terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

9403 - HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL; LINHA DO TEMPO

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1800-2011 Pesquisar outras datasDe Até Exemplos: 2001/06/21, 247AD, 585BC
Resultados da pesquisa 1808 1808 - Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil no ano de 1808, a História da imprensa no Brasil foi dando seus primeiros passos, pois até então era proibida toda e qualquer atividade de imprensa, como: publicação de jornais, livros ou panfletos .A História do Jornalismo no Brasil pode ser nomeada como “História da Imprensa no Brasil”, pois “Imprensa é a designação dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa, em contraste com a comunicação puramente propagandista ou de entretenimento”. Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil no ano de 1808, a História da imprensa no Brasil foi dando seus primeiros passos, pois até então era proibida toda e qualquer ...
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De Meu Jornalismo
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1891 1891 - Fundado em 1891 mas em longa agonia financeira agravada por processos trabalhistas, o bom e velho JB, berço de notáveis jornalistas que marcaram época , sairá de vez do papel, tornando-se o primeiro jornal 100% digital do país. Para tantos brasileiros que se ...Fundado em 1891 mas em longa agonia financeira agravada por processos trabalhistas, o bom e velho JB, berço de notáveis jornalistas que marcaram época , sairá de vez do papel, tornando-se o primeiro jornal 100% digital do país. Para tantos brasileiros que se acostumaram a ler o noticiário objetivo e as análises de conteúdo de seus jornalistas, como os grandes Barbosa Lima Sobrinho e Carlos Castelo Branco, entre tantos outros expoentes da história do jornalismo pátrio, o fim ...
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De Brasil « Brasil Alerta - Páginas da web relacionadas
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1918 1918 - A primeira proposta de um curso de Jornalismo no Brasil foi feita em 1918, no Congresso Brasileiro de Jornalismo. Influenciado pelo modelo que surgia nos Estados Unidos, o curso se voltaria à prática baseado em um jornal-laboratório.
De Observatório da Imprensa - Joana Neitsch e
Juliana Passos - Entre … - Páginas da web relacionadas
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1947 1947 - Contudo, o nome gazeta continuou agregado ao impresso no Brasil, sendo que no século XX importantes grupos jornalísticos continuaram a trabalhar com este nome , dando origem a periódicos respeitáveis como a Gazeta Mercantil (SP), Gazeta do Povo(PR), Gazeta ...Contudo, o nome gazeta continuou agregado ao impresso no Brasil, sendo que no século XX importantes grupos jornalísticos continuaram a trabalhar com este nome , dando origem a periódicos respeitáveis como a Gazeta Mercantil (SP), Gazeta do Povo(PR), Gazeta Esportiva(SP), esta pertencente ao grupo que deu origem ao primeiro curso de Jornalismo no Brasil, no ano de 1947, na Faculdade Cásper Líbero.
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De Usina de Letras - Páginas da web relacionadas
www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod ...

1950 1950 - Em 1950, entrou para o Diário Carioca, onde trabalhou na seção de esportes. Logo se notabilizou ao escrever sobre o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, do qual foi testemunha ocular (seria a primeira reportagem em primeira pessoa da história do jornalismo ...Em 1950, entrou para o Diário Carioca, onde trabalhou na seção de esportes. Logo se notabilizou ao escrever sobre o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, do qual foi testemunha ocular (seria a primeira reportagem em primeira pessoa da história do jornalismo brasileiro). Do Diário Carioca, Armando Nogueira passeou por outras publicações, como as revistas Manchete, O Cruzeiro eo Jornal do Brasil. Ingressou no telejornalismo na década de 60, primeiro escrevendo textos para ...
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De COPA PAULO FRANCIS e Copa Patrícia Poeta 2010: Março 2010 - Páginas da web relacionadas
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1964 1964 - Walter-Dois jornais, a "Última Hora", vespertino diário, uma referência a quem estuda o história do jornalismo brasileiro; o "Jornal do Brasil", matutino onde trabalhei quatro anos e fui agraciado com o Premio Esso, em 1964,texto sobre uma série de cinco ...Walter-Dois jornais, a "Última Hora", vespertino diário, uma referência a quem estuda o história do jornalismo brasileiro; o "Jornal do Brasil", matutino onde trabalhei quatro anos e fui agraciado com o Premio Esso, em 1964,texto sobre uma série de cinco reportagens sob o título "100 dias na amazônia de ninguém", primeiro fotógrafo a ser convidado para atuar na equipe da revista "Realidade", outro marco da história do jornalismo pátrio.
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De Portal da Fotografia - Páginas da web relacionadas
www.portaldafotografia.com.br/ver_noticia.php ...

1969 1969 - Essa discussão surgiu em 1969, quando da implantação dos cursos de Jornalismo no Brasil, e é totalmente absurdo continuar até hoje. Se foi considerado necessário o curso, há 40 anos, como pode ainda alguém questionar a exigência do diploma. Nenhum jornalista da ...Essa discussão surgiu em 1969, quando da implantação dos cursos de Jornalismo no Brasil, e é totalmente absurdo continuar até hoje. Se foi considerado necessário o curso, há 40 anos, como pode ainda alguém questionar a exigência do diploma. Nenhum jornalista da época foi expulso das redações porque o direito adquirido foi preservado. Portanto, se alguém ainda tem esse medo hoje, certamente pode continuar tranquilo até decisão final do STF. Mas um dia isso tem que ter fim!
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De SJPMRJ
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1995 1995 - Tudo isso está no livro “Dois estudos de comunicação visual” de Washington Dias Lessa. O livro é de 1995 e, ao que parece, difícil de ser encontrado. No google nem uma foto da capa eu encontrei. Mas fica a dica, é uma bela obra, fundamental na história do ...Tudo isso está no livro “Dois estudos de comunicação visual” de Washington Dias Lessa. O livro é de 1995 e, ao que parece, difícil de ser encontrado. No google nem uma foto da capa eu encontrei. Mas fica a dica, é uma bela obra, fundamental na história do jornalismo e do design no Brasil. Tags: dica, Jornal do Brasil, Lessa, livro, reforma.
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De A reforma no Jornal do Brasil « JornalDesign - Páginas da web relacionadas
jornaldesign.wordpress.com/2009/03/16/a ...

2010 1 set. 2010 - O dia 1º de setembro de 2010 entrará para a história do jornalismo brasileiro como uma data fatídica, tanto pelo espanto e pela tristeza, quanto pelo início de uma nova era. Encerrou-se nessa data a publicação impressa do primeiro jornal brasileiro, o Jornal do Brasil.
De Zé Interlandi - Páginas da web relacionadas
zeinterlandi.blogspot.com/

2011 5 fev. 2011 - Já o jornalista e escritor Sérgio Cabral, pai do governador do Rio, contou que trabalhou com Armando Nogueira no Jornal do Brasil, em 1959, ... mas para fazê- lo num dos períodos mais difíceis de nossa história, em pleno regime militar, com censores nos vigiando o tempo inteiro. ...
De Corpo de Armando Nogueira é enterrado no Rio - Vida Pública - Gazeta … - Páginas da web relacionadas
www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo ...

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9402 - HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL

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Andréa Membro desde:
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A história da jornalismo no Brasil, Alguém tem alguma referência bibliográfica ou texto que possa me ceder?
Estou preparando a minha monografia e preciso de textos sobre o jornalismo no Brasil.
Obrigada
Andréa
4 anos atrás Denuncie by Gregorio Membro desde:
17 de janeiro de 2007
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Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta
Jornalismo no Brasil, desenvolvimento das publicações periódicas (jornais, diários e revistas) no Brasil, do final do século XIX aos nossos dias. O primeiro jornal (ver Jornalismo) foi o Correio Brasiliense de Hipólito José da Costa, editado em Londres e de linha ideológica a favor da independência. A ele se seguiram A Gazeta do Rio de Janeiro, O Patriota e A Oratória e A Retórica, outros também de circulação nacional e expressão verbal
"Enquanto não houve uma legislação específica, a imprensa foi livre. Foi um período de ouro. A imprensa disse o que quis e até disse demais, foi até licenciosa em algumas ocasiões. D. Pedro, com aquele espírito superior de não dar bola para nada, nada fez. E foi aí que surgiram os grandes jornais, a grande literatura brasileira inspirada no jornalismo", afirma o jornalista Alberto Dines. As crônicas e charges de Aparício Torelli, o barão de Itararé, comprovam esta afirmação.

Com a vinda da família real para o Brasil, em 1808, foi criada a Imprensa Régia e a censura prévia de expressão verbal e oratória. Entre 1808 e 1821 surgiram várias publicações, entre eles A Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil. Em 1812, na Bahia, nasceu a primeira revista brasileira, As Variedades. Em 1821, extinta a censura prévia, multiplicaram-se os orgãos de comunicação. Em 1827, o Brasil já tinha 54 periódicos, sendo de se falar em público.

Durante o reinado de D. Pedro II, apareceu O Jornal do Commércio e o uso da caricatura com fins de sátira política, como o medo de falar em público, principalmente em O Diabo Coxo. A campanha abolicionista contou A Gazeta da Tarde editada por José do Patrocínio (1880). Nas duas primeiras décadas do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, então capital da república, viu nascer o primeiro clichê a cores Gazeta de Notícias (1907), seguida de jornais que marcaram a história brasileira: O Globo, Jornal do Brasil e Correio da Manhã. Entre 1950 e 1960, a imprensa se modernizou com a época de ouro da revista O Cruzeiro, que chegava a vender mais de um milhão de exemplares semanalmente; a inauguração do jornal Última Hora; e o lançamento de revistas que prestigiavam o foto-jornalismo como Realidade e Manchete.Na história da imprensa brasileira exerceram papel de destaque os jornais O Liberal de Belém; Estado de São Paulo e Folha de São Paulo; e o Diário de Pernambuco, de Recife.
EXPANSÃO DO JORNALISMO

Mudanças estruturais - entre elas, o início da industrialização e o aumento do processo migratório - influeciaram na expansão do jornalismo. Agitações políticas provocam, em 1954, o suicídio de Getúlio Vargas e, em 1964, um movimento militar.

Os Atos Institucionais dos governos militares pós-64 modificaram a situação do jornalismo e da livre veiculação de idéias o que gerou medo de falar em público. A uma legislação coercitiva - Lei de Imprensa de 9 de fevereiro de 1967 e Lei de Segurança Nacional de 13 de março de 1967 - somaram-se transformações ligadas ao desenvolvimento da indústria cultural e meios de comunicação, sobretudo, na televisão, impedindo a expressão verbal e a oratória.

A progressiva penetração dos meios de comunicação de massa - além de sua utilização como fonte de informação à todas as camadas sociais -, evidenciou-se no quadro que, em 1971, configurava a distribuição percentual dos canais de comunicação coletiva: havia 6,6% receptores de rádio, 5,3% jornais diários e 2,4% televisores para cada cem habitantes. Quadro que se alteraria, nas décadas seguintes, dando maior peso aos meios eletrônicos.

Esta, e outras mudanças de conjuntura, levariam a igual transformação no estilo brasileiro de informação. Influenciados pelo jornalismo norte-americano, os profissionais de imprensa passam a discutir não só o que é notícia mas, também, a maneira de veiculá-la. É desta época, o lead e seus cinco "W" e um "H" que deveria iniciar qualquer matéria para não deixar dúvidas no leitor: who (quem), what (o que), when (quando), where (onde), why (porque) e how (como). Oratória e retórica também. O que fez Nelson Werneck Sodré comentar: "Utilizando aplicadamente tal técnica, todo foca (jornalista iniciante) transforma qualquer problema social em fatos isolados que se repetem e cujas raízes ficam apagadas sob os detalhes específicos de cada historieta". Entre 1968 e 1972 os jornais brasileiros entram na fase da "nota oficial" e do pres-release que, muitas vezes, pela dificuldade de se obter informações, ficavam sendo a única fonte de noticia da qual disponham os profissionais de imprensa, que nem sempre sabem como falar em público . Aliás, pouquíssimos sabem.

Também a concessão de canais de rádio e televisão colocou em xeque o jornalismo informativo tradicional, levando os editores a criar novas formas editoriais. É o caso do jornalismo opinativo. Surgido pós-64, dá espaço, além de noticiar à opinião e análise. Esta atitude contribuiu para formar a opinião pública e foi importante para o jornalismo de resistência que desaguaria no jornalismo independente ou alternativo.
IMPRENSA ALTERNATIVA
Ação política

No final do século XIX e início do século XX - influenciados por anarquistas italianos vindos para São Paulo -, surgiu a imprensa operária ligada à urbanização crescente e, sobretudo, à militância política do operariado nascente. O jornal alternativo passou a ter importância como fator de organização política. Esta experiência acabou durante o Estado Novo.

No primeiro período do governo de Getúlio Vargas (1937-1945), a imprensa, de maneira geral, esteve sob censura. A constituição de 10 de novembro de 1937 explicitava sua preocupação em "assegurar à nação sua unidade e as condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e a sua prosperidade" e, no Artigo 122, limitava a liberdade de informação. O Departamento Oficial de Propaganda (DOP), criado por Vargas em 1931, foi substituído pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que ampliava os poderes do anterior. Orgãos de imprensa não registrados no DIP não tinham permissão para circular. Assim, neste período, 61 jornais e revistas independentes tiveram sua publicação interrompida por haver sido cassada sua licença para importação de papel. A partir de 1940, 420 jornais e 346 revistas não obtiveram registro.

Com a constituição de 1946, a liberdade de imprensa foi restituída. Em 12 de novembro de 1953 sancionou-se uma nova Lei da Imprensa que favoreceu uma época politicamente agitada, mas com direito a livre debate público. Em 1955, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava, no país, a circulação de 2.961 publicações, abrangendo jornais diários (261), revistas, semanários, boletins, almanaques e outros. Refletindo a estratificação social e as desigualdades de distribuição de renda, os estados com maior número de publicações eram São Paulo, Distrito Federal (atual cidade do Rio de Janeiro), Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Margem e contracultura

A imprensa chamada "nanica" - devido a seu formato tablóide, pequena rentabilidade e circulação - surgiu com o jornal Binômio, de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1952. Durante os governos militares, esta imprensa demonstrou sua força e importância, sem medo de falar em público. Com duração variável - e tendo como bandeira a luta contra a censura - surgiram Pato macho (1971), Opinião (1972), De Fato, Versus, Movimento e Coojornal (todos de 1975). A eles se deve acrescentar publicações como a revista Realidade (1965 a 1968), Politika, Grilo e Jornalivro, ligado à Cúria metropolitana de São Paulo e dirigido por D. Paulo Evaristo Arns (1975), e o de maior repercurssão, O Pasquim (1969), fundado no Rio de Janeiro por, entre outros, Millôr Fernandes, Paulo Francis, Jaguar e Tarso de Castro e onde trabalharam os mais importantes jornalistas brasileiros em termos de expressão verbal.

