quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

9045 - UNIVERSIDADES DO ACRE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
_________________________________________________
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Rio Branco-AC, 2006
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Reitor
Jonas Pereira de Souza Filho
Vice-Reitora
Olinda Batista Assmar
Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Extensão
João Silva Lima
Pró-Reitor de Planejamento
José Porfiro da Silva
Pró-Reitora de Graduação
Valda Inês Fontenele Pessoa
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
Margarida Lima Carvalho
Pró-Reitor de Administração
Francisco Antônio Saraiva de Farias
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Equipe de Coordenação/Elaboração da Proposta
Jorge Washington de Sousa
Coordenadoria de Extensão/PRAC
Departamento de Letras
Área de Concentração: Língua Portuguesa
Coordenadora: Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de Oliveira
Área de Concentração: Línguas Estrangeiras (Inglês e Espanhol)
Coordenadora: Profa. Dra. Paula Tatianne Carréra Szundy
Área de Concentração: Arte – Artes Cênicas
Coordenadora: Profa. M.Sc. Andréa Maria Favilla Lobo
Departamento de Ciências da Natureza
Área de Concentração: Química
Coordenadora: Profa. Dra. Anelise Maria Regiani
Área de Concentração: Biologia
Coordenadora: Profa. Dra. Rusleyd Maria M. de Abreu
Área de Concentração: Física
Coordenadora: Profa. M.Sc. Esperanza L.Hernández Angulo
Departamento de História
Área de Concentração: História
Coordenador: Prof. M. Sc. José Dourado de Souza
Departamento de Geografia
Área de Concentração:Geografia
Coordenador: Prof. M. Sc. José Alves Costa
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SUMÁRIO
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DO
ENSINO MÉDIO-PROPOSTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CURSOS Página
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Arte – Artes Cênicas 02
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa 12
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira –
Língua Inglesa e Língua espanhola
30
Área de Concentração: Química 46
Área de Concentração: Biologia 61
Área de Concentração: Física 78
Área de Concentração: História 94
Área de Concentração:Geografia 108
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Arte – Artes Cênicas
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede estadual e municipal.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Letras, campus sede, Rio Branco / Curso de
Licenciatura em Artes Cênicas.
Coordenadora do Projeto: Profª. Ms. Andréa Maria Favilla Lobo
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Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2530
1. O Contexto do Ensino da Arte no Estado do Acre e a Formação de
Professores
A emergência de manifestações teatrais no Estado do Acre foi marcada por
características de resistência e crítica social. Os movimentos que se consolidaram a
partir do final dos anos 70 por meio das produções teatrais de grupos amadores
imprimiram, principalmente em Rio Branco, um cenário propício para que o fazer teatral
se tornasse também espaço informal de aprendizagem do teatro.
A educação informal do teatro se deu em um contexto em que as características
culturais da região foram amplamente exploradas por esses “artistas/professores”. O
espaço de criação teatral se configurava em escola e laboratório onde o fazer e o
refletir emergia em meio, a uma necessidade expressiva de “falar sobre suas próprias
coisas” por meio da cena, tais como: a realidade dos seringais, os povos da floresta e a
questão ambiental.
Afirmar que o ensino regular de Arte era de qualidade, nesse período em Rio
Branco, seria no mínimo imprudente, já que na educação formal, a ausência de
profissionais formados na área proporcionava improvisações e descuidos inerentes às
condições precárias em que o ensino do componente curricular arte se apresentava.
No entanto, consideramos importantes os movimentos que pulsavam fora da escola.
Negar as ações dos grupos teatrais e os espaços de aprendizagem que eles
proporcionavam para seus participantes e público seria encerrar nos muros escolares
toda a possibilidade de produção de conhecimento e desconsiderar outros saberes tão
significativos para a construção do conhecimento artístico que se encontravam fora dos
espaços escolares.
Historicamente o ensino da arte no Brasil passou por várias transformações
significativas. Muitas dessas transformações foram frutos diretos das lutas de arteeducadores
que acreditavam na importância do ensino da arte nas escolas e o quanto
a arte poderia contribuir efetivamente para a formação dos educandos em suas
dimensões intelectuais e afetivas. A obrigatoriedade do ensino da arte na educação
básica e a condição da arte como componente curricular foram sem dúvida frutos
dessas lutas travadas desde a década de 80.
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A Universidade Federal do Acre, principalmente o Departamento de Letras, na
figura de professoras e professores comprometidos com a importância da Arte na
Universidade, assim como artistas locais desencadearam um importante movimento
que culminou com a criação do primeiro curso de Licenciatura em Artes Cênicas do
Estado.
O curso de Licenciatura em Artes Cênicas será implantado em 2006/02 na
Universidade Federal do Acre iniciando com 30 vagas noturnas no Campus de Rio
Branco. Embora o curso ainda não esteja consolidado, já conta com o corpo docente
recém contratado para o quadro efetivo da Universidade além de outros professores
que atuam em áreas afins pertencentes a outros Departamentos. O processo de
formação da primeira turma sem dúvida alguma vai proporcionar a criação de espaços
relevantes para a reflexão sobre a formação de professores de arte no estado,
principalmente em relação às práticas pedagógicas tanto desses futuros professores
quanto dos professores que já atuam com esse componente curricular nas escolas de
educação básica das redes públicas.
Nesse sentido, acreditamos que duas frentes podem contribuir efetivamente com
a qualidade do ensino da Arte e principalmente do teatro na educação formal do Estado
do Acre, uma delas sem dúvida é a criação do curso de Licenciatura em Artes Cênicas
e a conseqüente legitimação de professores que possam atuar com propriedade na
área. A outra frente se refere à oferta de formação continuada aos professores que já
atuam na rede pública com esse componente curricular e que carecem de espaços
para aquisição, produção e reflexão de novos conhecimentos sobre a sua prática no
cotidiano escolar.
2. Caracterização do curso oferecido
O conhecimento artístico se configura como um modo particular de
compreensão da realidade. Promove experiências e reflexões que envolvem a
percepção, a imaginação e a sensibilidade. O processo de ensino da Arte se
fundamenta em três eixos norteadores, a saber: o fazer artístico; a apreciação e a
reflexão sobre as produções artísticas, as produções dos próprios alunos e as formas
da natureza.
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Os espaços de formação do professor de Arte devem proporcionar reflexões e
experiências que contemplem as três dimensões norteadoras. Mesmo em se tratando
da formação do professor de Teatro consideramos de fundamental importância a
inserção de conteúdos que permitam a leitura e reflexão de imagens, ou seja,
conteúdos das Artes Visuais, como: fotografia; vídeo; cinema; pintura; escultura,
arquitetura, performance, pois estabelecem diálogos cada vez mais intensos com as
Artes Cênicas e também com as outras linguagens artísticas, como a Música e a
Dança, nas diversas manifestações artísticas que fazem parte da cultura nacional e
internacional.
Pretendemos favorecer aos professores que atuam com o componente curricular
Arte nas Escolas de Ensino Médio do Estado do Acre, espaços de aprendizagem em
que possam produzir, apreciar e refletir sobre as linguagens artísticas, em especial com
a linguagem cênica, estabelecendo diálogos também com outros componentes
curriculares da escola sem contudo desconsiderar a importância do conhecimento
artístico para a formação dos educandos.
3. Carga-horária do curso
O curso a ser oferecido pela UFAC para os professores que atuam com o Ensino da
Arte no Ensino Médio será dividido em seis módulos de 30 horas cada, perfazendo um
total de 180 horas, carga horária máxima prevista pelo MEC no Edital do Programa de
Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio. Os módulos foram
organizados para serem ministrados no decorrer de três semestres, dois módulos por
semestre, de acordo com calendário a ser detalhado em conjunto com a Secretaria de
Estado de Educação e as Secretarias de Ensino dos municípios alvo. Podem, contudo,
ser distribuídos de modo diferente para atender especificidades da clientela.
4. Currículo do coordenador do curso
A Professora Andréa Maria Favilla Lobo, coordenadora desse curso de formação, é
Bacharel em Artes Cênicas e Licenciada em Educação Artística pela Universidade do
Rio de Janeiro e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo.
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Sua experiência no processo de formação de professores e na Educação Básica é
brevemente descrita abaixo.
4.1. Experiência na graduação
Atuou de 2003 até 2005 em Instituições Privadas de Ensino Superior na área de Arte e
Arte e Educação, a saber:
Faculdade Norte Capixaba - FANORTE
Ensino, Normal Superior, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. Arte-Educação.
Cargos ou funções
1. Coordenadora/Adjunta dos trabalhos desenvolvidos no “Laboratório de Ensino e
Aprendizagem".
Escola de Ensino Superior do Educandário Seráfico São Francisco de Assis -
ESESFA
Ensino, Pedagogia, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. Arte e música na educação.
2. Expressão Corporal e Jogo Teatral.
Fundação de Assistência e Educação - FAESA
Ensino, Design de Moda, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. Moda e Comportamento.
2. Cultura Material.
Sociedade Educacional de Viana - FESAVE
Ensino, Pedagogia, Nível: Graduação.
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Disciplinas ministradas
1. Arte e Educação.
Fundação Novo Milênio - NOVO MILÊNIO
Ensino, Design de Moda, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. História da Arte e Indumentária I.
4.2. Experiência em cursos Livres
• Expressão Corporal e Jogos Dramáticos.
• Metodologia de Ensino do Teatro.
• Repensando a Metodologia de Ensino do Teatro na Educação Informal.
• Curso de teatro.
• Curso de Arte Integrada.
4.3. Experiência na Educação Básica
Prefeitura Municipal de Vitória - PMV
Ensino, Nível: Ensino fundamental.
Disciplinas ministradas
1. Educação Artística.
2. Oficina de teatro.
4.4. Outras Atividades
Trabalhos publicados nas áreas de Arte e Educação podem ser verificados no
Curriculum Lattes.
5. Perfil do corpo docente
Além da Profª. Ms. Andréa Maria favilla Lobo, coordenadora do curso, o corpo
docente será composto por outros professores especialistas, mestres e doutores do
quadro efetivo da UFAC, campus sede, Rio Branco, e campus Cruzeiro do Sul, que
atuam na área de Letras, Artes e Ciências Humanas e formação de professores.
Eventualmente, professores-visitantes poderão ser convidados para ministrar um dos
módulos.
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Titulação do Corpo Docente
Doutorado: 2
Mestrado: 1
Especialista: 1
Obs: Dois novos professores na área de Arte tomarão posse de seus cargos efetivos
da Universidade ainda este ano, provenientes do último concurso na área.
6. Descrição do Projeto de Curso
6.1. Objetivos do Curso
Os módulos que compõem o curso pretendem favorecer aos professores do
Ensino Médio espaços de aprendizagem e reflexão sobre suas práticas em sala de
aula com o ensino da arte. Possibilitando vivências, reconhecimento de espaços locais
de produção e exposição artística, elaboração de propostas pedagógicas para o ensino
da Arte assim como favorecer diálogos entre as manifestações culturais regionais e as
práticas pedagógicas dos docentes no cotidiano escolar.
6.2. Distribuição dos Componentes Curriculares
O curso será composto por seis módulos de 30 horas cada um, totalizando 180
horas de instrução presencial.
Os componentes curriculares bem como seus objetivos gerais são descritos a
seguir.
Módulo 1: História da Arte
Discutir o processo de criação artística, os diversos estilos ao longo da história e a
relação da arte com a comunicação e o belo.
Módulo 2: Fundamentos do Ensino da Arte
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Refletir sobre o contexto em que emerge o ensino da arte no Brasil e os pressupostos
teóricos que orientam o processo de ensino e a aprendizagem da Arte no mundo
contemporâneo.
Módulo 3: Arte e Cultura
Discutir as relações entre a produção artística e a produção cultural e os
desdobramentos possíveis no trabalho do professor em sala de aula.
Módulo 4: Oficina de Jogos Teatrais
Vivenciar por meio de jogos o fazer teatral refletindo sobre a metodologia do jogo como
proposta para ao ensino do teatro.
Módulo 5: Laboratório de Técnicas Visuais
Vivenciar processos criativos compreendendo os elementos fundamentais da
composição, percepção visual e arte. Perceber a forma como linguagem expressiva.
Experimentar Técnicas de estimulação em leitura de imagens. Refletindo sobre as
imagens e o ensino da Arte.
Módulo 6: Laboratório Pedagógico
Avaliar a prática docente no ensino da Arte e elaborar propostas de intervenção
pedagógica assim como experimentar novas estratégias, recursos e materiais de
trabalho.
6.3. Metodologia de Trabalho
O curso de formação continuada de professores que atuam com o ensino da
Arte no Ensino Médio pretende disponibilizar para os docentes não só material teórico
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que fundamente sua prática em sala de aula, mas também espaços de oficina onde
poderão vivenciar o fazer artístico, estabelecendo diálogos significativos durante os
encontros, a partir das suas próprias experiências estéticas. O tornar-se professor de
Arte diz respeito a conhecer Arte, apreciar Arte e saber ser professor de Arte. Para dar
continuidade a este processo pretendemos estabelecer parcerias. Algumas parcerias já
foram iniciadas como, por exemplo, com o Instituto Arte na Escola de São Paulo,
favorecendo a capacitação dos professores por meio de materiais didáticos, e
futuramente com as secretarias de Educação do Estado e do Município visando
promover encontros de área contínuos e sistematizados. Além disso, realizaremos os
seguintes procedimentos abaixo relacionados:
􀂃 Leitura de textos teóricos diversos
􀂃 Diálogo/Discussões
􀂃 Seminários
􀂃 Oficinas de Jogos Teatrais e Leitura de Imagens
6.4. Proposta de procedimentos avaliativos
Entendemos a avaliação como um processo contínuo onde, tanto o professor
quanto o aluno fazem parte. O processo de avaliação possibilita ao professor a
oportunidade de: diagnosticar o grupo em que vai trabalhar em relação ao
conhecimento de sua disciplina; analisar se os objetivos traçados para sua aula estão
sendo alcançados pelos alunos; redimensionar sua prática em função do processo
avaliativo.
Nesse sentido, ao final dos seis módulos o aluno/docente deverá elaborar uma
proposta de intervenção pedagógica a partir das reflexões e saberes produzidos em
cada módulo de forma interdisciplinar. Este projeto deverá ser avaliado e acompanhado
pelo corpo docente do curso juntamente com as Secretarias de Educação.
7. Referências
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ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo: Pioneira, 1986.
BARBOSA, A. M. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.
_____________ . Recorte e colagem: influências de John Dewey no ensino da arte
no Brasil. São Paulo: Cortez,1989
FERRAZ, M. H. C. T. & FUSARI. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez,
2002.
JANSON,A, JANSON, H.W. História da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MARQUES, MARIA DO P. SOCORRO CALIXTO. A cidade encena a floresta. RIO
BRANCO: EDUFAC, 2005.
KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2002.
OSTROWER, F. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1984
REVERBEL, Olga. Um caminho do: teatro na escola. São Paulo: Scipione, 1989.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1987.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Letras, campus sede, Rio Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de Oliveira
16
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
1.Breve histórico da atuação do Departamento de Letras da UFAC em cursos de
formação de professores na área de Língua Portuguesa
O Curso de Letras da UFAC foi criado em 1971 ainda quando a instituição se
constituía num centro estadual. Em 1974 a instituição é federalizada, o que vai permitir
ampliação, expansão e melhor estruturação de seus cursos.
Sendo a única instituição universitária no estado, torna-se a única responsável
pela formação de quadros para atender às demandas educacionais e administrativas.
Nesse contexto o Departamento de Letras assume papel fundamental na formação de
professores de língua portuguesa e língua estrangeira para a rede municipal e estadual
de ensino. Passados os primeiros anos, um contingente significativo de professores
adquire sua formação em nível superior e ingressam na rede de ensino do Estado,
assumindo encargos docentes e direção.
A partir da década de 1980, temos já um número importante de egressos do
Curso de Letras, que não tinham a possibilidade de perseguir a continuidade de sua
formação profissional, a menos que se deslocasse para fora do Estado em busca de
instituições que oferecessem cursos de pós-graduação. O Departamento de Letras
inicia, então, uma nova frente de atuação: os cursos de especialização. As iniciativas
eram sempre internas à Universidade, que tinha, muitas vezes, de persuadir os
gestores da necessidade de incentivar e, mesmo, permitir a seus servidores a realizar
estudos de aprofundamento e atualização em suas áreas profissionais. Na capital, Rio
Branco, era mais fácil a oferta de cursos, pois os profissionais podiam decidir
individualmente pela sua realização. Nos municípios do interior a situação era – ainda é
– difícil, tendo em vista a dificuldade de acesso, pois muitos deles só eram/são
acessíveis por meio de transporte aéreo; essa situação demandava um investimento
grande tanto de pessoal quanto financeiro, para que os professores ministrantes
pudessem se deslocar e permanecer naquelas localidades; exigia ainda uma
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disposição do poder público para promover a atividade, mormente pelo fato de que em
alguns deles o número de professores graduados era pequeno.
Hoje, o Departamento de Letras já ofereceu à comunidade mais de 16 cursos de
Pós-Graduação Lato Sensu, os quais se distribuíram nas subáreas de Literatura;
Literatura Comparada; Literatura Infantil; Língua Portuguesa; Ensino de Língua
Portuguesa e Lingüística, geralmente orientados para leitura e produção de texto.
Desse elenco de especializações, algumas foram realizadas em municípios de
interior, a saber Sena Madureira, o único acessível por meio terrestre; Cruzeiro do Sul,
Feijó e Tarauacá, acessíveis por via área (com exceção de três meses ao ano, durante
o estio).
As especializações exercem um grande apelo aos professores, pois se revestem
em ganhos financeiros com o incentivo pelo título, contemplado na estrutura da
carreira; assim, os próprios professores instigavam os prefeitos e secretários
municipais para negociar com a Universidade seu oferecimento. Outros cursos e
programas de capacitação não são tão atraentes, pois não acrescentam valor
financeiro e exigem mais tempo do professor para além do já empregado nas suas
atividades de ensino, além de ajustes de suas atividades para poder deles participar.
Convém salientar, no entanto, que o Departamento de Letras vem construindo
uma relação de trabalho de caráter mais sistemático com a Secretaria Estadual de
Educação e as Secretarias Municipais. Um destaque deve ser feito aqui para um curso
de especialização oferecido pelo Departamento de Letras aos professores de língua
portuguesa das escolas públicas em Rio Branco em convênio com a Secretaria de
Estado de Educação e a Secretaria Municipal de Rio Branco. Esse curso se
desenvolveu no período de 1995-1996, gerando como produto final a Proposta
Curricular de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série), que até hoje é
usada como base referencial tanto nas escolas mantidas pelo Município quanto pelo
Estado.
