sexta-feira, 4 de junho de 2010

287 - GRÉCIA CLÁSSICA

GRÉCIA CLÁSSICA
"O que distingue o convívio dos homens na "Polis" de todas as outras formas de convívio humano que eram bem conhecidas, era a liberdade".

Hannah Arendt

A cidade grega de Atenas foi o berço da democracia. Inicialmente a palavra "demos" significava gente comum, porém, com o decorrer do tempo passou a representar "o povo em seu conjunto; uma democracia, um corpo de cidadão que atuava através de assembléia".

Contudo, ser cidadão em Atenas tinha seus limites, pois, escravos e estrangeiros (chamados de metecos) não eram considerados cidadãos da Polis.

No sentido clássico, Polis, significava um "estado que se governava a si mesmo". Atenas e Esparta foram as principais "cidades-estados" da Grécia antiga.

A chave da democracia ateniense foi a representação direta, cuja a assembléia soberana atuava como autoridade máxima e qualquer cidadão tinha direito de intervir, debater, propor emendas, votar todo tipo de proposta, inclusive sobre guerra e paz, impostos, cultos, obras públicas e outras questões de maior ou menor importância.

Em Atenas, saber ler, escrever e aritmética eram atributos comum a toda população livre. As eleições para cargos públicos eram por sorteio, possibilitando igualdade de oportunidade, pois tantos ricos como pobres tinham lugares nos conselhos e tribunais. Assim, os cidadãos adquiriam experiência política e administrativa, interferindo, de certa forma, na estrutura de poder e classes.

Para os gregos, a cidade exerce um duplo e importante papel: ela liberta o cidadão, mas por outro lado, exige uma obediência em relação às obrigações desse cidadão.

CONHEÇA: A ÁGORA DE ATENAS
Ágora: O Lugar da Palavra

Para grego antigo, a palavra demokratia significava que o povo (demos) é o poder (kratos) no estado. Para eles, a Polis era tolerante e cosmopolita, aberta ao mundo. Um espaço onde as pessoas alcançavam a unidade e não um simples ponto no mapa.

O lugar da palavra era a ágora, local de múltiplas atividades, onde as pessoas conversavam sem que houvesse uma voz dominante. A vida em Atenas circulava na ágora com seus espaços de danças religiosas (orkhestra); nos pórticos, palco para comer, negociar, ouvir fofocas e cumprir obrigações religiosas; no poikile, local onde a grande massa da população se encontrava; no principal tribunal popular da cidade (heliaia); espaço onde os cidadãos se encontravam para votar o ostracismo, o banimento da cidade; abrigava o bouleuterion, Casa do Conselho, onde quinhentas pessoas decidiam a pauta de discussões debatidas diariamente.

A ágora era o coração da cidade, espaço da fala, da política e da liberdade da Polis ateniense.


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