terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

9379 - HISTÓRIA DO TYRNASPORTE DE TRAÇÃO ANIMAL NO BRASIL

Rio Antigo - JBlog - Jornal do Brasil
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O Teatro Fênix
30/08/2010 - 06:59 | Enviado por: Paulo Pacini

A vida agitada e corrida do centro do Rio, voltada exclusivamente para o comércio, não nos dá nenhuma indicação sobre um passado muito mais rico, onde cultura e entretenimento ocupavam lugar de destaque nesta área.

Além dos inúmeros bares, restaurantes, cabarés e outras casas de diversão com atrações musicais, o centro da cidade contava com teatros de porte variado, em cujos palcos brilharam vários personagens da história da artes cênicas brasileiras.

Na antiga rua da Ajuda ficava desde o século XIX o teatro Fênix Dramático, que desapareceu com a abertura da avenida Central. No terreno onde se encontrava, entre a Rio Branco e a rua México, lateral com Almirante Barroso, foi construído o Palace-Hotel. Parte da área, na esquina da rua México, foi destinada a um novo teatro, que se chamaria Fênix, em lembrança da primeira casa.


Teatro Fênix na Almirante Barroso, desaparecido em 1958

Suas atividades iniciaram na década de 1910, em um belo prédio construído por Januzzi, arrendado e utilizado para várias finalidades. Começou como cinema, posteriormente teatro, como devia, cassino, e, finalmente, voltou a ser teatro. Em 1948, abrigou o Teatro do Estudante de Pascoal Carlos Magno e a Companhia de Comédias de Bibi Ferreira.

Renascido dos escombros uma vez, o Fênix não resistiria à especulação imobiliária, sendo demolido em 1958. Seu desaparecimento assinala o ocaso da região enquanto centro de diversão, além da uniformização de sua paisagem pela substituição de obras de arte arquitetônica por anônimas caixas de cimento armado.

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Comentários do Blog - Atualização
27/08/2010 - 12:52 | Enviado por: Paulo Pacini

Prezados amigos leitores e blogueiros: devido a uma falha de comunicação, as mensagens enviadas não estavam sendo exibidas, o que foi corrigido a partir de agora. Pedimos desculpas pelo lapso a todos que enviaram seus comentários e que acabaram não sendo exibidos.
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O Boulevard Carceller
23/08/2010 - 09:06 | Enviado por: Paulo Pacini

Inúmeros e variados confortos da vida contemporânea geralmente são considerados como fato consumado, e que, ao que se sabe, sempre teriam existido. A realidade, contudo, contradiz esta suposição. Quem diria que o vulgar sorvete um dia só foi acessível aos abastados, ou, mais ainda, que tempo houve em que não existia?

Em 1834, chegava ao Rio o primeiro carregamento de gêlo, vindo dos EUA. Envolvido por serragem, foi enterrado profundamente, sendo conservado por cinco meses. Luigi Bassini, italiano radicado, utilizou-o e passou a fabricar os primeiros sorvetes do Brasil, causando sensação e tornando notório o trecho da rua Direita (Primeiro de Março) onde ficava sua casa, entre Ouvidor e o Beco dos Barbeiros.


Gôndolas em frente ao Carceller, verdadeiro "point" do século XIX

Anos depois, mudava-se para o local o francês Carceller, cujo restaurante seria um dos pontos de referência no centro da cidade por muitas décadas. Fosse para tomar o café da manhã, como faziam os funcionários públicos, ou se refestelar em lautos almoços ou jantares — com direito a vinho e sorvete — o Carceller era visita obrigatória, mesmo que de vez em quando.

Sua fama gerou até um apelido para o trecho, chamado “Boulevard Carceller”, e a freguesia certa fez com que se instalasse em frente um ponto de gôndolas, espécie de van de tração animal. Com alguns imóveis ainda conservados no local, o pitoresco Carceller é a lembrança de uma época em que coisas simples, como o gelo, eram motivo de espanto e podiam até mudar os hábitos e costumes de várias gerações.
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A Igreja de São Pedro
16/08/2010 - 10:32 | Enviado por: Paulo Pacini

Dentre o vasto e diversificado patrimônio histórico e cultural do Rio de Janeiro, destacam-se seus vários templos históricos, erigidos desde o século XVI. O período barroco, impulsionado pela descoberta do ouro nas Minas, nos legou alguns dos mais belos exemplares, e, dentre estes, um ocupava lugar especial pela singularidade arquitetônica.

A igreja de São Pedro dos Clérigos teve construção iniciada em 1773, em terreno na esquina das ruas São Pedro (lado par da presidente Vargas) e Ourives (Miguel Couto), sendo a primeira das Américas com traçado curvo, formada por uma rotunda com quatro arcos constituindo a capela-mor, o coro e os altares laterais. O interior era decorado por rico trabalho de talha de Mestre Valentim. Foi local de sepultamento de personagens célebres, como o padre José Maurício, o poeta Silva Alvarenga, além dos historiadores Monsenhor Pizzaro e Luís Gonçalves dos Santos, o Padre Perereca.


