terça-feira, 6 de novembro de 2012

A INVENCÍVEL ARMADA


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08-08-1588











Este acontecimento teve inicio em: 08-08-1588 e terminou em 09-08-1588

Vencedor: Inglaterra



Forças em presença:

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Reinos Habsburgos espanhóis



Inglaterra









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O episódio conhecido como derrota da armada invencível, não pode ser reduzido a apenas um dia, uma data ou uma batalha. No entanto, no dia 8 de Agosto de 1588, ocorreu uma batalha que na prática decidiu o futuro da campanha militar, que tinha como objectivo a de invasão da Inglaterra.



A decisão de atacar a Inglaterra foi tomada no ano de 1586, ano a partir do qual, estão prontos ou em aparelhamento os galeões da Coroa de Portugal.



Os navios portugueses, são segundo a maioria dos historiadores, a principal razão da confiança de Filipe II no resultado da campanha, sendo os nove galeões portugueses e as quatro grandes Galeaças do reino de Nápoles, os mais poderosos navios da esquadra.



É portanto de crer que a ideia normalmente propalada pela Inglaterra, de que enfrentou em 1588 uma poderosíssima armada «Espanhola» foi acima de tudo resultado da campanha de propaganda que se seguiu à batalha, mas nunca correspondeu à realidade.



Em primeiro lugar, nunca existiu uma armada espanhola, mas sim várias armadas, que foram organizadas segundo a sua origem. Havia além da armada portuguesa, a armada de Galeaças de Nápoles, a armada de 14 navios bascos, a armada castelhana de 14 galeões de tamanho médio, normalmente utilizados para transporte entre a península e as Américas, entre outras.

Mas a verdade é que para além dos 9 galeões de guerra enviados pela coroa portuguesa e das quatro Galeaças enviadas pelo reino de Nápoles, os restantes navios eram na sua maioria navios mercantes armados com canhões que em muitos casos foram retirados das fortalezas terrestres, ou galeões de dimensões mais reduzidas. A esquadra somava 130 navios, mas apenas 10% desse numero tinha real capacidade militar.



Do lado inglês, encontrava-se a esquadra de 34 Galeões de guerra da Rainha, o núcleo principal da Royal Navy criada por Henrique VIII alguns anos antes e no total a esquadra inglesa somava 197 navios.



A verdadeira batalha deveria travar-se entre os 34 galeões de guerra ingleses de um lado e os 9 galeões portugueses juntamente com as quatro Galeaças de Nápoles. A superioridade numérica inglesa em verdadeiros navios de guerra era portanto muito considerável, embora reduzida pelo poder de fogo de cada navio português, bastante superior aos navios ingleses[1].



A única inferioridade dos navios britânicos estava no numero de homens embarcados (apenas 15.551 homens contra 27.365). Mas como as abordagens não representaram qualquer papel de relevância na batalha, esta desvantagem numérica transformou-se numa vantagem, pois a diferença era constituída por tropas de infantaria que não chegaram a combater.







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A fase inicial.

1 - Após a saída de Lisboa levanta-se um temporal que desorganiza a esquadra. Em 10 de Junho os navios estão dispersos.

2 - Entre 10 e 18 de Junho os navios reorganizam-se e dirigem-se à Corunha.

3 - Os primeiros navios da esquadra chega à Corunha a 18 de Junho, mas só a 4 de Julho os últimos navios entram no porto.

4 - A armada só sai da Corunha a 24 de Julho e dirige-se a Inglaterra.

5 - A 31 de Julho ocorrem os primeiro recontros, à entrada do Canal da Mancha.

Comandada pelo Duque de Medina-Sidónia, a Armada teria como objectivo principal, navegar para norte, onde se juntaria às forças do Duque de Parma na Flandres, apoiando daí um exército que deveria invadir a Inglaterra.



Partida atribulada

Embora estivesse prevista a sua saída em 1587, um vendaval danificou várias embarcações, enquanto que a peste se propagou pelos navios da Armada ancorados em Lisboa, com excepção dos navios da esquadra portuguesa, que tinham as suas tripulações em terra. O temporal danifica alguns dos navios da esquadra portuguesa, que era constituída por 12 galeões. Um deles é entretanto enviado para a Índia e outros dois acabam por ser desarmados por estarem demasiado velhos, ficando a esquadra portuguesa restringida a 9 galeões.