Além do evidente valor político a oratoria - o Pasquim chegou a atingir a marca de quase 200 mil exemplares vendidos -, a imprensa alternativa, como assinalou Paulo Marconi em "A censura política na imprensa brasileira" (SP-1980), "chamou aos brios o empresariado nacional; contestou o regime, não tanto com a ideologia, mas com a informação (…) mostrou às outras camadas políticas ativas da população - estudantes, igreja, sociedades de bairro - que jornal era coisa fácil de ser feita".

Por volta de 1975 havia no país uma centena de publicações alternativas. A censura se acirrava e, em 1970, vetou 47,05% do material produzido. Em 1971, 63,46%; em 1972 chegou a 82,77%; em 1973 vai a 98,10% e em 1974 atingiu o rigor absoluto: 100%. Contrastando com esta pressão sobre a imprensa, o rádio e a televisão se expandiam. Em 1980 existiam no país 90 emissoras de televisão, atingindo 15 milhões de aparelhos e um público estimado em 60 milhões - número que vai crescer e multiplicar-se cada vez mais, enquanto as tiragens máximas dos jornais caem para perto de cem mil exemplares de oratoria.
consulta mais em fonte:http://www.geocities.com/caca4565/
.
4 anos atrás Denuncie Avaliação do autor da pergunta: Comentário do autor da pergunta: Obrigada Não é a resposta certa? Tente o Yahoo! Buscas
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Outras Respostas (1)
by vinhaebi... Membro desde:
10 de abril de 2007
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Ixi,ñ sei ñ.Procura no Google ou Wikipedia.
bjs!
4 anos atrás Denuncie Descubra Perguntas em Nível Superior
O qual livro Iliada devo comprar?
O que significa "compartilhar singificado"?
Troteess?!?!?!?!?!?!?!?!?!?
Gente,não é furada mesmo o CURSINHO DA POLI??(prévestibular)??
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Saiba como nasceu o primeiro jornal no do Brasil!!
Em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois nas demais colônias européias no continente a imprensa se fazia presente desde o século XVI.

A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 10 setembro de 1808, com a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, órgão oficial do governo português que tinha se refugiado na colônia americana. Pouco antes no mesmo ano, porém, o exilado Hipólito José da Costa lançava, de Londres, o Correio Brasiliense (com S), o primeiro jornal brasileiro — ainda que fora do Brasil. Enquanto o jornal oficial relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da europa, (...) natalícios, odes e panegíricos da família reinante"[1], o do exilado fazia política. Embora diferentemente do que muito se divulga) não pregasse a independência do Brasil, e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio Brasiliense foi criado para atacar "os defeitos da administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e admitia ter caráter "doutrinário muito mais do que informativo".

A proibição à imprensa (chegaram inclusive a destruir máquinas tipográficas) e a censura prévia (estabelecida antes mesmo de sair a primeira edição da Gazeta) encontravam justificativa no fato de que a regra geral da imprensa de então não era o que se conhece hoje como noticiário, e sim como doutrinário, capaz de "pesar na opinião pública", como pretendia o Correio Brasiliense, e difundir suas idéias entre os formadores de opinião — propaganda ideológica, afinal.

A censura à imprensa acabou em 1827, ainda no Primeiro Reinado. A própria personalidade de D. Pedro II, avessa a perseguições, garantia um clima de ampla liberdade de expressão — em nível não conhecido por nenhuma república latino-americana, graças aos caudilhos autoritários que lá se alternavam. A liberdade de imprensa já era garantida mesmo pela Constituição outorgada de 1824. Escreve Bernardo Joffily: "Cada corrente tem seu porta-voz", mas, ainda assim, "há órgãos apolíticos: o Diário do Rio de Janeiro (1º diário do País, 1821-1878) nem noticia o Grito do Ipiranga. Mas a regra é a imprensa engajada, doutrinária"[2].

O francês Max Leclerc, que foi ao Brasil como correspondente para cobrir o início do regime republicano, assim descreveu o cenário jornalístico de 1889:

"A imprensa no Brasil é um reflexo fiel do estado social nascido do governo paterno e anárquico de D. Pedro II: por um lado, alguns grandes jornais muito prósperos, providos de uma organização material poderosa e aperfeiçoada, vivendo principalmente de publicidade, organizados em suma e antes de tudo como uma emprêsa comercial e visando mais penetrar em todos os meios e estender o círculo de seus leitores para aumentar o valor de sua publicidade, a empregar sua influência na orientação da opinião pública. (...) Em tôrno deles, a multidão multicor de jornais de partidos que, longe de ser bons negócios, vivem de subvenções dêsses partidos, de um grupo ou de um político e só são lidos se o homem que os apoia está em evidência ou é temível."

De fato, os jornais de partidos, ou espontaneamente criados e mantidos por militantes, carecem de organização institucional e de profissionalismo jornalístico. Nos tempos de maior exaltação na campanha republicana (1870-1878 e 1886-1889), surgem dezenas de jornais (que não passam de 4 páginas cada) efêmeros, sem durar mais que alguns meses.

Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta de Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas. Os demais foram o Diario de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889, mas de fortíssima campanha republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a Revista Illustrada, O Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gazeta da Tarde.

O caricaturista, ilustrador, jornalista Ângelo Agostini está entre as maiores personalidades da imprensa brasileira. Numa época em que a fotografia ainda era rara — e cara — o ilustrador tem o poder inegável de construir o imaginário visual da sociedade. Assim, o "Imperador Cabeça-de-Caju" ou o primeiro-ministro gorducho com ar de soberbo são o que a população — e aí, mesmo a massa analfabeta entra — vai consumir e por onde vai se pautar. Ali criou-se uma iconografia simbólica da política no final do Império.

A Revista Illustrada realmente era inovadora. As ilustrações litografadas almejavam ao perfeccionismo e ao mesmo tempo à expressividade. Inova a Revista também por uma diagramação "interativa", com ilustrações sobre o cabeçalho, moldura, etc.. Saía semanalmente e tinha distribuição nacional.

Autor: (Desconhecido)
Fonte: (Wikipédia)
Imagem: (Meramente ilustrativa)



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Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL
História do Jornalismo no Brasil
Francisco Rüdiger*
ROMANCINI, Richard; LAGO, Cláudia. História do Jornalismo
no Brasil. Florianópolis: Insular, 2007. 276 p.
História do Jornalismo no Brasil, de Cláudia Lago e Richard
Romancini, é, sem dúvida, obra bem-vinda, em especial
pela comunidade acadêmica de comunicação e, em geral,
pelo público pensador de cultura. Desde que Werneck Sodré lançara
seu volume sobre o assunto, há mais de quatro décadas, permanecera
sem nenhuma atualização significativa essa importante
matéria para a compreensão da evolução das idéias e a formação
da vida civil em nosso País.
Juarez Bahia tentará suprimir a falta, quando da reedição em
dois volumes de seu Jornal: História e técnica (São Paulo: Ática,
1990). Porém, não tinha o jornalista as credenciais do ofício de
historiador que a tarefa reclamava, pecando seu trabalho tanto
pelo texto materialmente desordenado, quanto pela carência
doutrinária capaz de lhe fornecer a devida sustentação argumentativa
e perspectiva metodológica.
André de Séguin fizera muito melhor poucos anos antes,
conseguindo elaborar em poucas páginas síntese bastante coerente
e informativa da evolução da imprensa jornalística em nosso País.
Brésil, presse et histoire (Paris: L’Harmattan, 1985), todavia, não
teve tradução para o português e sequer chegou ao conhecimento
dos poucos interessados no assunto, como dá prova, inclusive, sua
* Doutor em Ciências Sociais, Universidade de São Paulo.
Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
230 São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
FRANCISCO RÜDIGER
ausência da ampla e bem cuidada bibliografia listada no volume
de Lago e Romancini.
Quanto a esse, cumpre, em primeiro, salientar-lhe os méritos. A
edição é bem cuidada do ponto de vista gráfico e editorial. O texto
flui de acordo com o que exige o método de exposição adotado pelos
autores. O emprego de ilustrações enriquece a obra e, ainda mais, o
entendimento da matéria pesquisada, refrescando a memória dos
mais velhos e abrindo a visão das novas gerações de interessados no
desenvolvimento histórico de nossas atividades jornalísticas.
Houve opção por salientar o período mais recente da evolução
do nosso Jornalismo – o que nos parece bem proposto. Destarte,
pode-se ler o texto numa perspectiva de complementaridade
com a obra de Sodré, até porque os pontos de vista empregados
numa e noutra são bem semelhantes: são os da leitura política da
vida jornalística, conforme ainda argumentaremos. Enquanto
Sodré privilegia o período anterior à era Vargas, coerente com a
situação hermenêutica em que redigiu sua investigação, aqui a
ênfase é posta no período que se abre com ela, chegando o relato
dos autores até a época de Lula.
Em linhas gerais, o livro se caracteriza, pela proposta e abrangência,
como um manual de cultura geral e de formação universitária.
A abordagem se restringe, em essência, ao jornalismo gráfico,
com uma ou outra menção aos demais veículos. A
consciência disso por parte dos autores nos é advertida pelo texto,
não importando portanto em prejuízo material ao volume. O principal
em relação à temática, as grandes linhas evolutivas da imprensa
brasileira, está consignado no trabalho. O leitor pode percorrer
suas páginas saindo seguro de que tem em mãos relato
abrangente e bem informado dos momentos formadores da trajetória
de nossa imprensa, das origens à atualidade.
Fugindo de hábito comum nos livros do gênero, os autores
não dedicam especial atenção às origens do fenômeno que enfocam.
O Correio Braziliense, a Gazeta do Rio de Janeiro e o nascimento
da imprensa no Brasil ocupam todo o primeiro capítulo do
volume, mas a extensão deste não sai do necessário (p. 15-28).
Também está bem distribuída a matéria relativa à imprensa do I
e II Reinados, merecedora de um capítulo, para cada um. A Re231
Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL
pública Velha tem espaço um pouco maior, a justo título, visto ter
a imprensa, no período, assumido uma relevância política proporcionalmente
maior no Brasil (p. 67-94).
Desproporcionais nos parecem os capítulos seguintes, sobre o
jornalismo a partir da Era Vargas. A razão não é tanto o maior
espaço que lhe é concedido (p. 95-240). O problema é a forma
como tal é empregado, do ponto de vista da argumentação. A
preocupação jornalística com a atualidade, esqueceram os autores,
tende a ser viciosa, quando a tarefa é de ordem historiográfica.
Aparentemente, sucumbiram os autores à sedução que o mais
fácil e imediato, pela abundância de evidências, provoca no ofício
jornalístico, embora isso, por si só, como notado antes, não seja
em si mesmo um defeito desta História do jornalismo no Brasil.
Posto isso, pode-se passar a comentar mais a fundo o trabalho,
chamando atenção para algumas limitações importantes e do
que nos parece ser seus problemas epistêmicos mais centrais. O
caráter de manual, com efeito, não livra o texto de certos questionamentos
quanto à abordagem dos materiais por ele proposta e
sua correspondente argumentação historiográfica.
Segundo nosso entendimento, o principal gira em torno da
primazia conferida à abordagem externalista. O brasileiro sabe
muito pouco sobre a história de seu País e é bom que se aproveite
a história da imprensa para levar esse conhecimento aos estudantes
de Jornalismo e Comunicação. O problema é que, fixando-se
excessivamente neste ponto, acaba-se por se perder o que é próprio
do objeto selecionado para pesquisa e relato: isto é, a própria
prática ou exercício do Jornalismo em suas condições históricas.
Qual foi o papel que tiveram os jornais e como eles sofreram
influência ou influenciaram os acontecimentos durante o segundo
período Vargas ou a Ditadura militar, por exemplo, é sem dúvida
essencial para entender sua história – mas não é isso que define
sua especificidade jornalística do ponto de vista historiográfico. A
prova está que, recapitulando a historiografia mais geral a respeito
dos fatos citados, não faltam menções ao papel (ativo ou passivo)
que tocou aos periódicos, quando foi o caso (vide, por exemplo,
as referências à imprensa feitas nos vários volumes da conhecida
História da República, de Edgar Carone).
Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
232 São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
FRANCISCO RÜDIGER
Com isso, estamos salientando a necessidade de fazer intervir
num relato focado na história do Jornalismo uma abordagem
imanentista, capaz de informar o modo como seu mundo (o da
prática jornalísitca) se estrutura historicamente em suas sucessivas
conjunturas. A perspectiva que situa o fenômeno em seu contexto
mais amplo precisa ser complementada por outra mais
internalista, que destaque as concepções doutrinárias e práticas
objetivas que intermediaram jornalisticamente o processo global
de uma dada época histórica.
História do Jornalismo no Brasil peca pela falta dessa última.
Os autores examinam o fenômeno no ambiente, sem contudo
abrir aquele a um escrutínio mais íntimo. A realidade das redações
e do processo de elaboração do meio impresso, as crenças
institucionais, os critérios de recrutamento e seleção dos sujeitos,
enfim, os pontos todos que, tomados em conjunto, definem as
chamadas rotinas da atividade jornalística não comparecem adequadamente
no trabalho.
Desde esse ponto de vista, a pesquisa fica pelo meio do caminho
e não nos parece que o problema se origine de uma limitação
de espaço. O problema não é de fato aventado, até
porque se fosse levado em conta, um remanejo dos textos poderia
integrá-lo bem ao volume. O capítulo que encerra o volume
é uma prova disso: os acontecimentos dos últimos 10
anos não apenas estão claramente superdimensionados em relação
aos restantes, mas enfatizam demais a cena política em
detrimento dos bastidores jornalísticos.
Para nós, o resultado disso tudo é o surgimento de certo viés
interpretativo passível de questionamento material por parte do
leitor mais crítico. Os autores, de fato, trabalham com a premissa
de que a atividade jornalística é função da história política. A
forma de ser da imprensa se define a partir dos embates e interesses
que surgem na esfera do Estado, do poder político e do exercício
da cidadania. Cremos, porém, que se bem isso é verdade,
não o é sempre e varia de acordo com as circunstâncias mais
amplas de cada época, podendo mesmo, em certos momentos, se
tornar irrelevante para entender o Jornalismo.
233
Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL
Tivessem os autores dedicado maior cuidado aos aspectos
imanentes ao fenômeno em foco, teriam notado de forma mais firme,
por exemplo, o processo que, desde no final do século passado,
insere os jornais em grupos multimídia e, por essa via, os atrela
à dinâmica da indústria cultural. Os jornais não apenas são
cada vez mais entidades empresariais como o são na condição de
empresas estruturadas em função do mercado de bens de consumo
ligeiro e dos negócios com o elemento espiritual desses bens, como
foi muito bem documentado, pioneiramente, por Habermas e,
entre nós, por Renato Ortiz.
Quando se quer entender o papel dos jornais na vida pública
não se pode deixar de levar em conta os fatores políticos que
aí intervêm, mas ficará sem bom entendimento aquele que esquecer
o modo como, a partir de certo momento, as relações
mercantis estruturam o sentido e limites dessa intervenção para
a sociedade. E, para tanto obter, é imprescindível fazer o registro,
por mínimo que seja, do modo como eles se converteram em
negócios e se organizam como empreendimentos capitalistas
integrados em corporações multimídia.
A perspectiva, é claro, não se aplica a toda a trajetória da
imprensa: antes de meados do século passado, era outra a racionalidade
a comandar suas intervenções – mas também nesse caso,
bem registrado pela obra, falta ao texto a análise imanente que
permitiria caracterizar a estrutura, funcionamento e forma de
atuação dos jornais no período. Os esquemas textuais e organizacionais
que marcaram seu longo período de hegemonia não
são examinados, ficando fora do relato as referências literárias e
político-partidárias que ajudariam a entender melhor o Jornalismo
que interveio em nosso meio entre 1822 e 1945.
Secundário em relação a esse problema, mas não menos importante
do ponto de vista do que na obra se propõe, é a restrição
da matéria à cena jornalística do eixo Rio-São Paulo. Ninguém
contesta que, durante mais de um século, coube aos jornais cariocas
o principal no tocante à formação e representação da opinião
pública nacional. Que depois de 1960, os processos de inovação
e os pontos de irradiação de influência sobre a imprensa brasileira
se deslocaram para São Paulo. Porém, não fica bem em obra com
Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
234 São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
FRANCISCO RÜDIGER
título tão ambicioso, como é o caso da resenhada, restringir seu
escopo às capitais desses dois estados: seria preciso dar pelo menos
uma idéia do que houve no restante do Brasil.
Como se trata de um manual, o expediente precisa ser bem
pensado, tanto para não sobrecarregar o volume, quanto para o
mesmo não perder o foco e relevância. Porém, não se pode abrir
mão do mesmo. Não há como dispensá-lo sem causar prejuízo à
cognição do assunto. Por exemplo, os autores poderiam, em cada
capítulo, ter aberto parágrafos para sumariar os principais elementos
e características da imprensa das várias regiões, senão de
alguns estados em particular, como Pernambuco, Bahia, Minas
Gerais ou Rio Grande do Sul. Esboçado no capítulo 3 (p. 49-
50), o procedimento é abandonado em seguida, caminhando o
texto para um afunilamento da matéria dentro do mencionado
eixo Rio – São Paulo.
Também, mais do que pertinente, seria recomendável, no
sentido que estamos referindo, fazer constar no texto gráficos e
tabelas estatísticas sobre a evolução da imprensa nacional. Dados
sobre o número de jornais em circulação por estado em vários
períodos, sobre as tiragens de jornais em particular e em geral,
sobre o pessoal empregado nas várias funções da atividade e tantos
mais quanto fossem pertinentes para o esclarecimento mais
amplo do assunto são fáceis de coligir.
Os levantamentos estatísticos oficiais existem e estão disponíveis,
isso para não falar do que já está elaborado na vasta literatura
listada pelos autores ao final do seu volume. Organizá-los em
tabelas estatísticas e gráficos ilustrativos ajudaria em muito o texto
a dar ao leitor uma idéia descarnada mas concisa ou resumida do
panorama mais amplo de nossa imprensa periódica, sanando o mais
grave da falta que estamos reclamando da obra nesta altura.
De todo modo, cumpre notar que essas observações não têm
intenção de depreciar o texto ora em consideração. Os autores
trabalharam bem, intervieram de maneira oportuna e, assim, colocam
à disposição dos interessados no assunto obra que estava faltando
no mercado e era exigida nos meios acadêmicos e intelectuais.
Notando alguns pontos que nos parecem problemáticos na
proposta que apresentam, pretendemos sobretudo fazer valer o que
235
Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
São Paulo, v.31, n.2, jul./dez. 2008
HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL
se chama, às vezes, de tarefa construtiva da crítica. Isto é, provocar
uma reflexão sobre os limites e eventuais falhas de construção do
conhecimento para que, oferecendo-se nova oportunidade, seus
autores possam avaliar com mais foco e clareza a propriedade de
seu projeto e o entendimento de seu objeto de investigação.

