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604 - IMPÉRIO ROMANO

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HistóriaEntrevista - Richard Hingley
Lições sobre o Império Romano

Publicado em 16/08/2008 | Pollianna Milan Fale conosco RSS Imprimir Enviar por email Receba notícias pelo celular Receba boletins Aumentar letra Diminuir letra Lembre seus tempos de escola. Procure na memória as aulas sobre o Império Romano. As palavras do professor para descrever o mundo dos césares provavelmente foram eloqüentes. As conquistas, o luxo e a grandiosidade dos césares costumam ser o ponto de maior destaque da aula. Mas, pensando bem...

É depois das reticências do “pensando bem” acima que entra o pensamento de Richard Hingley. Professor da Universidade de Durham, na Inglaterra, o arqueólogo faz uma observação que tira um pouco do glamour do grande império e que nos obriga a pensar sobre o que foi realmente o Império Romano.

Divulgação/Renata Senna Garraffoni


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Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo


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Anfiteatro romano: arquitetura foi um dos legados do Império

Richard Hingley, professor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Durham

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O luxo de Roma tinha como contrapartida a ocupação de um sem-número de territórios, a aniquilação de diversas culturas e, principalmente, violência – muita violência. “Eles trouxeram urbanização para cidades, que eram essencialmente rurais. Mas a história não é apenas o que contam os livros didáticos. Não podemos deixar de dizer que houve violência e extermínio das populações nativas que resistiram ao novo império que se instalava”, diz.

Os romanos levaram avanços significativos para os territórios ocupados – estradas, desenvolvimento urbano, arquitetura, regras de direito e princípios de higiene são alguns deles – benefícios que indubitavelmente fizeram diferença na história posterior da Europa Ocidental.

Nas últimas décadas, entretanto, Richard explica que especialistas têm chamado a atenção para o fato de que simplesmente louvar esses pontos sem mostrar o outro lado da moeda é uma escolha dos historiadores. Não é uma simples “versão neutra” dos fatos. Hingley defende uma história “pós-colonialista”. Ou seja: uma história em que o narrador dos fatos não seja mais o autor típico do século 19 europeu, levado a elogiar os impérios colonizadores por ser parte ele mesmo de um mundo muito semelhante. “Se a idéia de romanização estava mais próxima do tempo dos autores que a defenderam, no final do século 19, no presente precisamos criar interpretações mais críticas”, afirma.

Durante sua passagem por Curitiba, onde veio fazer palestras sobre seu trabalho, Hingley conversou com a Gazeta do Povo e explicou como os costumes romanos se espalharam por um vasto território. O professor deixou o Brasil ontem, após dar palestras para os alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Esteve em Curitiba a convite da professora do departamento de História da UFPR, Renata Senna Garraffoni.

O que há de errado na forma de contar a história do Império Romano?

Em geral, a academia sempre se colocou na posição de “neutralidade”. O que você fala é a verdade absoluta. Se você mostrar que tem uma interpretação por trás disso, pode ter uma postura mais crítica. É no sentido de como o historiador e pesquisador faz a escolha na hora de fazer suas interpretações. É preciso deixar claro quais são suas escolhas, para que os outros possam fazer as suas.

Como o Império Romano dominou o território?

Roma assimilou uma série de territórios e de povos nativos. E como o Império Romano era um extenso território – que ia da atual Inglaterra até o norte da África – havia uma série de povos nativos bastante diferenciados. A grande questão é como isso acabou se tornando um território unificado. O que quero chamar a atenção é que de fato houve esta unificação, mas que foi pela base militar. O exército teve um papel importante: houve organização, mas não podemos deixar de dizer que houve uma certa violência.

Como funcionava a ocupação?

Quando o Império Romano chegava em um território, as situações poderiam ser bem diferenciadas. Houve casos em que os romanos exterminaram a população local. E houve muitos povos que resistiram ao domínio romano. Mas sabe-se que alguns destes guerreiros poderiam ser incorporados ao exército romano, por serem bravos. É sempre um jogo de força e dominação.

E como a cultura romana foi incorporada neste extenso território?

Foi o próprio exército romano que espalhou a cultura pelas terras conquistadas. Os soldados tinham uma maneira característica de se vestir e de se portar. Então, independentemente da origem, a população nativa tinha de se adaptar a este exército e ajudar a pacificar estas regiões. Tudo isso trazia um grande impacto nas populações de origem. Os banhos romanos são uma característica deste império e, por isso, algumas pessoas passam a se adaptar a esta idéia de higiene. Isso vem junto com as novas maneiras de comer e se vestir. Um exemplo disso são os povos batavos, da região da Alemanha. A sociedade daquele lugar foi profundamente alterada por esse novo tipo de administração.

Havia até a obrigação de aprender uma nova língua, para se comunicar com os romanos?

Acredito que o latim era uma espécie de inglês de hoje, a língua para a comunicação universal. Acredita-se que as pessoas aprenderam a falar a língua pelo convívio entre elas e o exército. Importante lembrar que o latim era visto como uma língua politicamente dominante, que servia para colocar as pessoas em seus lugares. Embora os nativos soubessem o latim, provavelmente não era o latim gramatical, dos textos literários. Era apenas para se comunicar.

Como era possível que alguém da população local conseguisse chegar à elite romana?

Os exércitos eram formados por diferentes tropas: as dos soldados romanos e as dos soldados auxiliares, que eram os homens da população nativa. Estes últimos, se conseguissem ficar um bom tempo no exército, depois de 25 anos – se tivessem sobrevivido – se tornavam cidadãos romanos. Poderiam receber terras e uma série de benefícios. Era uma espécie de aposentadoria.

Só existia esta maneira de chegar à elite?

Não. Em geral, como tinham exército poderoso e uma força de domínio muito grande, os romanos costumavam cooptar as elites locais. Neste contexto, outras pessoas poderiam entrar – pensando nos políticos locais, que tinham interesse em se aproximar do controle efetivo que o Império Romano fazia sobre os territórios.

O que o senhor descobriu sobre a arquitetura romana?

É um trabalho que faço desde os anos 90. Escavei algumas casas longe das tradicionais cidades romanas. Percebi que as construções eram arredondadas, diferente das outras arquiteturas que eles espalharam pelos territórios. Essas casas são muito comuns e numerosas na Inglaterra. Isso quer dizer que, apesar de os romanos estarem lá, não necessariamente as pessoas pararam de construir as casas da maneira delas. É o que chamo de “idéias fragmentadas de identidade”. As casas romanas da Bretanha não necessariamente são iguais às da Espanha. Com a arqueologia, você tem a possibilidade de ver essas diferenças, ao invés de focar numa idéia de que os romanos chegaram e todas as cidades passaram a ser iguais.


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