Por estas razões, e porque teve que esperar por ventos favoráveis para sair do Tejo, a Armada só saiu de Lisboa em 28 de Maio de 1588, mas enfrentou desde logo problemas porque se levantou um temporal e ventos contrários empurraram-na até à costa ocidental do Algarve. A Armada avançou depois para noroeste, pois entre 9 e 10 de Junho encontrava-se a cerca de 500km a oeste de Lisboa, navegando em direcção à Galiza, chegando ao porto da cidade da Corunha em 18 de Junho, mas a 23 de Junho ainda havia 28 navios fora do porto à mercê de um violento temporal que entretanto se voltar a levantar.



Os navios que estavam fora do porto são dispersos pelo temporal e o vento força um dos galeões portugueses a chegar à costa francesa, retornando à Corunha apenas 11 dias depois, a 4 de Julho.[2]



Tentativa de resposta inglesa

Os infortúnios da Armada, chegaram entretanto ao conhecimento dos ingleses, que ficaram a saber que esta se encontrava na Corunha, tendo feito planos para enviar uma esquadra para atacar os navios naquela cidade. Essa esquadra inglesa sai de Plymouth a 18 de Julho, mas as condições de vento não permitem que a viagem prossiga.

Depois desta tentativa falhada, o comandante inglês, Lord Howard, volta ao porto mas deixa alguns navios à entrada do canal, para que o possam avisar quando a Armada for avistada.



Novamente a caminho

A Armada sai finalmente da Corunha a 23 de Julho, deixando para trás apenas alguns navios, entre os quais o navio que transporta grande parte do pessoal de saúde e material de Hospital.

Seis dias depois de sair da Corunha, a Armada avista a costa da Inglaterra a 29 de Julho, mas um ou dois dias antes, já os navios ligeiros ingleses tinham detectado ao longe as velas dos galeões, partindo para Plymouth a avisar da aproximação da Armada.



Esta fase da viagem também apresentou problemas, pois os navios dispersaram-se, mas com ventos favoráveis acabaram por se voltar a concentrar no ponto inicialmente previsto, «Cape Lizard».

Nesta altura, os ingleses tentam sair de Plymouth para dar luta à armada, mas a maré desfavorável impede a saída dos navios. Também por esta altura, a Armada perde a sua principal oportunidade de, (aproveitando a concentração dos 54 navios que constituíam a principal esquadra inglesa, sob o comando do Almirante Howard), se superiorizar aos ingleses, utilizando essa vantagem táctica para atacar a principal força britânica enquanto esta está parada no porto, não podendo fazer uso da superior mobilidade dos galeões ingleses.



As ordens do Rei, e a fraca qualidade e visão dos comandantes espanhóis, deitou tudo a perder antes mesmo de a batalha começar.



Os primeiros recontros

Como os navios da Armada não atacaram Plymouth, passaram pelos navios ingleses que estavam agora na sua retaguarda.

Conforme os planos, a Armada assumiu uma disposição de combate, assumindo uma disposição em meia lua, quando os ingleses se dividem em duas forças colocando-se tanto a norte quanto a sul da Armada.



É nesta altura que os galeões portugueses são colocados nas extremidades da meia lua, o que permite que possam responder com mais facilidade a qualquer iniciativa inglesa.



A 31 de Julho, disparam-se os primeiros tiros logo às 09:00 da manhã. O principal combate ocorreu entre o galeão português São João, que tinha sido colocado no extremo sul da formação e que se tinha atrasado, e alguns navios ingleses.

Em grande inferioridade numérica, o navio foi socorrido pelo outro galeão português, o São Mateus (que também tinha sido colocado no flanco sul da formação). No entanto, o São João foi atingido por 300 projecteis, tendo disparado 140 vezes contra os navios ingleses [1].

Na tarde deste dia, o navio almirante da esquadra, o galeão português São Martinho também entrou em combate com os ingleses.

Até ao fim do dia um incidente danificou gravemente os mastros da nau castelhana «Nuestra Señora del Rosario» e uma explosão a bordo danificou gravemente a urca castelhana «San Salvador » originaria da Guipuzcoa, matando 300 homens. O navio acabaria sendo capturado pelos ingleses.



No dia seguinte, 1 de Agostoos comandantes da armada, perante o que consideraram ser o inesperado poder de fogo e velocidade dos navios ingleses, decidem juntar um núcleo de navios mais poderosos colocando-os ao centro. Esse núcleo era constituído exclusivamente por navios portugueses, mas não ocorreram mais recontros nesse dia.



