domingo, 12 de dezembro de 2010

6656 - INDIA ECONOIMIA

sábado, 17 de abril de 2010Índia - Economia
A pobreza da Índia é claramente demonstrada pelos baixos índices do seu Produto Interno Bruto (PIB).
Aliás, esta característica é própria de toda a Ásia Meridional. Embora atinja a faixa de 430 bilhões de dólares, se relacionarmos o PIB com a população, para assim poder observar a produtividade média, constatamos que cada habitante da Índia produz cerca de 400 dólares por ano, ou seja, um pouco mais de 1 dólar por dia.

DADOS ECONÔMICOS DA ÍNDIA MERIDIONAL

ÍNIDIA - 400 bilhões de dólares
SRI LANKA - 13 bilhões de dólares
NEPAL - 5 bilhões de dólares
BUTÃO - 1 bilhão de dólares
PAQUISTÃO - 80 bilhões de dólares
BANGLADESH - 32 bilhões de dólares
A distribuição de sua População Economicamente Ativa (PEA) é outro indicador das discrepâncias de desenvolvimento econômico da Índia: um país de enormes abismos sócio-econômicos. De um lado, elites e classes médias intelectualmente preparadas e de alto poder aquisitivo; de outro, bolsões de pobreza absoluta. 62% da População economicamente Ativa dedica-se à agricultura, o que demonstra o grau de subdesenvolvimento do país. Apesar da enorme força de trabalho voltada ao setor primário, esse só contribui em 29% para o PIB, em função do arcaísmo tecnológico da produção agropecuária.

OS SETORES DA PRODUÇÃO INDIANA

Como em toda Ásia Meridional, a maior porção das áreas cultivadas produzem arroz, que é o mais importante gênero para a alimentação das populações da região. Essa rizicultura é feita na forma de subsistência, não voltada para o comércio: mais um elemento indicador do primitivismo das economias do sul asiático. No verão, é feita a semeadura, já que as abundantes chuvas de monções facilitam o plantio. De fato, o arroz é quase sempre cultivado nas planícies inundadas, mas também as partes mais baixas das montanhas que circundam os vales e deltas fluviais são utilizadas. Normalmente, as propriedades com produção de subsistência tem menos que 5 hectares, caindo, por vezes, para menos de 1 hectare. Trata-se de uma produção familiar com técnicas primitivas, utilizando toda população disponível, inclusive velhos, crianças e mulheres. A produção rural indiana é um exemplo clássico de agricultura intensiva, já que o trabalho, além de ser essencialmente braçal, busca aproveitar o máximo da terra, pois sendo essa escassa, é necessário tirar dela o máximo proveito. No interior das áreas rizicultoras, o cultivo de legumes e verduras ajuda a complementar as necessidades alimentares dos camponeses. Quando dos períodos de seca, impróprios para a produção de arroz, são cultivados o milho, trigo, soja, feijão, legumes e grão-de-bico.
Esses gêneros, pela sua importância alimentícia, são fundamentais para diversificar a dieta das populações da Ásia Meridional, sendo sua produção incentivada pelos governos, o que, apesar do primarismo tecnológico, faz desses países grandes produtores mundiais de alimentos.

Ao contrário da maioria dos países subdesenvolvidos, nos quais o cultivo de produtos tropicais de exportação sufocou a agricultura de subsistência e obrigou à importação de cereais, a Índia preserva sua auto-suficiência na produção de alimentos. Isso se deve, fundalmentamente à “Revolução Verde”.