Nessa mesma linha, a Secretaria de Estado de Educação estabeleceu, no início
desta década, com professores do Departamento de Letras (embora fosse um
programa de caráter individual) uma agenda de trabalho para a elaboração de proposta
para os referencias curriculares para o Ensino Médio nas áreas de Língua Portuguesa
(aí incluída a literatura), e Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol). As atividades desse
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programa incluíam cursos de capacitação para os professores, de modo que as
propostas pudessem ser discutidas, avaliadas pelos próprios professores, que também
se avaliavam quanto a sua competência para desenvolver suas atividades docentes a
partir do que propunham os novos referencias. Essas iniciativas têm permitido aos
professores do Departamento de Letras uma aproximação com a rede de ensino do
Estado, que possibilita a obtenção de informações que podem servir como baliza para
as ações na formação inicial dos professores de língua portuguesa e língua estrangeira
(espanhol, francês e inglês), e nos programas de formação continuada.
O Departamento Letras continua a insistir na necessidade de oferecer à
comunidade possibilidade de capacitação para além da formação inicial e iniciou no
ano de 2004 um programa permanente de pós-graduação lato sensu, com duas
ramificações: estudos lingüísticos e estudos literários, ambas voltadas para o ensino da
leitura e da escrita. Esse projeto, ao tempo em que procura contemplar as tendências
individuais para interrogações no campo da Literatura ou da Lingüística, direciona os
estudos para as ferramentas da Lingüística e da Teoria Literária que podem servir de
suporte teórico para os professores enfrentarem os desafios do ensino e da
aprendizagem da leitura e da escrita.
Embora reconheça o lugar de importância que têm na formação continuada os
cursos de especialização, o Departamento se ressentia das dificuldades de envolver os
professores da rede estadual de ensino em programas mais flexíveis e voltados mais
imediatamente para a situação interna da escola. Por um lado precisava conciliar suas
atividades internas à Universidade com as dos docentes e das escolas da rede, tarefa
quase sempre difícil em função da não-existência de mecanismos institucionais que
aproximasse a Universidade da rede pública de educação básica em caráter
permanente.
O Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio
se configura como uma oportunidade para o Departamento atuar de forma mais flexível
e sistemática junto à rede estadual e às redes municipais de ensino. A estrutura de um
programa voltado para os docentes de estabelecimentos de ensino e não apenas para
docentes individualmente possibilita uma melhor aproximação do cotidiano escolar e a
organização de atividades que sejam realizadas pelos cursistas e acompanhadas pelos
capacitadores, mesmo após a conclusão dos módulos do curso, garantido um processo
19
de avaliação dos efeitos do programa na sala de aula.
2. Caracterização do curso oferecido
A partir da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96),
o Ensino Médio ganha uma nova identidade: Ensino Médio agora é a etapa final do
Ensino Básico (Infantil, Fundamental e Médio). Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a
formação geral, em oposição à formação específica, e o desenvolvimento de
capacidades – pesquisar, analisar, selecionar, aprender, criar, elaborar etc., enfim, “um
currículo baseado no domínio de competências básicas e não no acúmulo de
informações”. (PCNEM, 1998, p.4).
Partindo de uma visão democrática, as orientações nacionais – definidas pelo
Ministério da Educação Nacional – distribuem responsabilidades para a
operacionalização desse novo projeto político-pedagógico para o ensino médio. Cabe a
cada Secretaria de Educação Estadual elaborar os programas de ensino, e é tarefa das
escolas a elaboração das propostas pedagógicas.
Tendo em vista ser o professor – principal agente transformador da realidade
escolar – o sujeito-leitor privilegiado dos documentos oficiais (LDB, PCNEM, PCN+),
sendo este também responsável pela elaboração das propostas pedagógicas, faz-se
necessário uma orientação crítico-reflexiva na sua formação, que de fato contribua para
a condução desse processo de mudança , principalmente, no que diz respeito às suas
práticas de sala de aula. Acreditamos que a maioria dos professores do Ensino
Médio carece de conhecimentos sobre novas correntes lingüísticas – Sociolingüística,
Psicolingüística, Lingüística Textual, Pragmática, Lingüística Aplicada, Análise de
Discurso e outras, todas ligadas à lingüística da enunciação ou do discurso – que lhes
dêem subsídios para uma prática de ensino de língua que constitua em tema das aulas
a própria língua em funcionamento, com abertura, na sala de aula, à pluralidade dos
discursos, visto que os pressupostos dessas teorias de abordagens enunciativodiscursivas
começaram a ser divulgados há menos de duas décadas, tendo sido
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introduzidos em pouquíssimos currículos dos cursos de Letras bem recentemente.
(CUNHA, 2004)
Sendo assim, é natural que o professor, que se formou há algum tempo, não
tenha conhecimento suficiente para desenvolver uma prática de ensino de Língua
Portuguesa coerente com essas teorias. Isso dificulta a definição de uma postura
pedagógica diferenciada por parte dos professores que, sem saber exatamente como
acompanhar a proposta de elaboração de um novo currículo, acabam, no geral,
ensinando, em sala de aula, a partir do currículo consolidado. Some-se a isso a
resistência à mudanças demonstrada por alguns professores.
Para que, de fato, a proposta de inovação de um novo currículo para o ensino
médio aconteça com mudanças efetivas nas práticas dos professores – responsáveis
por formar outros sujeitos – em sala de aula é fundamental que eles sejam engajados
em um processo de formação continuada que proporcione o suporte teórico e
metodológico necessário para que os professores sejam capazes de refletir sobre suas
práticas e suas opções teóricas. Concordamos com a afirmação de que (...) as únicas
pessoas em condições de encarar um trabalho de modificação das escolas são os
professores. Qualquer projeto que não considere como ingrediente prioritário os
professores – desde que estes, por sua vez, façam o mesmo com os alunos –
certamente fracassará. (POSSENTI, 1996)
Como sabemos a Universidade é a principal responsável pela formação desses
sujeitos-professores, então as mudanças dever vir desse lugar. Fundamentalmente,
ela é responsável pela construção de um processo de formação de professores, tanto
nos Cursos de Licenciatura quanto nos programas de formação continuada, que
desencadeie atitudes crítico-reflexiva para que, de fato, ocorra um ensino mais
produtivo. É sua função e seu dever social abrir espaços para discussões, reflexões, a
fim de proporcionar ao sujeito-professor uma boa formação acadêmica, em que o
processo de interação com o outro seja capaz de desencadear mudanças
significativas. È nesse espaço de interlocução entre sujeitos socialmente localizados
que pretendemos dialogar.
Assim, reflexões acerca das noções de linguagem, sujeito e discurso, sob as
perspectivas enunciativo-discursivas, podem funcionar como um fio condutor para
alterar a prática de ensino e de aprendizagem de línguas. Visto que essas perspectivas
concebem a linguagem enquanto realização de sujeitos sócio-históricos e considera os
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discursos ou enunciados como objetos de estudo, processos que produzem sentidos e
que são operados pelos sujeitos, tendo como base a língua. Supõe-se que esta nova
concepção de linguagem como enunciação, como discurso, e a crença de que o
sujeito-professor deve viver num processo coletivo e ininterrupto de ensino e de
aprendizagem. Um professor que não pode deixar de ser aluno, isto é, que não sabe
tudo, que não pode deixar de ser aprendiz (ANTUNES, 2003) são capazes de
ocasionar mudanças no ensino atual de Língua Portuguesa, pois rejeita a noção de
língua, exclusivamente, como sistema ou como código.
Sendo assim, cremos que o ensino de línguas deve ser desenvolvido num
contexto mais amplo do que a análise interna dos fatos lingüísticos, elegendo como
elemento norteador a língua em funcionamento. Devem-se buscar práticas de ensino
que trabalhem, a partir da materialidade lingüística, as condições de produção do
discurso, pois sabemos que, de modo geral, o ensino de línguas continua orientado por
um discurso baseado na tradição em que a consolidação do ensino de gramática
normativa ainda se faz presente.
Sob essa perspectiva, e por acreditar que podem acontecer mudanças no
ensino de línguas através de um trabalho contínuo e conjunto a proposta elaborada
pelo Departamento de Letras da UFAC para o Programa de Incentivo à Formação
Continuada de Professores do Ensino Médio objetiva desenvolver no sujeito-professor
atitudes/posturas crítico-reflexivas que transformem suas práticas pedagógicas, um
sujeito-professor capaz de construir significados a partir de seus posicionamentos
sociais, levando em conta o quando e o onde da interação com o outro, envolvidos na
busca de significados comuns e contextualizados. Além disso, o curso de formação
continuada proposto pela UFAC, também se justifica, como já foi dito, pela necessidade
de reflexões teóricas que contribuam para uma perspectiva de ensino e de
aprendizagem de Língua Portuguesa que considere, além do contexto lingüístico, as
condições sócio-históricas e ideológicas.
Sendo a Universidade o espaço de construção do saber, as mudanças,
principalmente na educação, como já se disse, devem partir desse lugar.
3. Carga-horária do curso
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O curso de formação continuada a ser oferecido pela UFAC para os professores
de Língua Portuguesa do Ensino Médio da rede municipal e estadual de Rio Branco e
municípios do interior será dividido em seis módulos de 30 horas/aula cada, perfazendo
um total de 180 horas/aula, carga horária máxima prevista pelo MEC no Edital do
Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio. Os
módulos serão ministrados no decorrer de três semestres, dois módulos por semestre,
de acordo com o calendário estabelecido pelo Programa, em acordo com a Secretaria
de Estado de Educação e as Secretarias Municipais, podendo ser flexibilizado para
atender eventuais especificidades da clientela.
4. Currículo do coordenador do curso
A professora Verônica Maria Kamel de Oliveira, coordenadora desse curso de
formação, é doutora em Lingüística e Língua Portuguesa pela Universidade Federal da
Paraíba. Sua trajetória acadêmica e profissional é brevemente relatada no memorial
descrito abaixo:
4.1. A tese de doutorado
As pesquisas realizadas ao longo do doutorado foram financiadas pelo PICDT/
CAPES, que concedeu a bolsa de estudos, fundamental para a realização do curso. O
trabalho de tese (OLIVEIRA, 2006) intitulado Discurso sobre o ensino e a
aprendizagem de Língua Portuguesa: um estudo a partir de textos produzidos por
acadêmicos do Curso de Letras consistiu em investigar o discurso de alunos iniciantes
e concluintes de Curso de Letras de duas Universidades Federais, uma do Norte outra
do Nordeste, acerca das noções de linguagem, gramática, língua falada e língua
escrita, texto e escrita, com o objetivo de compreender como esses sujeitos se
posicionam sobre o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa.
Este trabalho buscou refletir sobre o ensino e a aprendizagem de Língua
Portuguesa e a defesa da tese ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2006 na Universidade
Federal da Paraíba.
23
4.2. Experiências na Graduação
Em 1993, ingressei como professora de ensino superior na Universidade Federal
do Acre, lecionando as disciplinas de Literatura Portuguesa e de Língua Portuguesa I e
III, tanto no Curso de Licenciatura Plena em Letras – regime parcelado, no município
de Brasiléia-AC, quanto no Curso de Licenciatura Plena regular na sede.
Desde1994, após o término do Curso de Especialização em Língua Portuguesa,
até o presente, assumimos disciplinas na área de Lingüística e Língua Portuguesa.
Assumimos a Coordenação do Curso de Letras – regime parcelado, nos
municípios de Feijó e Tarauacá, no período de 01 de marco de 1994 a 01 de marco de
1997.
Atualmente, além de ministrar as disciplinas de Língua Portuguesa III – Redação
Científica no Curso de Letras e Leitura e Produção de Textos Técnicos no Curso de
Sistema de Informação, estou coordenando um Grupo de Estudos em Análise de
Discurso e Ensino de Línguas (GEADEL), que desenvolverá pesquisas nas áreas de
ensino e aprendizagem de línguas (materna e estrangeiras) e formação de professores,
buscando ampliar as linhas de pesquisa do Mestrado em Letras da UFAC.
4.3. Experiências nas extensão
Participamos como membro da equipe de correção de redação do concurso
Vestibular da UFAC de 1994 a 2000.
Coordenamos o curso de Extensão Universitária no ensino de Língua
Portuguesa e Literatura no 2o grau, em 1995.
Ministramos o Curso de Leitura e Produção de Textos, nos municípios de Xapuri,
Brasiléia, Senador Guiomar, Feijó e Tarauacá, nos anos de 1994 e 1995.
Em 1997, participamos como ministrante do Curso Fomentando a
Leitura/Escrita, Módulo Leitura – Vários olhares.
4.4. Experiências na Pesquisa
24
Em 1995, Coordenamos, juntamente com as professoras Eurilinda Maria Gomes
Figueiredo e Maria de Nazareth F. Fernandes Guimarães, o projeto de pesquisa
intitulado Re-pensando o ensino de Português nas quatro últimas séries do primeiro
grau, vinculado a linha de pesquisa do Departamento de Letras da UFAC A Amazônia
em Linguagem. Este projeto objetivava verificar como era ministrado o ensino de
Língua Portuguesa nas quatro últimas séries do primeiro grau das escolas públicas de
Rio Branco a fim de, com base no material coletado, formular uma proposta
metodológica para o ensino de língua materna que desencadeie, por sua vez, um
processo de ativação curricular nas escolas da rede pública estadual. Infelizmente, por
falta de financiamento não concluímos este projeto.
4.5. Experiências na Administração Superior
Assumimos a Coordenadoria de Editoração da UFAC, no período de 04 de
novembro de 1996 a 04 de novembro de 2000.
4.6. Outras Atividades
Conforme pode ser verificado no Currículo Lattes, que pode ser consultado no
site do CNPq, além das atividades relatadas, a Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de
Oliveira tem desenvolvido outras atividades acadêmicas como apresentação de
trabalhos em eventos científicos, publicação de artigos, entre outras.
5. Perfil do corpo docente
Além da Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de Oliveira, coordenadora do curso, e
do Prof. Dr. Vicente Cruz Cerqueira – que coordenou vários dos cursos de
especialização e presentemente é sub-coordenador dos cursos de pós-graduação lato
e stricto sensu – o corpo docente será composto por outros professores mestres e
doutores do quadro efetivo da UFAC, campus sede, Rio Branco, e campus de Cruzeiro
25
do Sul, que atuam na área de ensino e de aprendizagem e formação de professores
de Língua Portuguesa e que tenham desenvolvido/desenvolvam/venham a desenvolver
projetos nessa área. Eventualmente, professores-visitantes poderão ser convidados
para ministrar um dos módulos.
Titulação do Corpo Docente
Doutorado: 10
Mestrado: 5
6. Descrição do Projeto do Curso
6.1. Objetivos do Curso
Os seis módulos que compõem o curso bem como o trabalho de formação
continuada a ser realizado após a conclusão do mesmo pretendem:
• Subsidiar o trabalho dos professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio,
oportunizando-lhes contato com correntes teóricas de abordagens enunciativodiscursivas,
a fim de que reflitam sobre suas práticas de sala de aula, conscientes
do seu papel enquanto ser histórico e socialmente situado;
• Engajar os professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio em um processo
reflexivo crítico sobre suas práticas pedagógicas, propiciando-lhes situações que
permitam discussões em torno do ensino de Língua Portuguesa, enquanto ensino
exclusivamente gramatical;
• Contribuir para que os professores, num trabalho coletivo, elaborem propostas
pedagógicas tendo como norte as noções de linguagem e de aprendizagem
enquanto de natureza social, visto que ambas só acontecem na interação entre
interlocutores socialmente situados.
26
• Criar situações que permitam ao professor compreender a necessidade de
desenvolver pesquisas e projetos na sua sala de aula que propiciem um novo
fazer pedagógico, transformando sua prática.
• Organizar, juntamente, com a Secretaria de Educação e Escolas da Rede Pública
oficinas, mini-cursos, seminários, encontros, e outros eventos que criem espaços
para que os professores-participantes do curso divulguem seus trabalhos, tornandose
desta forma um multiplicador, um agente de transformações no seu ambiente de
trabalho (CELANI, 2002)
6.2. Distribuição dos Componentes Curriculares
Conforme especificado no item 3, o curso será composto por seis módulos de
30 horas/aula cada um, totalizando 180 horas de instrução presencial.
Os componentes curriculares bem como seus objetivos gerais são sucintamente
delineados a seguir:
Módulo 1: Concepções de linguagem e o ensino da Língua Portuguesa.
• Levar o professor a refletir sobre as concepções de linguagem sua
implicação para a compreensão de ensino e de aprendizagem de Língua
Portuguesa, tendo em vista serem essas concepções subjacentes a
propostas pedagógicas que orientam e determinam esse ensino.
Módulo 2: Introdução às teorias lingüísticas de abordagens enunciativodiscursivas.
• Fornecer um panorama dos estudos lingüísticos enunciativo-discursivos,
levando o professor a refletir sobre suas opções teóricas e sua prática de
sala de aula.
Módulo 3: Leitura e escrita: práticas sociais, históricas e culturais.
27
• Discutir questões relacionadas às práticas de leitura e de escrita no Ensino
Médio e suas implicações para a formação do sujeito leitor/autor.
Módulo 4: Introdução às teorias de gêneros discursivos: caracterização e
aplicação pedagógica.
• Compreender as diversas concepções acerca da noção de gêneros
discursivos/textuais, visando subsidiar a prática de sala de aula do professor
com um trabalho que contemple novos e diferentes gêneros.
Módulo 5: Pesquisas na sala de aula
• Propiciar discussões reflexivas acerca dos paradigmas metodológicos que
norteiam pesquisas em sala de aula, com foco na pesquisa qualitativa de
cunho sócio-interacionista, a fim de instrumentalizar o professor para
elaborar, juntamente com seus alunos, pesquisas em sala de aula.
Módulo 6: Planejamento, preparação e avaliação de materiais didáticos
• Avaliar os materiais didáticos utilizados para o ensino e a aprendizagem de
Língua Portuguesa no Ensino Médio, contribuindo para que organize seu
próprio material didático com base nas necessidades reais de seus alunos e
nas concepções teórico-metodológicas discutidas nos outros módulos.