Na manhã de 2 de Agosto o vento mudou e empurrou a Armada na direcção dos ingleses, pelo que ocorre um violento duelo de artilharia a partir das 07:00 da manhã.

Durante este dia, os combates ocorrem entre pequenos grupos de navios, que são auxiliados pelos navios maiores quando se torna necessário. São os navios portugueses que são invariavelmente enviados para reforçar os restantes navios da armada à medida que os combates progridem, destacando-se os galeões São Marcos, São Mateus, São Luís, São Filipe e Santiago.



Neste dia, uma manobra do galeão São Martinho, leva a que o navio seja forçado a combater sozinho contra vários galeões ingleses. No entanto, a capacidade de fogo dos canhões do navio português, levam a que nenhum dos navios ingleses consiga aproximar-se. No total, o galeão São Marinho efectuou 120 disparos só no dia 2 de Agosto, tendo sido atingido por 50 projecteis, alguns dos quais abaixo da linha de água, que tiveram que ser tapados com placas de chumbo por mergulhadores.



Com uma nova mudança de vento, a Armada volta novamente ao seu percurso na direcção da costa da Flandres. A 4 de Agosto voltam a ocorrer combates esporádicos, durante períodos limitados. O navio galeão São Martinho foi novamente atingido abaixo da linha de água, mas os combates foram inconclusivos.

No entanto, próximos das suas bases alguns navios ingleses podiam reabastecer-se de pólvora. A 5 de Agosto, a falta de vento paralisou as duas forças e o vento só voltou com o por do sol. A esquadra aproximava-se então da costa francesa e a 6 de Agosto os navios da armada lançam ancora ao largo de Calais.

Os ingleses que se encontravam a Oeste, fazem a mesma coisa.



A situação torna-se muito complicada para a Armada, pois o objectivo de se juntar às tropas do Duque de Parma, não pode ser atingido, por absoluta falta de informação.

Só no dia seguinte, Domingo, 7 de Agosto, é que o comandante da Armada recebe informação do que se passa em terra. Para seu espanto e horror, o Duque de Parma só foi informado de que a Armada estava ao largo, na Sexte-feira anterior, dia 5 de Agosto. O Duque de Parma informa o comandante da Armada, de que precisa de mais 15 dias para apoiar a Armada e embarcar a força para invadir a Inglaterra.

Entretanto, ao fim do dia, os ingleses decidem sacrificar oito dos seus navios mais pequenos, aproveitando a vantagem da corrente e do vento. Esses navios serão carregados de explosivos e serão incendiados. Esta táctica, destinava-se a criar a confusão entre a Armada e a dispersar os seus navios, para que mais facilmente pudessem ser derrotados.



No dia 8 de Agosto ocorre a fase final da batalha, quando já depois da meia-noite os navios da Armada detectam a aproximação dos navios em chamas. Dois dos navios são desviados muito antes de chegarem próximo aos navios ancorados, mas os outros seis chegaram ao pé da esquadra.

Para evitarem pegar fogo os comandantes dos navios da armada optaram por efectuar complexas manobras para evitar os navios em chamas, mas muitos deles, em vez de recolherem as âncoras, optaram em vez disso por cortar os cabos, deixando a âncora no fundo.



Os navios incendiados não provocaram qualquer dano, mas a esquadra embora não afectada na sua capacidade de combate ficou completamente desorganizada. Uma das galeaças de Napoles partiu o leme e encalhou ali mesmo em Calais.



Com a perda da coesão da sua formatura, a Armada perdeu o seu principal trunfo. Até ali, os navios armados, eram apoiados pelos galeões portugueses, quando se encontravam em dificuldades, mas quando os navios cortam amarras e se espalham, deixa de ser possível organizar a defesa da Armada de forma coesa.



Ao nascer do dia 8 de Agosto, a Armada está espalhada ao longo da costa francesa desde Calais até aos bancos de areia e baixios de Nieuwport. O navio Almirante está rodeado por uma mão cheia de navios



Inicialmente, por volta das 07:00 da manhã o Almirante Howard tenta abordar a galeaça napolitana «San Lorenzo», mas sem sucesso, pois trata-se de um navio que se pode locomover apenas com remos e pode navegar contra o vento.



Às 08:00 cinco galeões portugueses (São Martinho, São Marcos, São João, São Filipe e São Mateus) travam combate com os ingleses, tentando ganhar tempo para que a Armada se reagrupe. Em grande superioridade numérica, os navios ingleses envolvem completamente os navios portugueses e atacam-nos a curta distância. O galeão São Filipe é atacado simultaneamente por 16 navios ingleses, o galeão São Mateus é atacado por outros dez.



