sexta-feira, 4 de junho de 2010

338 - HISTÓRIA ROMANA

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História de Roma: A dinastia Júlio-Claudiana

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Autore Topico
Sansão
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Spedito - 07/02/2004 : 20:09:16
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Nesse topic vou colocar uma breve história da primeira dinastia de imperadores romanos, ou seja a dinastia júlio-claudiana que reinou do ano 27 a.C até o ano 69 d.C. Vou começar com o imperador Augusto, o primeiro imperador dos romanos.

AUGUSTO 27 a.C-14 d.C








Após o assassinato de Julius Cesar (44 a.C), seguiram muitas guerras civis.
Octaviano ( 69 a.C-14d.C) , sobrinho e filho adotivo de Cesar, no ano 29 a.C.
derrotou todos os adversários e obteve assim o seu triunfo em Roma.

O Senato Romano, atribuiu-lhe o título de Augusto (consagrado) palavra que
tempos depois, foi sinônimo de Imperador.
Aos poucos Augustus obteve muitos cargos militares, políticos e religiosos.
Apesar de manter formalmente as Insituições Republicanas, Augusto conseguiu o
completo controle de Roma, ou seja , do Império Romano.

Augusto reformou a administração do Império Romano, construiu estradas,
aquedútos, reformou as taxas e a moeda romana. Na capital do Império, Roma, foram
construidos edíficios, templos e teatros. Augusto foi o protetor das artes e poetas.
Virgílio, Ovídio e Horácio, eram seus amigos pessoais.

Do ponto de vista militar, Augustus fortaleceu a máquina militar romana ,
elevando o número de legiões à vinte e oito. Durante seu Império os romanos
combateram uma longa guerra contra os alemães; o episódio que se tornou famoso,
foi a derrota romana, na Floresta de Teotoburgo, quando , Varo e tres legiões ,
cairam mortalmente nas armadilhas preparadas pelos bárbaros.
As Aguias de Ouro, símbolo das legiões, foram, reconquistadas sete anos depois,
em 16 d.C, por Julius Cesar Germânicus, neto de Augusto, o qual havia conseguido
uma grande vitória contra os alemães.

A familia de Augusto, era dominada pela sua segunda mulher, Livia Drusilla. Vários
eventos trágicos marcaram essa familia, como a morte de Marcello e dos netos de Augusto,
provavelmente envenenados por Livia. O desejo de Livia era que Tibério, seu filho do
primeiro casamento, fosse designado o sucessor de Augusto. Asssim, outros episódios,
como o da Julia, filha de Augusto, que foi degredada em uma ilha no Mediterraneo, devido
ao seu comportamento imoral (ano 2 d.C).

Augusto morre em 14 d.C. Segundo o historiador Suetônio, suas últimas palavras foram:
“ ACTA EST FABULA” ou seja “ O espetáculo terminou”.

Veja o mapa do Império Romano na época de Augusto

http://www.gruppoarcheologico.it/images/mappe/001b.jpg

TIBERIO (14 d.C - 37 d. C)






Como vimos anteriormente, Lívia pretendia que, após a morte de Augusto, seu filho Tibério subisse ao trono. Assim o sucessor natural de Augusto foi Tibério (42 a.c - 37 d.C), filho de Lívia e do seu primeiro marido (Tibério Claudio Nero, mas não podemos confundir com o trisneto e sucessivo Imperador, NERO). Assim Tibério integrava geneticamente a família “Cláudia”, enquanto Augusto pertencia à família “Júlia”.

Tiberio é uma figura trágica; apesar de comandante militar brilhante e homem de cultura, foi marcado pela imoralidade devido aos seus comportamentos sexuais e pela frieza do seu caráter.

Tibério não obteve novas conquistas militares, mas dedicou-se a reforçar os confines do Império. A sua política interior foi caracterizada, em um primeiro período, pela tentativa de diminuir o peso das classes sociais itálicas no exército e na administração do estado, visando a equiparação com os povos das províncias.
Com essa atitude, provocou a hostilidade do Senado Romano, cujos membros conservavam ainda sentimentos republicanos, opondo-se às idéias do imperadores. Assim, Tibério procurou apoio nos militares, especialmente na Garda do
Pretório (ou seja a a Garda do Palaço), na época eram 4.000 homens chefiados por Elio Seiano.

Retirando-se no seu Palácio na Ilha de Capri, defronte à Napoli, deixou o efetivo controle de Roma nas mãos de Seiano.
Seguiu-se uma época de terror, processos e assassinatos de senadores e membros da família imperial. No ano 19 d.C morreu (provavelmente envenenado por Seiano) Germanicus, o vencedor da guerra contra as alemães. Em 23 d. C. foi assassinato Tibério Druso, o único filho do imperador, por uma conjura que envolveu Seiano e a própria mulher de Druso, Livilla, sobrinha do imperador.

