da união com Deus.

A concepção que Agostinho desenvolveu de pecado original - a queda - como fonte de sofrimento, condizente com o relato do Gênesis, tornou-se a concepção oficial da Igreja. A culpa de Adão é transmitida através das gerações, tornando-nos todos justamente puníveis.

Uma justificação do mal: A teodicéia de Agostinho continua sendo uma das maneiras mais engenhosas de lidar com o problema do mal. Tudo o que Deus criou é bom, e o mal só ocorre quando sua criação é corrompida. Assim, Deus não pode ser considerado resposável pela criação do mal, que decorre das ações livres de anjos e homens.





Bibliografia:



CHAUI, Marilena – Iniciação à Filosofia; Ed. Ática, 2009



LAW, Stephen – Guia Ilustrado Zahar de Filosofia; Ed. Zahar, 2008



Postado por Marco Maluf às 14:57 18 comentários: Links para esta postagem Marx (1818-1883)







VIDA E OBRA: As ideias de Marx tiveram um efeito profundo na história mundial: 66 anos após sua morte, cerca de um terço da população do globo vivia sob regimes que se diziam fiéis à sua filosofia. Marx pensava que a realidade era historicamente constituída, contendo conflitos internos que levam a mudanças.

Karl Marx nasceu na Alemanha. Embora os ancestrais de Marx fossem rabinos, seus pais se converteram ao luteranismo e ele foi veementemente anti-religioso desde muito jovem. Estudou Direito na universidade, mas voltou-se para a filosofia, mostrando seu interesse precoce pelo materialismo ao fazer sua tese de doutorado sobre os atomistas gregos, Demócrito e Epicuro. Envolveu-se com os Jovens Hegelianos, sendo particularmente influenciado pela versão materialista do hegelianismo de Feuerbach, mas seu ateísmo o excluiu da carreira acadêmica. Em 1843 foi para Paris e conheceu Friedrich Engels, que se tornaria seu colaborador por toda a vida. A família de Engels conduzia um próspero negócio em Manchester, e através dele Marx se inteirou das condições na Inglaterra industrial e da teoria econômica britânica. Exilados em 1845, os dois foram para Bruxelas, onde escreveram o Manifesto Comunista (1848). Voltaram à Alemanha para participar da revolução daquele ano, mas Marx teve que buscar refúgio em Londres, onde passou o resto da vida com a família na pobreza, sustentado pelo negócio de Engels. O primeiro volume do notável O Capital foi lançado em 1867; o segundo e o terceiro foram publicados póstumamente.



PRINCIPAIS IDEIAS: Como Hegel, Marx acreditava que o processo histórico estava aberto à investigação racional e que a lei que governava suas transformações era dialética - em outras palavras, as situações históricas contêm conflitos internos que as tornam instáveis, levando à sua extinção e ao surgimento de um novo estado de coisas. Diferentemente de Hegel, contudo, via a lógica que impelia o curso da história como firmemente material, não espiritual. Já que o motor da mudança social eram forças materiais que afetam as ações humanas. Marx passou a focalizar a economia. Segundo ele, são os meios de produção e distribuição, e o conflito dialético entre diferentes classes sócioeconômicas que estes geram, que determinam o curso da história. Eles compelem as mudanças sociais observáveis entre, digamos, sociedades feudais e industriais, e determinam a natrueza de classes sociais distintas e conflitos de classes.

Marx analisou o capitalismo em termos de oposição entre os que possuem os meios de produção, os capitalistas, e os operários industriais. O trabalho é a fonte última de valor, e o lucro é o resultado da exploração dos operários: extrai-se mais valor do seu trabalho do que eles recebem em salários. Os operários são alienados dos produtos do seu trabalho porque não têm posse sobre eles, e são dsumanizados e isolados pela produção em massa. Segundo Marx, o capitalismo conduz inevitavelmente a uma maior polarização entre capitalistas e operários, à medida que lucros sempre maiores são extorquidos de uma força de trabalho cada vez maior e mais empobrecida. Isso terminará por levar à revolução. Depois que os operários assumirem o controle dos meios de produção, os lucros serão usados em benefício de todos, pondo fim ao conflito de classes e aos processo de mudança dialética. Marx considerava essa análise uma demonstração científica da inevitabilidade do fim da história e da instituição do comunismo.





