terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

9399 - HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL

Jornal do BrasilOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Jornal do Brasil


Periodicidade diário
Formato berlinense(quando impresso)
Virtual(hoje)
Sede Rio de Janeiro
Circulação Rio de Janeiro, Niterói (quando era impresso)
Todo o mundo (online)
Slogan O Primeiro jornal 100% digital do País!
Fundação 9 de Abril de 1891
Fundador Rodolfo Dantas
Equipe de articulistas Nelson Tanure
Dire(c)tor Augusto Nunes
Se(c)ções Brasil, Internacional, Cidade, Economia, Esportes, Caderno B, Programa, Domingo
Proprietário Nelson Tanure
Editor Tales Faria
Site oficial: Jornal do Brasil

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O Jornal do Brasil é um tradicional jornal brasileiro, publicado diariamente na cidade do Rio de Janeiro.

Índice [esconder]
1 Histórico
1.1 Crise
2 Referências
3 Bibliografia
4 Ver também
5 Ligações externas

[editar] HistóricoFundado em 1891 por Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas, com intenção de defender o regime deposto. De nível elevado, contava com a colaboração de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides Spínola, Ulisses Viana, o Barão do Rio Branco e outros como Oliveira Lima, então apenas um jovem historiador. As afinidades da maioria desses elementos com o regime deposto foram sintetizadas por Nabuco como a melhor República possível. O periódico inovou por sua estrutura empresarial, parque gráfico, pela distribuição em carroças e a participação de correspondentes estrangeiros, como Eça de Queirós. O seu primeiro número veio a público em abril. De orientação conservadora, defendia a monarquia recém-derrubada, até que Rui Barbosa (1849-1923) assumiu a função de redator-chefe (1893). Nesta fase inicial, o Barão do Rio Branco (1845-1912) colaborou, em suas páginas, com as célebres colunas Efemérides e Cartas de França.

A redação do jornal foi atacada (empastelada, como se dizia na época) em 16 de dezembro de 1891, dias após a morte de Pedro II do Brasil.

Por ter sido o único periódico da então Capital a publicar o manifesto do Contra-Almirante Custódio de Melo quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada (6 de setembro de 1893), o presidente da República, Floriano Peixoto (1891-1894), determinou o fechamento do jornal e mandou caçar Rui Barbosa, vivo ou morto. O jornal, fechado, assim permaneceu por um ano e quarenta e cinco dias.

A partir de 15 de novembro de 1894 voltou a circular, sob a direção da família Mendes de Almeida. A opção pela data assinalava o apoio à República, e a sua nova proposta editorial voltava-se para as reivindicações populares. Foi propriedade dos Conde e Condessa Pereira Carneiro e depois de seu genro, Manuel Francisco do Nascimento Brito.

Nos anos 1950, o designer gráfico Amílcar de Castro revolucionou o design de jornais no Brasil, com a reforma gráfica pra o JB.

O jornal apoiou o golpe militar de 1964. Publicou, no dia 1º de abril daquele ano, editorial defendendo a deposição do presidente João Goulart:

Desde ontem se instalou no país a verdadeira legalidade... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas.

— Jornal do Brasil[1]

Citando Pontes de Miranda, o jornal alegou que as "Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la" [2] Posteriormente, o jornal se submeteu à auto-censura, em conformidade com as instruções do governo vigente, situação que perdurou até 1972.[3] Seguiria, entretanto, apoiando o regime militar. Em 31 de março de 1973, o jornal publicou em editorial:

Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o país, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades.

— Jornal do Brasil[4]

Em 2005, o JB instalou-se na Casa do Bispo, imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do século XVII, que já serviu de sede à Fundação Roberto Marinho.

A partir de 16 de Abril de 2006 começou a circular nas bancas no chamado "formato europeu", um formato maior que o tabloide e menor que o convencional, seguido por diversos jornais daquele continente.

Em 2008 o Jornal do Brasil realizou uma parceria de digitalização com o buscador Google que resultou no livre acesso em texto completo das edições digitalizadas das décadas de 30 a 90, que podem ser acessadas pelo link Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil

[editar] CriseEm 2001, a família Nascimento Brito arrendou o título do jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30.[5] A intenção do empresário, conhecido por comprar empresas pré-falimentares, saneá-las e depois revendê-las, era recuperar o prestígio do jornal. Naquele ano, as vendas do jornal eram de 70 mil em média durante a semana e 105 mil aos domingos.[5] Recuperou-se a partir de 2003, atingindo 100 mil exemplares em 2007, quando então as vendas novamente começaram a cair, chegando a 20.941 em março de 2010.[6]

Em julho de 2010, foi anunciado o fim da edição impressa do jornal que, a partir de 1 de setembro do mesmo ano, existiria somente em versão online, com alguns conteúdos restritos a assinantes, o JB Premium.[6] O JB agora autodenomina-se "O Primeiro jornal 100% digital do País!"

Referências↑ Editorial do Jornal do Brasil, 1º de abril de 1964.
↑ Jornal do Brasil, 6 de abril de 1964.
↑ Soares, Glaucio. Censura durante o regime autoritário. ANPOCS. Página visitada em 10 de julho de 2010.
↑ Editorial do Jornal do Brasil, 31 de março de 1973.
↑ a b "Jornal do Brasil" faz 110 anos e começa nova fase. Folha Online (09/04/2001). Página acessada em 16/07/2010
↑ a b "Empresário anuncia o fim do "Jornal do Brasil" em versão impressa" - Folha.com
[editar] BibliografiaLESSA, Washington Dias. Amílcar de Castro e a Reforma Gráfica do Jornal do Brasil. in: Dois Estudos de Comunicação Visual. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 1995.
Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil no Google Notícias. Análise dos recursos de pesquisa.
[editar] Ver tambémTV JB
JB FM
[editar] Ligações externasJornal do Brasil
* Centro de Pesquisa e Documentação do Jornal do Brasil

Jornal do Brasil Digitalizado das décadas de 30 a 90
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal_do_Brasil"
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