terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

8489 - HISTÓRIA DA TECNOLOGIA

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História da Tecnologia Perfil de Estruturas


Código: 1664
Unidade Orgânica: Faculdade de Ciências e Tecnologia
Créditos: 3.0
Professor responsável: Maria Paula Pires dos Santos Diogo
Horas semanais: 2
Total de horas: 32
Língua de ensino: Português
Objectivos
O objectivo da disciplina de História da Tecnologia é, em termos globais, levar aos alunos um conjunto mínimo de conteúdos que lhes permita constituir um núcleo de conhecimentos ao nível da cultura científica e técnica.

Pretende-se que a disciplina funcione como um catalisador para a reflexão dos alunos sobre a essência do seu próprio métier, levando-os a interrogarem-se sobre a natureza da técnica (afinal, o seu futuro objecto profissional), a comprenderem os diversos papeis e níveis de protagonismo que a tecnologia assumiu e assume na sociedade europeia e a sedimentarem uma cultura de responsabilidade do tecnólogo face ao todo social.

Neste sentido a organização do programa privilegia uma abordagem de momentos históricos seleccionados que perspective as relações entre tecnologia e sociedade, partindo, certamente, de objectos e dispositivos materiais, mas incorporando-os e "lendo-os" no interior de um sistema de elaboração de conhecimentos e de interacções com as restantes estruturas do todo social.

Os objectivos da disciplina podem ser, assim, sumariados nos seguintes pontos:

(i) plano das aprendizagens/aquisição de conhecimentos:

* compreender a estrutura interna do universo tecnológico, suas interrelações com a ciência e sua relação em termos dos contextos económico, político, social e cultural;

* compreender o processo de identificação da estrutura tecnológica com o conceito de progresso;

* entender a produção e a prática tecnológicas como uma dinâmica entre sucesso e fracasso;

* dominar conceitos fundamentais para a compreensão da produção e difusão do saber tecnológico;

* estudar um conjunto seleccionado de modificações no sistema tecnológico fundamentais no desenvolvimento da matriz civilizacional da Europa;

(ii) plano da aquisição de competências:

* perspectivar a tecnologia numa dimensão histórica, permitindo uma visão dinâmica do conhecimento tecnológico;

* construir uma memória crítica sobre o papel da tecnologia e da engenharia na sociedade europeia;

* desenvolver o sentido de responsabilidade social do produtor de tecnologia.

Pré-requisitos
Os alunos devem comparecer no mínimo a 2/3 das aulas teóricas para poderem optar pela avaliação contínua ou pela avaliação descontinua. Na avaliação contínua o aluno faz um teste; na avaliação descontínua, o exame.

Conteúdo
1. Aspectos metodológicos
1.1 A tecnologia como elemento de referência da métrica do progresso: abordagem em diacronia. A percepção contemporânea da tecnologia.
1.2 Definição de alguns problemas teóricos e metodológicos fundamentais. As teses continuístas e descontinuístas como base interpretativa de uma visão diacrónica da história da tecnologia;-- função e conotação do trabalho técnico;-- a noção de "sistema técnico", relações tecnologia/ciência;-- relações tecnologia/sociedade. Os conceitos de criatividade/construção social e de invenção/inovação. As "Leis de Kranzberg".

2. Elementos para uma História da Tecnologia
2.1 Uma técnica operativa: civilizações pré-clássicas, clássicas e medieval. A técnica como estrutura socio-política, como elemento lúdico e como resolução de problemas práticos.
2.2 Técnica e quotidiano na sociedade medieval. Elementos de mudança na Idade Média: agricultura, forças motrizes e verticalidade
2.3 Uma técnica interrogativa: compreender a natureza para a dominar. O papel das cortes europeias como mecenas. O renascimento: Leonardo da Vinci, a guerra e o voo; Francis Bacon e a tecnologia como programa de mudança da sociedade; Galileu, a resistência dos materiais e os conceitos de máquina e de eficácia. Os engenheiros da Renascença: as escolas alemã e italiana. A perspectiva e a imprensa na base da difusão do saber técnico.
2.4 O tempo dos mecanismos: maturação e proficiência técnicas no século XVII: balística, autómatos, jogos de água e novas energias. Na ante-câmara da era industrial: a primeira metade do século XVIII:energias e manufacturas.
2.5 A era da Indústria: tecnologia e manufactura, tecnologia e indústria. Estudos sobre electricidade e ar. No centro da revolução: energia e maquinaria, materiais e comunicação. A emergência e consolidação da cultura industrial: as exposições universais e a literatura de ficção científica; nova percepção do tempo e do espaço e tecnologia no quotidiano. A idade da ciência e da técnica. A institucionalização do engenheiro como centro do universo cognitivo industrial.
2.6 O triunfo do universo técnico. Novas características dos sistemas técnicos do século XX (i). Massificação, utilitarismo e democratização do objecto. A indústria automóvel. Arquitectura e design., (ii) o carácter contagiante, "research-intensive" e institucional: energia (motores de combustão interna e electricidade), materiais (indústria química) e tratamento da informação (computadores e internet). Ciência/Tecnologia/Sociedade: tecnociência e projectos de investigação orientados; Big Technology; “conhecimento codificado” e controlo social da tecnologia; tecnologia/meio ambiente, tecnologia/meio social: risco/pericialidade.
2.7 Questões éticas da engenharia: reflexões em torno do "síndroma de HAL" e da lei de Moore.


3. O caso português
3.1 Estruturas económica e tecnológica: da prosperidade dos descobrimentos às opções do século XIX
3.2 Anatomia de uma profissão: percursos de afirmação do engenheiro não-militar


NOTA: Existe algum grau de maleabilidade no programa no sentido de o adequar o melhor possível às diferentes licenciaturas a que é leccionado. Assim, enfatiza-se:

* Módulo para Engenharia Civil
Novos materiais e novos sistemas de construção: a arquitectura do ferro e os primeiros arranha-céus. O poder da electricidade. A redifinição do espaço urbano. O território e a circulação.