6.3. Metodologia de Trabalho
Para engajar os professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio em um
processo de reflexão contínua sobre suas práticas em sala de aula, serão privilegiados
os seguintes espaços de construção do conhecimento:
• Leitura de textos teóricos diversos
A construção de sistemas ideológicos historicamente cristalizados
(conceitos científicos diversos) é fundamental para desencadear um
28
processo reflexivo acerca das ideologias do cotidiano (conhecimento
intuitivo) que embasam a prática em sala de aula. (SZUNDY, 2005)
• Diálogo/Discussões
O estudo torna-se interrogação e troca, ou seja, diálogo. Não interrogamos a
natureza e ela não nos responde. Interrogamos a nós mesmos, e nós, de
certa maneira, organizamos nossa observação ou nossas experiências a fim
de obtermos uma resposta. (BAKHTIN, 1953/1979)
• Seminários e escritura de artigos; trabalhos de conclusão de curso.
Além de criar oportunidades para que os professores reflitam sobre o
conhecimento construído, a apresentação de seminários e a escritura de
trabalhos acadêmicos permitem a reinserção desses professores nas rotinas
acadêmicas e a preparação para uma futura pós-graduação.
• Avaliação e preparação de materiais didáticos
Permite a aplicação dos pressupostos teóricos discutidos nos módulos
anteriores na avaliação crítica de materiais didáticos e na construção de
materiais que contemplem as necessidades dos alunos de Ensino Médio,
promovendo assim mudanças na própria prática pedagógica.
• Elaboração de um projeto de pesquisa
No decorrer do curso, além dos trabalhos de cada módulo, será
solicitado ao professor que elabore um projeto de pesquisa a ser
aplicado na sua própria sala de aula, de forma a incentivar a realização
de pesquisas como espaço para compreender o processo de construção
do conhecimento na sala de aula de Língua Portuguesa, detectar os
problemas envolvidos nesse processo e, em conjunto com os alunos,
negociar transformações para práticas pedagógicas vigentes.
29
• Mini-cursos e oficinas
Conforme já especificado no item 6.1 os mini-cursos, oficinas e outros
eventos organizados em parceria com a Secretaria de Educação e
Escolas buscarão criar espaços para que as experiências dos
professores e os saberes por eles construídos no decorrer do curso
sejam compartilhadas com outros professores da rede, fazendo com que
os professores-participantes se tornem multiplicadores.
6.4. Proposta de procedimentos avaliativos
Os professores serão avaliados continuamente no decorrer de todas as
atividades detalhadas acima. Além dos trabalhos de conclusão de cada módulo, cada
professor irá elaborar um projeto a ser desenvolvido em sua sala de aula. Após a
conclusão do curso, será organizada uma série de oficinas e mini-cursos mensais
abertos a outros professores da rede pública em que os professores-participantes do
curso apresentarão os resultados dos seus projetos, o que possibilitará um
acompanhamento das atividades desenvolvidas em sala de aula após a conclusão do
curso.
A auto-avaliação constitui outro procedimento avaliativo a ser utilizado no
decorrer do curso, pois acreditamos que a capacidade de estabelecer avaliações sobre
o próprio processo de aprendizagem e sobre a própria prática é essencial para o
engajamento em um processo reflexivo crítico que venha de fato a promover
transformações na sala de aula.
Por fim, para garantir a unidade do curso e o compartilhamento das
concepções que norteiam a sua proposta, é fundamental que os professorespesquisadores
que integrarão o corpo docente também se engajem em um processo
reflexivo crítico sobre a sua própria prática e a estruturação curricular e metodológica
do curso. Esta unidade será garantida por meio de reuniões mensais ou quinzenais e
pelo acompanhamento contínuo da coordenadora do curso.
30
7. Referências e Bibliografia de apoio
ABREU, Márcia (org.). Leitura, história e história da leitura. Campinas: Mercado de
Letras, 2002.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola,
2003.
BAKHTIN, Mikhail. (1929) Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo:
Hucitec, 1992.
_____. (1953/1979) Estética da Criação Verbal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
_____. (1975) Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3. ed. São
Paulo: Hucitec, 1993.
BASTOS, Neusa Barbosa. (org.) Língua portuguesa. História, Perspectivas,
Ensino. São Paulo: EDUC, 1998.
BRAIT, Beth (org.). Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Campinas:
Editora da UNICAMP, 1997.
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. 3. ed.
Campinas: Editora da UNICAMP, 1994.
_____. Texto, gêneros do discurso e ensino. In: BRANDÃO, Helena H. Nagamine
(Org.). Aprender e ensinar com textos. São Paulo: Cortez, 2000.
BATISTA, Antônio Augusto Gomes. Aula de português: discurso e saberes
escolares. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
CELANI, M.A A. (Org.) Professores e formadores em mudança: relato de um processo
de reflexão e transformacão da prática docente. Campinas. Mercado de Letras, 2002.
CHARTIER, Roger. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa
entre os séculos XIV e XVIII. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1999.
_____. Os desafios da escrita. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
COSCARELLI, Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de
pensar. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
31
CUNHA, Dóris de Arruda C. da. Uma análise de concepções e conceitos: linguagem,
língua, sentido, significação, gênero e texto. In: SOUSA, Mª. Ester Vieira; VILAR,
Socorro de Fátima P. Parâmetros curriculares em questão: o ensino médio. João
Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2004.
GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.
_____. O texto na sala de aula: leitura e produção. 7. ed. Cascavel: Assoeste, 1991b.
_____. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas:
Mercado Aberto, 1996.
_____. Palavras escritas, indícios de palavras ditas. In: VOESE, Ingo. (org.)
Linguagem e (Dis)curso. Tubarão: Ed. Unisul, 2003.
GUIMARÃES, Eduardo. História da Gramática no Brasil e Ensino. Relatos.
Campinas: IEL, 1997.
_____. História da Semântica: Sujeito, sentido e gramática no Brasil. Campinas:
Pontes, 2004.
LAJOLO, Marisa, O texto não é pretexto. In: ZILBERMAN, Regina. Leitura em crise
na escola: as alternativas do professor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.
_____. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 4. ed. São Paulo:
Contexto, 2000.
MANOCORDA, Mário Alighiero. História da educação: da Antigüidade aos nossos
dias. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2004.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São
Paulo: Cortez, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In:
DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora.
Gêneros Textuais & Ensino. 3. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
MOITA Lopes, L. P. Oficina de Lingüística Aplicada: a natureza social e
educacional dos processos de ensino-aprendizagem de línguas. Mercado de Letras,
Campinas, 1996.
OLIVEIRA, V. M. K. Discurso sobre o ensino e a aprendizagem de Língua
Portuguesa: um estudo a partir de textos produzidos por acadêmicos do Curso de
Letras. Tese de Doutorado, 2006.
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática: história, teoria e análise, ensino. São
Paulo: Unesp, 2002.
32
_____. Gramática na escola. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2003.
POSSENTI, Sírio. Discurso, estilo e subjetividade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2001a.
_____.Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras,
1996.
_____. Sobre a leitura: o que diz a análise do discurso? In: MARINHO, Marildes. Ler e
navegar: espaços e percursos da leitura. Campinas: Mercado de Letras; Associação
de Leitura do Brasil – ALB, 2001b.
SOUSA, Maria Ester Vieira de. As surpresas do previsível no discurso de sala de
aula. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2002.
SZUNDY, P.T.C. A construção do conhecimento no jogo e sobre o jogo: ensinoaprendizagem
de LE e formação reflexiva. Tese de Doutorado, 2005.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de
gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.
_____. Gramática ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003.
VALENTE A (Org.). Aulas de Português: Perspectivas inovadoras. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1999.
33
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira – Língua
Inglesa e Língua Espanhola
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Letras, campus sede, Rio Branco
Coordenadora do Projeto: Profª. Drª. Paula Tatianne Carréra Szundy
_____________________________________________________________________________
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2530
34
1.Breve histórico da atuação do Departamento de Letras da UFAC em cursos de
formação de professores na área de de Língua Estrangeira
O Curso de Letras da UFAC foi criado em 1971 ainda quando a instituição se
constituía num centro estadual. Em 1974 a instituição é federalizada, o que vai permitir
ampliação, expansão e melhor estruturação de seus cursos.
Sendo a única instituição universitária no estado, torna-se a única responsável
pela formação de quadros para atender às demandas educacionais e administrativas.
Nesse contexto o Departamento de Letras assume papel fundamental na formação de
professores de língua portuguesa e língua estrangeira para a rede municipal e estadual
de ensino. Passados os primeiros anos, um contingente significativo de professores
adquire sua formação em nível superior e ingressam na rede de ensino do Estado,
assumindo encargos docentes e direção.
A partir da década de 1980, temos já um número importante de egressos do
Curso de Letras, que não tinham a possibilidade de perseguir a continuidade de sua
formação profissional, a menos que se deslocasse para fora do Estado em busca de
instituições que oferecessem cursos de pós-graduação. O Departamento de Letras
inicia, então, uma nova frente de atuação: os cursos de especialização. As iniciativas
eram sempre internas à Universidade, que tinha, muitas vezes, de persuadir os
gestores da necessidade de incentivar e, mesmo, permitir a seus servidores a realizar
estudos de aprofundamento e atualização em suas áreas profissionais. Na capital, Rio
Branco, era mais fácil a oferta de cursos, pois os profissionais podiam decidir
individualmente pela sua realização. Nos municípios do interior a situação era – ainda é
– difícil, tendo em vista a dificuldade de acesso, pois muitos deles só eram/são
acessíveis por meio de transporte aéreo; essa situação demandava um investimento
grande tanto de pessoal quanto financeiro, para que os professores ministrantes
pudessem se deslocar e permanecer naquelas localidades; exigia ainda uma
disposição do poder público para promover a atividade, mormente pelo fato de que em
alguns deles o número de professores graduados era pequeno.
Hoje, o Departamento de Letras já ofereceu à comunidade mais de 16 cursos de
Pós-Graduação Lato Sensu, os quais se distribuíram nas subáreas de Literatura;
Literatura Comparada; Literatura Infantil; Língua Portuguesa; Ensino de Língua
35
Portuguesa e Lingüística, geralmente orientados para leitura e produção de texto.
Desse elenco de especializações, algumas foram realizadas em municípios de
interior, a saber Sena Madureira, o único acessível por meio terrestre; Cruzeiro do Sul,
Feijó e Tarauacá, acessíveis por via área (com exceção de três meses ao ano, durante
o estio).
As especializações exercem um grande apelo aos professores, pois se revestem
em ganhos financeiros com o incentivo pelo título, contemplado na estrutura da
carreira; assim, os próprios professores instigavam os prefeitos e secretários
municipais para negociar com a Universidade seu oferecimento. Outros cursos e
programas de capacitação não são tão atraentes, pois não acrescentam valor
financeiro e exigem mais tempo do professor para além do já empregado nas suas
atividades de ensino, além de ajustes de suas atividades para poder deles participar.
Convém salientar, no entanto, que o Departamento de Letras vem construindo
uma relação de trabalho de caráter mais sistemático com a Secretaria Estadual de
Educação e as Secretarias Municipais. Um destaque deve ser feito aqui para um curso
de especialização oferecido pelo Departamento de Letras aos professores de língua
portuguesa das escolas públicas em Rio Branco em convênio com a Secretaria de
Estado de Educação e a Secretaria Municipal de Rio Branco. Esse curso se
desenvolveu no período de 1995-1996, gerando como produto final a Proposta
Curricular de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série), que até hoje é
usada como base referencial tanto nas escolas mantidas pelo Município quanto pelo
Estado.
Nessa mesma linha, a Secretaria de Estado de Educação estabeleceu, no início
desta década, com professores do Departamento de Letras (embora fosse um
programa de caráter individual) uma agenda de trabalho para a elaboração de proposta
para os referencias curriculares para o Ensino Médio nas áreas de Língua Portuguesa
(aí incluída a literatura), e Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol). As atividades desse
programa incluíam cursos de capacitação para os professores, de modo que as
propostas pudessem ser discutidas, avaliadas pelos próprios professores, que também
se avaliavam quanto a sua competência para desenvolver suas atividades docentes a
partir do que propunham os novos referencias. Essas iniciativas têm permitido aos
professores do Departamento de Letras uma aproximação com a rede de ensino do
36
Estado, que possibilita a obtenção de informações que podem servir como baliza para
as ações na formação inicial dos professores de língua portuguesa e língua estrangeira
(espanhol, francês e inglês), e nos programas de formação continuada.
O Departamento Letras continua a insistir na necessidade de oferecer à
comunidade possibilidade de capacitação para além da formação inicial e iniciou no
ano de 2004 um programa permanente de pós-graduação lato sensu, com duas
ramificações: estudos lingüísticos e estudos literários, ambas voltadas para o ensino da
leitura e da escrita. Esse projeto, ao tempo em que procura contemplar as tendências
individuais para interrogações no campo da Literatura ou da Lingüística, direciona os
estudos para as ferramentas da Lingüística e da Teoria Literária que podem servir de
suporte teórico para os professores enfrentarem os desafios do ensino e da
aprendizagem da leitura e da escrita.
Embora reconheça o lugar de importância que têm na formação continuada os
cursos de especialização, o Departamento se ressentia das dificuldades de envolver os
professores da rede estadual de ensino em programas mais flexíveis e voltados mais
imediatamente para a situação interna da escola. Por um lado precisava conciliar suas
atividades internas à Universidade com as dos docentes e das escolas da rede, tarefa
quase sempre difícil em função da não-existência de mecanismos institucionais que
aproximasse a Universidade da rede pública de educação básica em caráter
permanente.
O Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio
se configura como uma oportunidade para o Departamento atuar de forma mais flexível
e sistemática junto à rede estadual e às redes municipais de ensino. A estrutura de um
programa voltado para os docentes de estabelecimentos de ensino e não apenas para
docentes individualmente possibilita uma melhor aproximação do cotidiano escolar e a
organização de atividades que sejam realizadas pelos cursistas e acompanhadas pelos
capacitadores, mesmo após a conclusão dos módulos do curso, garantido um processo
de avaliação dos efeitos do programa na sala de aula.
37
8. Caracterização do curso oferecido
As pesquisas nas áreas de Educação e de Lingüística Aplicada têm sublinhado o
papel fundamental da formação reflexiva crítica do professor para o desencadeamento
de transformações na sua prática em sala de aula e, conseqüentemente, para a busca
de uma intervenção e mediação mais consciente, crítica e revolucionária no processo
de ensino-aprendizagem.
Para que o professor compreenda suas ações em sala de aula e busque
mudanças para sua prática, é fundamental o seu engajamento em um processo
reflexivo crítico desencadeado pela construção de um referencial teórico relacionado à
sua área de atuação, pelo diálogo com outros pares e interlocutores mais experientes e
pelo desenvolvimento de pesquisas e projetos na própria sala de aula.
Embora as propostas curriculares para o ensino-aprendizagem de língua
materna e estrangeira no ensino fundamental e médio estejam calcadas em teorias de
ensino-aprendizagem e de linguagem de cunho sócio-históricas que compartilham a
visão de que o processo de construção do conhecimento ocorre na interação com o(s)
outro(s)1 e de que o objetivo central da educação escolar é a formação do cidadão
crítico-reflexivo, sabe-se que muitas das práticas realizadas em sala de aula são
orientadas por modelos tradicionais que primam pela mera repetição e imitação e que,
por não vincularem o processo de ensino-aprendizagem às diversas esferas sociais
onde os conhecimentos circulam, não provocam revoluções e transformações
significativas no aprendiz.
Para que propostas curriculares críticas e inovadoras sejam de fato
implementadas na sala de aula é fundamental que os professores sejam engajados em
um processo de formação contínua voltado para a construção de um referencial teórico
e metodológico que possibilite a reflexão crítica sobre a sua própria prática. Enquanto
local onde paradigmas teóricos e metodológicos são delineados, discutidos,
(des)construídos e aplicados, a Universidade tem um papel fundamental no processo
de formação crítica de educadores, tendo o dever social de construir um espaço de
1 1 Privilegia-se aqui a concepção de outro no sentido proposto pelo círculo Bakhtin (1929, 1953, 1975) em que o
outro não se resume apenas ao par físico do processo interacional. O outro é entendido como todas as palavra de
outrem que são revozeadas no nosso discurso. Na sala de aula essa palavra de outrem pode incluir o discurso
científico, o discurso da mídia, da igreja, da família e muitos outros.
38
discussão e reflexão em que o professor deixe de ser apenas um consumidor de
pesquisas para se tornar um pesquisador da sua sala de aula (MOITA LOPES, 1996).
Fundamentado no papel central desempenhado pela reflexão crítica na
formação de professores e na concepção de que a Universidade constitui-se em um
espaço privilegiado para o engajamento em um processo reflexivo contínuo sobre a
própria prática, essa proposta de curso delineada pelo Departamento de Letras da
UFAC pretende criar espaços para compreensão, análise e reflexão teoricamente
fundamentada do processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira, língua
inglesa e espanhola, que leve a reconstrução, desconstrução e transformação de
práticas pedagógicas vigentes.
9. Carga-horária do curso
O curso a ser oferecido pelo UFAC para os professores de língua inglesa e
espanhola do Ensino Médio será dividido em seis módulos de 30 horas cada,
perfazendo um total de 180 horas, carga horária máxima prevista pelo MEC no Edital
do Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio.
Os módulos foram organizados para serem ministrados no decorrer de três semestres,
dois módulos por semestre, de acordo com calendário a ser detalhado em conjunto
com a Secretaria de Estado de Educação e as Secretarias de Ensino dos municípios
alvo. Podem, contudo, ser distribuídos de modo diferente para atender especificidades
da clientela.
10. Currículo do coordenador do curso
A Professora Paula Tatianne Carréra Szundy, coordenadora desse curso de
formação, é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Sua trajetória no processo de formação de
professores de língua estrangeira é brevemente relatada no memorial circunstanciado
abaixo.
10.1. A tese de doutorado
39
As pesquisas realizadas ao longo do doutorado foram financiadas pelo CNPq e
CAPES (estágio de doutorado no exterior) e resultaram no trabalho de tese (SZUNDY,
2005) A construção do conhecimento no jogo e sobre o jogo: ensino-aprendizagem de
LE e formação reflexiva. O trabalho foi orientado por dois objetivos centrais:
• investigar o desenvolvimento dos jogos de linguagem e o papel por eles exercido no
processo de construção do conhecimento da habilidade oral em três estágios da
aprendizagem da língua estrangeira;
• promover a reflexão dos professores-participantes sobre o papel desempenhado
pelo jogo nas suas práticas em sala de aula.