Bibliografia:



CHAUI, Marilena – Iniciação à Filosofia; Ed. Ática, 2009



LAW, Stephen – Guia Ilustrado Zahar de Filosofia; Ed. Zahar, 2008



Postado por Marco Maluf às 14:54 Nenhum comentário: Links para esta postagem Locke (1632-1704)





VIDA E OBRA: Como o primeiro dos grandes filósofos empriristas ingleses, Locke quis determinar os limites do conhecimento humano. Uma vez que isso se dá através dos sentidos, sua aquisição deve ser gradual, limitada pela natureza finita de nossa experiência, que deixa algumas coisas fora do nosso alcance.

Locke nasceu na Inglaterra. O pai de Locke lutou ao lado dos parlamentaristas na Guerra Civil inglesa. Locke permaneceu fiel à ideia de que o povo, não o monarca, é o soberano supremo. Estudou na Westminster School e em Oxford, onde se formou em medicina e, mais tarde, tornou-se professor. Nessa época, seu contato com a escolástica aristotélica não o atraiu para a filosofia. A partir de 1675, porém, passou alguns anos na França, onde estudos da filosofia de Descartes provocaram nele um duradouro impacto. Em 1681, pouco após seu protetor, o conde de Shaftesbury, ser julgado por traição, partiu para a Holanda, onde trabalhou em seu Ensaio sobre o entendimento humano. Defendeu ativamente a ascensão de Guilherme de Orange e retornou à Inglaterra após a Revolução Gloriosa de 1688. Em 1690, Locke publicou o Ensaio e os Dois tratados sobre o governo, as obras que lhe valeram sua reputação.







PRINCIPAIS IDEIAS: Locke foi profundamente influenciado pela teoria "corpuscular" da matéria, de Robert Boyle, uma restauração da ideia dos antigos atomistas de que o Universo é composto por partículas pequenas demais para serem vistas, e em cujos termos o comportamento e a aparência de todas as coisas materiais podem ser explicados. Esses corpúsculos sólidos podem ser descritos em termos geométricos - possuem posição, tamanho e forma e se movem no espaço -, mas nossa percepção de qualidades, como cores, odores e sons, é resultado dos arranjos insensíveis dessas partículas. A visão da realidade de Locke é, portanto, firmemente mecanicista.

Locke abraça uma teoria "representativa" da percepção, isto é, a percepção é consequência do impacto de objetos físicos sobre os nossos órgãos dos sentidos, e as sensações produzidas são como uma imagem da realidade. Só temos acesso direto às nossas próprias sensações e devemos inferir delas a natureza do mundo lá fora. Ele afirmava que só pode haver conhecimento das características observáveis dos objetos, não do que realmente são. Assim, ele abre espaço para que o cético questione o nosso conhecimento da realidade.

Política: A filosofia política de Locke foi tão influente quanto sua obra em teoria do conhecimento. Seguindo Hobbes, ele usou o estratagema do "estado de natureza" para justificar a autoridade política. Antes da politização, os homens se uniam em bandos para se defender e precisavam encontrar um juiz imparcial para servir de árbitro em conflitos internos. O juiz precisava do apoio da comunidade como um todo. Cada indivíduo tinha que reconhecer a autoridade suprema da lei. Há portanto um contrato implícito entre súditos e soberano: a autoridade deste não é absoluta; ele tem que responder, em última instância, perante a maioria. Se o soberano viola os termos do contrato, os governados têm o direito de se rebelar.





Bibliografia:



CHAUI, Marilena – Iniciação à Filosofia; Ed. Ática, 2009



LAW, Stephen – Guia Ilustrado Zahar de Filosofia; Ed. Zahar, 2008



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Marco Maluf Filósofo, Professor de Filosofia, Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Professor da E.E. Maria José. Músico, participou das bandas; "Concreteness" e "Aguilar e a Banda Performática".

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Este blog é um complemento do blog "FiloMundo" cuja intenção é fornecer material para pesquisa de estudantes do Ensino Médio.


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