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9399 - HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL

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Periodicidade diário
Formato berlinense(quando impresso)
Virtual(hoje)
Sede Rio de Janeiro
Circulação Rio de Janeiro, Niterói (quando era impresso)
Todo o mundo (online)
Slogan O Primeiro jornal 100% digital do País!
Fundação 9 de Abril de 1891
Fundador Rodolfo Dantas
Equipe de articulistas Nelson Tanure
Dire(c)tor Augusto Nunes
Se(c)ções Brasil, Internacional, Cidade, Economia, Esportes, Caderno B, Programa, Domingo
Proprietário Nelson Tanure
Editor Tales Faria
Site oficial: Jornal do Brasil

ver
O Jornal do Brasil é um tradicional jornal brasileiro, publicado diariamente na cidade do Rio de Janeiro.

Índice [esconder]
1 Histórico
1.1 Crise
2 Referências
3 Bibliografia
4 Ver também
5 Ligações externas

[editar] HistóricoFundado em 1891 por Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas, com intenção de defender o regime deposto. De nível elevado, contava com a colaboração de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides Spínola, Ulisses Viana, o Barão do Rio Branco e outros como Oliveira Lima, então apenas um jovem historiador. As afinidades da maioria desses elementos com o regime deposto foram sintetizadas por Nabuco como a melhor República possível. O periódico inovou por sua estrutura empresarial, parque gráfico, pela distribuição em carroças e a participação de correspondentes estrangeiros, como Eça de Queirós. O seu primeiro número veio a público em abril. De orientação conservadora, defendia a monarquia recém-derrubada, até que Rui Barbosa (1849-1923) assumiu a função de redator-chefe (1893). Nesta fase inicial, o Barão do Rio Branco (1845-1912) colaborou, em suas páginas, com as célebres colunas Efemérides e Cartas de França.

A redação do jornal foi atacada (empastelada, como se dizia na época) em 16 de dezembro de 1891, dias após a morte de Pedro II do Brasil.

Por ter sido o único periódico da então Capital a publicar o manifesto do Contra-Almirante Custódio de Melo quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada (6 de setembro de 1893), o presidente da República, Floriano Peixoto (1891-1894), determinou o fechamento do jornal e mandou caçar Rui Barbosa, vivo ou morto. O jornal, fechado, assim permaneceu por um ano e quarenta e cinco dias.

A partir de 15 de novembro de 1894 voltou a circular, sob a direção da família Mendes de Almeida. A opção pela data assinalava o apoio à República, e a sua nova proposta editorial voltava-se para as reivindicações populares. Foi propriedade dos Conde e Condessa Pereira Carneiro e depois de seu genro, Manuel Francisco do Nascimento Brito.

Nos anos 1950, o designer gráfico Amílcar de Castro revolucionou o design de jornais no Brasil, com a reforma gráfica pra o JB.

O jornal apoiou o golpe militar de 1964. Publicou, no dia 1º de abril daquele ano, editorial defendendo a deposição do presidente João Goulart:

Desde ontem se instalou no país a verdadeira legalidade... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas.

— Jornal do Brasil[1]

Citando Pontes de Miranda, o jornal alegou que as "Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la" [2] Posteriormente, o jornal se submeteu à auto-censura, em conformidade com as instruções do governo vigente, situação que perdurou até 1972.[3] Seguiria, entretanto, apoiando o regime militar. Em 31 de março de 1973, o jornal publicou em editorial:

Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o país, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades.

— Jornal do Brasil[4]

Em 2005, o JB instalou-se na Casa do Bispo, imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do século XVII, que já serviu de sede à Fundação Roberto Marinho.

A partir de 16 de Abril de 2006 começou a circular nas bancas no chamado "formato europeu", um formato maior que o tabloide e menor que o convencional, seguido por diversos jornais daquele continente.

Em 2008 o Jornal do Brasil realizou uma parceria de digitalização com o buscador Google que resultou no livre acesso em texto completo das edições digitalizadas das décadas de 30 a 90, que podem ser acessadas pelo link Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil

[editar] CriseEm 2001, a família Nascimento Brito arrendou o título do jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30.[5] A intenção do empresário, conhecido por comprar empresas pré-falimentares, saneá-las e depois revendê-las, era recuperar o prestígio do jornal. Naquele ano, as vendas do jornal eram de 70 mil em média durante a semana e 105 mil aos domingos.[5] Recuperou-se a partir de 2003, atingindo 100 mil exemplares em 2007, quando então as vendas novamente começaram a cair, chegando a 20.941 em março de 2010.[6]

Em julho de 2010, foi anunciado o fim da edição impressa do jornal que, a partir de 1 de setembro do mesmo ano, existiria somente em versão online, com alguns conteúdos restritos a assinantes, o JB Premium.[6] O JB agora autodenomina-se "O Primeiro jornal 100% digital do País!"

Referências↑ Editorial do Jornal do Brasil, 1º de abril de 1964.
↑ Jornal do Brasil, 6 de abril de 1964.
↑ Soares, Glaucio. Censura durante o regime autoritário. ANPOCS. Página visitada em 10 de julho de 2010.
↑ Editorial do Jornal do Brasil, 31 de março de 1973.
↑ a b "Jornal do Brasil" faz 110 anos e começa nova fase. Folha Online (09/04/2001). Página acessada em 16/07/2010
↑ a b "Empresário anuncia o fim do "Jornal do Brasil" em versão impressa" - Folha.com
[editar] BibliografiaLESSA, Washington Dias. Amílcar de Castro e a Reforma Gráfica do Jornal do Brasil. in: Dois Estudos de Comunicação Visual. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 1995.
Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil no Google Notícias. Análise dos recursos de pesquisa.
[editar] Ver tambémTV JB
JB FM
[editar] Ligações externasJornal do Brasil
* Centro de Pesquisa e Documentação do Jornal do Brasil

Jornal do Brasil Digitalizado das décadas de 30 a 90
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal_do_Brasil"
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Berlinense • Standard • Tabloide
Outros tópicos
Escola de jornalismo • Técnica de redação • Op-Ed •
Plantão • Prêmio Pulitzer • Prêmio Esso • RSF • Newsroom
v • e
Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa — em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento.

O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, com o advento da World Wide Web, vieram também os jornais online, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido.

Índice [esconder]
1 História da imprensa periódica
1.1 Primórdios
1.2 A imprensa pré-industrial
1.3 A Imprensa Capitalista e a Industrialização
1.4 Novas tecnologias de comunicação
1.5 Jornalismo e seu alcance global
2 Falta de Liberdade de Expressão e Censura
2.1 Censura no Brasil durante a Ditadura Militar
3 Imprensa no Brasil
4 Referências bibliográficas
5 Ver também
6 Ligações externas

[editar] História da imprensa periódicaJá foi dito que, se o termo "Jornalismo" é relativamente moderno, a sua história é muito antiga e se confunde, inevitavelmente, com a da imprensa, desde quando Johannes Guttenberg aperfeiçoou a técnica de reprodução de textos por meio do uso dos tipos móveis.

[editar] PrimórdiosDesde séculos antes, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. As primeiras reproduções da escrita foram, sem dúvida, obtidas sob um suporte de (cera) ou de (argila) com os selos cilíndricos e cunhas, encontrados nas mais antigas cidades da Suméria e da Mesopotâmia do século XVII a. C.

A primeira publicação regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. Esta publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo Ditador (conceito romano do termo). Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.

O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornal Ta King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.


Uma tipografia do século XV, Xilogravura de Jost Amman, 1568Em 1440, Gutenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.

Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.

Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois, registava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226.

Durante o século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, Leon, Frankfurt e Antuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.

[editar] A imprensa pré-industrialA primeira publicação impressa periódica regular (semanal), o Nieuwe Tijdinghen, aparece em 1602, na Antuérpia. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1609: o Relation aller fürnemmen und gedenckwürdigen Historien (Relação de todas as notícias notáveis e rejubilantes), em Estrasburgo, e o Avisa Relation oder Zeitung. Em 1615, surge o Frankfurter Journal, primeiro periódico jornalístico, também semanal e em alemão.

Em 1621, surgiu em Londres o primeiro jornal particular de língua inglesa, The Corante. No ano seguinte, um pacto entre 12 oficinas de impressão inglesas, holandesas e alemãs determinou intercâmbio sistemático de notícias entre elas. No mesmo ano, Nathaniel Butler fundou também em Londres o primeiro hebdomadário: o Weekly News, que, a partir de 1638, seria o primeiro jornal a publicar noticiário internacional. Foi seguido na França por La Gazette, de Théophraste Renaudot cujo primeiro número foi publicado em 30 de maio de 1631, e na Holanda pelo Courante uyt Italien ende Duytschlandt, em 1632.

O primeiro jornal em português foi fundado em 1645, em Portugal: era A Gazeta, de Lisboa.

O jornal mais antigo do mundo ainda em circulação foi o sueco Post-och Inrikes Tidningar, que teve início em 1645. Até então, estas publicações tinham periodicidade semanal, quinzenal, mensal ou irregular. Foi só a partir de 1650 que surgiu o primeiro jornal impresso diário do mundo, o Einkommende Zeitungen (Notícias Recebidas) fundado na cidade alemã de Leipzig.

A primeira revista, em estilo almanaque, foi o Journal des Savants (Diário dos Sábios), fundado na França em 1665.