A pesquisa realizada buscou contribuir para as áreas de ensino-aprendizagem de
LE e de formação de educadores e a defesa da tese ocorreu no dia 06 de maio de
2005 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
10.2. Estágio de doutorado no exterior
Dentre os quase quatro anos de pesquisa no doutorado, foi realizado um estágio de
um ano na Universidade de Lancaster, Reino Unido. O estágio em Lancaster ocorreu
de novembro de 2003 a outubro de 2004 e foi supervisionado pelo Prof. Dr. Martin
Bygate, cujos interesses centrais incluem o processo de construção da habilidade oral
em LE e/ou segunda língua (doravante L2), o desenvolvimento e análise de tarefas
(task based research) para ensino-aprendizagem de LE e/ou L2 e o estudo de
metodologias de pesquisa em Lingüística Aplicada às questões de ensinoaprendizagem
de LE e L2.
Esse estágio na Universidade de Lancaster permitiu a discussão teórica de
questões relacionadas a ensino-aprendizagem de LE e formação de professores com
pesquisadores de vários lugares do mundo (dado o caráter multicultural das
universidades britânicas, que recebem pesquisadores do mundo inteiro), contribuindo
de forma decisiva para ampliar a minha visão e reflexão sobre questões relacionadas
ao processo de construção do conhecimento em LE e formação reflexiva.
40
10.3. A dissertação de mestrado
A pesquisa referente à dissertação de mestrado (SZUNDY, 2001) foi realizada na
minha própria sala de aula e buscou analisar de que forma o conhecimento da LE foi
sócio-construído em interações decorrentes de sete atividades de jogos aplicadas no
decorrer de um semestre.
Nessa pesquisa inicial sobre jogos, várias perguntas ficaram sem respostas, em
especial àquelas relacionadas à constituição de jogos de linguagem mais complexos na
LE (como jogos de argumentar, narrar, etc.), ao papel do jogo no processo de
construção do conhecimento do jovem e adulto e às ideologias dos professores de LE
no que se refere ao papel do jogo na sua prática em sala de aula. Foi justamente a
busca de respostas para esses questionamentos que deram origem ao projeto e à tese
de doutorado.
10.4. Experiência na graduação
Minha experiência inicial na graduação foi como professora de língua inglesa na
Faculdade de Tecnologia (FATEC) de Guaratinguetá, São Paulo. Ministrei aulas para o
curso de secretariado e automação de escritórios no ano de 1998 e durante parte do
ano de 2001. A experiência nessa instituição foi interrompida tanto pelo início do
mestrado quanto do doutorado.
Em 1999 ingressei como docente nas Faculdades Integradas Teresa D’Ávilla,
instituição onde me graduei. De 1999 a 2002 lecionei as disciplinas de Língua Inglesa
para o curso de Letras e Comunicação Social e de Literatura Inglesa e Norte-
Americana para grupos especiais – alunos que haviam sido reprovados nessas
disciplinas. Afastei-me da instituição em 2003 e 2004 para dedicar-me mais ao trabalho
de tese e realizar o estágio de um ano na Universidade de Lancaster, Reino Unido.
Retomei as atividades na instituição em fevereiro de 2005 e desliguei-me da
instituição em novembro do mesmo ano para assumir minha vaga na UFAC. Lecionei
as disciplinas de língua inglesa, Literatura Inglesa e Literatura Norte Americana no
curso de Letras e orientei seis trabalhos de conclusão de curso relacionados ao
processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa no ensino fundamental, médio e
em cursos de idiomas.
41
Em setembro de 2005 fui aprovada em concurso público realizado pela
Universidade Federal do Acre. Atualmente sou professora adjunta do Departamento de
Letras nas áreas de Língua Inglesa e respectivas literaturas. Iniciei minhas atividades
na UFAC em janeiro de 2006 e, além de atuar na graduação nas áreas de Língua
Inglesa, Literatura Inglesa e Norte-Americana e Metodologia de Ensino da Língua
Inglesa, estou desenvolvendo um projeto de extensão voltado para ensino instrumental
de língua inglesa e estou participando do processo de construção do Grupo de Estudos
em Análise de Discurso e Ensino de Línguas (GEADEL), que desenvolverá pesquisas
nas áreas de ensino-aprendizagem de línguas (materna e estrangeiras) e formação de
professores, buscando ampliar as linhas de pesquisa do Mestrado em Letras da UFAC.
10.5. Experiência na pós-graduação
Durante dois anos consecutivos (2001 e 2002) ministrei o módulo de quarenta
horas Introdução à gramática através de gêneros textuais na pós-graduação em Língua
Inglesa da Universidade de Taubaté (UNITAU).
O módulo tem como objetivo central familiarizar os alunos com as teorias de
gênero de forma a permitir que essas teorias sejam aplicadas no desenvolvimento de
seqüências didáticas que trabalhem o conhecimento sistêmico da LE no escopo de um
gênero discursivo determinado.
Além de ministrar esse módulo, em 2002 participei da orientação e avaliação das
monografias realizadas pelos alunos como exigência parcial para conclusão do curso.
10.6. Experiência em escola de línguas
A minha atividade didática mais marcante após a conclusão da graduação foi em
escola de línguas. Essa atividade iniciou-se antes mesmos da conclusão do curso de
Letras, quando ainda estava cursando o primeiro ano da faculdade.
No início de 1995, último ano da graduação, comecei a trabalhar no Yázigi de
Guaratinguetá, São Paulo, instituição mais importante na construção da minha
trajetória em cursos de idiomas. Durante os seis anos que trabalhei nessa instituição
(1995 a 2001), lecionei em vários estágios (Básico, Intermediário e Avançado) e para
42
faixas-etárias diversificadas (de crianças a partir de quatro anos a adultos) . De 2000 a
2001, por aproximadamente um ano e meio, fui coordenadora pedagógica das
franquias de Guaratinguetá e Lorena, São Paulo, afastando-me da instituição no
segundo semestre de 2001 para me dedicar ao doutorado.
10.7. Outras Atividades
Conforme pode ser verificado no Currículo Lattes, que pode ser consultado no site
do CNPq, além das atividades relatadas a seguir, a Prof. Drª. Paula Tatianne Carréra
Szundy tem desenvolvido desde o mestrado outras atividades acadêmicas como
apresentação de trabalhos em eventos científicos, publicação de artigos, participação
em bancas examinadoras e de qualificação, entre outras.
11. Perfil do corpo docente
Além da Prof. Drª. Paula Tatianne Carréra Szundy, coordenadora do curso, e do
Prof. Dr. Vicente Cruz Cerqueira – que coordenou vários dos cursos de especialização
e presentemente é sub-coordenador dos cursos de pós-graduação lato e stricto sensu
–, o corpo docente será composto por outros professores mestres e doutores do
quadro efetivo da UFAC, campus sede, Rio Branco, e campus Cruzeiro do Sul, que
atuam na área de ensino-aprendizagem e formação de professores de LE (língua
inglesa e espanhola) e que tenham desenvolvido/desenvolvam/venham a desenvolver
projetos nessa área. Eventualmente, professores-visitantes poderão ser convidados
para ministrar um dos módulos.
Titulação do Corpo Docente
Doutorado: 3 – (2 novos doutores se integrarão ao programa até dezembro/2006)
Mestrado: 3
43
12. Descrição do Projeto de Curso
12.1. Objetivos do Curso
Os seis módulos que compõem o curso bem como o trabalho de formação
continuada a ser realizado após a conclusão do mesmo pretendem:
• Engajar os professores de língua inglesa e espanhola do ensino médio em um
processo reflexivo crítico sobre suas ações em sala de aula;
• Construir um referencial teórico relacionado a questões de ensino-aprendizagem e
de pesquisa na sala de aula de LE que possibilite a reflexão teoricamente
fundamentada sobre as práticas em sala de aula;
• Levar o professor a desenvolver pesquisas e projetos em conjunto com outros
professores de LE da sua escola e/ou projetos interdisciplinares que propiciem a
compreensão, reconstrução e transformação de práticas pedagógicas vigentes;
• Organizar, juntamente, com a Secretaria de Educação e Escolas da Rede Pública
oficinas, mini-cursos, seminários, e outros eventos que criem espaços para que os
professores-participantes do curso divulguem seus trabalhos, tornando-se desta
forma um multiplicador, um agente de transformações no seu ambiente de trabalho
(CELANI, 2002).
12.2. Distribuição dos Componentes Curriculares
Conforme especificado no item 3, o curso será composto por seis módulos de 30
horas cada um, totalizando 180 horas de instrução presencial.
Os componentes curriculares bem como seus objetivos gerais são sucintamente
delineados a seguir.
Módulo 1: Abordagens de pesquisa em sala de aula de LE
44
􀂃 Discutir os vários paradigmas metodológicos que norteiam as pesquisas realizadas
na sala de aula de LE, com foco na pesquisa qualitativa de cunho sóciointeracionista,
incluindo-se aí a pesquisa ação, pesquisa colaborativa, estudo de
caso, entre outras.
Módulo 2: Ensino-aprendizagem de LE
􀂃 Estudar diacronicamente os principais métodos que orientaram/orientam o processo
de ensino-aprendizagem de LE de forma a refletir sobre as teorias lingüísticas que
orientaram/orientam esses métodos.
Módulo 3: Questões de identidade e cidadania no processo de ensino-aprendizagem
de LE
􀂃 Discutir concepções teóricas que norteiam os conceitos de identidade e cidadania e
refletir sobre como essas questões se aplicam na sala de aula de LE.
Módulo 4: Introdução às teorias de gêneros discursivos: possíveis transposições para
sala de aula de LE
􀂃 Compreender as diversas concepções acerca da noção de gêneros
discursivos/gêneros textuais e refletir sobre possíveis transposições para o
processo de construção do conhecimento da LE.
Módulo 5: Novas tecnologias no ensino-aprendizagem de LE
􀂃 Familiarizar os professores com as possibilidades criadas pelas novas tecnologias,
em especial a Internet, no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem de
LE.
Módulo 6: Planejamento, preparação e avaliação de materiais didáticos
􀂃 Avaliar os materiais existentes para ensino-aprendizagem de língua inglesa e
espanhola no ensino médio e levar os professores a desenvolverem seu próprio
material com base nas necessidades reais dos seus alunos e nas concepções
teórico-metodológicas discutidas nos outros módulos.
45
12.3. Metodologia de Trabalho
Para engajar os professores de LE do Ensino Médio em um processo de
reflexão contínua sobre suas práticas em sala de aula, serão privilegiados os seguintes
espaços de construção do conhecimento:
􀂃 Leitura de textos teóricos diversos
A construção de sistemas ideológicas historicamente cristalizados (conceitos
científicos diversos) é fundamental para desencadear um processo reflexivo acerca
das ideologias do cotidiano (conhecimento intuitivo) que embasam a prática em sala
de aula. (SZUNDY, 2005)
􀂃 Diálogo/Discussões
A possibilidade de dialogar tanto com outros pares quanto com pesquisadores
externos é fundamental para o engajamento em um processo reflexivo crítico que
venha a desencadear transformações em ações correntes. (BROOKFIELD &
PRESKILL, 1999; COULTER, 1999; SMYTH, 1992)
􀂃 Seminários e escritura de artigos; trabalhos de conclusão de curso
Além de criar oportunidades para que os professores reflitam sobre o conhecimento
construído, a apresentação de seminários e a escritura de trabalhos acadêmicos
permitem a reinserção desses professores nas rotinas acadêmicas e a preparação
para uma futura pós-graduação.
􀂃 Avaliação e preparação de materiais didáticos
Permite a aplicação dos pressupostos teóricos discutidos nos módulos anteriores na
avaliação crítica de materiais didáticos e na construção de materiais que
contemplem as necessidades dos alunos de Ensino Médio, promovendo assim
mudanças na própria prática pedagógica.
􀂃 Elaboração de um projeto de pesquisa
46
No decorrer do curso, além dos trabalhos de cada módulo, será solicitado aos
professores que elaborem um projeto de pesquisa a ser aplicado na sua própria
sala de aula, de forma a incentivar a realização de pesquisas como espaço para
compreender o processo de construção do conhecimento na sala de aula de LE,
detectar os problemas envolvidos nesse processo e, em conjunto com os
aprendizes e outros professores, negociar transformações para práticas
pedagógicas vigentes.
Esse projeto será preferencialmente elaborado em conjunto por dois ou mais
professores de um mesmo estabelecimento de ensino de forma a criar espaços
para negociação e futura implementação de um projeto pedagógico que transcenda
o espaço da sala de aula de cada professor e venha a estabelecer parâmetros que
norteiem o processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira na Escola.
􀂃 Atividades na Internet
Dado o fato de que as novas tecnologias, em especial a Internet, oferecem
inúmeras possibilidades para a construção do conhecimento da língua estrangeira,
parece-nos fundamental que o professor de LE conheça e utilize essas
possibilidades na sua prática pedagógica de forma a incitar seus alunos a buscarem
na rede mundial de computadores instrumentos que ampliem o seu conhecimento
da língua estrangeira, de mundo e do outro (outras culturas, povos, entre outras).
Além da reflexão sobre a utilização da Internet como instrumento de ensinoaprendizagem
estar contemplada no quinto módulo – Novas tecnologias no ensinoaprendizagem
de LE, cada um dos módulos poderá propor atividades de
acompanhamento a serem disponibilizadas na Internet de forma a fazer com que,,
utilizando esse meio no próprio processo de aprendizagem, o professor do ensino
médio venha a utilizá-lo também com seus alunos.
􀂃 Mini-cursos e oficinas
Conforme já especificados no item 6.1 os mini-cursos, oficinas e outros eventos
organizados em parceria com a Secretaria da Educação e Escolas buscarão criar
espaços para que as experiências dos professores e os saberes por eles
construídos no decorrer do curso sejam compartilhadas com outros professores da
rede, fazendo com que os professores-participantes se tornem multiplicadores.
47
12.4. Proposta de procedimentos avaliativos
Os professores serão avaliados continuamente no decorrer de todas as
atividades detalhadas acima. Além dos trabalhos de conclusão de cada módulo, cada
professor irá elaborar um projeto a ser desenvolvido em sua sala de aula. Após a
conclusão do curso, será organizada uma série de oficinas e mini-cursos mensais
abertos a outros professores da rede pública em que os professores-participantes do
curso apresentarão os resultados dos seus projetos, o que possibilitará um
acompanhamento das atividades desenvolvidas em sala de aula após a conclusão de
curso.
A auto-avaliação constitui outro procedimento avaliativo a ser utilizado no
decorrer do curso, pois acreditamos que a capacidade de estabelecer avaliações sobre
o próprio processo de aprendizagem e sobre a própria prática é essencial para o
engajamento em um processo reflexivo crítico que venha de fato a promover
transformações na sala de aula.
Por fim, para garantir a unidade do curso e o compartilhamento das concepções
que norteiam a sua proposta, é fundamental que os professores-pesquisadores que
integrarão o corpo docente também se engajem em um processo reflexivo crítico sobre
a sua própria prática e a estruturação curricular e metodológica do curso. Esta unidade
será garantida por meio de reuniões mensais ou quinzenais e pelo acompanhamento
contínuo da coordenadora do curso.
7. Referências
BAKHTIN, M.V. (VOLOSHINOV) (1929). Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução de
Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. Editora Hucitec, 1999.
BAKHTIN, M. V. (1953/1979). Estética da Criação Verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão
G. Pereira. Martins Fontes, São Paulo, 1997.
BAKHTIN, M. V. (1975). Questões de Literatura e de Estética: A teoria do romance. Editora
Unesp, São Paulo, 1998.
48
BROOKFIELD, S. D. & Preskill, S. (1999). Discussion as a way of teaching: tools and
techniques for democratic classrooms. Jossey-Bass Publishers, San Francisco, California,
USA.
CELANI, M. A. A. (Org.) (2002). Professores e formadores em mudança: relato de um processo
de reflexão e transformação da prática docente. Campinas, Mercado de Letras.
COULTER, D (1999). The epic and the novel: dialogism and teacher research. Educational
Research, Vol. 28, No. 3: 4 – 13.
MOITA LOPES, L. P. (1996). Oficina de Lingüística Aplicada: a natureza social e educacional
dos processos de ensino-aprendizagem de línguas. Mercado das Letras, Campinas, 2000.
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 5ª a 8ª série. Rio Branco, BOBGRAF, 1998.
SMYTH, J. (1992). Teacher’s work and the politics of reflection. American Educational
Research Journal, 29(2), pp. 267-300.
SZUNDY, P.T.C. (2001). Os jogos no ensino-aprendizagem de LE para crianças: a construção
do conhecimento através de jogos de linguagem. Dissertação de Mestrado, PUC/SP, 2001.
SZUNDY, P.T.C. (2005). A construção do conhecimento no jogo e sobre o jogo: ensinoaprendizagem
de LE e formação reflexiva. Tese de Doutorado, PUC/SP, 2005.
49
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Química
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Ciências da Natureza, campus sede, Rio
Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. Dra. Anelise Maria Regiani
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
50
1) Breve histórico da atuação do Departamento de Ciências da Natureza da UFAC
em cursos de formação de professores na área de Química
A Universidade Federal do Acre (UFAC) em parceria com a Secretaria de Estado de
Educação (SEE) pretende implantar o Programa de Formação Continuada para
Professores do Ensino Básico do Estado do Acre, em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que nos seus artigos 61 e 67
estabelece que a Formação Continuada é um direito do profissional em educação e um
dever dos sistemas do ensino.
O Departamento de Ciências da Natureza (DCN) vivenciou essa experiência
durante os anos de 80, quando juntamente com as Secretarias de Educação Estadual
e Municipal, fundou na antiga Escola de 2º grau (CERB), o Núcleo de Ciências Sarah
Fadual (NAIMEC), cujo objetivo principal foi implantar no Estado uma Formação
Continuada dos egressos dos Cursos de Ciências e Habilitação em Biologia, assim
como professores que atuavam nas áreas de Física e Química, possibilitando que os
mesmos através de treinamentos e discussões sobre temas atualizados adquirissem
conhecimentos teórico-práticos para enriquecimento do programa de curso de suas
escolas e até mesmo, mudanças no referido programa.
Em virtude da falta de interesse das referidas secretarias, no que diz respeito a
disponibilidade de verbas para continuar com os projetos em desenvolvimento do
NAIMEC, o referido núcleo foi extinto por volta do final dos anos 90, coincidindo com o
deslocamento de vários professores do DCN para participação de cursos de Mestrado
e Doutorado fora do Estado.