Ao Meio-Dia, todos os navios portugueses estão em combate. Quase todos os esforços dos ingleses se concentram na tentativa de destruir os galeões portugueses, pois sem eles, todo o resto da Armada ficará à mercê dos navios ingleses.



Os navios envolvidos em combate são muito poucos e o total de mortos ascenderá a 600 e o de feridos a 800. Só o galeão São Martinho recebe mais 200 impactos de projecteis (a somar aos que já tinha recebido nos dias anteriores). O resto dos navios da Armada, não tem meios para combater contra os ingleses e começa a dirigir-se para o Mar do Norte.



No dia seguinte, 9 de Agosto, dois dos galeões portugueses que tinham combatido os ingleses encalham nos baixios da zona de Nieuwport e são atacados por navios holandeses. O galeão São Mateus rende-se quando acabam as munições. Toda a tripulação é morta pelos holandeses, com excepção dos comandantes. A tripulação do galeão São Filipe, abandona o navio e junta-se ao exército do Duque de Parma.



Os ingleses, que tinham gasto as munições no combate do dia 8, não estavam em condições de perseguir os restantes navios da Armada, mas para evitar que estes encalhassem, o comandante dá ordem para que a Armada se dirija para ao mar do norte.



A ligação com as tropas do Duque de Parma é agora impossível, a Armada fracassou no seu objectivo de invadir a Inglaterra. Até 12 de Agosto, ainda alguns navios ingleses reagrupados se aproximam da Armada, mas não ocorre qualquer combate de monta e os navios ingleses acabam por voltar a Inglaterra, sem qualquer munição e com os abastecimentos no mínimo.





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1 - Primeiros recontros à entrada do Canal da Mancha.

2 - Batalha de Gravelines, entre 8 e 9 de Agosto, que leva à desorganização da frota.

3 - Temporal no Mar do Norte, desorganiza e danifica os navios, muitos dos quais se sencontravam em mau estado.

4 - Alguns navios chegam a encalhar na costa irlandesa.

5 - Os navios da Armada começam a chegar à Corunha e a outros portos do norte da península durante o inicio de Setembro.

A verdadeira derrota

Embora não conseguindo efectuar o desembarque, na verdade a Armada continuava a existir, e os ingleses não tinham como a atacar. De seguida, os navios da Armada, muitos deles com grandes problemas para se manterem a flutuar, receberam ordens para iniciar uma longa viagem em que terão que circum-navegar a Grã Bretanha e a Irlanda, para voltar aos portos do norte da Península Ibérica. Até 25 de Agosto a viagem decorre sem grandes problemas, mas a 26 de Agosto levanta-se um grande temporal e as condições de tempo continuam más durante muito tempo.



O temporal do Mar do Norte que se levantou foi inclemente para com os navios que tinham sido atingidos e que se encontravam danificados, a Armada foi dispersa em pequenos grupos e alguns navios chegaram a aproximar-se da costa para conseguir víveres e água, mas as condições de temporal mantinham-se.

Os navios sobreviventes foram chegando às costas da Galiza durante as duas primeiras semanas de Setembro.







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[1] - Existem publicações de língua inglesa que taxativamente afirmam que os navios da armada invencível, estavam preparados para disparar apenas uma vez, passando depois à abordagem, pelo que a artilharia teve pouca utilidade.



Esta afirmação está incorrecta e não corresponde à verdade dos factos conhecidos, pois segundo a relação de projecteis (pelouros) à partida e à chegada, o galeão S. Martinho disparou 47% dos pelouros carregados, o galeão S. Luís disparou 60% dos pelouros, e o valor sobe até atingir 87% dos pelouros disparados, nos galeões pequenos (Zabras) Augusta e Júlia.



É um mito, a afirmação de que os navios ingleses disparavam mais que os principais galeões da Armada.

Ocorre que o numero de navios que os principais galeões tiveram que defrontar era muito maior e os ingleses estavam normalmente em superioridade numérica. É esta superioridade numérica que explica o grande número de projecteis que atingiram os navios portugueses e não a superioridade dos artilheiros ingleses.



[2] – Por esta altura, algumas das tripulações somavam já 9 meses a bordo dos navios, pois durante a organização da Armada em Lisboa, só as tripulações dos navios da Coroa de Portugal tinham autorização para desembarcar.

A situação era portanto já dramática, mesmo antes de qualquer combate ter ocorrido.





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