No Novo Mundo, o primeiro jornal apareceu nas colónias britânicas da América do Norte (futuros Estados Unidos), publicado em Boston: o Publick Occurrences, Both Forreign and Domestick, que no entanto só teve uma edição. De 1702 a 1735 circulou o primeiro jornal diário em inglês, o Daily Courant, de Samuel Buckley, também nas colônias britânicas. Em 1729, nasceu o Pennsylvania Gazette, de Benjamin Franklin, primeiro jornal a se manter com renda publicitária. No mesmo ano eram fundados a Gaceta de Guatemala e Las Primicias de la Cultura de Quito, primeiros jornais latino-americanos. O primeiro jornal diário da América foi a Gaceta de Lima, circulando diariamente a partir de 1743.

Em 1728, é criado o St. Peterburgo Vedomosti, o jornal mais antigo da Rússia, ainda em circulação.

[editar] A Imprensa Capitalista e a Industrialização
Imprensa Oficial, em Belo Horizonte.Nos séculos XVIII e XIX, os líderes políticos tomaram consciência do grande poder que os jornais poderiam ter para influenciar a população e proliferaram os jornais de facções e partidos políticos. O The Times, de Londres, começa a circular em 1785, com o nome de The Daily Universal Register. Seria rebatizado para The Times três anos depois.

No século XIX, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo como negócio lucrativo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os diários atuais. Nos Estados Unidos, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst criaram grandes jornais destinados à venda em massa. Em 1833, foi fundado o New York Sun, primeiro jornal “popular”, vendido a um centavo de dólar. Já The Guardian, um dos jornais mais vendidos do Reino Unido até hoje, surge em 1821.

O Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa. Somente em 1808 é que surgem, quase simultaneamente, os dois primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense, editado e impresso em Londres pelo exilado Hipólito da Costa; e a Gazeta do Rio de Janeiro, publicação oficial editada pela Imprensa Régia instalada no Rio de Janeiro com a transferência da Corte portuguesa.

Acompanhando a industrialização ocidental, o Japão ganha seu primeiro jornal em 1871, com o Yokohama Itachi Uhciha Shimbun (Notícias Diárias de Yokohama). Atualmente, o Japão é o país com maior índice de circulação per-capita no mundo.

Surgiram, ainda no século XIX, empresas dedicadas à coleta de informações sobre a atualidade que eram vendidas aos jornais. Estas empresas foram conhecidas como agências de notícias ou agências de imprensa. A primeira delas foi fundada em 22 de outubro de 1835 pelo francês Charles-Louis Havas: a Agence des Feuilles Politiques, Correspondance Générale, que viria a se tornar a atual Agence France-Presse.

Em 1848, jornais de Nova York se juntam para formar a agência Associated Press, durante a guerra dos EUA contra o México. O principal motivo da associação, na época, era contenção de custos entre os periódicos.

Em 1851, o alemão Paul Julius Reuter funda a agência Reuters. No mesmo ano, é fundado The New York Times, o principal jornal de Nova York e até hoje um dos mais importantes nos EUA e no mundo.

A United Press International é criada em 1892. A agência alemã Transocean é fundada em 1915 para cobrir a I Guerra Mundial na Europa, com a visão da Tríplice Aliança. Em 1949, três agências alemãs se unem para formar a Deutsche Presse-Agentur (DPA).

[editar] Novas tecnologias de comunicaçãoO início da Guerra Civil dos Estados Unidos da América, em 1861, é um marco para a imprensa, pelas inovações técnicas e novas condições de trabalho. Repórteres e fotógrafos recebem credenciais para cobrir o conflito. De lá, desenvolvem o lead para assegurar que a parte principal da notícia chegará à redação pelo telégrafo. Os jornais inventam as manchetes, títulos em letras grandes na primeira página, para destacar as novidades da guerra.

O primeiro jornal a enviar correspondentes para dois lados de uma guerra foi o The Guardian, de Manchester, na Guerra Franco-Prussiana, em 1871.

Em 1844, a invenção do telégrafo por Samuel Morse revoluciona a transmissão de informações, e permite o envio de notícias a longas distâncias. Mas o telégrafo só ganharia um aumento exponencial da sua capacidade a partir da instalação dos cabos submarinos, na segunda metade do século XIX, que unem os continentes. O primeiro despacho transatlântico por telégrafo, por exemplo, foi enviado pela AP em 1858. A comunicação por telégrafo liga o Brasil à Europa a partir de 1874; começam a chegar ao país despachos de agências internacionais.

Também aparecem novidades nas técnicas de impressão. A primeira rotativa começa a funcionar em 1847, nos EUA. No ano seguinte, o Times de Londres cria rotativa que imprime 10 mil exemplares por hora. O linótipo foi inventado em 1889, por Otto Merganthaler, revolucionando as técnicas de composição de página com o uso de tipos de chumbo fundidos para gerar linhas inteiras de texto.

A fotografia começou a ser usada na imprensa diária em 1880. A Alemanha foi o primeiro país a produzir revistas ilustradas graficamente com fotografias.

Em 1919, surge o New York Daily News, primeiro jornal em formato tablóide.

A primeira transmissão de rádio transatlântica foi feita em 1903, por Marconi. As primeiras emissoras de rádio, sugidas na década de 1920, tomaram grande parte do protagonismo dos jornais no acompanhamento passo-a-passo dos fatos da atualidade. Ao mesmo tempo, apareceram os cinejormais, filmetes de atualidades cinematográficas. O primeiro deles, o Fox Movietone News, surgiu em 1927, com o uso do som no cinema.

As primeiras transmissões de televisão foram feitas nos Estados Unidos nos anos 1930, e já nos anos 1950 a televisão competia com o rádio pela possibilidade de transmitir informação instantaneamente, com o adicional sedutor da imagem. O videotape foi inventado em 1951, mas só começou a ser usado em larga escala a partir dos anos 1970.

[editar] Jornalismo e seu alcance globalO final do século XX assistiu a uma revolução nas tecnologias de comunicação e informação, levando à formação de uma meios de comunicação como instituições (privadas) de alcance global, tanto para o jornalismo quanto para o entretenimento (cultura e diversões).

Em 1962, o jornal norte-americano Los Angeles Times utiliza fitas perfuradas para agilizar a composição em linotipos. Naquele mesmo ano, entrou no ar o Telsat I, primeiro satélite de telecomunicações específico para os mídia. Sete anos depois, realizou-se a transmissão da chegada da missão Apolo XI, dos EUA, à Lua.

Desde a segunda metade do século XX, várias empresas editorais publicam jornais semanais que se assemelham a revistas, tratando de conteúdo generalista ou temático. Muitas revistas, então, deixam de existir. A revista Life deixou de ser publicada em 1972. No Brasil, desaparecem O Cruzeiro e Realidade.

Em 1973, apareceram os primeiros terminais computadorizados para edição jornalística. A fotocomposição começava a substituir a linotipia. No jornal Minneapolis Star, começou a ser testado um sistema que possibilitava a diagramação eletrônica e o envio das páginas direto para a impressão, eliminando o processo de composição manual.

Em 1980, começam as transmissões da rede CNN, que em pouco mais de 10 anos tornar-se-ia a referência em jornalismo televisivo internacional. Ela ganha notoriedade mundial com a cobertura da Guerra do Golfo em 1991.

Os canais internacionais de televisão por assinatura, televisão a cabo e a Internet comercial só chegaram ao Brasil em 1992. Em 11 de setembro de 2001, isso possibilita a transmissão ao vivo do maior atentado terrorista da História.O dia que a televisão foi inventada foi dia 18 de novembro .

[editar] Falta de Liberdade de Expressão e CensuraUm dos maiores problemas da imprensa mundial é a falta de liberdade de expressão e a censura do jornalismo em alguns países. Geralmente, a falta de Liberdade de Expressão pode ser encontrada em países onde há uma ditadura, onde a imprensa local deve obedecer sempre as ordens do Governo, ou então, é censurada por tempo indeterminado. Em nações onde há ditadura, são poucas as organizações que sempre obedecem os ditadores.

[editar] Censura no Brasil durante a Ditadura MilitarDurante a Ditadura Militar do Brasil, várias organizações de meios de imprensa - seja rádio, TV ou jornais - foram censurados pois não obedeciam as ordens do governo militar que foi formado no golpe militar de 1965 a 1967, que derrubou o então presidente João Goulart.

[editar] Imprensa no BrasilVer artigo principal: Imprensa no Brasil
[editar] Referências bibliográficasABREU, Alzira Alves de. A Modernização da Imprensa (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
BALZAC, Honoré de. Os Jornalistas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
BELLANGER, Claude (org.). Histoire Générale de la Presse Française. Paris: PUF, 1969.
DARNTON, R. e ROCHE, D. (org.). Revolução Impressa – a imprensa na França 1775-1800. São Paulo: Edusp, 1996.
GARGUREVICH, Juan. Historia de la Prensa Peruana (1594-1990). Lima: La Voz, 1991.
MATTELART, Armand. Comunicação-Mundo: história das técnicas e das estratgias. Petrópolis: Vozes, 1994.
[editar] Ver tambémO Wikiquote possui citações de ou sobre: ImprensaO Wikcionário possui o verbete ImprensaJornalismo
Jornal
Índice de Liberdade de Imprensa
Revista
Televisão
Assessoria de Imprensa
Design Gráfico
Tipografia
Comunicação
Lista de jornais e revistas
Imprensa gratuita
Circulação de publicações
[editar] Ligações externasFederação Internacional de Imprensa Periódica (FIPP)
Federação Latino-Americana de Imprensa Periódica (FLAPP)
Associação Brasileira de Imprensa
Associação Nacional de Jornais (Brasil)
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World Press Institute
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9397 - HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL

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jun 2009 02 A HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL27Escrito por Serg Smigg | Postado em Especial BGC | Tags: Brasil, Especial BGC, história do jornalismo, impressa, jornalismo atual, notícia, Portugal, primórdios do jornalismo, Repórter Esso, Serg Smigg
por Serg Smigg
especial@blogdacomunicacao.com.br

“Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados fatuais e divulgação de informações. Também define-se Jornalismo como prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos em geral. Jornalismo é uma atividade de Comunicação, especialmente pública.”

A descrição acima é facilmente encontrada na Internet; neste caso, no endereço da Wikipedia. E leva a uma visão geral das atividades encontradas dentro do conceito de jornalismo. Entretanto, ao se aprofundar um tanto mais no tema, é possível verificar que o termo adquiriu abrangência extrema ao longo do tempo.

Início
Até a independência de Portugal, as atividades jornalísticas no Brasil eram ocasionais. Como colônia, o país não poderia instituir sequer escolas superiores. Apesar disso, alguns estudiosos consideram as cartas pessoais, trocadas entre colonizadores e seus parentes do além-mar, como expressão de uma espécie de jornalismo embrionário. Sob esse raciocínio, muitos desses observam que a carta de Pero Vaz de Caminha apresenta características bastante próximas das do jornalismo.

A chegada da Família Real, que buscou na sua maior colônia o refúgio necessário das tropas de Napoleão, foi um marco de desenvolvimento geral para o Brasil de então. Por decreto do príncipe regente D. João, oficializou-se a divulgação de notícias diversas no País, em maio de 1808. Em princípio, eram mais informes políticos, mas o interesse público fez ampliar a abrangência da instituição, dando origem posteriormente a empresas da área.

Os Primeiros Veículos
Com a instalação de Família Real Portuguesa no Brasil, instalou-se também a oposição. O primeiro jornal brasileiro, Correio Braziliense, foi criado com bases oposicionistas. Tendo sido editado na Europa por 14 anos seguidos, nasceu dos esforços do gaúcho Hipólito José da Costa. Rebelde, com profundos conhecimentos sociais e pleno ativista, da Costa foi imediatamente considerado um perigo aos poderes reais. Como retaliação aos planos do republicano, D. João VI criou a Imprensa Régia para editar o jornal monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. Pode-se dizer, então, que o jornalismo brasileiro tem em suas raízes a controvérsia.


O jornalismo nos primórdios: Crédito: Reprodução Com o passar do tempo, o Jornalismo foi se adaptando às épocas, quase como obrigatoriedade de sobrevivência. De maneira fácil, passou das notícias políticas aos informes sociais e esportivos, tendendo sempre ao que o já exigente mercado requeria. Por esse aspecto, o jornalista passou a ser visto ou como inimigo ferrenho ou como aliado indispensável do político, do esportista, das celebridades sociais.

Nenhuma outra atividade profissional mantém tantos elos diretos com a sociedade, e a formação desta, que a jornalística. Talvez nem mesmo a política que, em tese, é a representante mais próxima das características de uma comunidade. Isto é fato porque, apesar de ter suas regras éticas específicas e leis regulamentadoras, o jornalismo toca o que a coletividade tem de mais humano. Desta forma, a maneira como o leitor compreende uma informação depende de sua formação social e mental. O slogan da página do OI – Observatório da Imprensa apresenta como pano de fundo uma idéia da complexa relação entre sociedade e jornalismo: você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito.

O jornalista João Drummond, no jornal O Globo de 16/10/07, classifica o jornalismo como missão nobre e ingrata, pois é capaz de levar alegrias e decepções no mesmo momento. As notícias abaixo são capazes de mostrar a contradição acima.

A Morte de Tancredo Neves


Jornal O Globo, noticia a morte de Tancredo Neves – Crédito: Reprodução Em abril de 85, o País foi tomado de assalto em suas emoções com a morte de seu representante político de maior empatia popular, na época. Em todo canto do território nacional, não houve um só brasileiro que não lamentasse o fato (veja vídeo da notícia no link abaixo).


Brasil: Campeão do Mundo de 58
Em meados daquele ano, o Brasil finalmente dava os primeiros passos de recuperação pelo vexame de oito anos antes, quando então perdia o campeonato mundial de futebol para o Uruguai, dentro do Maracanã.

Você encontra mais notícias e informações sobre a notícia, clicando aqui e vê no vídeo da notícia abaixo.


Brasil: Derrotado em 50
O futebol já era ponto de discussão geral em todos os cantos do País, mas a surpresa da derrota foi maior porque tudo indicava a vitória.


Lance do Maracanazzo de 1950 – Crédito: O Globo Veja vídeo abaixo.