Após o retorno dos referidos professores, que iniciou por volta do ano 2000, iniciouse
uma nova discussão no DCN, acerca da implantação do Núcleo de Ciências da
Natureza, que visa em seus objetivos, a Formação Continuada dos professores do
ensino básico. Vale salientar que essas discussões acentuaram-se a partir de 2005, em
função do pensamento da maioria dos docentes do DCN, os quais entendem que a
Universidade não pode ficar distanciada da Educação Básica do Estado, tendo,
portanto, a ¨obrigação¨ de participar continuamente da formação qualificada e
atualizada de docentes, cuja profissão nunca está preparada definitivamente,
51
necessitando sempre discutir o saber inicial em confronto com as experiências
cotidianas e sinuosidade do processo ensino e aprendizagem, principalmente em
equipe, atendendo as exigências da LDB, no que diz respeito as abordagens dos
temas transversais.
Acreditamos que o vivenciar de qualquer profissional que atua na área da educação
constitui-se num buscar de pesquisa, programação, reflexão, metas e objetivos do
trabalho pedagógico em conjunto, pois somente dessa forma, a escola, de maneira
geral, não será um local de trabalho e muito menos de trabalho isolado, a qual será de
fato um espaço de formação conjunta, onde as experiências e saberes possam ser
produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto de docentes da escola.
Em 2004, surgiu a oportunidade de alguns professores das áreas de Biologia, Física
e Química do DCN participarem da Formação Continuada programada pela Secretaria
de Estado de Educação, onde os referidos professores foram convidados para
ministrarem cursos teóricos-práticos para professores do Ensino Médio da Capital e do
Interior, nas áreas supracitadas, cujo objetivo principal foi o treinamento dos mesmos
para manuseio dos equipamentos, vidrarias e reagentes que constituem os
Laboratórios de Biologia, Física e Química inseridos em grande parte das escolas de
Ensino Médio da Capital e algumas do Interior.
Todos os cursos foram oferecidos em Rio Branco e cada área ofereceu o mesmo
curso para 3 (três) turmas de professores, em datas diferentes. Vale ressaltar, que os
referidos cursos tiveram um resultado satisfatório, onde se observou o desejo dos
professores-alunos de implantar uma metodologia mais atualizada, interdisciplinar e,
prática, neste caso, mudando a concepção das aulas extremamente teóricas.
A partir dessas experiências, o DCN decidiu formatar os Projetos para o novo
Programa de Formação Continuada em parceria com a SEE, oferecendo cursos de
formação continuada nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder de vista os
referenciais curriculares. A carga horária de cada área totalizará 180 horas/aulas, a
qual será distribuída em módulos.
Cada módulo será constituído por cursos, que serão ministrados na forma semipresencial
para professores de Rio Branco e de outras localidades, da seguinte forma:
1- Rio Branco: Na fase presencial o professor explorará os
conteúdos programáticos a cada encontro semanal, de preferência
aos sábados, durante 4 (quatro) horas, enquanto que o professor52
aluno, na fase não presencial, no período de segunda a sexta-feira,
terá a responsabilidade de através dos conhecimentos adquiridos,
aperfeiçoar e/ou criar material didático alternativo para ser inserido
no trabalho diário do mesmo.
2- Outras Localidades: A única diferença em relação aos cursos da capital, é
observada na fase presencial, pois o encontro do professor com os
professores-alunos será realizado mensalmente, durante os finais de
semana e equivalente a 16 (dezesseis) horas/aulas.
No que diz respeito à avaliação dos participantes de cada curso, pretende-se
desenvolver junto ao Núcleo de Tecnologia de Informação da UFAC, um programa de
acompanhamento informatizado, principalmente da fase não presencial, na qual o
professor avaliará as consultas realizadas pelo professor-aluno, ao material e/ou
exercícios que ficarão disponibilizados na home page da UFAC.
Um dos objetivos do Núcleo de Ciências da Natureza é oferecer cursos que
possam:
* Oportunizar aos professores-alunos uma reflexão pedagógica, para que os mesmos
compreendam a necessidade de formação e autoformação permanente;
* Construir junto aos professores-alunos competências técnico-científico-pedagógicas
que lhes possibilitem avaliar e reavaliar, constantemente, suas práticas de
aprendizagem;
* Instrumentalizar os professores-alunos com aulas práticas que possam ser
desenvolvidas no âmbito dos laboratórios inseridos nas Escolas de Ensino Médio;
* Capacitar os professores-alunos no enriquecimento de planos de curso e aula,
visando desenvolver competências e habilidades através de conteúdos significativos
para o aluno;
* Criar situações, inseridas no trabalho diário do professor-aluno, nas quais o aluno
possa ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.
2) Caracterização do curso de formação continuada na área de química
O ensino médio é uma das etapas de escolarização em que é assegurada ao
cidadão a formação básica requerida para a sua participação efetiva na sociedade.
Neste sentido, a escola deve ter função de formadora de cidadãos críticos,
53
conhecedores da sua realidade social e dispostos a transformá-la. O conhecimento de
química tem grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica em
constante evolução. A escola deve formar cidadãos com conhecimento mínimo para o
entendimento da ciência e da tecnologia e seus papéis no desenvolvimento social. As
diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio estabelecem, para a área de
química, competências relativas à apropriação de conhecimentos desta ciência e
aplicação destes conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, bem
como planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade. A formação de
cidadãos conscientes deve ser promovida por educadores preparados, seja no domínio
dos conceitos fundamentais da ciência em questão, seja na habilidade de promover em
seus discentes a capacidade de utilizar o conhecimento adquirido para questionar o
entorno e solucionar desafios. O papel do professor é o de articular os conceitos e
estimular os discentes a construir modelos para o mundo que os rodeia.
Educadores com responsabilidade de formar cidadãos não devem interromper
seu processo de instrução. A atualização profissional é condição fundamental na
profissão de educador. Esta atualização pode ser promovida pelo acompanhamento
dos avanços tecnológicos através de leituras e reflexões, como também através de
cursos complementares, como os cursos de formação continuada. Pensando na
formação de educadores na área de química é proposto este curso onde serão
abordados conceitos fundamentais da ciência específica através de discussão dos
temas química ambiental, química de produtos naturais e biotecnologia química.
Este curso de formação continuada em química caracteriza-se por fornecer
subsídios para (i) promover a atualização dos docentes de química do nível médio em
conceitos, regras e novas orientações da área; (ii) promover aos docentes de química
do nível médio o acesso à ciência envolvida em novas tecnologias; (iii) fomentar a
discussão dos princípios de química envolvidos nos problemas e situações da
comunidade local;
3) Descrição simplificada da carga horária do curso
O curso de formação continuada em química tem carga horária total de 180
horas a serem oferecidas de forma semi-presencial. O curso será dividido em três
módulos: química ambiental, química de produtos naturais e biotecnologia química.
54
Cada módulo contemplará carga horária de 60 horas. Serão oferecidas turmas de até
30 alunos.
São propostos dois programas: para a capital, Rio Branco, será ministrada uma
aula por semana, de preferência aos sábados, com duração de 4 horas; para o interior
do Estado será ministrado um encontro mensal de 16 horas por final de semana. O
curso terá duração total de seis meses, com carga horária presencial de 96 horas e
não-presencial de 84 horas.
4) Currículo simplificado do coordenador do curso
Anelise Maria Regiani: É doutora e mestre em físico-química pelo Instituto de Química
da Universidade de São Paulo, campus de São Carlos e bacharel em química pela
mesma instituição. Lecionou disciplinas de química como professora substituta no
Instituto de Química da Universidade de Brasília nos anos de 2000 a 2002. Desde 2002
é professora efetiva da Universidade Federal do Acre, UFAC, onde leciona disciplinas
de química para os cursos de Licenciatura em Ciências – habilitação em química
(extinto em 2004), Licenciatura em Química, Licenciatura em Ciências Biológicas,
Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e nos programas especiais de formação
de professores oferecidos pela UFAC em parceria com o Governo do Estado do Acre.
É coordenadora do curso de licenciatura em química da UFAC desde fevereiro de
2006, tendo sido uma das autoras do projeto político-pedagógico do referido curso
(documento de 2004). Também participou da comissão que escreveu o projeto políticopedagógico
do curso de bacharelado em ciências biológicas da Universidade Federal
do Acre, campus de Cruzeiro do Sul (documento de 2005). Coordena os projetos de
pesquisa “Estudo do potencial de produção de biodiesel no vale do Acre”, iniciado em
setembro de 2004, e “Caracterização de óleo e síntese de biodiesel”, iniciado em
setembro de 2005, ambos com financiamento do CNPq. Coordena o projeto de
extensão “Semana anual de química”, que no ano de 2005 abordou o tema plantas
medicinais e contou com auxílio financeiro da FINEP; para o ano de 2006 abordará o
tema de ensino de química a ser realizada em parceria com a Secretaria de Estado de
Educação do Acre, SEE. É representante da área de química da UFAC junto à SEE em
discussões sobre políticas pedagógicas e parcerias institucionais para promover o
55
ensino de ciências. Concluiu seis orientações de iniciação científica em pesquisa sobre
óleos vegetais de espécies regionais. Atualmente é coorientadora de dissertação do
programa de Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, tem quatro
orientados de iniciação científica com bolsa do CNPq, três orientados de iniciação
científica não-remunerados e dois orientados bolsistas do programa PIBIC-júnior, todos
em projetos relacionados ao tema biodiesel. Tem onze artigos científicos publicados
em periódicos nacionais e internacionais e um capítulo de livro.
5) Caracterização do corpo docente
Délcio Dias Marques. Doutorando em química pela Universidade Federal do Ceará,
mestre em química e bacharel em química industrial também pela Universidade
Federal do Ceará. Docente na Universidade Federal do Acre desde 1986, onde foi
coordenador dos cursos de Licenciatura em Ciências e Licenciatura em Química, é um
dos autores dos projetos políticos pedagógicos destes cursos. Orientou várias
monografias de conclusão de curso e discentes de iniciação científica na área de
plantas medicinais.
Edson Luiz Marcon. Mestre e bacharel em engenharia química pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Docente na Universidade Federal do Acre desde 2004,
onde participa de projetos de pesquisa na área de plantas medicinais e de
aproveitamento de produtos florestais.
Ilmar Bernardo Graebner. Doutor, mestre e graduado em química pela Universidade
Federal de Santa Maria. Docente na Universidade Federal do Acre desde 1992, onde
orienta dois bolsistas de iniciação científica pelo programa PIBIC e três pelo programa
PIBIC-Jr. Tem cinco artigos publicados em periódicos e diversas participações em
congressos científicos. É coordenador do Grupo de Pesquisa em Plantas Medicinais.
Luís Carlos de Morais. Doutor e mestre pelo Instituto de Química de São Carlos da
Universidade de São Paulo e bacharel em química pela Universidade Federal do
Uberlândia. Tem experiência de pós-doutorado na Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Também trabalhou na área de pesquisa e desenvolvimento da indústria
Faber Castell do Brasil. Desde 2005 é docente da Universidade Federal do Acre.
56
Trabalha nas linhas de pesquisa de caracterização e tratamento de madeira e
desenvolvimento de plásticos biodegradáveis. Tem cinco artigos publicados em
periódicos e várias participações em congressos científicos.
Rogerio Antonio Sartori. Doutor e mestre em química pelo Instituto de Química de São
Carlos da Universidade de São Paulo e bacharel em química pela Universidade
Estadual de Maringá. Trabalhou na área de pesquisa e desenvolvimento da indústria
Clamper Indústria e Comérico Ltda. Desde 2004 é docente da Universidade Federal do
Acre. Desenvolve trabalhos na área de aproveitamento de produtos florestais.
Coordena projeto de pesquisa com financiamento da ANEEL para desenvolvimento de
planta piloto para produção de biodiesel a partir do craqueamento de óleos obtidos de
espécies nativas do Estado do Acre. Também atua na linha de pesquisa de plantas
medicinais, na qual coordena projeto com financiamento da agência local de apoio à
pesquisa. Tem dois artigos publicados em periódicos, um capítulo de livro e diversas
participações em congressos científicos.
6) Descrição sucinta do projeto do curso
6.1) Objetivos do curso
1) promover a atualização dos docentes de química do nível médio em conceitos,
regras e novas orientações da área;
2) promover aos docentes de química do nível médio o acesso à ciência envolvida em
novas tecnologias;
3) fomentar a discussão dos princípios de química envolvidos nos problemas e
situações da comunidade local.
6.2) Distribuição dos componentes curriculares
Neste curso de formação continuada serão abordados conceitos fundamentais
da ciência específica através de discussão dos temas atuais através dos módulos de
química ambiental, química de produtos naturais e biotecnologia química.
Módulo I: Biotecnologia química
57
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
química, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, a química de fermentações. O curso abordará
inicialmente conceitos de Química Orgânica, como noções sobre funções de
compostos químicos, misturas, interações moleculares, reações e propriedades físicoquímicas
de compostos orgânicos. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e
reforçar tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os
mais capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de biotecnologia química, dentre outros, os processos de
fabricação de destilados, fermentados, laticínios, feromônios, noções sobre produtos
transgênicos e geneticamente modificados. Nesta etapa serão consideradas algumas
atividades práticas de laboratório.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Química de Processos Biotecnológicos. A abordagem proposta não
conduzirá o professor do ensino médio a ser um especialista em biotecnologia química,
mas proporcionará ao professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que
foram abordados e assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de
aprendizado dos alunos da rede pública.
Conteúdo programático:
Resgate dos conceitos fundamentais – noções básicas de química orgânica: funções
orgânicas e nomenclatura; forças intermoleculares; propriedades físico-químicas de
substâncias puras e de misturas; reações de compostos orgânicos.
Parte específica: noções sobre biotecnologia química; agentes biológicos usados em
biotecnologia química; processos fermentativos; produtos destilados; produtos lácteos;
noções sobre produtos transgênicos e geneticamente modificados; noções sobre
biossegurança; controle de pragas – feromônios.
Módulo II: Química de Produtos Naturais
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
química, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal. O curso abordará inicialmente conceitos de Química Orgânica,
como noções sobre hibridização do carbono, ligações químicas, acidez e basicidade de
58
compostos orgânicos, estrutura de compostos orgânicos e funções orgânicas. Esta
parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar tais conceitos aos professores do
ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais capazes de absorver os conceitos
específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de Química de Produtos Naturais, dentre outros, os processos de
extração de óleos fixos e essenciais, de princípios ativos para produção de fármacos,
métodos de caracterização qualitativa de grupos funcionais bioativos (screening
fitoquímico) e polímeros naturais. Nesta etapa serão consideradas algumas atividades
práticas de laboratório.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Química de Produtos Naturais. A abordagem proposta não
conduzirá o professor do ensino médio a ser um especialista na área, mas
proporcionará ao professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram
abordados e assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de
aprendizado dos alunos da rede pública.
Conteúdo programático:
Resgate dos conceitos fundamentais: hibridização do carbono; ligações químicas;
acidez e basicidade de compostos orgânicos; estrutura de compostos orgânicos e
funções orgânicas.
Parte específica: os processos de extração de óleos fixos e essenciais; utilização
adequada de solventes orgânicos; princípios ativos para produção de fármacos;
métodos de caracterização qualitativa de grupos funcionais bioativos (screening
fitoquímico); polímeros naturais; cromatografia em camada delgada; caracterização de
produtos obtidos.
Módulo III: Química ambiental
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
química, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal. O curso abordará inicialmente conceitos de Físico-Química e
Química Geral, como noções sobre gases, soluções, propriedades periódicas,
elementos químicos, substâncias e compostos. Esta parte inicial tem a finalidade de
59
revisar e reforçar tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre
tornando-os mais capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de Química Ambiental, dentre outros, ciclos biogeoquímicos,
química dos solos, química atmosférica, recursos hídricos.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Química Ambiental. A abordagem proposta não conduzirá o
professor do ensino médio a ser um especialista na área, mas proporcionará ao
professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e
assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos
alunos da rede pública.
Conteúdo programático:
Resgate dos conceitos fundamentais: gases; soluções; propriedades periódicas;
elementos químicos; substâncias e compostos.
Parte específica: ciclos biogeoquímicos; química dos solos; química atmosférica;
poluição atmosférica urbana; recursos hídricos e poluição de águas; lixo sólido;
reciclagem.
6.3) Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
Os conteúdos de cada módulo serão abordados em duas fases. A primeira
destinada ao resgate dos conhecimentos fundamentais e a segunda, à discussão dos
temas atuais à luz dos conceitos de química abordados no ensino médio. A avaliação
do nível de conhecimento nos fundamentos de química pertinentes ao módulo será
desenvolvida durante o primeiro encontro (primeira aula presencial) de cada módulo.
Esta etapa consistirá em propor um tema para discussão, que poderá ser extraído de
um artigo científico (das revistas química nova ou química nova na escola), um artigo
em revista de veiculação nacional (scientific américa brasil, ciência hoje, super
interessante, entre outras) ou filme e/ou reportagem televisionada. A partir do material
fornecido serão questionados e debatidos com os professores-alunos quais são os
conhecimentos fundamentais da ciência envolvidos. Os alunos mais tímidos serão
instigados a externar as suas reflexões. Identificado o nível de conhecimento dos
professores-alunos serão propostas atividades niveladoras não-presenciais.
60
As atividades não-presenciais serão disponibilizadas e acompanhadas através
de site próprio na internet. O Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da
Universidade Federal do Acre será responsável por confeccionar a página e fornecer
senha de acesso a cada professor-aluno e docente do curso. Os docentes serão
responsáveis por fornecer ao NTI o material didático a ser disponibilizado e assessorar
virtualmente o professor-aluno em suas dificuldades ou comentários com relação ao
desenvolvimento das atividades não-presenciais. O NTI deverá possibilitar que o
docente tenha acesso ao monitoramento do tempo de permanência no site e dos
documentos acessados por cada professor-aluno. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
A viabilidade da etapa não-presencial foi discutida com representantes da
Secretaria de Estado de Educação, que na ocasião de discussão da presente proposta
informou da disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores (internet) em
todos os municípios do Estado do Acre. Caso o professor-aluno tenha dúvida com
relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por telefone, através de
contato com o docente ou com o NTI.