A REVOLUÇÃO VERDE

Em 1966, quando a Índia era vitimada por um brutal surto de fome, a Primeira-Ministra Indira Gandhi adotou como slogan: “nunca mais haverá fome na Índia”. Passando da idéia aos fatos, o governo de Nova Delhi convocou o Doutor Swaminathan, chefe do Instituto de Pesquisas Agrícolas, para resolver a questão. A ele foi dada uma ordem: tornar a Índia auto-suficiente em alimentos. Imediatamente, o agrônomo indiano entrou em contato com um cientista americano, Norman Borlaug, que, por meio de seleções genéticas, criara uma variedade especial de trigo – o Sonora 63 -, resistente à seca, às pragas e com enorme produtividade, até mesmo em solos áridos. Borlaug, dando continuidade às suas pesquisas, conseguira também produzir um novo tipo de milho, com características semelhantes. A aliança entre o americano e Swaminathan foi o estopim da chamada “Revolução Verde”. O trigo, o milho e, depois, o arroz IR6 – todos criados em laboratório, por meio de cruzamentos genéticos – foram plantados em larga escala na Índia.
Simultaneamente, o governo indiano levou adiante investimentos que financiaram os pequenos e médios agricultores a produzir de maneira mais moderna, ou seja, mediante a utilização de adubos, inseticidas, irrigação e máquinas. Um aspecto negativo da “Revolução Verde” foi a incapacidade dos pequenos agricultores de saldar suas dividas bancárias, o que provocou a perda de suas terras. Esse fato causou uma grande concentração da propriedade fundiária nas mãos daqueles que detinham maiores capitais, provocando também um êxodo rural crescente que agravou os problemas urbanos. Apesar de tudo, a “Revolução Verde” produziu bons resultados, fundalmentamente no Punjab, onde a substituição dos adubos orgânicos pelos químicos, a ampliação do uso de tratores e da irrigação aumentaram a produção, colocando a Índia entre os dez maiores produtores mundiais de gêneros alimentícios.
Críticos de “esquerda” ressaltam, entretanto, que a introdução de novas técnicas e de grãos transgenéticos aumenta a dependência dos países subdesenvolvidos em relação às nações economicamente dominantes. De fato, essas sofisticadas sementes, os fertilizantes químicos, inseticidas e pesticidas são fornecidos por empresas transnacionais. Isso agrava o endividamento do país, que, para diminuir os déficits da balança de pagamentos e amortizar sua dívida externa, busca intensificar suas
exportações, praticamente aniquilando a agricultura de subsistência. Dessa maneira, o círculo torna-se vicioso: no afã de superar a dependência pela utilização de modelos produtivos externos, os países pobres agravam seus problemas sócio-econômicos. Em síntese: a velha agricultura familiar dá lugar às plantations voltadas ao mercado externo.

PRODUTOS PRIMÁRIOS INDIANOS DE EXPORTAÇÃO

CHÁ -primeiro produtor mundial
TABACO - terceiro produtor mundial
ALGODÃO - terceiro produtor mundial
LÁTEX - quarto produtor mundial
Quanto à pecuária, a Índia conhece uma curiosa contradição: seu rebanho bovino é o maior do mundo; entretanto, por motivos religiosos (a “vaca sagrada”), a produção de carne é praticamente nula, destacando-se somente a produção de leite e manteiga. Para a alimentação popular, é significativo a criação de ovinos (quinto produtor mundial) e de aves (oitavo produtor mundial).

A INDÚSTRIA

Na Ásia Meridional, a Índia é o país mais industrializado, detendo a 12ª maior produção industrial do mundo, praticamente equivalente a do Brasil. A industrialização indiana teve início ainda sob o domínio colonialista britânico, tendo por base a siderurgia e o setor têxtil. Na mesma época, expandiu-se extraordinariamente a rede ferroviária, que hoje atinge 70.000 km de extensão. Após a independência, graças ao intervencionismo estatal e os investimentos da ex-União Soviética, houve grande crescimento das indústrias de base, notadamente nos setores elétrico, químico, metalúrgico e petroquímico. De fato, capitais soviéticos chegaram a controlar 80% da metalurgia, 60% da indústria de equipamentos elétricos, 50% da petroquímica e 30% da siderurgia. Desde o governo do Primeiro-Ministro Narasimha Rao (1991 –1996), a Índia vem conhecendo uma fase de abertura para o capital internacional, mantendo um acelerado
crescimento econômico.
Do ponto de vista geográfico, os parques industriais concentram-se nas regiões de Calcutá, Bombaim (hoje Mumbai) e Madras. Visando racionalizar a divisão espacial das indústrias, o governo e os empresários indianos tem se esforçado no sentido de implantá-las de acordo com a localização dos recursos minerais, das forças de mercado e da presença de mão-de-obra.
Um dos fatores de sustentação da produção industrial indiana é a geração de energia. De fato, a Índia é uma das 20 maiores nações produtoras de petróleo do mundo, embora esse ainda não atenda ao consumo interno: o país importa 30% do petróleo que consome. 40% da energia utilizada na Índia é fornecida por hidrelétricas e 25% da eletricidade é gerada por usinas nucleares, já que o país conta com importantes e
sofisticados centros de pesquisa atômica. Esse interesse pelo átomo decorre também de fatores políticos: a construção de ogivas nucleares para fins militares. Até hoje, a Índia – assim como o Paquistão – recusa-se a assinar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
Postado por Prof. Miguel Jeronymo Filho às 06:08 0 comentários:

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