Algumas Curiosidades
Pioneiro das Américas: Publick Ocurrences Both Forreign and Domestick (Ocorrências Públicas Estrangeiras e Locais). Foi lançando na quinta-feira 25 de setembro de 1690 na cidade de Boston (EUA).
Maior venda: jornal japonês YOMIURI SHIMBUN, de 1874. Mais de 10 milhões de exemplares.
Gazeta: A palavra é italiana. É uma moeda de cobre usada para que os venezianos pagassem para ler ou ouvir notícias da região.
Símbolo: Talvez o símbolo mais forte do jornalismo sejam o jingle e o slogan do noticiário de rádio Repórter Esso. Veja nos vídeos abaixo:



PARA DESCONTRAIR
Diferentes ângulos da Notícia: “Chapeuzinho Vermelho na imprensa”

Um pouco de humor
Umberto Eco, escritor e pensador italiano contemporâneo, inseriu no estudo da comunicação um conceito a que chamou de “ruídos”, fenômenos temporais que atrapalham a recepção (compreensão) da notícia (idéia) exatamente como foi divulgada (emissão). Um desses ruídos é a maneira como a notícia é transmitida.

Veja abaixo uma demonstração bem-humorada de “ruídos” na notícia da “tragédia” de Chapeuzinho Vermelho:

JORNAL NACIONAL
(Bonner): Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um
lobo na noite de ontem…
(Fátima): … mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia.

PROGRAMA DA HEBE
Que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas
essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é
mesmo?

BRASIL URGENTE
Onde é que a gente vai parar? Cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva… um lobo, um lobo safado. Põe na tela. Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.

REVISTA VEJA
Lula sabia das intenções do lobo

REVISTA CLÁUDIA
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho

REVISTA NOVA
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama

FOLHA DE S. PAULO
(Legenda da foto) Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador
(Na matéria) Zoólogo explica hábitos dos lobos
(Infográfico) Como Chapeuzinho foi devorada e depois
salva pelo lenhador

O ESTADO DE S. PAULO
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT

O GLOBO
Petrobras apoia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra
salvar menor de idade carente

ZERO HORA
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS

AGORA
Sangue e tragédia na casa da vovó

REVISTA CARAS
(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte)
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: “Até ser
devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa”.

PLAYBOY
(Ensaio fotográfico no mês seguinte)
Veja o que só o lobo viu

REVISTA ISTO É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente

REVISTA CARTA CAPITAL
Lobo Mau tinha ligações com FHC e o objetivo era desestabilizar o
governo Lula e o PT

G MAGAZINE
(Ensaio fotográfico com lenhador)
Lenhador mostra o machado

SUPER-INTERESSANTE
Lobo mau! mito ou verdade ?

DISCOVERY CHANNEL
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver

NEW YORK TIMES
Obama declara que irá enviar tropas armadas à região de conflito entre
lobos maus e chapeuzinhos

Outras fontes deste artigo: Observatório da Imprensa e Faculdade de Comunicação da UFBA.


Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina
Serg Smigg
Serg Smigg, é colunista e revisor do Blog da Comunicação.
27 comentários
Luiz Antonio Andre disse:
02/06/2009 às 22:07 Excelente matéria, Serg. Um resumo muito bem feito da história do jornalismo brasileiro e ainda uma pitada de humor. Só para completar, um jornal aqui de Blumenau, noticiou que o lenhador seria tataraneto do Dr. Hermann Otto Blumenau, fundador da cidade.

Abraços

Responder
Serg disse:
03/06/2009 às 9:27 Meu caro,

meus agradecimentos pela consideração e palavras sobre meu texto.
Quanto ao lenhador ter sido tataraneto de H. O. Blumenau, obtive também tal informação. Somente não a inseri porque minha fonte não é segura e por haver outra cidade, vizinha a Blumenau, pleiteando a honra. Eh! Eh!
De qualquer maneira, grato pela informação.

Responder
James Freitas disse:
02/06/2009 às 22:57 Parabéns Serg,
Excelente reportagem!
Esse tour pelo jornalismo é interessantissimo!!!

PArabéns pelo trabalho!

Grande Abraço

Responder
Serg disse:
03/06/2009 às 9:31 Meu amigo,

a qualidade do texto de um jornalista ou redator é produto, também, do esforço de quem o incentiva.

Obrigado.

Responder
Danilo Vaz disse:
02/06/2009 às 23:36 OW Serg…Òtimaa Reportagem…em pequenas palavras uma viajem ótima no jornalismo brasileiro Parabéns!

Responder
Serg disse:
03/06/2009 às 9:32 Meu caro,

você não tem idéia de como suas palavras se adaptam bem ao profissionalismo que tento impor a meu trabalho.

Meu muito obrigado pela gentileza.

Conte comigo!

Responder
João Drummond disse:
03/06/2009 às 8:28 Obrigado por repostar a minha opinião em assunto tão importante.
Retificando, não tenho, infelizmente formação em jornalismo. Escreví aquele texto na condição de leitor.
Trabalhei, é verdade com jornalismo amador.
Coloquei no texto a minha visão de leitor diante do bombardeio de informações que nos assombram e se escancaram todo santo dia. Destaco tambem a questão do jornalismo anti-ético que vê a noticia como um produto de consumo que pode ser tratado pelo marketing de encomenda para se tornar mais palatável ao leitor “simples mortal”. Haja ketchup e mostarda. Vejam o texto completo em:

http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2007/10/16/298170150.asp

Conheçam tambem

http://amigosletras.blogspot.com/

Responder
Renata Monteiro disse:
03/06/2009 às 12:49 Adorei as curiosidades!!! Queria mais!
Parabéns!
Até

Responder
Grazi disse:
03/06/2009 às 22:15 Que ótimo se deliciar na história do jornalismo.. eu particularmente viajo e adoro..
Repórter Esso, como é bom.. tenho a transmissão do último programa que foi ao ar no final da década de 60..

Ótimo texto

Responder
Grazy!!!! disse:
04/06/2009 às 13:33 Parabéns pela matéria, é muito importante que as pessos saibam como tudo começou aqui em nosso país.Pretendo seguir esta profissao que particularmente acho maravilhosa,que além de informar as pessoas aprende também.A cada matéria que você publica ou reportagem que apresenta esta informando e aprendendo também…..Gostaria de poder conhecer mais sobre o seu trabalho.

Responder
Guilherme Freitas disse:
04/06/2009 às 15:00 O jornalismo é uma das profissiões mais belas e nobres do mundo. Infelizmente ele muitas sofre censura e pressão por parte de políticos, governos, empresas, patrocinadores, mas nada é capaz de abalar e desmerecer esta profissão. Como jornalista profissional gostei demais do texto, claro e bem escrito. Muito bacana também a parte final, para descontrair. Todos os fatos citados no artigo através de vídeos também estão marcados na história do nosso país. Parabéns Serg, um abraço.

Responder
alessandra disse:
16/06/2009 às 14:02 q legal muito enteresante !!!!!!!!!!!!!

Responder
decisão do Supremo, ninguém bota a mão… « catarse fashion disse:
18/06/2009 às 13:54 [...] um artido muito bacana (aqui) e tantos outros e em suma não vi ninguém falar: ” as faculdades acadêmcias de [...]

Responder
Wander Veroni disse:
21/06/2009 às 17:28 Ótimo post! Isso ajuda a difundir a profissão para as pessoas, muito bom! De modo reflexivo, percebemos que desde o seu início, pelo menos aqui no Brasil, o Jornalismo foi marginalizado e tratado como coisa menor. Bom, não difere muito dos tempos atuais onde o STF chama os jornalistas de cozinheiros, artistas e intelectuais.

Somos profissionais graduados, sim! E a comunicação evolui para Ciência, graças a Deus. Não só no Brasil, mas em todo mundo existem pesquisadores de várias vententes da Comunicação e, principalmente, do Jornalismo.

Mas enfim, o artigo está muito completo e ajuda mostrar a evolução do Jornalismo até o dia dos hoje. Adorei ver como cada veículo noticiaria a história da Chapeuzinho Vermelho.

Abraço

Responder
Luana Costa disse:
30/08/2009 às 11:42 Nossa, adorei o texto. Muito bem escrito. É realmete muito gostoso viajar na história do jornalismo, para quem gosta, é um prato cheio e delicioso, com gostinho de quero mais! Parabéns Serg você é ótimo. Sou estudante de jornalismo e ainda engatinho, tomara que um dia eu chegue lá…

Luana

Responder
Mariane Fonseca disse:
14/09/2009 às 14:24 sou uma esrudante do 1 ano e estou fazendo um trabalho sobre a diferenca do jornal televisivo para o jornal impreso e gostei muito da sua materia parabens!
um otimo profissional voce! Show de bola

Responder
Lucas disse:
09/10/2009 às 13:33 gostei principalmente da parte de humor que foi bem elaborada

Responder
Lucas disse:
09/10/2009 às 13:35 Os videos tambem ajudam muito a mostrar a historia do jornalismo

Responder
livia ribeiro disse:
08/11/2009 às 22:49 tem que ser mais clara
mas os videos ajudão muito

Responder
carlos Eduardo Garibaldi disse:
08/12/2009 às 10:16 Bagé, 8 de dezembro de 2009
Prezados colegas de ofício!
Adorei o que li neste blog, pois a historia do jornalismo é muito importante que as pessoas saibam, ainda mais agora com todo este impasse de dispensa e não disgaribaldipensa o diploma, fato este abominável.
Uma vez fui impedido de dar aula por não ter título de professor e um professor sem titulação de jornalista exerce a função de jornalista junto a uma prefitura, então que país é este??? Carlos Eduardo

Responder
Ielda Castro disse:
16/01/2010 às 12:47 Sou professora e estou trabalhando em sala um projeto sobre a inflência do jornal na sociedade.A história da chapeuzinha caiu como uma luva para trabalhar esse assunto.O resumo sobre a história do jornalismo foi excelente e muito útil.Parabéns pelo texto.

Responder
Adonias disse:
03/02/2010 às 22:31 Eu moro aqui em Fortaleza, onde na minha opinião se deveria mostrar como tudo começou no Jornalismo, que particularmente, é uma profissão espetacular e pretendo seguir firmemente. E agora então que li essa matéria me interessei ainda mais.
Muito obrigado por essa matéria. UFC ai vou eu.

Responder
Joy Costa disse:
04/03/2010 às 19:50 Eu faço Publicidade e propaganda.. e adorei a forma de como foi contada a história do chapeuzinho vermelho…se baseando em muitas das formas de comunicação que temos em nosso Brasil..de acordo com cada perfil e tal..bem, bolado. parabéns.xD

Responder
OTONIEL AJALA DOURADO disse:
23/03/2010 às 20:24 DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA…

“As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!” Otoniel Ajala Dourado

O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA

No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado pelo Exército e Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do SÍTIO DA SANTA CRUZ DO DESERTO ou SÍTIO CALDEIRÃO, cujo líder religioso era o beato “JOSÉ LOURENÇO GOMES DA SILVA”, paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre CÍCERO ROMÃO BATISTA, encarados como “socialistas periculosos”.

O CRIME DE LESA HUMANIDADE

O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte/CE, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.

A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS

Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará é de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza – CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo: a) que seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) a exumação dos restos mortais, sua identificação através de DNA e enterro digno para as vítimas, c) liberação dos documentos sobre a chacina e sua inclusão na história oficial brasileira, d) indenização aos descendentes das vítimas e sobreviventes no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos

A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO

A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá em 16.09.2009, extinta sem julgamento do mérito, a pedido do MPF.

AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5

A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do SÍTIO CALDEIRÃO é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;

A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA

A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo DESAPARECIMENTO FORÇADO de 1000 pessoas do SÍTIO CALDEIRÃO.

QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA

A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem localizar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes do “GEOPARK ARARIPE” mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?

A COMISSÃO DA VERDADE

A SOS DIREITOS HUMANOS busca apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue a notícia em seu blog/site, bem como a envie para seus representantes no Legislativo, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal a localização da COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO.

Paz e Solidariedade,

Dr. Otoniel Ajala Dourado
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS – DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
http://www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br

Responder
História da Comunicação no Brasil disse:
11/05/2010 às 20:17 [...] do Blog da Comunicação (www.blogdacomunicacao.com.br/a-historia-do-jornalismo) Deixe um [...]

Responder
Monsueto Araujo de Castro disse:
02/07/2010 às 12:29 MOVIMENTO NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DO VOTO – MONAV
Na luta contra a fraude e a corrupção eleitoral

VOTE BEM – OS DEZ NÃOS

1º – Não deixe de votar, valorize o seu voto

2º – Não vote contrariando a sua opinião, o seu voto é secreto

3º – Não vote para contentar parentes ou amigos, escolha o melhor candidato

4º – Não venda o seu voto, garanta a sua liberdade de escolha

5º – Não troque o seu voto por favores, o seu voto é livre e soberano

6º – Não vote sem conhecer a capacidade e o programa do candidato

7º – Não vote sem conhecer a competência e o passado do candidato

8º – Não vote sem conhecer o caráter do candidato, o seu voto merece respeito

9º – Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto, use de sua firmeza

10º – Não vote em candidato com Ficha Suja, deve ser Ficha Limpa

ESCOLHA BEM NA HORA DE VOTAR

Site:www.monav.com.br
EMAIL: contato@monav.com.br

Responder
washington disse:
09/11/2010 às 10:44 quando comecou a estoria do jornalismo e para que serve o jornalismo e quau a finalidade.