Só em 31 d.C, graças às denúncias da cunhada Antonia, Tibério percebeu o perigo que representava Seiano. Assim , Elio Seiano, sua família, seus amigos foram mortos em um trágico banho de sangue.

Tibério morreu em 37 d.C. O historiador Tácito escreve que ele foi sufocado no sono, com um travesseiro, pelo sobrinho Calígula, o sucessor designado...

CALÍGULA (37 d. C. - 41 d.C)



Gaius Cesar Calígula, filho do herói de guerra Germânicus, era bisneto de Augusto por parte de mãe e de Lívia por parte de pai. O apelido Calígula (pequena bota, caliga era um tipo de bota usada pelos legionários)lhe foi dado pelo soldados durante as campanhas militares do pai na Alemanha. O exército e o povo adoravam esse jovem, que resumia em si todas as qualidades do pai Germânicus.

Os primeiros atos do novo imperador despertaram grandes esperanças.
Saldou as dívidas do defunto imperador Tibério, cancelou taxas
impopolares, reformou a ordem equestre, valorizou o trabalho dos juízes e dos altos funcionários do estado; organizou grandes jogos gladiatórios, ganhando assim, ainda mais suporto popular.

Porém, sua natureza depravada e cruel, se manifestou dentro de
breve tempo. O historiador Suetônio usa a palavra 'monstro' e 'debil mental' para descriver esse homem. A vida privada de Calígula foi um espetáculo de imoralidade e escandalo. Casado e com uma filha, mantinha um relacionamento incestuouso com as suas três irmãs. Uma noite, o palácio imperial foi transformado em bordéu, e os homens mais eminentes de Roma, juntos com as suas mulheres,foram 'convidados' a partecipar do evento. Declarou a sua propria divinidade e dedicou um templo a si mesmo. Os cidadões mais ricos de Roma serviam como sacerdotes nesse templo para obter o favor imperial.

Calígula foi respónsavel de assassinatos e torturas (que muitas vezes assistia pessoalmente) de senatores, opositores, ricos, o simplesmente pessoas que lhe despertassem algum suspeito. Calígula ordenou a morte do irmão e proavelmente foi pessoalmente responsável pela morte da irmã Drusilla,a qual esperava um filho seu. Sem razão fez executar o rei Toloméu, seu convidado.

Assim, Calígula, com esse comportamento, despertou inimizade na classe senatorial, perdendo inclusive o apóio do exército. Invejoso da popularidade de seu pai, Germânicus, Calígula organizou um campanha militar contra os alemães, que acabou em farsa e gastos enormes para o erário (fisco). Chefes militares respeitados foram afastados ou mortos, bem como ele aplicou às algumas legiões o 'decimatio', ou seja a execução de um cada dez homem. De volta a Roma proclamou uma grande vitória contra o deus do mar Neptuno, e trouxe, como botim de vitória, cofres cheios de
areia e conchas.

Calígula foi morto por membros da Garda Pretoriana em ano 41 d.C., enquanto passava através do corredor de um teatro. O centurião Cassius Cheréa o punhalou no pescoço gritando 'Jupiter, aceita esse sacrifício', e o tribuno Cornélio Sabino o punhalou no peito. Calígula caiu gritando que um deus nao podia ser morto, então, outros cúmplices o atacaram com trinta punhaladas.

O corpo de Calígula foi cremado secretamente e só depois de alguns anos as irmãs depositaram suas cinzas em uma tumba.


CLÁUDIO (41 - 54 d.C)



Após do assassinato de Calígula, os soldados alemães, que integravam
a guarda do corpo, começaram um massacro indiscriminado para
vingar a morte do imperador. Os Pretorianos saqueando o Palácio
descobriram Cláudio, escondendo-se atrás das cortinas .

Cláudio (10 a.C - 54 d.C), neto de Lívia, era irmão de Germânicus e
tio de Calígula. A sua vida tinha sido afeta por desordens físicas e
neurológicas (amnésias, balbúcie, falta de coordenação, fraqueza das
pernas). Desprezado pela família, mas considerado inócuo, ele era o único adulto sobrevivevente da família imperial. Os Pretorianos o proclamaram imperador, tanto por zombaria, quanto para manter seus previlégios, os quais terminariam com a restauração da Républica. O Senado foi obrigado a aceitar a decisão dos militares, mas, mais tarde, ficou claro na história romana que o imperador não era mais um 'primus intra pares' (primeiro entre iguais), e sim um monarca legitimado pelo favor do exército.