A parte específica de cada módulo será desenvolvida da seguinte forma: em um
primeiro encontro (presencial) será proposto e discutido um ou mais temas
específico(s). A partir desta discussão, os professores-alunos serão instigados a
preparar um plano de curso, uma forma diferenciada de abordagem, uma prática
experimental ou uma aula expositiva mostrando qual seria a sua proposta de
abordagem do tema e dos conhecimentos específicos em química envolvidos na escola
de nível médio. Para o preparo desta atividade os professores-alunos terão orientação
virtual bem como acesso a documentos no site do programa (etapa não-presencial). No
encontro seguinte, os professores-alunos apresentarão as suas propostas que serão
discutidas por todo o grupo (viabilidade, forma de abordagem, execução da prática
experimental, dentre outros). Em resumo, na etapa presencial serão apresentados
temas específicos dos módulos, que serão desenvolvidos de forma não-presencial e
apresentados pelos professores-alunos no encontro presencial seguinte. Pretende-se
assim conferir aos professores-alunos a competência e habilidade de utilizar as
tecnologias de informação para confeccionar seu próprio material didático, plano de
curso e práticas experimentais.
61
6.4) Proposta de procedimentos avaliativos
6.4.1) Acompanhamento dos professores-alunos durante o desenvolvimento do
curso
Os professores-alunos serão acompanhados e assessorados virtualmente
através do site do programa na página da UFAC na internet. Caso o professor-aluno
tenha dúvida com relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por
telefone, através de contato com o docente ou com o NTI. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
Os professores-alunos serão avaliados por módulo pela apresentação das
atividades propostas, engajamento em sala de aula, participação nas atividades
presenciais, freqüência de acesso ao site do programa na internet e participação em
discussão virtual. Também será ministrada uma prova com o objetivo de avaliar a
maturidade do professor-aluno ao final do módulo. A cada modalidade de avaliação
terá a sua pontuação própria e ao final do módulo será atribuído um conceito, com
base na média das avaliações: A – aproveitamento muito bom (acima de 90%); B –
bom aproveitamento (de 70 a 90%); C – aproveitamento satisfatório (de 50 a 70%); D –
aproveitamento insuficiente (abaixo de 50%). O professor-aluno que tiver freqüência na
parte presencial inferior a 75% será desligado do programa. Ao final do programa será
conferido ao professor-aluno um certificado contendo os tópicos ministrados, a
freqüência e o conceito obtido em cada módulo.
6.4.2) Acompanhamento dos professores-alunos após a finalização do curso
Para o acompanhamento do professor-aluno após a finalização do curso são
apresentadas duas propostas. O acompanhamento de professores-alunos de Rio
Branco será realizado com participação dos discentes do curso de licenciatura em
química da Universidade Federal do Acre. O curso de licenciatura plena em química
iniciado na UFAC em 2005 foi criado no espírito da nova Lei de Diretrizes e Bases
(LDB), onde são recomendadas pelo menos 400 horas de prática de ensino e 400
horas de estágio supervisionado. Com a preocupação da inserção do licenciando em
62
química nas escolas da rede pública de ensino médio desde o primeiro ano do curso,
os professores do Departamento de Ciências da Natureza iniciaram, em 2005, um
diálogo com a Secretaria de Estado de Educação. Este esforço em conjunto tem como
objetivo aproveitar a inserção da universidade na escola para trabalhar as diversas
realidades escolares e promover a aproximação dos docentes do ensino médio das
novas temáticas das áreas de ciências. Este aproveitamento resultaria na formação e
atualização continuada do corpo docente da rede pública de ensino médio.
No programa do curso de licenciatura plena em química da Universidade Federal
do Acre é descrito que a prática de ensino será dividida em duas frentes: 200 horas de
responsabilidade do Departamento de Educação e distribuídas em disciplinas
chamadas Investigação e Prática Pedagógica e 200 horas de responsabilidade da área
específica, em disciplinas chamadas Instrumentação do Ensino de Química. Nesta
disciplina os discentes universitários são convidados a participar da comunidade
escolar, realizando um diagnóstico da escola e seu entorno e auxiliando o docente do
ensino médio em propostas de abordagem de temas em química, escolha do material
didático, preparo de práticas experimentais e em projetos que envolvam a comunidade
local. O objetivo da disciplina não é intervir na maneira com a qual a escola e o docente
em particular agem na função de educadores e formadores, mas de contribuir com o
fortalecimento da atividade docente na área. A presença do discente universitário, e por
conseqüência do docente universitário, resulta na formação e atualização continuada
do corpo docente do ensino médio, bem como contribui com a divulgação de ciência e
tecnologia.
Para o curso específico da formação continuada dos professores de ensino
médio da área de química propomos aproveitar o espaço consentido à disciplina
Instrumentação do Ensino de Química para realizar o acompanhamento dos
professores-alunos. Através da participação dos discentes universitários na rotina
escolar será possível monitorar o desenvolvimento dos temas abordados no curso,
bem como propiciar ao docente do ensino médio a possibilidade de propor outros
temas dentro da realidade da escola em que leciona. A troca de experiências entre o
profissional já estabelecido, o estudante universitário e o docente do curso superior
permitirá que os conceitos e temas pertinentes aos avanços na área específica e
aplicação dos conceitos fundamentais de química na resolução de problemas e
63
propostas de alternativas de mudança da realidade local deixem de ser uma idéia
inatingível e passem a fazer parte da rotina escolar.
O acompanhamento dos professores-alunos de outras localidades será realizado
da seguinte forma: cada participante do curso de capacitação deverá apresentar, ao
final do curso, um projeto para ser realizado na escola de origem. Este projeto, com
duração de seis meses, deverá envolver os discentes do cursista em atividades de
observação e intervenção da realidade local, com base nos conceitos apresentados
durante o curso de formação continuada. A primeira avaliação do projeto será na sua
proposição para o corpo de docentes. Estes poderão sugerir modificações e
adequações. Haverá acompanhamento virtual, onde o professor-aluno relatará
semanalmente as atividades desenvolvidas e terá auxílio do corpo docente nas
dificuldades que surgirem. São propostas visitas bimestrais para acompanhamento do
projeto in locco e eventual intervenção.
6.4.3) Avaliação do curso ao longo do seu desenvolvimento
A avaliação do desenvolvimento do curso será realizada durante os módulos
propostos. Será demandado que os professores-alunos respondam um questionário
anônimo de avaliação e sugestões para o curso. A contribuição do curso de formação
continuada na escola será avaliada através do reflexo do curso no desempenho da
atividade docente pelo professor-aluno. Será demandado que os discentes do
professor-aluno respondam um questionário anônimo de avaliação da qualidade da
aula ministrada após o referido professor-aluno ter começado a freqüentar o curso.
Com base nos resultados destas avaliações e nas sugestões apontadas, o programa
dos módulos, temas abordados e metodologias poderão ser revistas.
64
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Biologia
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Ciências da Natureza, campus sede, Rio
Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. Dra. Rusleyd Maria Magalhâes de Abreu
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
65
1) Breve histórico da atuação do Departamento de Ciências da Natureza da UFAC
em cursos de formação de professores na área de Biologia
A Universidade Federal do Acre (UFAC) em parceria com a Secretaria de Estado
de Educação (SEE) pretende implementar o Programa de Formação Continuada para
Professores do Ensino Básico do Estado do Acre, em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que nos seus artigos 61 e 67
estabelece que a Formação Continuada é um direito do profissional em educação e um
dever dos sistemas do ensino.
O Departamento de Ciências da Natureza (DCN) vivenciou essa experiência
durante os anos de 80, quando juntamente com as Secretarias de Educação Estadual
e Municipal, fundou na antiga Escola de 2º grau (CERB), o Núcleo de Ciências Sarah
Fadual (NAIMEC), cujo objetivo principal foi implementar no Estado uma Formação
Continuada dos egressos dos Cursos de Ciências e Habilitação em Biologia, assim
como professores que atuavam nas áreas de Física e Química, possibilitando que os
mesmos através de treinamentos e discussões sobre temas atualizados adquirissem
conhecimentos teórico-práticos para enriquecimento do programa de curso de suas
escolas e até mesmo, mudanças no referido programa.
Em virtude da falta de interesse das referidas secretarias, no que diz respeito a
disponibilidade de verbas para continuar com os projetos em desenvolvimento do
NAIMEC, o referido núcleo foi extinto por volta do final dos anos 90, coincidindo com o
deslocamento de vários professores do DCN para participação de cursos de Mestrado
e Doutorado fora do Estado.
Após o retorno dos referidos professores, que iniciou por volta do ano 2000,
iniciou-se uma nova discussão no DCN, acerca da implantação do Núcleo de Ciências
da Naturreza, que visa em seus objetivos, a Formação Continuada dos professores do
ensino básico. Vale salientar que essas discussões acentuaram-se a partir de 2005, em
função do pensamento da maioria dos docentes do DCN, os quais entendem que a
Universidade não pode ficar distanciada da Educação Básica do Estado, tendo,
portanto, a ¨obrigação¨ de participar continuamente da formação qualificada e
atualizada de docentes, cuja profissão nunca está preparada definitivamente,
necessitando sempre discutir o saber inicial em confronto com as experiências
66
cotidianas e sinuosidade do processo ensino e aprendizagem, principalmente em
equipe, atendendo as exigências da LDB, no que diz respeito as abordagens dos
temas transversais.
Acreditamos que o vivenciar de qualquer profissional que atua na área da
educação constitui-se num buscar de pesquisa, programação, reflexão, metas e
objetivos do trabalho pedagógico em conjunto, pois somente dessa forma, a escola, de
maneira geral, não será um. local de trabalho e muito menos de trabalho isolado, a qual
será de fato um espaço de formação conjunta, onde as experiências e saberes possam
ser produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto de docentes da
escola.
Em 2004, surgiu a oportunidade de alguns professores das áreas de Biologia,
Física e Química do DCN participarem da Formação Continuada programada pela
Secretaria de Estado de Educação, onde os referidos professores foram convidados
para ministrarem cursos teóricos-práticos para professores do Ensino Médio da Capital
e do Interior, nas áreas supracitadas, cujo objetivo principal foi o treinamento dos
mesmos para manuseio dos equipamentos, vidrarias e reagentes que constituem os
Laboratórios de Biologia, Física e Química inseridos em grande parte das escolas de
Ensino Médio da Capital e algumas do Interior.
Todos os cursos foram oferecidos em Rio Branco e cada área ofereceu o
mesmo curso para 3 (três) turmas de professores, em datas diferentes. Vale ressaltar,
que os referidos cursos tiveram um resultado satisfatório, onde observou-se o desejo
dos professores-alunos de implementar uma metodologia mais atualizada,
interdisciplinar e, prática, neste caso, mudando a concepção das aulas extremamente
teóricas.
A partir dessas experiências, o DCN decidiu formatar os Projetos para o novo
Programa de Formação Continuada em parceria com a SEE, oferecendo cursos de
formação continuada nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder de vista os
referenciais curriculares. A carga horária de cada área totalizará 180 horas/aulas, a
qual será distribuída em módulos.
Cada módulo será constituído por cursos, que serão ministrados na forma
semipresencial para professores de Rio Branco e de outras localidades, da seguinte
forma:
67
1- Rio Branco: Na fase presencial o professor explorará os
conteúdos programáticos a cada encontro semanal, de preferência
aos sábados, durante 4 (quatro) horas, enquanto que o professoraluno,
na fase não presencial, no período de segunda a sexta-feira,
terá a responsabilidade de através dos conhecimentos adquiridos,
aperfeiçoar e/ou criar material didático alternativo para ser inserido
no trabalho diário do mesmo.
2- Outras Localidades: A única diferença em relação aos cursos da capital, é
observada na fase presencial, pois o encontro do professor com os
professores-alunos será realizado mensalmente, durante os finais de
semana e equivalente a 16 (dezesseis) horas/aulas.
No que diz respeito a avaliação dos participantes de cada curso, pretende-se
desenvolver junto ao Núcleo de Tecnologia de Informação da UFAC, um programa de
acompanhamento informatizado, principalmente da fase não presencial, na qual o
professor avaliará as consultas realizadas pelo professor-aluno, ao material e/ou
exercícios que ficarão disponibilizados na home page da UFAC.
Objetivos
* Oportunizar aos professores-alunos uma reflexão pedagógica, para que os mesmos
compreendam a necessidade de formação e autoformação permanente.
* Construir junto aos professores-alunos competências técnico-científico-pedagógicas
que lhes possibilitem avaliar e reavaliar, constantemente, suas práticas de
aprendizagem.
* Instrumentalizar os professores-alunos com aulas práticas que possam ser
desenvolvidas no âmbito dos laboratórios inseridos nas Escolas de Ensino Médio.
* Capacitar os professores-alunos no enriquecimento de planos de curso e aula,
visando desenvolver competências e habilidades através de conteúdos
significativos para o aluno.
* Criar situações, inseridas no trabalho diário do professor-aluno, nas quais o aluno
possa ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.
II. CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
O avanço das pesquisas na área biológica, notadamente dia a dia, vem
estabelecendo novos conceitos nas diversas sub áreas que compõem a biologia, em
68
virtude do desenvolvimento de novas tecnologias capazes de desvendar ¨alguns
mistérios¨, como por exemplo, a codificação dos genes inseridos na molécula de DNA.
essa forma, necessária a formação continuada.
Essas pesquisas geralmente são realizadas nos Laboratórios das Universidades
Públicas e de algumas Instituições de Pesquisasas, cujos resultados obtidos não
podem ficar retidos nesses órgãos, necessitando ser disseminados nas escolas de
Ensino Básico, conforme previsão na LDB, que estabelece que o referido ensino é uma
das etapas de escolarização em que é assegurada ao cidadão a formação básica
requerida para a sua participação efetiva na sociedade. Neste sentido, a escola deve
ter função de formadora de cidadãos críticos, conhecedores da sua realidade social e
dispostos a transformá-la. O conhecimento de biologia e disciplinas correlacionadas
tem grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica em constante
evolução. A escola deve formar cidadãos com conhecimento mínimo para o
entendimento da ciência e da tecnologia e seus papéis no desenvolvimento social.
As diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio estabelecem, para a
área de biologia, competências relativas à apropriação de conhecimentos desta ciência
e aplicação destes conhecimentos para explicar a interação dos seres vivvos com o
meio ambiente, bem como planejar, executar e avaliar ações de intervenção na
realidade. A formação de cidadãos conscientes deve ser promovida por educadores
preparados, seja no domínio dos conceitos fundamentais da ciência em questão, seja
na habilidade de promover em seus discentes a capacidade de utilizar o conhecimento
adquirido para questionar o entorno e solucionar desafios. O papel do professor é o de
discutir os conceitos e estimular os discentes a aperfeiçoar e/ou construir modelos para
a realidade que rodeia.
Vale destacar que educadores com responsabilidade de formar cidadãos não
devem interromper seu processo de instrução. A atualização profissional é condição
fundamental na profissão de educador. Esta atualização pode ser promovida pelo
acompanhamento dos avanços tecnológicos através de leituras e reflexões, como
também através de cursos complementares, como os cursos de formação continuada.
Pensando na formação de educadores na área de biologia, inicialmente é proposto um
curso de formação continuada para o exercício de 2006, no qual serão abordados
conceitos fundamentais da ciência específica através de discussão dos temas em
biologia celular, histologia, anatomia humana e práticas de laboratório.
69
O referido curso caracteriza-se por fornecer subsídios para (i) promover a
atualização dos docentes de ciências e biologia do ensino básico em conceitos, regras
e novas orientações da área; (ii) promover aos docentes de biologia do ensino básico o
acesso à ciência envolvida em novas tecnologias; (iii) fomentar a discussão dos
princípios de biologia nos problemas e situações da comunidade local e (iv)
instrumentalizar aulas práticas que possam ser desenvolvidas nos laboratórios
eixistentes nas ecolas de ensino médio.
III. DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA CARGA HORÁRIA DO CURSO
O curso de formação continuada em biologia tem carga horária total de 180
horas a serem oferecidas de forma semi-presencial. O curso será dividido em quatro
módulos: biologia celular, histologia, anatomia humana e práticas de laboratório. Cada
módulo contemplará carga horária de 45 horas, os quais serão oferecidos para turmas
de até 30 alunos.
São propostos dois programas: para a capital, Rio Branco, será ministrada uma
aula por semana, de preferência aos sábados, com duração de 4 horas; para o interior
do Estado e outras localidades será ministrado um encontro mensal de 16 horas, por
final de semana. O curso terá duração total de seis meses, com carga horária
presencial de 96 horas e não-presencial de 84 horas.
IV. CURRICULO SIMPLIFICADO DA COORDENADORA DO CURSO
RUSLEYD MARIA MAGALHÂES DE ABREU: É doutora e mestre em Biologia Celular e
Molecular pelo Instituto de Biociências, Departamento de Biologia da Universidade
Estadual de São Paulo-UNESP/Rio Claro e licenciada em Ciências Biológicas pela
Universidade Federal do Acre-UFAC. É professora efetiva do Departamento de
Ciências da Natureza da UFAC desde 1983, onde lecionou disciplinas de biologia nos
Cursos de Ciências, Habilitação em Biologia, Enfermagem, Pedagogia, Agronomia,
70
Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) e Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas. Atualmente, ministra a disciplinas nos Cursos de Ciências Biológicas,
Enfermagem e Medicina e no Programa Especial de Formação de Professores para a
Educação Básica (PEFPEB), oferecido pela UFAC em convênio com o Governo do
Estado do Acre. Foi Coordenadora do antigo e extinto curso de Ciências, do Curso de
Licneciatura do Curso de Ciências Biológicas e dos Cursos de Licenciaturas em
Ciências Biológicas do PEFPEB (2001-2005). Orientou várias monografias de
conclusão de curso e discentes de iniciação científica na área de limnologia.
Atualmente, é a Coordenadora do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas,
tendo sido a presidente da: 1-) Criação Curso de Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas, 2-) Reformulação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura
Plena em Ciências Biológicas, em atendimento as novas diretrizes da LDB, 3-) Criação
dos Cursos de Licenciaturas em Ciências Biológicas do PEFPEB (2001-2005) e 4-)
Criação dos Cursos de Licenciaturas em Ciências Biológicas do PEFPEB – Zona Rural
(2006-2010) e Interior (2006-2009). Também participou da comissão que escreveu o
Projeto Político Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da
Universidade Federal do Acre, campus de Cruzeiro do Sul (documento de 2005).