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9396 - HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL

A imprensa brasileira teve um nascimento tardio, como
tardios foram o ensino superior, as manufaturas, a própria
independência política e a abolição da escravatura.
Fatores como esses geraram um legado de analfabetismo e
concentração da renda que, sentidos até hoje, significaram
condicionantes da evolução da imprensa brasileira ao impedir
que o público leitor nacional atingisse o percentual
registrado em países com economia de porte semelhante
ou maior. Os vários períodos sob regime de exceção, em
particular as fases mais repressivas da Era Vargas (1930-
1945) e os Governos Militares (1964-1984) afetaram de
diversas formas o desenvolvimento da atividade jornalística
nacional. Apesar das dificuldades e limitações, como se
pode observar nos textos a seguir, o Brasil tem um número
apreciável de jornais que têm revelado notável capacidade
de inovação técnica e editorial, o que lhes permitiu vencer
todos os desafios surgidos até hoje.
Impressos circularam no Peru já em 1594, e o primeiro
jornal em território latino-americano, comparável aos
que se editava na Europa, foi a Gazeta de México y Noticias
de Nueva España, de 1722. Sete anos depois surgia, na
hoje América Central, a Gazeta de Goathemala. Na América
do Sul, ainda no século XVIII, o Peru teve três periódicos,
sendo o primeiro a circular regularmente o Diario
de Lima, fundado em 1790. Na Colômbia, o primeiro jornal,
Papel Periódico de Santa Fé de Bogotá, foi lançado
no ano seguinte. Um jornal bilíngüe e editado pelas tropas
de ocupação britânicas foi o primeiro jornal uruguaio –
The Southern Star-La Estrella del Sur –, do qual só saíram
oito números. De um modo geral foram publicações efêmeras,
como as duas iniciativas registradas na Argentina
no mesmo século e o Telégrafo Mercantil, Rural, Político
Econômico e Histórico del Rio de La Plata, fundado em
1801 e fechado pelo vice-rei no ano seguinte, mas geralmente
considerado como marco fundador da imprensa argentina.
Somente no século XIX surgiriam na América
Latina jornais duradouros, com perfil informativo e periodicidade
regular.
I – Antecedentes
Portugal teve imprensa antes do descobrimento
do Brasil. O Pentateuco,
livro religioso impresso em hebraico,
foi concluído em 30 de junho de
1487, na oficina de Samuel Gacon.
Em território brasileiro, o primeiro
prelo a funcionar regularmente foi o
que imprimiu a Gazeta do Rio de
Janeiro, em 10 de setembro de
1808.
Imprensa Brasileira - dois séculos de história
A imprensa brasileira tem duas datas como
marcos fundadores: o lançamento, em Londres,
do Correio Braziliense, em 1º de junho, e a criação
da Gazeta do Rio de Janeiro, em 10 de setembro,
ambos de 1808. A qual dos dois cabe o
título de precursor é tema de controvérsia em função
das características de ambos, principalmente
em torno das datas, dos locais em que circularam
suas primeiras edições e de quem os editava.
Ao contrário dos principais países latinoamericanos,
o Brasil entrou no século XIX sem
tipografia, sem jornais e sem universidades (que
contribuíam para a formação do público leitor).
Em 1706, uma Carta Régia, enviada ao governador
Francisco de Castro Moraes, ordenava o seqüestro
das “letras impressas e notificar os donos
delas e os oficiais da tipografia que não imprimissem
nem consentissem que se imprimissem livros
ou papéis avulsos”. O material supostamente pertenceria
a um impressor de Recife cujo nome é
até hoje desconhecido. Mais que isso: não se tem
qualquer informação sobre sua identidade, seu
prelo ou o produto de seu trabalho. A única referência
documental a eles, portanto, é a medida
repressiva a respeito de cuja data exata os historiadores
também divergem. É possível, até, que
nunca tenha existido de fato.
O dono do primeiro prelo a comprovadamente
funcionar no Brasil, em 1746, foi Antônio
Isidoro da Fonseca, que transferiu sua oficina
de Lisboa para o Rio de Janeiro. Com a devida
autorização do governador Gomes Freire,
imprimiu dois textos, um dos quais de apenas
uma página. Apesar disso, uma Ordem Régia,
editada meses mais tarde, mandou seqüestrar e
enviar as “letras de imprensa de volta ao Reino,
por conta e risco de seus donos”. Em 1750, o
mesmo Antônio Isidoro, antes de deixar Lisboa,
pediu autorização para instalar uma oficina no
Rio de Janeiro, mas o pedido foi negado.
A primeira tipografia a funcionar de forma
duradoura no País viria a bordo da nau Medusa,
integrante da esquadra que transferiu a Corte,
em sua fuga de uma Lisboa assediada pelas tropas
napoleônicas. Foi referindo-se a esse material
tipográfico que o príncipe D. João (mais tarde
D. João VI) baixou o decreto de 13 de maio
Correio Braziliense e Gazeta do Rio de Janeiro são os primeiros jornais brasileiros. Nesta ilustração, as
primeiras páginas de ambos, respectivamente, de 1º de junho e de 10 de setembro de 1808.
II – Os primeiros tempos
de 1808, determinando a instalação da Impressão
Régia no Rio de Janeiro, com a ressalva de que
nela “se imprimam exclusivamente toda a legislação
e papéis diplomáticos que emanarem de qualquer
repartição do meu real serviço, e se possam
imprimir todas e quaisquer obras, ficando inteiramente
pertencendo seu governo e administração à
mesma Secretaria”.
Com os prelos de 1808, não veio, portanto, a
liberdade de imprensa. Pouco mais de um mês
depois, uma série de medidas renovou os dispositivos
referentes à censura e à vigilância sobre os
impressos, tanto os oriundos da Impressão Régia
quanto do exterior. Em 4 de setembro de 1811, D.
João ordenou a apreensão de uma tipografia, enviada
da Inglaterra para a Bahia (onde outra fora
autorizada a funcionar, sob censura, em 1810).
Enquanto isso, em 1º de junho de 1808, Hipólito
José da Costa Pereira Furtado de Mendonça,
natural de Colônia do Sacramento (atual território
uruguaio), lançava o Correio Braziliense ou
Armazém Literário – a primeira publicação regular
livre de censura, em língua portuguesa. Foi
publicada ininterruptamente até dezembro de
1822, sempre em Londres, sempre como mensário.
O nome estava relacionado a uma distinção
que o editor fazia entre “braziliense” e
“brasileiro”, assim explicada por ele: “Chamamos
Braziliense, o natural do Brasil; Brasileiro, o português
europeu ou o estrangeiro que lá vai negociar
ou estabelecer-se...”. Com isso fica claro, a
partir do título, que a publicação estava voltada
para o Brasil, apesar de impressa no exterior.
Muitos autores afirmam que Hipólito foi um
lutador pela independência do Brasil. No entanto,
em alguns textos ele próprio sustenta posições
contrárias. Quando até D. Pedro já se insurgira
contra a autoridade de Lisboa – o “Fico” foi em 9
de janeiro de 1922 –, na edição de fevereiro de
1822, ele escrevia: “...Recomendando a união,
temos sempre dirigido nossos argumentos aos
brazilienses... Mas infelizmente achamos que as
cousas vão muito contrário, e que é entre os portugueses
e alguns brasileiros, e não entre os brazilienses,
que se fomenta e se adotam medidas para
essa separação, que temos julgado imprudente,
por ser intempestiva; e que temos combatido...”,
voltando ao assunto na edição de março: “...se os
brazilienses, imitando esse comportamento inconsiderado
das Cortes, derem também o passo inconsiderado
de se declararem independentes...”.
A Gazeta do Rio de Janeiro circulou pela
primeira vez em 10 de setembro de 1808, um sábado.
Foi anunciada como semanário, mas já na
semana seguinte passou a bissemanário. Como a
censura continuasse em vigor, o jornal, dirigido
por Frei Tibúrcio José da Rocha, procurou se apresentar
como independente. “Esta gazeta, ainda
que pertença por privilégio aos oficiais da Secretaria
de Estado dos Negócios Estrangeiros e
da Guerra, não é, contudo, oficial e o governo
somente responde por aqueles papéis que nela
manda imprimir em seu nome”, dizia em seu primeiro
número.
Apesar das transformações econômicas, sociais
e políticas ocorridas no Brasil desde a chegada
da família real, a situação da imprensa não
se alterou antes de 1821. Nesse ano, devido às
decisões das Cortes portuguesas, as restrições à
imprensa diminuíram, enquanto no Brasil as tensões
que levariam à independência faziam florescer
uma imprensa política, polarizada como as
posições políticas do momento, com espaço até
para o Conciliador do Reino Unido (apenas sete
edições), criado pelo mentor da Abertura dos
Portos, José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu,
que se tornou o primeiro brasileiro a redigir e
publicar um jornal totalmente privado, embora
fosse, simultaneamente, membro do conselho de
censura da Impressão Régia e inspetor-geral dos
estabelecimentos literários.
Em 25 de abril de 1822, D. João VI, que herdara
a coroa, retornou para Portugal. Desta data
até 23 de julho de 1840, quando foi declarada a
maioridade de seu neto, o príncipe herdeiro que
seria coroado imperador, como D. Pedro II,
(18/7/1841), proliferaram tipografias, panfletos e
jornais que, como diz a historiadora Isabel Lustosa
ao analisar a imprensa do período 1821-1823,
em grande parte não passavam de “insultos impressos”
muitas vezes transformados em atentados
e agressões, numa luta política da qual o próprio
príncipe e logo imperador, D. Pedro I, participou
com escritos nem sempre elevados. Em
1824, a primeira constituição brasileira outorgada
por D. Pedro I, estabeleceu a liberdade de imprensa
como norma, mas, como aconteceria com
as Cartas posteriores, incluiu limitações suficientemente
vagas para que os governos de turno
aplicassem restrições e represálias.
Como destaca o também historiador Nelson
Werneck Sodré, a época da Regência (1831-
1840) é muitas vezes apresentada como um tempo
de caos, quando o que havia era uma ordem
na qual forças se defrontavam com bons
e sólidos motivos. Mais que insultos, eram idéias
em confronto e muitos dos homens que as sustentaram
pela imprensa pagaram por isso com a vida
ou com os maiores sofrimentos. Entre eles merecem
destaque:
· Cipriano José Barata de Almeida e seu
Sentinela da Liberdade, o primeiro jornal
republicano brasileiro.
· João Soares Lisboa, editor do Correio
do Rio de Janeiro, o primeiro a defender
pela imprensa a convocação de uma
constituinte brasileira e a primeira pessoa
processada no Brasil por abuso da
liberdade de imprensa.
· Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo
(Frei Caneca), editor do Typhis Pernambucano,
no qual defendia a liberdade de
imprensa e condenava a escravidão.
Preso em combate na repressão à Confederação
do Equador (revolta contra o
poder central que eclodiu em 1824), e
fuzilado no dia 15 de fevereiro de 1825,
tornou-se o primeiro mártir da imprensa
brasileira.
· Líbero Badaró, editor do Observatório
Constitucional. Defensor da tese de que
· Líbero Badaró, editor do Observatório
Constitucional. Defensor da tese de que
a imprensa deveria ser tanto livre quanto
responsável, e crítico em relação ao autoritarismo
do Imperador, Badaró morreu,
no dia 21 de novembro de 1830, em
conseqüência do atentado a bala de que
fora vítima na véspera. Foi o primeiro
jornalista assassinado no Brasil em virtude
do que escrevia (antes dele, em 1822,
Zeferino Vito de Meireles, fundador do
Diário do Rio de Janeiro, também morreu
em conseqüência de um atentado,
mas de causas desconhecidas).
Dessa imprensa pioneira, seguem em circulação:
Diario de Pernambuco, lançado em Recife
(PE), em 7/11/1825, Jornal do Commercio, fundado
no Rio de Janeiro (RJ), em 1º/10/1827, e Monitor
Campista, de Campos dos Goytacazes (RJ),
criado em 4/1/1834.
No transcurso do longo Segundo Reinado
(1840-1889), o Brasil manteve-se como uma sociedade
essencialmente rural, com a produção baseada
na mão-de-obra escrava e com uma estrutura
política conservadora. Mesmo ao final do Império,
mais de 90% da população viviam na área
rural e 85% eram analfabetos, inclusive grande
parte dos proprietários de terras. Esse quadro impunha
barreiras intransponíveis ao desenvolvimento
da imprensa brasileira que, entretanto, supera
a fase dos efêmeros pasquins panfletários,
dando origem a jornais mais estáveis e estruturados.
O número de títulos até diminui num primeiro
momento, mas as edições e as tiragens aumentam;
começa a segmentação; a contundência do
embate político diminui, embora o alinhamento
com correntes políticas prossiga.
Do ponto de vista da liberdade de imprensa,
o Reinado de Pedro II é incomparável tanto com a
situação dos países vizinhos quanto com a registrada
na Era Republicana, circunstância em muito
decorrente da postura tolerante do monarca frente
às críticas escritas e ao deboche das caricaturas
que na ausência das fotografias eram a principal
forma de ilustração. Especialmente notável a esse
respeito é o fato de que os jornais que pregavam
a mudança da forma de governo nunca foram
reprimidos por isso, ao contrário do que ocorreria
com as publicações monarquistas, após a
Proclamação da República. A situação era diferente
nas províncias, principalmente naquelas
onde ocorreram conflitos armados, mas na capital,
mesmo durante a Guerra do Paraguai, não
houve cerceamento à imprensa.
O desenvolvimento dos jornais intensificou
-se na segunda metade do século XIX, quando
os títulos mais fortes mudaram de formato, abandonando
o tamanho pequeno, característico
da fase inicial, incorporaram prelos mais modernos
e instalaram-se em prédios construídos especialmente
para abrigá-los. A maioria dos diários
fundados no século XIX deixou de circular.
Permanecem em circulação os cariocas Jornal
do Brasil (Rio de Janeiro) e O Fluminense
(Niterói), os paulistas A Província de São Paulo
[atual O Estado de S. Paulo] (São Paulo) e A
Tribuna (Santos), e o gaúcho Correio do Povo
(Porto Alegre).
III – O jornalismo no Segundo Reinado
D. Pedro II foi alvo de críticas e caricaturas
mordazes e muitas vezes pessoalmente
agressivas, mas jamais admitiu a censura.