Desconfiando das classes senatorial e equestre, Cláudio cercou-se de
um grupo de 'libertos' cultos (ex escravos libertados), como
conselheiros e administradores do estado. A luta entre o imperador e
os patrícios romanos pode ser resumida pelos seguintes numeros:
durante o reino de Cláudio, 35 senatores e mais que 100 cavalheiros,
suicidaram-se ou foram justiciados por traição. Apesar disso,seu
governo foi considerado moderado, e, como todos os imperadores, ele
construiu edíficios e aquedutos. A obra mais importante foi a reforma
do porto de Roma, em Ostia.

No ano 42 d.C. Cláudio lançou uma campanha militar para conquistar
a Inglaterra, invadida cem anos antes por Caius Julius Cesar, mas
nunca conquistada. As operações milares tiveram sucesso, e uma nova
província foi adicionada ao Império Romano. Os inimigos derrotados
adoraram o vencedor como um deus.

No ano 38 d.C Claudio casou-se com Messalina, descendente de
uma ilustre família romana, com quem teve dois filhos, Britânicus e
Octávia. Messalina era uma mulher leviana e luxuriosa, que mantinha
publicamente comportamentos escandalosos. Durante uma das
ausências do Imperador, Messalina divorciou-sede Cláudio e casou
com o consul Caius Silo. Seguiu a execução dos dois amantes
e dos seus amigos. Suetônio escreve que a noite depois da decapitação
de Messalina, Cláudio, em uma das suas crises de amnésia, se
admirou que a mulher não estivesse jantando com ele, e perguntou
onde ela fosse (48 d.C).

Poucos meses depois Cláudio se casou de novo com Agrippina, irmã
de Calígula e portanto sobrinha do próprio Cláudio. Agrippina tinha um
filho do primeiro casamento, Lúcio Domício Enobarbo Nero, ou seja o
futuro imperador Nero.

Mulher inteligente e ambiciosa, Agrippina aproveitou-se da declinante
saúde do Imperador para afastar aos poucos Britânicus, o natural
sucessor, e reforçar a posição de seu próprio filho. Persuadiu o
imperador a autorizar o casamento de Nero com Octávia, bem como
adotar Nero como filho (50 d.C.).

Em 54 d.C. Cláudius morreu comendo um prato de cogumelos
preparados por Agrippina. O caminho ao trono estava aberto para
Nero.










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pubblicato da - Sansão in 11/02/2004 00:16:24

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vera lucia
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Spedito - 11/02/2004 : 17:30:59
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Prezado Profy, estou muito entusiamada por esse tipo de sinópse, da historia da antiga Roma. Mas tenho uma curiosidade!
Vejo com interesse que os homens aparentavam força, agresssividade e outras deformações caracteriais. As mulheres eram , pouco definidas pelos historiadores,porém, praticamente todas descritas em situações marcadas por traços de desiquilibrio, personalidade controversa, mordazes.
Nos relatos acima o papel da mulher dá idéia de poder criminal, através das suas artimanhas.
Seria muito ,saber se existe algum referencial histórico sobre as atividades cotidianas dessas " viserais e viscosas senhoras", onde pudessemos também, conferir a presença de doença, ócio e etc?
"AVE"
Vera Lucia

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[...] NADA PERDE QUEM NADA TEM.... [...]



Sansão
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Spedito - 11/02/2004 : 22:46:56
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querida Vera, em primeiro lugar a sociedade romana era uma tipica sociedade patriarcal antiga, na qual o papel da mulher era limitado a espousa e mae. A figura feminina institucional mais importante era aquela das virgens vestais, muito respeitadas como custodes da antiga chama (a puniçao para quem violasse uma vestal era uma morte horrivel).

Os historiadores romanos eram interessados mais nas guerras, na luta politica, nas conquistas, que na descriçao do dia-a-dia.

Por isso na historia destacam-se aquelas mulheres que exerceram o poder o ficaram ao lado dos poderosos, e parteciparam nos crimes desses poderosos.

Tem figuras femininas muito positivas na historia romana, exemplos de mulheres virtuosas, de virtude romana, mas, lembradas logo como exemplos.

Tem muitos estudos sobre o dia-a-dia na antiga Roma e varios sitos na internete dedicados a Roma. Nao vou colocar aqui, q sao muitos, mas é so' pesquisar com Google, algo tipo 'vita nella Roma antica'. Porém nao resisto à tentaçao de colocar pel menos um link, onde, entra as outras coisas, tem algumas receitas dos antigos romanos. Olha so' o que eles comiam!!

http://www.capitolium.org/ita/virtuale/vita.htm


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I hide my wings inside my soul
Their feathers soft and dry
And when the world's not looking
I take them out and fly.

(Martina Coventry)


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Edited by - Sansão on 11/02/2004 22:48:37
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