Atualmente, coordena o projeto de pesquisa “Estudos citoquímicos em
Tetragonopterinae (Characiforme: tetragonopterinae) de sistemas aquáticos da área da
UFAC¨, da bolsista PIBIC - Joana Figueiredo da Mata. É representante da área de
biologia da UFAC junto a SEE em discussões sobre políticas pedagógicas e parcerias
institucionais para promover o ensino de ciências. Concluiu três orientações de
iniciação científica em pesquisa sobre estudos morfológicos e citoquímicos de
operárias de Apis mellifera e compõe o quadro de professores do Programa de
Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais. Possui quatro artigos científicos
publicados em periódicos nacionais e internacionais e um no prelo.
V) CARACTERIZAÇÂO DO CORPO DOCENTE
FRANCISCO GLAUCO DE ARAÚJO SANTOS: Doutor em Ciência Animal pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Medicina Veterinária pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente da Universidade Federal do
71
Acre desde 1993, onde foi Coordenador do Curso de Ciências, Curso de Licenciatura
Plena em Ciências Biológicas e Chefe do Departamento de Ciências da Natureza
(DCN). Orientou várias monografias de conclusão de curso e discentes de iniciação
cinetífica nas áreas básicas e algumas monografias de cursos de especializações de
Departamento de Saúde da UFAC. Atualmente é Sub-Chefe do DCN e orienta um
discente bolsista do PIBIC e três discentes voluntários do referido programa. Tem
vários artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais.
MARIA ROSÉLIA MARQUES LOPES: Doutora em Botânica pela Universidade de São
Paulo (USP), mestre em Botânica pela Universidade de São Paulo (USP). Docente da
Universidade Federal do Acre desde 1981, onde foi Sub-Coordenadora do Curso de
Licenciatura Plena em Ciências Biológicas e Coordenadora do Laboratório de Biologia.
Orientou várias monografias de conclusão de curso na área de botânica e discentes de
iniciação científica nas áreas de botânica e limnologia e algumas dissertações de
mestrado no Programa de Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, na
área de limnologia. Atualmente é Sub-Coordenadora do Programa de Mestrado em
Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, onde orienta duas dissertações na área de
limnologia, tem uma orientada de iniciação científica com bolsa do CNPq e dois
orientados bolsistas do programa PIBIC-júnior. Tem vários artigos científicos
publicados em periódicos nacionais e internacionais.
LÍGIA CÉLIA NERI ARANGUREN: Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela
Universidade Federal de São Carlos, mestre em Morfologia pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Docente-aposentada pela Universidade Federal do
Acre, onde foi Coordenadora do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas,
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Pró-Reitora de Graduação, Coordenadora
da Comissão para elaboração do Projeto para implantação do Curso de Mestrado em
Ecologia e Manejo de Recursos Naturais na UFAC, Presidente do Conselho Editorial
da Universidade Federal do Acre e Coordenadora Geral da UNIDADE DE EXECUÇÃO
MUNICIPAL do PROGRAMA HABITAR BRASIL / BID de Rio Branco (UEM / RB),
nomeada através da Portaria 1707 de 21 de maio de 2003 a 12/2004. Orientou várias
72
monografias de conclusão de curso e discentes de iniciação cinetífica nas áreas
básicas.
OBS. Outros professores da área da biologia poderão participar dos cursos em pauta.
VI) DESCRIÇÃO SUSCINTA DO PROJETO DO CURSO
6.1) Objetivos do curso
a) promover a atualização dos docentes de biologia do nível médio em conceitos,
regras e novas orientações da área;
b) promover aos docentes de biologia do nível médio o acesso à ciência envolvida em
novas tecnologias;
c) fomentar a discussão dos princípios de biologia envolvidos nos problemas e
situações da comunidade local.
6.2) Distribuição dos componentes curriculares
Neste curso de formação continuada serão abordados conceitos fundamentais
da ciência específica através de discussão dos temas atuais por meio dos módulos de
biologia celular, histologia, anatomia humana e práticas de laboratório.
Módulo I: Biologia Celular (45 horas)
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, célula-tronco, projeto genoma,
doençasxorganelas, dentre outros. O curso abordará inicialmente conceitos
atualizados em Biologia Celular. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar
tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais
capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de biologia molecular, dentre outros, os processos de amplificação
73
e codificação do DNA. Nesta etapa serão consideradas algumas atividades práticas de
laboratório.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Biologia Celular. A abordagem proposta não conduzirá o professor
do ensino médio a ser um especialista na referida área, mas proporcionará ao
professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e
assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos
alunos da rede pública.
Conteúdo Programático:
Temas: 1- Biologia Molecular
2- Célula Tronco
3- Divisão Celular
4- Processos de Síntese da Célula
Avaliação: Construção de material didático alternativo para enriquecimento de aulas
teóricas-práticas da disciplina Citologia.
Discussão e/ou correção do material que será disponibilizado na home page
da UFAC.
Módulo II: Histologia (45 horas)
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, histologia enquanto ciência, matris extracelular
e técnicas de abordagem dos tecidos, dentre outros. O curso abordará inicialmente
conceitos atualizados em Histologia. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e
reforçar tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os
mais capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de histologia, envolvendo análises microscópicas e moleculares,
dentre outros.
74
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Histologia. A abordagem proposta não conduzirá o professor do
ensino médio a ser um especialista na referida área, mas proporcionará ao professoraluno
novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e assim
transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos alunos da
rede pública.
Conteúdo Programático:
Temas: 1- Métodos de estudo dos tecidos;
2- Introdução, histórico e principais tipos de tecidos do organismo;
3- Matriz extracelular;
4- Aplicação prática e importância do conhecimento dos tecidos (circulatório,
endócrino, nervoso e muscular).
Avaliação: - Confecção do material didático alternativo para enriquecimento de aulas
teórico-práticas da disciplina Histologia;
- Seminário sobre temas abordados e escolhidos durante a realização do
curso;
- Elaboração de um "atlas" de histologia, dos principais tecidos do
organismo.
Módulo III: Anatomia Humana (45 horas)
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, anatomia comparada, enriquecida pela
fisiologia, dentre outros. O curso abordará inicialmente conceitos atualizados em
Anatomia Humana. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar tais
conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais
capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de anatomia, envolvendo análises macro e microscopicamente,
estrutura e ultra-estrutura orgânica, identificando-se a forma e função dos seres,
podendo ser utilizadas peças anatômicas.
75
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Anatomia Humana. A abordagem proposta não conduzirá o
professor do ensino médio a ser um especialista na referida área, mas proporcionará
ao professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e
assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos
alunos da rede pública.
Conteúdo Programático:
Temas: - Sistema Ósseo
- Sistema Muscular
- Sistema Cardiovascular
- Sistema Nervoso
- Sistema Digestório
- Sistema Respiratório
- Sistema Urinário
Avaliação: - O professor-aluno será avaliado pelo seu desempenho nas aulas teóricas
e práticas bem como pela sua participação na confecção do material didático proposto,
a ser realizado individualmente e em grupo.
Módulo IV: Práticas de Laboratório em Biologia – 45h
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, aulas práticas de laboratórios em diversas subáreas
da biologia, principalmente àquelas desenvolvidas com o auxílio de microscópios
e estereoscópios. O curso abordará inicialmente conceitos atualizados em Biologia
Geral. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar tais conceitos aos
professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais capazes de absorver
os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos assuntos
variados, tais como: manuseio de equipamentos, vidrarias e reagentes, assim como
normas laboratoriais e aulas práticas que possam ser desenvolvidas nos Laboratórios
de Biologia das Escolas de Ensino Médio do Estado.
76
O principal objetivo deste curso é interação da teoria com a prática aplicadas na
Biologia Geral. A abordagem proposta não conduzirá o professor do ensino médio a ser
um especialista na referida área, mas proporcionará ao professor-aluno novas
perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e assim transformar o
cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos alunos da rede pública,
principalmente no que diz respeito a implementação de aulas práticas.
Conteúdo Programático:
1- Normas laboratoriais
2- Utilização do Microscópio e Estereomicrocópio (Lupa)
3- Equipamentos variáveis
4- Vidrarias
5- Reagentes
6- Técnicas biológicas
7- Aulas práticas
Avaliação: Adaptação e ou inovação de algumas aulas práticas para a realidade das
Escolas de Ensino Médio do Estado.
Discussão e/ou correção do material que será disponibilizado na home page.
6.3) Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
Os conteúdos de cada módulo serão abordados em duas fases. A primeira
destinada ao resgate dos conhecimentos fundamentais e a segunda, à discussão dos
temas atuais à luz dos conceitos de biologia abordados no ensino médio. A avaliação
do nível de conhecimento nos fundamentos de biologia pertinentes ao módulo será
desenvolvida durante o primeiro encontro (primeira aula presencial) de cada módulo.
Esta etapa consistirá em propor um tema para discussão, que poderá ser extraído de
um artigo científico, um artigo em revista de veiculação nacional, ciência hoje, super
interessante, entre outras) ou filme e/ou reportagem televisionada. A partir do material
fornecido serão questionados e debatidos com os professores-alunos quais são os
conhecimentos fundamentais da ciência envolvidos. Os alunos mais tímidos serão
77
instigados a externar as suas reflexões. Identificado o nível de conhecimento dos
professores-alunos serão propostas atividades niveladoras não-presenciais.
As atividades não-presenciais serão disponibilizadas e acompanhadas através
de site próprio na internet. O Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da
Universidade Federal do Acre será responsável por confeccionar a página e fornecer
senha de acesso a cada professor-aluno e docente do curso. Os docentes serão
responsáveis por fornecer ao NTI o material didático a ser disponibilizado e assessorar
virtualmente o professor-aluno em suas dificuldades ou comentários com relação ao
desenvolvimento das atividades não-presenciais. O NTI deverá possibilitar que o
docente tenha acesso ao monitoramento do tempo de permanência no site e dos
documentos acessados por cada professor-aluno. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
A viabilidade da etapa não-presencial foi discutida com representantes da
Secretaria de Estado de Educação, que na ocasião de discussão da presente proposta
informou da disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores (Internet) em
todos os municípios do Estado do Acre. Caso o professor-aluno tenha dúvida com
relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por telefone, através de
contato com o docente ou com o NTI.
A parte específica de cada módulo será desenvolvida da seguinte forma: em um
primeiro encontro (presencial) será proposto e discutido um ou mais temas
específico(s). A partir desta discussão, os professores-alunos serão instigados a
preparar um plano de curso, uma forma diferenciada de abordagem, uma prática
experimental ou uma aula expositiva mostrando qual seria a sua proposta de
abordagem do tema e dos conhecimentos específicos em química envolvidos na escola
de nível médio. Para o preparo desta atividade os professores-alunos terão orientação
virtual bem como acesso a documentos no site do programa (etapa não-presencial). No
encontro seguinte, os professores-alunos apresentarão as suas propostas que serão
discutidas por todo o grupo (viabilidade, forma de abordagem, execução da prática
experimental, dentre outros). Em resumo, na etapa presencial serão apresentados
temas específicos dos módulos, que serão desenvolvidos de forma não-presencial e
apresentados pelos professores-alunos no encontro presencial seguinte. Pretende-se
assim conferir aos professores-alunos a competência e habilidade de utilizar as
78
tecnologias de informação para confeccionar seu próprio material didático, plano de
curso e práticas experimentais. O curso será oferecido utilizando as instalações da
Universidade Federal do Acre, onde existem salas de aula e laboratórios.
6.4) Proposta de procedimentos avaliativos
a) Acompanhamento dos professores-alunos durante o desenvolvimento do curso
Os professores-alunos serão acompanhados e assessorados virtualmente
através do site do programa na página da UFAC na internet. Caso o professor-aluno
tenha dúvida com relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por
telefone, através de contato com o docente ou com o NTI. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
Os professores-alunos serão avaliados por módulo pela apresentação das
atividades propostas, engajamento em sala de aula, participação nas atividades
presenciais, freqüência de acesso ao site do programa na Internet e participação em
discussão virtual. Também será ministrada uma prova com o objetivo de avaliar a
maturidade do professor-aluno ao final do módulo. A cada modalidade de avaliação
terá a sua pontuação própria e ao final do módulo será atribuído um conceito, com
base na média das avaliações: A – aproveitamento muito bom (acima de 90%); B –
bom aproveitamento (de 70 a 90%); C – aproveitamento satisfatório (de 50 a 70%); D –
aproveitamento insuficiente (abaixo de 50%). O professor-aluno que tiver freqüência na
parte presencial inferior a 75% será desligado do programa, em consonância com a
Resolução nº 04, de 16-10-86, do Conselho Federal de Educação. Ao final do
programa será conferido ao professor-aluno um certificado contendo os tópicos
ministrados, a freqüência e o conceito obtido em cada módulo.
b) Acompanhamento dos professores-alunos após a finalização do curso
Para o acompanhamento do professor-aluno após a finalização do curso são
apresentadas duas propostas. O acompanhamento de professores-alunos de Rio
Branco será realizado com participação dos discentes do curso de licenciatura em
química da Universidade Federal do Acre. O curso de licenciatura plena em química
79
iniciado na UFAC em 2005 foi criado no espírito da nova Lei de Diretrizes e Bases
(LDB), onde são recomendadas pelo menos 400 horas de prática de ensino e 400
horas de estágio supervisionado. Com a preocupação da inserção do licenciando em
química nas escolas da rede pública de ensino médio desde o primeiro ano do curso,
os professores do Departamento de Ciências da Natureza iniciaram, em 2005, um
diálogo com a Secretaria de Estado de Educação. Este esforço em conjunto tem como
objetivo aproveitar a inserção da universidade na escola para trabalhar as diversas
realidades escolares e promover a aproximação dos docentes do ensino médio das
novas temáticas das áreas de ciências. Este aproveitamento resultaria na formação e
atualização continuada do corpo docente da rede pública de ensino médio.
No programa do curso de licenciatura plena em química da Universidade Federal
do Acre é descrito que a prática de ensino será dividida em duas frentes: 200 horas de
responsabilidade do Departamento de Educação e distribuídas em disciplinas
chamadas Investigação e Prática Pedagógica e 200 horas de responsabilidade da área
específica, em disciplinas chamadas Práticas de Ensino em Biologia (disciplinas
específicas). Nesta disciplina os discentes universitários são convidados a participar da
comunidade escolar, realizando um diagnóstico da escola e seu entorno e auxiliando o
docente do ensino médio em propostas de abordagem de temas em química, escolha
do material didático, preparo de práticas experimentais e em projetos que envolvam a
comunidade local. O objetivo da disciplina não é intervir na maneira com a qual a
escola e o docente em particular agem na função de educadores e formadores, mas de
contribuir com o fortalecimento da atividade docente na área. A presença do discente
universitário, e por conseqüência do docente universitário, resulta na formação e
atualização continuada do corpo docente do ensino médio, bem como contribui com a
divulgação de ciência e tecnologia.
Para o curso específico da formação continuada dos professores de ensino
médio da área de química propomos aproveitar o espaço consentido à disciplina
Instrumentação do Ensino de Química para realizar o acompanhamento dos
professores-alunos. Através da participação dos discentes universitários na rotina
escolar será possível monitorar o desenvolvimento dos temas abordados no curso,
bem como propiciar ao docente do ensino médio a possibilidade de propor outros
temas dentro da realidade da escola em que leciona. A troca de experiências entre o
profissional já estabelecido, o estudante universitário e o docente do curso superior
80
permitirá que os conceitos e temas pertinentes aos avanços na área específica e
aplicação dos conceitos fundamentais de química na resolução de problemas e
propostas de alternativas de mudança da realidade local deixem de ser uma idéia
inatingível e passem a fazer parte da rotina escolar.
O acompanhamento dos professores-alunos de outras localidades será realizado
da seguinte forma: cada participante do curso de capacitação deverá apresentar, ao
final do curso, um projeto para ser realizado na escola de origem. Este projeto, com
duração de seis meses, deverá envolver os discentes do cursista em atividades de
observação e intervenção da realidade local, com base nos conceitos apresentados
durante o curso de formação continuada. A primeira avaliação do projeto será na sua
proposição para o corpo de docentes. Estes poderão sugerir modificações e
adequações. Haverá acompanhamento virtual, onde o professor-aluno relatará
semanalmente as atividades desenvolvidas e terá auxílio do corpo docente nas
dificuldades que surgirem. São propostas visitas bimestrais para acompanhamento do
projeto in locco e eventual intervenção.
c) Avaliação do curso ao longo do seu desenvolvimento
A avaliação do desenvolvimento do curso será realizada durante os módulos
propostos. Será demandado que os professores-alunos respondam um questionário
anônimo de avaliação e sugestões para o curso. A contribuição do curso de formação
continuada na escola será avaliada através do reflexo do curso no desempenho da
atividade docente pelo professor-aluno. Será demandado que os discentes do
professor-aluno respondam um questionário anônimo de avaliação da qualidade da
aula ministrada após o referido professor-aluno ter começado a freqüentar o curso.
Com base nos resultados destas avaliações e nas sugestões apontadas, o programa
dos módulos, temas abordados e metodologias poderão ser revistas.
Vale ressaltar que os docentes do Departamento de Ciências da Natureza,
pretende continuar oferecendo cursos dessa natureza, abrangendo as áreas de
Biologia, Física e Química, como forma de qualificar e atualizar os professores do
Ensino Básico do Estado e de outras localidades.
81
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Física
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Ciências da Natureza, campus sede, Rio
Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. M.Sc. Esperanza Lucila Hernández Angulo
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
82
1) Breve histórico da atuação do Departamento de Ciências da Natureza da UFAC
em cursos de formação de professores na área de Física
A Universidade Federal do Acre (UFAC) em parceria com a Secretaria de Estado
de Educação (SEE) pretende implementar o Programa de Formação Continuada para
Professores do Ensino Básico do Estado do Acre, em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que nos seus artigos 61 e 67
estabelece que a Formação Continuada é um direito do profissional em educação e um
dever dos sistemas do ensino.
O Departamento de Ciências da Natureza (DCN) vivenciou essa experiência
durante os anos de 80, quando juntamente com as Secretarias de Educação Estadual
e Municipal, fundou na antiga Escola de 2º grau (CERB), o Núcleo de Ciências Sarah
Fadulh (NAIMEC), cujo objetivo principal foi implementar no Estado uma Formação
Continuada dos egressos dos Cursos de Ciências e Habilitação em Biologia, assim
como professores que atuavam nas áreas de Física e Química, possibilitando que os
mesmos através de treinamentos e discussões sobre temas atualizados adquirissem
conhecimentos teórico-práticos para enriquecimento do programa de curso de suas
escolas e até mesmo, mudanças no referido programa.