Neste cartum da Revista Ilustrada, a legenda
diz: “El Rey, nosso Senhor, e amo, dorme
o sono da indiferença. Os jornais que
diariamente trazem os desmandos desta
situação parecem produzir em Sua Majestade
o efeito de um narcótico”.
Ainda sob o Império a segmentação, que até
então se limitara a jornais políticos, voltados para
a atividade comercial e de informação geral, ampliou-
se com o surgimento dos periódicos ilustrados,
como A Semana Ilustrada (1860); femininos,
como o Jornal das Senhoras (1852); e os voltados
aos imigrantes, como o pioneiro O Colono Alemão
(1836). Do ponto de vista ideológico, no último
quarto do século XIX, a segmentação deu-se
em torno de duas clivagens: entre monarquistas e
republicanos, como já mencionado, e entre abolicionistas
e partidários da ordem escravocrata. Em
defesa dessas causas, as principais lideranças políticas
e intelectuais debateram pelos jornais até
que, num intervalo de 18 meses, a monarquia escravista
desse lugar à república de homens livres.
Na década de 1850, o Brasil entra na era das
ferrovias e das telecomunicações. Entre a primeira
ferrovia – cerca de 15km, ligando Porto da Estrela
a Raiz da Serra, inaugurada em 1854 –, iniciativa
de Irineu Evangelista de Sousa (que por isso
recebeu o título de Barão de Mauá), e o final do
Império, em 1889, foram construídos cerca de
9.000km de estradas de ferro, a maior quilometragem
da América do Sul. Apesar de entrecortado,
esse sistema facilitou a distribuição dos jornais
nas regiões de maior população e mais intensa
atividade econômica, ao mesmo tempo em que
as linhas telegráficas paralelas aos trilhos e operadas
pelas empresas ferroviárias proporcionavam maior
rapidez no fluxo de informações destinadas às redações.
O telégrafo elétrico foi introduzido no Brasil
em 1852 – apenas oito anos após, portanto, o início
das transmissões experimentais de Morse entre Washington
e Baltimore –, ligando o Palácio Real da
Quinta da Boa Vista ao Quartel General do Exército.
Não era de acesso público. Nos anos seguintes, a
rede operada pela Repartição Geral dos Telégraphos
foi ampliada paulatinamente e em maio de 1889 media
10.755Km, com 172 estações entre o Pará e o
Rio Grande do Sul e ramificações para cidades do
interior de diversos estados. Essa rede nacional foi
interligada ao cabo submarino que partia de Londres
e chegava a Recife, cujo trecho transatlântico foi
inaugurado em 1874. O custo e as condições de
transmissão não favoreciam o envio de mensagens
longas, mas permitiram aos jornais das maiores cidades
brasileiras receber informações sobre os principais
acont ecimentos no mesmo di a em
que ocorriam.
Os linotipos, que fundiam numa liga de chumbo, régulo
de antimônio e estanho o texto digitado pelo
gráfico, substituíram a composição com tipos móveis.
No Brasil, os grandes jornais adquiriram os primeiros
equipamentos durante a chamada República Velha.
Com a Era Republicana a imprensa atravessou
um novo ciclo de transformações. Do ponto
de vista institucional, a primeira conseqüência foi
uma volta aos tempos de cerceamento da liberdade
e dos atos de violência, no início sobretudo
contra os poucos jornais que se mantinham monarquistas,
por parte de agentes e simpatizantes
do governo. Não foram atos isolados de indivíduos
exaltados, mas reflexos do clima de “caça às
bruxas” estabelecido pelo Governo Provisório (do
qual faziam parte os jornalistas Quintino Bocaiúva
e Aristides Lobo, que haviam pregado a causa
republicana sem constrangimentos) ao baixar o
Decreto 85, de 23 de dezembro de 1889, pelo qual
“os indivíduos que conspirarem contra a República
e o seu governo: que aconselharem ou promoverem
por palavras escritos ou atos a revolta
civil ou a indisciplina militar... serão julgados
por uma comissão militar... e punidos com as penas
militares de sedição”.
A chamada República Velha (1889-1930)
teve história acidentada, marcada por revoltas militares
e civis, prolongados períodos de estado de
sítio, além de medidas de repressão às liberdades
em geral e em particular à de imprensa, como a
Lei Adolfo Gordo (em alusão ao autor do projeto).
Em alguns casos, essas medidas fizeram parte
da repressão a movimentos operários e anarquistas,
embora abrangessem a imprensa em geral.
Em outros casos, tratava-se simplesmente de calar
a oposição. E, além da repressão, não foram poucos
os casos em que recursos públicos foram utilizados
para corromper jornais e jornalistas, em
especial sob o governo Campos Salles.
Apesar da repressão, a imprensa da República
Velha desenvolve-se em dois novos segmentos:
o da imprensa operária e o da voltada para as
comunidades imigrantes. As publicações operárias
cresceram com a industrialização e com a imigração
registrada no início do século XX, fazendo
com que o surgimento de títulos voltados
para esse público se multiplicasse (entre 1890 e
1923, segundo um levantamento, chegaram a 343,
a maioria em São Paulo e Rio de Janeiro). Quanto
às comunidades, somente em São Paulo, à época
da Revolução de 1930, havia de 30 periódicos em
sete idiomas estrangeiros.
Do ponto de vista técnico, durante a República
Velha a imprensa viu surgir o primeiro desafiante
ao seu monopólio secular como fonte de informação
barata: o rádio, que chegou ao Brasil
em 1923, pela mão de Edgard Roquette-Pinto.
Por alguns anos, porém, as emissoras de rádio
limitaram-se a programas de entretenimento, só
posteriormente passando a veicular publicidade
de notícias. Enquanto isso, os principais jornais
brasileiros deram um novo salto com a incorporação
de máquinas de escrever à redação e à área
administrativa, linotipos para acelerar a composição
e rotativas que permitiram aumentar as tiragens
e melhorar a qualidade da impressão.
IV – A imprensa na tumultuada República Velha
Nessa fase, surgem novos títulos, entre os
quais os atualmente filiados à ANJ: Alto Madeira
(Porto Velho-RO), A Cidade (Ribeirão Preto-SP),
A Gazeta (Vitória-ES), A Notícia (Joinville-SC),
A Tarde (Salvador-BA),Comércio da Franca
(Franca-SP), Comércio do Jahu (Jaú-SP), Correio
Popular (Campinas-SP), Cruzeiro do Sul
(Sorocaba-SP), Diário (Marília-SP), DCI – Diário
Comércio e Indústria (São Paulo-SP), Diário
do Povo (Campinas-SP), Diário dos Campos
(Ponta Grossa-PR), Diário Popular (Pelotas-RS),
Estado de Minas (Belo Horizonte-MG), Diário
Mercantil (Rio de Janeiro-RJ); Folha da Noite
(hoje Folha de S.Paulo - São Paulo-SP), Gazeta
do Povo (Curitiba-PR), Gazeta do Sul (Santa
Cruz do Sul-RS), Gazeta Mercantil (São Paulo-
SP), Jornal de Piracicaba (Piracicaba-SP), Jornal
do Comércio (Manaus-AM), Jornal do Commercio
(Recife-PE), Jornal do Povo (Cachoeira
do Sul-RS), Monitor Mercantil (Rio de Janeiro-
RJ), O Globo (Rio de Janeiro-RJ), O Imparcial
(São Luís-MA), O Nacional (Passo Fundo-RS), O
Norte (João Pessoa-PB), O Povo (Fortaleza-CE).
Da Revolução de 1930 até o fim do Estado
Novo, em 1945, o quadro político brasileiro
oscilou entre a instabilidade do Governo Provisório,
a Revolução de 1932, o breve interlúdio democrático
que culminou com a Constituição de
1934, e o estabelecimento do Estado Novo em
1937. A imprensa acompanhou essa evolução,
posicionando-se em função dos acontecimentos,
inclusive alinhando-se com as facções em combate
em 1932. A partir do golpe de estado de 1937,
porém, o espaço para o exercício da liberdade de
imprensa virtualmente desapareceu e até mesmo
as diferenças políticas regionais foram sufocadas.
O peso do Estado fez-se crescente sobre os jornais
com base numa Carta constitucional outorgada
no mesmo ano, que tornava a imprensa um serviço
público e como tal sujeita ao controle estatal.
Em 1939, o governo reformulou seu organismo
de propaganda criando o Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP), pelo decreto-lei nº
1915, em 27 de dezembro, com as atribuições de
censurar toda a produção jornalística, cultural e
de entretenimento, produzir conteúdos e controlar
o abastecimento de papel. A polícia política vigiava
de perto os profissionais de imprensa e
os jornais eram submetidos à censura, com a
V – Entre a Revolução de 1930 e o fim do Estado Novo
O Palácio Tiradentes, sede
da Câmara dos Deputados
até o fechamento do Congresso
Nacional por Getúlio
Vargas, passou a abrigar o
Departamento de Imprensa e
Propaganda, o DIP. Hoje
acolhe a Assembléia Legislativa
do Estado do Rio de
Janeiro.
reprodução obrigatória ou enfaticamente induzida
da propaganda estatal, pressionados por meio de
verbas publicitárias, financiamentos e subsídios
ou obstáculos ao fornecimento de insumos, quase
todos importados. Não por acaso, a entrada em
cena do DIP e a exigência de autorização para a
circulação de publicações, estabelecida pouco depois
pelo Decreto 1.949, de 30 de dezembro de
1939, significou o veto ao registro de 420 jornais
e 346 revistas. Não houve alterações expressivas
no aspecto técnico da imprensa, já que a Guerra
implicara o engajamento da capacidade industrial
dos países desenvolvidos, fornecedores de equipamentos,
no esforço bélico.
Nesse período surgiram os seguintes jornais
associados à ANJ: A Tribuna (Vitória-ES), Correio
de Uberlândia (Uberlândia-MG), Correio
Lageano (Lages-SC), Diário da Manhã (Passo
Fundo-RS), Diário de Natal/O Poti (Natal-RN),
Gazeta de Alagoas (Maceió-AL), Jornal Cidade
de Rio Claro (Rio Claro-SP), Jornal do Comércio
(Porto Alegre-RS), O Imparcial (Presidente Prudente-
SP), O Popular (Goiânia-GO), O São Gonçalo
(São Gonçalo-RJ).
A deposição de Vargas, em 1945, foi mais do
que o encerramento de um ciclo autoritário. Representou
o início de uma experiência democrática
republicana como o País ainda não havia experimentado,
que se prolongaria até o golpe militar
de 1964. Nem por isso foi um período tranqüilo.
Em 1954, Vargas, que havia sido eleito quatro
anos antes, suicidou-se em meio a uma crise política
desencadeada pelo atentado contra o jornalista
Carlos Lacerda. O episódio causou comoção
nacional com incidentes em várias cidades, inclusive
com o empastelamento de jornais identificados
com a oposição ao presidente.
A turbulência foi menos dramática em 1961,
quando Jânio Quadros renunciou à presidência e
seu vice, João Goulart, só assumiu depois de aceitar
a adoção do regime parlamentarista, revogado
em 1963. Eventos como esses, contribuíram para
tornar o jornalismo político o tema central da imprensa
brasileira que, ao mesmo tempo, passava
por mudanças estruturais, que faziam parte de um
processo mais amplo de transformação do País,
de agrário em urbano e de uma economia agrárioexportadora
em industrializada, uma mudança em
cujo centro esteve o governo de Juscelino Kubitscheck.
O mandato de JK condensou e acelerou os
processos de urbanização, industrialização, formação
de um mercado interno integrado e notavelmente
o fez sob um clima de vigência das liberdades
só comparável aos melhores momentos
VI – O Brasil e a imprensa no interregno democrático 1945- 1964
O suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954,
provocou uma comoção nacional. Seguindo cada detalhe
da crise pelos jornais – e atacando aqueles que considerava
opositores ao presidente –, a população acompanhou
como pôde o velório no Rio de Janeiro e o traslado
do corpo até o cemitério de São Borja, no Rio
Grande do Sul.
do Segundo Reinado.
O período 1945-1964 foi um tempo de transição
do Brasil e de sua imprensa. Havia absoluta
liberdade, mas as relações entre o governo e os
jornais e entre o governo e os jornalistas mantinham
algumas práticas do passado, que começaram
a perder terreno frente a uma crescente participação
da publicidade privada no faturamento
das empresas jornalísticas, decorrente da modernização
econômica. É nessa época que, para um
número crescente de jornais, a receita publicitária
suplanta a obtida com assinaturas e com venda
avulsa.
A TV surge na metade dessa fase, o rádio
tem enorme audiência, mas os jornais são o meio
de comunicação por excelência. Segundo levantamento
da agência de publicidade J. Walter
Thompson, em 1952, o Brasil tinha 55,77 milhões
de habitantes, um PIB de 12,5 bilhões de dólares,
um PIB per capita de 224 dólares e 230 jornais,
com uma circulação total de 5,75 milhões de exemplares.
Já a Argentina, no auge de seu poder
econômico, tinha 18,48 milhões de habitantes, um
PIB de 8,5 bilhões de dólares, um PIB per capita
de 460 dólares e 130 jornais, com uma circulação
total de 1,8 milhão de exemplares.
O fim da II Guerra significou em todo o mundo
a reconversão para fins civis da produção industrial
de bens de capital e de consumo e uma
retomada do comércio internacional. Parte do desenvolvimento
tecnológico gerado durante o conflito
também foi aplicado com outras finalidades.
Para a imprensa, isso significou o início de um
novo ciclo de modernização tecnológica, embora
modesto se comparado com a revolução tecnológica
que ocorreria no final do século XX. Ainda
assim, os jornais brasileiros investiram em equipamentos.
As inovações alcançaram as redações
com a adoção de técnicas jornalísticas inspiradas
no modelo americano, entre as quais a busca da
objetividade, o lide, a pirâmide invertida, a diagramação
mais atrativa e até a organização das
redações por editorias.
As empresas e os jornalistas passavam por
um processo de profissionalização tanto administrativa
como operacional, embora ser dono ou
membro da redação de um grande jornal ainda
conferisse prestígio e influência. Talvez por isso
alguns autores reduzam a evolução da imprensa
durante esse período ao conflito entre três personalidades:
Assis Chateaubriand (Diários Associados),
Samuel Wainer (Última Hora) e Carlos Lacerda
(Tribuna da Imprensa), o que é incorreto.
Nessa época surgiram os seguintes jornais
associados à ANJ: A Crítica (Manaus-AM), Correio
Braziliense (Brasília-DF), Correio da Paraíba
(João Pessoa-PB), Correio do Estado (Campo
Grande-MS), Diário Comercial (Rio de Janeiro-
RJ), Diário da Borborema (Campina Grande-
