quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

6307 - LÍNGUAS DO SURINAME

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Neerlandês (Nederlands)
Falado em: Países Baixos, Bélgica, França, Alemanha, Suriname, Antilhas Neerlandesas, Aruba, Indonésia, África do Sul
Total de falantes: 24 milhões
Posição: 48
Família: Indo-europeu
Germânica
Ocidental
Baixo-frâncica
Neerlandês
Estatuto oficial
Língua oficial de: Antilhas Neerlandesas, Aruba, Bélgica, Países Baixos, Suriname
Regulado por: Nederlandse Taalunie
Códigos de língua
ISO 639-1: nl
ISO 639-2: dut
ISO 639-3: nld
SIL: DUT

A língua neerlandesa (de Nederlandse taal) ou neerlandês (? Nederlands), conhecida coloquialmente como língua holandesa ou holandês, é uma língua indo-europeia do ramo ocidental da família germânica. É falada por cerca de 25 milhões de pessoas nos Países Baixos (Holanda), no norte da Bélgica, no extremo litoral nordeste da França, no Suriname, nas Antilhas Neerlandesas, em Aruba e por certos grupos na Indonésia.

A língua neerlandesa é, porém, popularmente denominada "língua holandesa",[1] sendo esta língua tecnicamente um dialeto da região da Holanda.

Índice [esconder]
1 História
2 Dados
3 Distribuição geográfica
4 Dialetos
5 Gramática
6 Referências
7 Ver também
8 Ligações externas


[editar] História
O neerlandês procede do baixo frâncico antigo (cerca de 400-1100), língua associada aos assentamentos tribais dos séculos IV ao IX no que atualmente são os Países Baixos e a Bélgica flamenga, excetuando-se os assentamentos frisões e saxões no norte e no leste dos Países Baixos, respectivamente. O baixo frâncico ou francônio também é conhecido como neerlandês antigo. O período crucial do contato entre falantes germânicos do Mar do Norte e os procedentes do sul ou francônios ocorreu entre os séculos VII e VIII e foi o resultado da expansão merovíngia e carolíngia até as regiões germânicas da costa ocidental do Mar do Norte. Há pouquíssimos registros diretos desta língua, umas partes dos Salmos e poucas palavras e frases, ao contrário de sua sucessora, o neerlandês médio (cerca de 1100-1500), especialmente a partir do século XII e nos dialetos ocidental (flamengo) e central (brabanção), ambos representantes das zonas meridionais mais prósperas, sendo do primeiro os textos mais numerosos.

O predomínio cultural e econômico das cidades flamengas foi especialmente grande durante o período do neerlandês médio e as influências linguísticas de Flandres podem ser apreciadas em documentos originários de outras regiões. No século XV as cidades do Brabante começam a superar as cidades flamengas em importância, predomínio que no século XVI se desloca para Amsterdã e outras cidades dos Países Baixos/Holanda, como consequência de sua independência do domínio espanhol. Durante o século XVII se cria uma variante genuinamente normativa que na língua escrita retém fortes influências de Flandres e do Brabante. Sob o domínio estrangeiro a língua perdeu espaço nas províncias meridionais e nos séculos XVIII e XIX foi relegada à condição de língua rústica, sendo o francês a língua normativa, mas esta situação foi corrigida pela ação política durante o século XX.

O neerlandês normativo é uma variedade do neerlandês moderno (a partir de 1600) baseado principalmente no dialeto de Amsterdã(o), já que esta cidade se converteu na capital do país independente.

A língua foi e é conhecida sob vários nomes; por exemplo, na Idade Média era chamada diets(ch) ou duits(ch), de onde deriva seu nome em inglês (dutch); no Renascimento era conhecida como nederduits(ch) ou literalmente baixo neerlandês para distingui-la de suas vizinhas orientais, o alto e o baixo alemão, que no decorrer do tempo monopolizaram o nome duits. A denominação oficial moderna nederlands, neerlandês, é muito recente e ainda não teve êxito em vencer as designações populares como hollands (holandês) e vlaams (flamengo), usadas nos Países Baixos e Bélgica, respectivamente.