* Módulo para Engenharia Informática

A pré-História do computador: o ábaco e a "calculadora"de Napier; as primeiras calculadoras mecânicas; cálculo aritmético simples: aritmómetro e calculadoras com teclado. A primeira revolução: computadores mecânicos e cartões perfurados; desenvolvimento do computador analógico. A segunda revolução: computadores electrónicos e armazenamento interno da informação. A terceira revolução: a miniaturização e o computador pessoal. A outra revoluação: a construção da www.

* Módulo para Engenharia QuímicaA indústria química no séc. XVIII. A investigação científica enquanto empreendimento colectivo e a indústria química no séc. XIX. A industrialização da invenção: a indústria química alemã. A indústria química americana e a emergência da profissão de engenheiro químico.


Bibliografia
Bibliografia de consulta obrigatória

Cardwell, D., The Fontana History of Technology, Londres, Fontana Press, 1994
McClellan, J.E., Dorn, H., Science and Technology in World History, Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 2006
Misa, T.J., Leonardo to the Internet, Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 2004
Mowery, D., Rosenberg, N., Paths of Innovation, Cambridge, Cambridge University Press, 1998
Reynolds, T.S., Cutcliffe, S.H. (eds.), Technology and the West: A Historical Anthology from Technology and Culture, Chicago, The University of Chicago Press, 1997.
Notas: 1) A bibliografia indicada está disponível na Biblioteca da FCT/UNL; 2) Para cada ponto do programa será indicada bibliografia suplementar, que poderá ser consultada no Moodle (www.dcsa.fct.unl.pt) mediante a palavra passe indicada aos alunos da disciplina. 3) As aulas baseiam-se nas obras indicadas, sendo os conteúdos sumariados nos apontamentos da disciplina, também disponíveis no site acima referido.

Filmografia sugerida:

•Le Voyage dans la Lune (Viagem à Lua), George Méliès, 1902
•Metropolis, Fritz Lang, 1927
•Frankenstein, James Whale, 1931
•Modern Times (Tempos Modernos), Charlie Chaplin, 1936
•Forbidden Planet (Planeta Proibido), Fred Wilcox, 1956
•Mon Oncle (O Meu Tio), Jacques Tati, 1958
•Playtime (Vida Moderna), Jacques Tati, 1967
•2001 A Space Odissey (2001, Odisseia no Espaço), Stanley Kubrick, 1968
•THX 1138, George Lucas, 1971
•Blade Runner (Perigo Iminente), Ridley Scott, 1982
•Dune, David Lynch, 1984
•The Name of The Rose (O Nome da Rosa), Jean-Jacques Annaud, 1986
•Wallace and Gromit: The Wrong Trousers, Nick Park (animação), 1993
•Wallace and Gromit: A Grand Day Out, Nick Park (animação), 1993
•Matrix (I), Wachowsky Brothers, 1999


Método de ensino
A disciplina tem duas horas de aulas teórico-práticas, onde a exposição dos conteúdos do programa são assegurados pelo docente, utilizando-se diversos materiais didáticos considerados relevantes, nomeadamente iconografia diversa, extractos de obras científicas, técnicas e de literatura, em ambos os casos coevas da matéria leccionada na sessão, e filmes (cf. filmografia indicada para a disciplina). Procura-se sempre estimular nos alunos uma leitura crítica e integrada destes materiais didáticos nos conteúdos do programa através dos quais serão directamente avaliados (consulte-se métodos de avaliação).

Método de avaliação
A disciplina é uma disciplina teórico-prática, pelo que ambas as componentes serão, necessariamente, objecto de avaliação. A avaliação na disciplina é, pois, composta por dois elementos obrigatórios, pelo que o aluno só será avaliado se entregar ambos os elementos de avaliação.

1. Componente teórica: avaliação da compreensão e do domínio dos conteúdos do programa da disciplina. Esta componente será avaliada, de forma alternativa, através de dois testes ou de um exame final, de acordo com a escolha do aluno, todos presenciais. O 1º teste terá lugar na semana de 16 a 21 de Novembro de 2009; o 2º teste terá lugar no dia marcado para o exame de época normal pelo Planeamento. Os exames (normal e recurso) terão lugar nos dias marcados pelo Planeamento.

2. Componente prática: trabalho de interpretação do material de apoio apresentado nas sessões em novos materiais de trabalho. Esta componente será avaliada por um conjunto de testes (quizzes), realizados online no Moodle. Os alunos terão de ter 90% ou mais de respostas certas em cada um dos testes. Todos os testes deverão estar realizados até ao dia 15 de Janeiro de 2010.

Nota: Para uma melhor gestão de recursos, a inscrição para os testes é obrigatória e far-se-á no Moodle.



Cursos
Mestrado Integrado em Engenharia Física (Mestrado)
Mestrado em Engenharia Informática (Mestrado)
Licenciatura em Bioquímica (Licenciatura)
Licenciatura em Química Aplicada, Tronco comum (1.º ano) (Licenciatura)
Licenciatura em Química Aplicada - Perfil de Biotecnologia (Licenciatura)
Licenciatura em Química Aplicada - Perfil de Química Orgânica (Licenciatura)
Mestrado Integrado em Engenharia Civil (Tronco comum) (Mestrado)
Mestrado Integrado em Engenharia Civil, Perfil de Construção (Mestrado)
Mestrado Integrado em Engenharia Civil, Perfil de Estruturas (Mestrado)
Mestrado Integrado em Engenharia Civil, Perfil de Geotecnia (Mestrado)




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