PB), Diário da Região (São José do Rio Preto-
SP), Diário de Suzano (Suzano-SP), Diário do
Grande ABC (Santo André-SP), Diário do Noroeste
(Paranavaí-PR), Diário Popular (Curitiba-
PR), Jornal da Manhã (Ponta Grossa-PR), Jornal
NH (Novo Hamburgo-RS), O Dia (Rio de Janeiro
-RJ), O Dia (Teresina-PI), O Diário de Mogi
(Mogi das Cruzes-SP), O Estado do Paraná
(Curitiba-PR), O Liberal (Belém-PA), O Progresso
(Dourados-MS), Pioneiro (Caxias do Sul-RS),
Tribuna de Indaiá (Indaiatuba-SP), Tribuna do
Norte (Natal-RN), Tribuna do Paraná (Curitiba-
PR), Valeparaibano (São José dos Campos-SP).
Na noite de 31 de março para 1º de abril de
1964, o deslocamento de tropas do Exército sediadas
em Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro
iniciou o movimento militar que deporia o
presidente João Goulart, dando início ao ciclo de
governos militares que duraria até 15 de março de
1985. Como indica o Dicionário Histórico-
Biográfico Brasileiro, da Fundação Getúlio Vargas,
se a chegada dos militares ao poder não pode
ser considerada uma “Revolução”, como se pretendeu,
tampouco foi um Golpe de Estado no sentido
clássico. Foi um movimento político-militar
que mais do que transformações abruptas, mudou
o País ao longo de duas décadas. Foi apoiado por
amplas parcelas da população e pela maioria dos
detentores de cargos eletivos. Teve, também, o
respaldo editorial da quase totalidade dos jornais
brasileiros.
Durante os anos subseqüentes, em graus e
momentos distintos, os jornais gradualmente assumiram
postura crítica ao regime militar na medida
em que este se tornava politicamente mais
autoritário, economicamente menos eficaz e moralmente
mais frágil. A princípio, embora as lideranças
políticas identificadas com o antigo governo
e à esquerda dele tenham sido perseguidas, não
houve maior repressão à imprensa que, entretanto,
perdeu força como espaço de discussão dos grandes
temas nacionais. Isso ocorreu muito mais pelo
afastamento da cena pública dos principais membros
das correntes opositoras do que pela censura
direta ou por qualquer outro motivo. Basta lembrar
que o exílio, a prisão ou o ostracismo forçado
foram o destino de personalidades de prestígio
antes de 64 e após a redemocratização, como
Quando o regime militar já ensaiava a “abertura”, o
jornalista Vladimir Herzog, que se apresentou espontaneamente
ao saber que era procurado pelos órgãos repressivos,
tornou-se um mártir. Nesta foto, divulgada
pelo governo, ele aparece como teria sido encontrado
na peça em que estava detido. O atestado dizia que havia
morrido por auto-enforcamento.
VII – Novo ciclo autoritário: a imprensa e o regime militar
os ex-presidentes (Juscelino Kubitscheck, Jânio
Quadros e João Goulart), os ex-governadores
(Carlos Lacerda, Leonel Brizola e Miguel Arraes),
intelectuais (Celso Furtado, Fernando Henrique
Cardoso, Josué de Castro e Paulo Freire), líderes
emergentes do movimento estudantil (José
Dirceu e José Serra), para citar apenas alguns.
Diante das restrições ao noticiário político e
social e da expansão econômica do País, os jornais
reforçaram suas editorias de economia. Isso
significou o desenvolvimento de um jornalismo
econômico vigoroso, tanto nos títulos especializados,
quanto nos de informação geral. Essa expertise
se revelaria de extraordinária utilidade para a
imprensa e para a população nas décadas de 1980
e 1990, quando o Brasil, em menos de dez anos,
passou por três presidentes, 11 ministros da Fazenda,
nove diferentes políticas econômicas e seis
padrões monetários. Se a população e a economia
suportaram tamanha instabilidade, isso se deveu,
em grande medida, à capacidade dos jornais de
bem informar a respeito.
Durante esse período, a TV, que chegara ao
País em 1950, tornou-se um meio de comunicação
de massa, fortalecido pela possibilidade de
realizar transmissões ao vivo a longas distâncias e
em cores, com o desenvolvimento das telecomunicações
na década de 1970. Paralelamente, o
crescimento econômico que caracterizou o final
dos anos 1960 e grande parte da década
seguinte, em particular a expansão industrial,
foi acompanhado pela aceleração do processo
de urbanização (é nessa época que a população
urbana supera a rural) e pela redução do analfabetismo
(que se tornou inferior a 40% em 1960).
Em conseqüência dessas transformações, a imprensa
brasileira passou por mais um ciclo de mudanças.
Os jornais vespertinos gradualmente desapareceram
ou se tornaram matutinos, o número
de títulos nas maiores cidades diminuiu. Os líderes,
porém, aumentaram sua circulação e se modernizaram
tecnologicamente com a introdução
da fotocomposição e da impressão offset na década
de 1970 e com a informatização, já na fase de
transição do regime militar para a redemocratização.
Paralelamente à imprensa estabelecida sobre
bases tradicionais, o Brasil sob os governos militares
viu surgir uma “imprensa alternativa”, composta
por veículos independentes em relação às
empresas jornalísticas e ao mercado publicitário,
cujo conteúdo se caracterizava pelo tom crítico
em relação à situação econômica e política do País,
mas também relativamente aos costumes. O
primeiro foi o Pif Paf, criado por Millôr Fernandes
em maio de 1964, que teve apenas oito edições.
Mais duradouros foram O Pasquim, fundado
em 1969, que mesclava textos sobre política,
cultura e humor; Opinião, criado em 1972 pelo
empresário e futuro deputado constituinte Fernando
Gasparian, que se caracterizava por artigos
sobre a situação nacional e internacional; Movimento,
surgido em 1975 de uma dissidência de
Opinião sob a liderança de Raimundo Rodrigues
Pereira. A maioria teve vida efêmera devido à
censura ou à falta de sustentação financeira. Ainda
assim, segundo a publicação Imprensa alternativa:
Apogeu, queda e novos caminhos, no final
do regime militar “podiam-se contar mais de 150
jornais alternativos de vários tipos – satíricos, políticos,
feministas, ecológicos, culturais”.
O período foi sombrio para o exercício da
liberdade de imprensa. O endurecimento do regime
militar, com a edição do Ato Institucional nº 5
(AI-5), no dia 13 de dezembro de 1968, reintroduziu
a censura direta e indireta em níveis só comparáveis
ao período mais duro do Estado Novo,
chegando a situações surrealistas, como a proibição,
pela Polícia Federal, de que os jornais divulgassem
um discurso do líder do governo no Senado
negando a existência de censura no País. Embora
poucos tenham sido os jornais obrigados a
submeter todos os seus textos a censores, o cerceamento
da liberdade dava-se sob outras formas,
como as pressões econômicas por meio de
verbas publicitárias oficiais ou a anunciantes privados,
atentados, ameaças e vigilância ostensiva
sobre os editores e jornalistas.
Em agosto de 1974, o presidente da República,
general Ernesto Geisel anunciava uma “lenta,
gradativa e segura distensão”. A partir dessa data
ocorreu efetivamente uma abertura política, embora
prosseguissem os atentados aos direitos humanos
e à liberdade de imprensa. Entre os casos
trágicos de maior repercussão está a morte – suicídio
por enforcamento segundo a versão oficial
– do jornalista Valdimir Herzog, em 25 de outubro
de 1975. Os jornais brasileiros não se resignaram
com as promessas e concessões e passaram
a buscar a ampliação da abertura, aumentando
o noticiário crítico ao governo, acompanhando
a crescente atividade dos movimentos sociais,
em particular as greves então ilegais em todos os
setores exceto em casos muito limitados, e repercutindo
as manifestações de uma oposição que se
fortalecia a cada oportunidade, em especial a partir
da revogação do AI-5 e da Anistia aos punidos
pelo regime.
Nesse período foram fundados os seguintesjornais
associados à ANJ: Cinform (Aracaju-SE),
Diário Catarinense (Florianópolis-SC), Diário
da Manhã (Goiânia-GO), Diário do Amazonas
(Manaus-AM), Diário do Nordeste (Fortaleza-
CE), Diário do Pará (Belém-PA), Folha da Manhã
(Campos de Goytacazes-RJ), Folha da Região
(Araçatuba-SP), Folha de Boa Vista (Boa
Vista-RR), Folha Dirigida (Rio de Janeiro-RJ),
Gazeta do Oeste (Mossoró-RN), Hoje em Dia
(Belo Horizonte-MG), Jornal da Cidade
(Aracaju-SE), Jornal da Cidade (Bauru-SP),
Jornal da Manhã (Uberaba-MG), Jornal da Paraíba
(Campina Grande-PB), Jornal da Tarde
(São Paulo-SP), Jornal de Brasília (Brasília-
DF), Jornal de Jundiaí (Jundiaí-SP),Jornal de
Londrina (Londrina-PR), Jornal de Santa Catarina
(Blumenau-SC), Jornal do Dia (Macapá-
AP), Jornal do Tocantins (Palmas-TO), Mogi
News (Mogi das Cruzes-SP), O Debate-Diário
de Macaé (Macaé-RJ), O Diário do Norte do
Paraná (Maringá-PR), O Estado do Maranhão
(São Luís-MA), O Paraná (Cascavel-PR), O Regional
(Catanduva-SP), Tribuna de Minas (Juiz
de Fora-MG), Tribuna do Cricaré (São Mateus-
ES), Vale dos Sinos (São Leopoldo-RS), Zero
Hora (Porto Alegre-RS).
A fase mais recente da história dos jornais brasileiros
é marcada por circunstâncias únicas. Apesar
de transcorridos apenas 20 anos, é o maior período
da Era Republicana em que houve plena vigência
das instituições democráticas. Os poderes
Legislativo e Judiciário funcionaram ininterruptamente
e com total autonomia. O País superou com
absoluta tranqüilidade a imprevisível experiência
de declaração de impedimento de um presidente da
República e há mais de dez anos afastou-se dos
recorrentes surtos inflacionários. Ao longo desse
período, a imprensa teve condições e exercitou efetivamente
seu papel.
Em 1992, as denúncias de corrupção que durante
meses vinham sendo veiculadas pela imprensa
chegaram ao próprio presidente da República,
Fernando Collor de Mello, o primeiro a ser eleito
pelo voto direto após o ciclo de governos militares.
Numa tentativa de obter respaldo popular, ele pediu
à população que saísse às ruas com as cores
nacionais. O efeito foi o contrário e, no dia 16 de
Fernando Collor de
Mello tornou-se o primeiro
presidente eleito
pelo voto direto após a
redemocratização. A
corrupção, os desmandos
e a prepotência,
revelados pela imprensa,
levaram a protestos
por todo o País e a seu
afastamento do cargo
pelo Congresso Nacional,
em 29 de dezembro
de 1992.
VIII – A redemocratização e a imprensa no Século XXI
O início da redemocratização pode ser situado
de diversas maneiras, segundo o evento histórico
que se tenha como referência. A posse de
José Sarney como o primeiro presidente civil após
o regime militar, em 1985, poderia ser uma
delas, mas se deu ainda sob o arcabouço jurídico
anterior. Para alguns historiadores, o restabelecimento
da democracia completou-se com a primeira
eleição direta para presidente da República,
em 1989. Entre ambas, contudo, deu-se a
agosto, multidões manifestaram-se pacificamente
em todo o País, predominantemente de preto, exigindo
o seu afastamento. Em 1º de setembro, o pedido
de impeachment foi entregue formalmente à
Câmara dos Deputados, que o aprovou no dia 29
do mesmo mês, por 441 votos a 38. Afastado interinamente
do cargo, foi submetido a julgamento
por crime de responsabilidade pelo Senado Federal,
que, em 29 de dezembro, decidiu por seu afastamento
definitivo e imediato e perda dos direitos
políticos por oito anos. Quatro horas depois do encerramento
da votação pelos senadores, o vice Itamar
Franco, que já exercia a Presidência, foi confirmado
no posto.
A concorrência pela preferência do cidadão na
escolha de suas fontes de informação intensificouse
com o surgimento de novas mídias, como a TV
por assinatura e a internet. Os jornais brasileiros
souberam se adaptar a esse novo cenário, buscando
maior eficiência técnica e gerencial. Assim, ao
mesmo tempo em que se generalizaram as versões
promulgação da Constituição de 1988, que consolidou
o princípio da liberdade de imprensa como
nenhuma outra antes, mas deixou indefinida uma
série de outras questões. Até hoje, decorridos 20
anos, não está claro se recepcionou, isto é, se
manteve vigente a legislação anterior sobre assuntos
como a regulamentação profissional, e somente
em 2008 o Supremo Tribunal Federal suspendeu
a vigência de alguns dispositivos da antiga
Lei de Imprensa.
digitais, mesmo por iniciativa de jornais de pequeno
porte (em muitos casos com edições online),
as edições impressas seguiram inovando e
novos títulos, principalmente voltados para a leitura
rápida, surgiram nas principais cidades. Em
conseqüência, o Brasil é um dos poucos países do
mundo em que a circulação de jornais mantém-se
em crescimento. No primeiro semestre de 2008, a
média diária de circulação dos 103 jornais filiados
ao Instituto Verificador de Circulação (IVC)
cresceu 8,1% em comparação com o mesmo
período do ano anterior. Foram 4,392 milhões de
exemplares em 2008 ano contra 4,062 milhões no
primeiro semestre de 2007. Foi o quarto ano de
crescimento ininterrupto.
São dessa época os seguintes jornais associados
à ANJ: A Gazeta (Cuiabá-MT), A Gazeta (Rio
Branco-AC), Alagoas em Tempo (Maceió-AL),
Amazonas em Tempo (Manaus-AM), Amazônia
Hoje (Belém-PA), Bom Dia (São José do Rio
Preto-SP), Correio da Bahia (Salvador-BA) ,
Correio de Sergipe (Aracaju-SE), Diário da Amazônia
(Porto Velho-RO), Diário do Alto Tietê
(Suzano-SP), Diário do Amapá (Macapá-AP),
Diário Lance! (Rio de Janeiro-RJ), Diário Regional
(Santo André-SP), Extra (Rio de Janeiro-RJ),
Folha de Louveira (Louveira-SP), Folha de Pernambuco
(Recife-PE), Folha de Rondônia (Ji-
Paraná-RO), Folha do Estado (Feira de Santana-
BA), Folha do Estado (Cuiabá-MT), Jornal De
Fato (Mossoró-RN), Jornal Meio Norte (Teresina
-PI), Notícia Agora (Vitória-ES), Notícia Já
(Campinas-SP), Notícias do Dia (Florianópolis-
SC), O Estado do Mato Grosso do Sul (Campo
Grande-MS), O Jornal (Maceió-AL), O Sul
(Porto Alegre-RS), O Tempo (Contagem-MG),
Oeste Notícias (Presidente Prudente-SP), Página
20 (Rio Branco-AC), Tododia (Americana-SP),
Tribuna do Norte (Apucarana-PR), Tribuna Impressa
(Araraquara-SP), Valor Econômico (São
Paulo-SP).
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