[editar] Dados
A língua neerlandesa (nederlands, antigamente dietsch ou duytsch “(língua) do povo”, para distingui-la do latim e nederduytsch baixo holandês para distingui-la do alemão) é a língua oficial dos Países Baixos, de onde é a língua nativa da maior parte dos 14 milhões de habitantes, com exceção de cerca de 300 000 frisões e diversas minorias étnicas. É também uma das línguas oficiais da Bélgica, sendo a língua materna da comunidade flamenga que conta com cerca de 6 milhões de falantes nativos.

[editar] Distribuição geográfica
A língua neerlandesa é falada majoritariamente nos Países Baixos e na Bélgica (60% da população) num total de cerca de 23 milhões de falantes nos dois países. Estimam-se ainda mais 19 milhões de falantes nas Antilhas Neerlandesas, em Aruba, no Suriname e minorias na África do Sul, na Indonésia, Alemanha e França.

Outras nações que também tiveram significativo império colonial como Reino Unido, Espanha, Portugal e França assim expandiram suas línguas nacionais pelo dito Terceiro mundo, colocando o Inglês,o Espanhol, o Português e o Francês entre as dez mais faladas do mundo. Porém, os Países Baixos não lograram colocar seu idioma entre os mais falados, mesmo tendo possuído significativos domínios coloniais, conforme se segue. Hoje a língua é oficial, mas não a única, nos territórios ultramarinos do país, os caribenhos Aruba, Curaçao e Saint Marteen. É também oficial no Suriname que junto com a hoje Guiana (cedida aos ingleses em 1831) foi colônia holandesa na América do Sul, onde houve, aliás, um curto domínio neerlandês na Região Nordeste do Brasil (Pernambuco, meados do século XVII).

Na África, mais precisamente na hoje África do Sul, os Boers (colonos holandeses) se fizeram presentes desde o século XVII, como maior presença mais para o final do XIX no Transvaal,na Colônia do Cabo, em Natal (hoje KwaZulu-Natal) e no Estado Livre de Orange. Hoje poucos são os trações do neerlandês no país, embora o idioma dele derivado, o Afrikaans tenha no país 16 milhões de falantes.

A presença belga na África Central deixou como idioma o Francês, sem traços significantes da língua mais falada na Bélgica, o neerlandês flamengo (59%, contra 40% de falantes de francês e 1% de falantes de alemão). É o caso das hoje nações Ruanda, Burundi e República Democrática do Congo.

Na Ásia e no norte da Oceania (Papua-Nova Guiné) houve longo e significativo domínio holandês quando da colonização da hoje Indonésia durante quase 350 anos e do Sri Lanka e partes do sul da Índia por cerca de 150 anos. Porém, a matriz jamais quis impor a língua neerlandesa nesses territórios, visando não desestabilizar sua presença na região, ficando assim poucos traços do idioma na Indonésia, exceto por alguma influência em cerca de 20% do vocabulário da Língua indonésia atual.

[editar] Dialetos
Ainda que a difusão geográfica do neerlandês seja limitada, há grande variedade de dialetos regionais, alguns dos quais têm pouca inteligibilidade entre si. Tradicionalmente os dialetos atuais são divididos em cinco grandes grupos:

Dialetos Norte-Orientais, que incluem as províncias Holanda do Norte, Holanda do Sul e Utrecht, além de grandes partes de Guéldria e das Ilhas Zelandesas.
Dialetos Sul-Orientais, em Groninga, Drente, Overijssel, e na parte oriental de Guéldria.
Dialeto Central Meridional, na província do Brabante do Norte e regiões limítrofes do Limburgo e nas províncias belgas de Antuérpia, Brabante e Flandres Oriental.
Dialetos Sul-Ocidentais, na província belga da Flandres Ocidental e na Flandres Zelandesa; a este mesmo grupo pertenciam até há pouco falados no extremo noroeste da França entre Dunquerque e Bailleul.
Dialetos Ocidentais, na maior parte do Limburgo e na província do mesmo nome na Bélgica.
Os dialetos norte-orientais são às vezes chamados de saxão, os sul-orientais de francônio oriental, e supõe-se que os outros três grupos derivem do francônio ocidental. Os dialetos frisões atuais não estão incluídos nesta divisão pois são considerados de uma língua à parte.