Igreja de São Pedro, exemplar único
do barroco carioca

Negras nuvens começaram a pairar sobre São Pedro quando, durante o Estado Novo, decidiu-se abrir a avenida presidente Vargas. Vendida como solução para o tráfego, uma falácia na qual muitos ainda acreditam — sabe-se há muito que a única saída para o transporte em cidades de grande porte é uma rede abrangente de metrô — a obra arrasou grande parte do Centro, levando consigo vários marcos históricos. A igreja de São Pedro foi a última a cair em 1943, apesar das tentativas para que o templo fosse preservado feitas por Afonso Arinos e Rodrigo de Melo Franco Andrade, diretor do recém-criado SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Dentre as possibilidades constava um plano para deslocar o templo para a lateral da avenida, uma operação conhecida e sem nenhum mistério, que os americanos realizavam desde o início do século XX, inclusive em prédios com várias vezes o tamanho da igreja.

De nada adiantou, e acabou prevalecendo a subserviência diligente dos aduladores de plantão, sempre em grande número em regimes autoritários. O portal original ainda pode ser visto no templo moderno, na avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido.
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O Machado do Largo
09/08/2010 - 07:51 | Enviado por: Paulo Pacini

Nos primeiros tempos da cidade, o rio Carioca chegava ao seu final dividindo-se em dois, a maior parte desaguando na Praia do Flamengo, após curva caprichosa por onde passa a rua Senador Vergueiro, mas possuindo também um "braço norte", que descia a rua do Catete até a Glória, encontrando o mar junto ao Outeiro.

Chuvas torrenciais, que como hoje atingiam a cidade, faziam com que transbordasse com freqüência, criando um alagado conhecido então como Lagoa da Carioca, e que, com a lenta ocupação, passou a ser chamado Campo das Pitangueiras e das Laranjeiras. Acabou recebendo o nome atual no início do século XIX, quando um açougueiro, gênio anônimo em semiótica, sinalizou seu estabelecimento através de um grande machado, mostrando inteligência além de criatividade, pois a maioria das pessoas na época era analfabeta.


O Largo do Machado de 1900 e a garagem de bondes da
Companhia Jardim Botânico

O largo cresceu a partir da chegada da côrte em 1808, fato incentivado pela presença da rainha Carlota Joaquina, que ali montou uma de suas várias residências. Ela também aproveitou e comprou uma capela próxima, construída em 1720. Com o retorno da família real a Portugal, o espólio da rainha foi anos depois a leilão para cobrir as dívidas, sendo a propriedade de Laranjeiras arrematada por Antônio José de Castro. Posteriormente, foi adquirida pela Irmandade de N.Sª da Glória em 1835, originando o presente templo, cuja pedra fundamental foi lançada em 1842, com a presença do imperador, mas cuja inauguração só ocorreria em 1872.

Além da igreja e o belo prédio da Escola Amaro Cavalcanti, resultado da iniciativa de D. Pedro II após a guerra do Paraguai, transferindo a verba arrecadada para construção de uma estátua em sua homenagem, o largo é parte da história do transporte carioca, pois lá ficava importante garagem da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, tendo sido ponto final da primeira viagem em bonde elétrico, em 1892, que teve como passageiro o então presidente da República, Floriano Peixoto. Perto do largo, na rua Dois de Dezembro, ficava a primeira usina geradora a fornecer energia elétrica para os novos veículos.

Centro residencial e comercial de vida intensa, o Largo do Machado prossegue no século XXI como um dos lugares mais tradicionais e populares do Rio.

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O Areal
02/08/2010 - 08:46 | Enviado por: Paulo Pacini

A idéia de aproveitar a faixa de terra entre a Lagoa e o mar, com suas magníficas paisagens, levou José Antônio Moreira Filho — segundo barão de Ipanema desde 1885 — a dar os primeiros passos rumo à transformação daquele vasto e desolado areal em um dos bairros mais conhecidos do país. Através da aquisição paulatina de terrenos, pôde enfim em 1894 lançar o empreendimento imobiliário Villa Ipanema. Com a ajuda de José Silva iniciou a venda de terrenos nas ruas recentemente abertas, das quais muitas ainda trazem o nome original, como Prudente de Moraes, Nascimento Silva e Farme de Amoedo.


Ipanema: de praia solitária a bairro mundialmente famoso

A existência do novo bairro tornou-se possível com o abastecimento de água potável, inexistente até então, e, posteriormente, com o fornecimento de energia elétrica. Contudo, por alguns anos ainda ficou desprovida de transporte coletivo, só chegando em 1902, com uma linha de bondes de tração animal que partia do final do ramal da Igrejinha de Copacabana.

Os ares auspiciosos do pequeno local, com 1006 moradores em 1906, levaram Maurício Abreu a vaticinar: "Dentro de um lustro aqueles desertos do Sahara...se converterão em grandes povoações...para onde afluirá a população da cidade".

Dito e feito. O bairro cresceu e tornou-se célebre nos anos 50 e 60, com sua história se confundindo com aquela da Bossa Nova e seus criadores. Apesar das transformações das últimas décadas, Ipanema, hoje cidadã do mundo, para sempre ficaria conhecida pela ligação com a música de Tom e Vinícius, e sua famosa garota.

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