[editar] Gramática
O neerlandês possui três classes de vogais e ditongos: seis vogais que são curtas e estão sempre seguidas de uma consoante; dez vogais e ditongos que podem ser longos e precisam ser seguidos por uma consoante; uma vogal que aparece apenas em sílabas não tônicas. Ao contrário do que ocorreu com o inglês, cuja ortografia se manteve inalterada apesar da evolução da pronúncia, o neerlandês foi sujeito a uma série de reformas para se manter em linha com as mudanças na pronúncia. As principais inconsistências na pronúncia das vogais são as de ij e ei, que representam o mesmo ditongo, e a pronúncia de au e aw, que também representam o mesmo ditongo. As vogais livres se escrevem com letras duplas em sílabas fechadas, como vuur (fogo), boot (barco), mas com letras simples em sílabas abertas, como vuren (fogos), boten (barcos). Em contraste as vogais curtas sempre se escrevem com letras simples.

A língua neerlandesa possui as seguintes consoantes: oclusivas p, b, t, d, k; fricativas f, v, s, z, ch, g; nasais m, n, ng; abertas l, r; semivogais w, h, j.

As oclusivas sonoras e as fricativas b, d, v, z, g substituem as surdas p, t, f, s, ch respectivamente no final da palavra. A pronúncia mostra esses exemplos no caso de v e z (plural dieven ladrões, huizen casas, que no singular são dief ladrão, huis casa) mas que não ocorre no caso de b, d, g (plural ribben costelas, bedden camas, dagen dias, que no singular rib, bed, dag, pronunciadas rip, bet, dach.

A ordem da frase é sujeito, verbo e objeto, podendo ocorrer também complemento e verbo em orações subordinadas e verbo, sujeito e complemento na interrogação.

O acento tônico cai normalmente na primeira sílaba, não importando se os prefixos são fracos. Os substantivos se dividem nos de gênero comum, com artigo determinado singular de e os neutros com artigo determinado het. Para ambos os gêneros o artigo determinado plural é de e o indeterminado singular é een. O designador de plural é -en ou -s, como de vrouw (“a mulher”), plural de vrouwen; de prijs (“o preço”), plural de prijzen; de zoon (“o filho”), plural de zonen.

Os pronomes demonstrativos são dit (“isto”), plural deze; die, dat “esse”, plural die. Os pronomes interrogativos são wie? “quem?”, wat? “que?”, hoe? "como?", waar? "onde?", wanneer? "quando?", waarom? "porquê?", etc.

A numeração de 1 a 10: een, twee, drie, vier, vijf, zes, zeven, acht, negen, tien; 20 twintig; 21 eenentwintig; 30 dertig; 40 veertig; 80 tachtig; 100 honderd.

O neerlandês possui voz ativa e passiva, modos indicativo e imperativo e dois tempos simples no indicativo: presente e passado.

Referências
↑ Dewulf, Jeroen e Postma, Menno. O neerlandês, língua subestimada - Revista NOESIS, nº 54 - Abr/Jun 2000 - Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, Ministério da Educação de Portugal [ligação inativa]
[editar] Ver também
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Livros e manuais no Wikilivros
Imagens e media no Commons
Commons
Wikilivros
Língua africâner
Língua flamenga
Língua frísia
[editar] Ligações externas
Edição em Língua neerlandesa da WikipédiaO idioma neerlandês
Curso on-line de gramática holandesa (em português)
Estudar neerlandês em Portugal e Espanha
[Expandir]v • e União Europeia Idiomas oficiais da União Europeia
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[Expandir]v • eLínguas germânicas modernas
Germânicas setentrionais Escandinavas ocidentais Faroês • Islandês • Norueguês (Nynorsk)
Escandinavas orientais Dinamarquês • Norueguês (Bokmål) • Sueco

Germânicas ocidentais Anglo-frísio Inglês • Frísio setentrional • Frísio de Saterland • Scots • Frísio ocidental
Alto-alemão Alemão central Alemão • Kölsch • Limburguês • Luxemburguês • Francônio • Alemão do Palatinado • Alemão da Pensilvânia • Riograndenser Hunsrückisch • Alemão silesiano • Alto-saxão • Vilamoviciano
Alemão meridional Alemán Coloniero • Bávaro • Címbrio • Alemão huterita • Mocheno • Suábio • Suíço-alemão • Walser
Iídiche Iídiche

Baixo-francônio Africâner • Holandês • Flamengo • Zelandês
Baixo alemão/
Baixo-saxão holandês Achterhooks • Drèents • Baixo-saxão frísio oriental • Gronings • Baixo-alemão • Plautdietsch • Sallaans • Stellingwarfs • Tweants • Veluws • Vestfaliano





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