Em virtude da falta de interesse das referidas secretarias, no que diz respeito a
disponibilidade de verbas para continuar com os projetos em desenvolvimento do
NAIMEC, o referido núcleo foi extinto por volta do final dos anos 90, coincidindo com o
deslocamento de vários professores do DCN para participação de cursos de Mestrado
e Doutorado fora do Estado.
Após o retorno dos referidos professores, que iniciou por volta do ano 2000,
iniciou-se uma nova discussão no DCN, acerca da implantação do Núcleo de Ciências
da Naturreza, que visa em seus objetivos, a Formação Continuada dos professores do
ensino básico. Vale salientar que essas discussões acentuaram-se a partir de 2005, em
função do pensamento da maioria dos docentes do DCN, os quais entendem que a
Universidade não pode ficar distanciada da Educação Básica do Estado, tendo,
portanto, a ¨obrigação¨ de participar continuamente da formação qualificada e
atualizada de docentes, cuja profissão nunca está preparada definitivamente,
necessitando sempre discutir o saber inicial em confronto com as experiências
83
cotidianas e sinuosidade do processo ensino e aprendizagem, principalmente em
equipe, atendendo as exigências da LDB, no que diz respeito as abordagens dos
temas transversais.
Acreditamos que o vivenciar de qualquer profissional que atua na área da
educação constitui-se num buscar de pesquisa, programação, reflexão, metas e
objetivos do trabalho pedagógico em conjunto, pois somente dessa forma, a escola, de
maneira geral, não será um. local de trabalho e muito menos de trabalho isolado, a qual
será de fato um espaço de formação conjunta, onde as experiências e saberes possam
ser produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto de docentes da
escola.
Em 2004, surgiu a oportunidade de alguns professores das áreas de Biologia,
Física e Química do DCN participarem da Formação Continuada programada pela
Secretaria de Estado de Educação, onde os referidos professores foram convidados
para ministrarem cursos teóricos-práticos para professores do Ensino Médio da Capital
e do Interior, nas áreas supracitadas, cujo objetivo principal foi o treinamento dos
mesmos para manuseio dos equipamentos, vidrarias e reagentes que constituem os
Laboratórios de Biologia, Física e Química inseridos em grande parte das escolas de
Ensino Médio da Capital e algumas do Interior.
Todos os cursos foram oferecidos em Rio Branco e cada área ofereceu o
mesmo curso para 3 (três) turmas de professores, em datas diferentes. Vale ressaltar,
que os referidos cursos tiveram um resultado satisfatório, onde observou-se o desejo
dos professores-alunos de implementar uma metodologia mais atualizada,
interdisciplinar e, prática, neste caso, mudando a concepção das aulas extremamente
teóricas.
A partir dessas experiências, o DCN decidiu formatar os Projetos para o novo
Programa de Formação Continuada em parceria com a SEE, oferecendo cursos de
formação continuada nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder de vista os
referenciais curriculares. A carga horária de cada área totalizará 180 horas/aulas, a
qual será distribuída em módulos.
Cada módulo será constituído por cursos, que serão ministrados na forma
semipresencial para professores de Rio Branco e de outras localidades, da seguinte
forma:
84
1- Rio Branco: Na fase presencial o professor explorará os
conteúdos programáticos a cada encontro semanal, de preferência
aos sábados, durante 4 (quatro) horas, enquanto que o professoraluno,
na fase não presencial, no período de segunda a sexta-feira,
terá a responsabilidade de através dos conhecimentos adquiridos,
aperfeiçoar e/ou criar material didático alternativo para ser inserido
no trabalho diário do mesmo.
2- Outras Localidades: A única diferença em relação aos cursos da capital é observada
na fase presencial, pois o encontro do professor com os professores-aluno,
será realizado mensalmente, durante os finais de semana e equivalente a
16 (dezesseis) horas/aulas.
No que diz respeito a avaliação dos participantes de cada curso, pretende-se
desenvolver junto ao Núcleo de Tecnologia de Informação da UFAC, um programa de
acompanhamento informatizado, principalmente da fase não presencial, na qual o
professor avaliará as consultas realizadas pelo professor-aluno, ao material e/ou
exercícios que ficarão disponibilizados na home page da UFAC.
Objetivos
* Oportunizar aos professores-alunos uma reflexão pedagógica, para que os mesmos
compreendam a necessidade de formação e autoformação permanente.
* Construir junto aos professores-alunos competências técnico-científico-pedagógicas
que lhes possibilitem avaliar e reavaliar, constantemente, suas práticas de
aprendizagem.
* Instrumentalizar os professores-alunos com aulas práticas que possam ser
desenvolvidas no âmbito dos laboratórios inseridos nas Escolas de Ensino Médio.
* Capacitar os professores-alunos no enriquecimento de planos de curso e aula,
visando desenvolver competências e habilidades através de conteúdos
significativos para o aluno.
* Criar situações, inseridas no trabalho diário do professor-aluno, nas quais o aluno
possa ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.
1) Caracterização do curso
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O ensino médio é uma das etapas de escolarização em que é assegurada ao
cidadão a formação básica requerida para a sua participação efetiva na sociedade.
Neste sentido, a escola deve ter função de formadora de cidadãos críticos,
conhecedores da sua realidade social e dispostos a transformá-la. O conhecimento de
física tem grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica em
constante evolução. A escola deve formar cidadãos com conhecimento mínimo para o
entendimento da ciência e da tecnologia e seus papéis no desenvolvimento social. As
diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio estabelecem, para a área de
física, competências relativas à apropriação de conhecimentos desta ciência e
aplicação destes conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, bem
como planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade. A formação de
cidadãos conscientes deve ser promovida por educadores preparados, seja no domínio
dos conceitos fundamentais da ciência em questão, seja na habilidade de promover em
seus discentes a capacidade de utilizar o conhecimento adquirido para questionar o
entorno e solucionar desafios. O papel do professor é o de articular os conceitos e
estimular os discentes a construir modelos para o mundo que os rodeia.
Educadores com responsabilidade de formar cidadãos não devem interromper
seu processo de instrução. A atualização profissional é condição fundamental na
profissão de educador. Esta atualização pode ser promovida pelo acompanhamento
dos avanços tecnológicos através de leituras e reflexões, como também através de
cursos complementares, como os cursos de formação continuada. Pensando na
formação de educadores na área de física é proposto este curso onde serão abordados
conceitos fundamentais da ciência específica através de discussão dos temas e
aprofundamento de conteúdos em física geral, desenvolvimento de técnicas
experimentais e física ambiental.
Baseados nos PCN a Secretaria de Educação do Estado elaborou em conjunto com os
professores de Física uma proposta curricular de Física para o Ensino Médio e com
seus próprios recursos promoveu cursos de Capacitação Continuada para os
professores de Rio Branco e outros municípios do interior do Estado, durante o
desenvolvimento da capacitação constatamos que em nossa região deverá ser feito um
trabalho específico com os professores do Ensino Médio na procura de fornecer os
conhecimentos necessários que eles precisam para trabalhar na sala de aula.
86
No estado de Acre existe um total de 80 professores de Física que trabalham na rede
pública de Ensino Médio. Destes apenas um 50% são habilitados em Física e
desenvolvem suas atividades pedagógicas no município de Rio Branco os demais 50%
possuem formação superior, mas em outras áreas (Matemática, Pedagogia,
Engenharia, etc.) trabalhando em outros municípios do Estado.
Para dar resposta a essas necessidades planejamos dois cursos:
O primeiro curso proposto estará dividido em três módulos, um de Mecânica, outro de
Ondas, Ótica e Termodinâmica e o terceiro de Eletricidade e Magnetismo eles serão
direcionados ao aprofundamento dos conteúdos ao nível de Ensino Médio vinculado a
uma análise cientifico metodológico e a relação com outras disciplinas prestando
atenção à construção e realização de demonstrações simples para utilizar nas salas de
aula mediante recursos existentes nos colégios de nosso estado.
No desenvolvimento do curso cada professor adquirirá habilidades no desenvolvimento
do plano de aula, destacando as aplicações da Física e das novas tecnologias em
concordância com as necessidades especificas de nossa região.
O curso foi planejado com a utilização da bibliografia do autor Alberto Gaspar volumes
1, 2 e 3 Editora Ática, 2001 ou volume único do 2004 do próprio autor, a qual será
utilizada como referência para fazer uma comparação, estudo e forma de abordagem
de acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio (PCN) com outros textos
de diferentes autores utilizados pelos professores do Ensino Médio..
O segundo curso será dividido em três módulos.
O primeiro, conforme solicitação da Secretaria de Educação, será sobre técnicas
experimentais de laboratório, ajudando a parte experimental do segundo módulo deste
curso e dando solução às necessidades de nossos professores do Ensino Médio de
adquirir habilidades nas montagens de práticas de laboratórios, assinado os materiais
existentes em cada colégio, com a elaboração de um caderno didático apostilado
detalhando o desenvolvimento e aplicação das técnicas experimentais.
87
O segundo será dirigido a aprofundar os conteúdos necessários ao nível de Segundo
Grau sobre problemas relacionados com o meio ambiente, capacitando os professores
com as técnicas experimentais nessa área.
No terceiro módulo serão desenvolvidas palestras sobre as doenças causadas pela
exposição prolongadas as diferentes radiações, sendo esta uma linha de pesquisa de
alguns professores da universidade, a qual dispõe de um centro de pesquisa sobre
meio ambiente.Para finalizar o módulo será elaborado e executado um projeto de
prevenção das doenças com maior incidência em nosso estado causadas pelas
radiações ultravioletas.
A participação dos professores – alunos neste curso pode ser ampliada para
professores de Matemática, Química e Biologia assim como para professores de
Ciências do Ensino Fundamental.
2) Descrição simplificada da carga horária do curso
Estamos propondo dois cursos de 180 horas cada um. Eles estão divididos em
três módulos de 60 horas, das quais um 50 %, aproximadamente serão desenvolvidas
de forma presencial e o outro 50% de forma semipresencial.
A Parte presencial será desenvolvida nas instalações da própria UFAC, para os
professores – alunos do município de Rio Branco, cada módulo terá um período de
duração de três messes, utilizando quatro horas dos sábados e com capacidade para
um total de 40 professores-alunos. Durante esse mesmo período será desenvolvida a
parte semipresencial com atividades orientadas e controladas.
Nos municípios os professores-alunos serão agrupados para utilizar as instalações dos
pólos universitários, (Senador Guiomar, Sena Madureira, Cruzeiro do Sul, Brasiléia,
Plácido de Castro), onde poderá ser menor a quantidade de alunos por turmas de
acordo com a localização.
88
Para o interior do Estado serão utilizadas quatro horas da sextas à noite, oito horas do
sábado e quatro horas do domingo para um total de 16 horas, equivalente a um mês do
curso a ser oferecido na Capital do Estado (Rio Branco). De igual forma será orientada
a parte semipresencial. Os cursos poderão ser repetidos de acordo com as
necessidades.
3) Currículo simplificado do coordenador do curso
Esperanza Lucila Hernández Angulo Concluiu Licenciatura em Física no Instituto
Pedagógico Juan Marinello de Matanzas,em Cuba no 1980 e mestrado em Mención
em Docência Universitária e Investigación Educativa no 2001 na Universidade de
Matanzas Camilo Cienfuegos, em Cuba (deferimento do diploma na UFRJ em 28 de
abril de 2006). Atualmente é professora de Física do Departamento de Ciências da
Natureza da Universidade Federal do Acre e participa como pesquisadora no grupo de
Estudos e Serviços Ambientais – Acre Bioclima do Departamento de Ciências da
Natureza.Possui uma publicação em revista e quatro em trabalhos em
eventos.Participou em cursos de capacitação para professores do Ensino Médio nos
anos 1997,1998 e 2004 em Rio Branco, Acre. Participa em reuniões de coordenação
com a Secretaria de Educação do Estado.Desempenha seu trabalho como professora
no curso de Licenciatura em Física e em outras especialidades da UFAC.Trabalhou
desenvolve projetos de extensão com a rede de Ensino Pública.Participou em eventos
nacionais e internacionais em Cuba e no XII Simpósio Nacional de Ensino de Física.
Novos Horizontes em BH. Assessora professores do Ensino Médio no desenvolvimento
das Feras de Ciências.
4) Caracterização do corpo docente
Alejandro Fonseca Duarte concluiu o doutorado em Física Matemática - Belarusskii
Gosudarstvennii Universitet em 1982. Atualmente é Professor - Pesquisador da
Universidade Federal do Acre. Coordena o Grupo de Estudos e Serviços Ambientais do
Departamento de Ciências da Natureza. Publicou 30 artigos em periódicos
especializados e 19 trabalhos em anais de eventos. Possui 7 livros publicados. Possui
3 produtos tecnológicos, 10 softwares e 3 processos ou técnicas. Desde o ano 2000
participou de 4 eventos no exterior e 14 no Brasil. É orientador de uma tese de
mestrado na área de Poluição do ar (deposição úmida). Orienta vários alunos de
89
iniciação científica e tecnológica. Recebeu 3 prêmios e homenagens. Atualmente
participa de 3 projetos de pesquisa. Atua na área de Física, Energia e Meio Ambiente.
Em suas atividades profissionais interagiu com 30 colaboradores em co-autorias de
trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na
contextualização da produção científica sobre a Amazônia, são: Educação,
Climatologia, Energia alternativa, Atmosfera, Radiação solar, Aerossóis na atmosfera,
Poluição solar e Uso e Cobertura do solo.
Félix Javier León Molinet.Graduado na Faculdade de Ciências Medicas da
Universidade da Habana, Cuba, CRM 737, graduado de Especialista em Medicina
Familiar e Comunitária outorgado pela SBMFC Mestre em Medicina Tropical.
Universidade de Brasília (Núcleo de Medicina tropical) em 2004.Curso de
especialização em Medicina tropical em 2002, coordenador de programas de atenção
comunitária no município de Mâncio Lima, Acre. Atualmente se desempenha como
professor na Universidade Federal do Acre, na Faculdade de Ciências Médicas.
Francisco Eulálio Alves dos Santos.Doutor em Engenharia Mecânica, Universidade
Estadual de Campinas em 2001, Mestrado em Física na Universidade Federal de
Paraíba em 1981, Especialização em Administração Universitária na UFAC em 1982.
Atualmente professor de Física do departamento de Ciências da Natureza da
Universidade Federal do Acre. Participou em capacitação para professores do Ensino
Médio.
José Carlos da Silva de Oliveira. Mestre em: Bacharelado em Física na Universidade
Federal da Paraíba em 1983.Atualmente professore de Física do Departamento de
Ciências da Natureza da Universidade Federal do Acre. Participou na assessoria ao
núcleo de Ação Integrada para a Melhoria do Ensino de Ciências e na assessoria à
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Rio Branco no Encontro sobre
Reformulação Curricular do Curso de Magistério. Trabalha em projetos de extensão
com a rede de Ensino Pública.Participou em eventos nacionais e internacionais em
Cuba e no XII Simpósio Nacional de Ensino de Física. Novos Horizontes em BH.
90
Luis Eduardo Pedroso.Doutor. Coordenador do Curso de Licenciatura da UFAC.
Participa ativamente em reuniões de coordenação com a Secretaria de Educação.
Participou oferecendo cursos de capacitação para professores do Ensino Médio no ano
2004.
5) Descrição sucinta do projeto dos cursos
5.1) Objetivos:
Primeiro curso
Aprofundar nos conhecimentos teórico-práticos e nos procedimentos científicos e
metodológicos necessários para o desenvolvimento do professor na sala de aula.
Implementação do objetivo: Através da utilização de exemplos baseados no
cotidiano e fundamentalmente de nossa região, propiciar a comparação e análise da
bibliografia existente, estruturando um sistema de demonstrações simples que
ajudem ao entendimento das relações da Física com outras disciplinas, tanto na
vertical como na horizontal, incorporando o estudo das aplicações de novas
tecnologias onde se manifeste a preocupação como professores com os nossos
cidadãos
Segundo Curso.
1. Capacitar os professores de Física, Química e Biologia do Ensino Médio de nosso
estado para realizar um trabalho de prevenção sobre as doenças causadas pela
exposição prolongadas as radiações ultravioletas.
Implementação do objetivo. Através de um levantamento que será feito durante o
primeiro curso, desenvolveremos as práticas de laboratório em concordância com os
materiais disponíveis nos colégios, garantindo que os professores adquiram
habilidades em técnicas experimentais simples, que permitam a compreensão da parte
experimental de medição de diferentes parâmetros ambientais em nossa região.
Finalizando com elaboração e aplicação de um projeto para executar nos colégios
dirigido à prevenção de doenças causadas pela exposição prolongada a radiação
ultravioleta.
91
5.2) Distribuição dos componentes curriculares
Primeiro curso.
a)Primeiro Módulo: Mecânica. Grandezas e vetores, Cinemática, Dinâmica, Cinemática
no movimento circular, Trabalho e potência Energia mecânica. Impulso e quantidade de
movimento. Gravitação Universal. Estática. Hidrostática.
b) Segundo Módulo: Ondas luminosas. Espelhos curvos. 2Refração da luz Lentes
esféricas. Instrumentos ópticos. Óptica ondulatória.Calor. Introdução à termodinâmica.
Comportamento térmico dos gases.
c) Terceiro Módulo: Introdução à eletricidade. Campo elétrico.Potencial
elétrico.Corrente elétrica. Resistividade e geradores químicos. Circuitos elétricos. O
campo magnético. Campo magnético e corrente elétrica. Indução eletromagnética.
Ondas eletromagnéticas.
Segundo Curso.
Primeiro Módulo:a) Técnicas experimentais. Mecânica, Ondas, Eletricidade e
Magnetismo, Termodinâmica, Gravitação, Fluidos, Ótica, etc.
A parte presencial proposta para montagem das práticas e a semipresencial utilizar a
disponibilidade de textos e exemplares na Internet (página do curso) para que os
professores-aluno possam baixar a proposta, voltando de nova na parte presencial a
análise e discussão das propostas.
As práticas serão desenvolvidas em forma de ciclos de desenho, montagem,
realização, elaboração de manuais e elaboração de relatórios. A quantidade de práticas
pode estar entre 15 e 25.
b) Segundo Módulo: Mecânica, Ondas, Eletricidade e Magnetismo, Termodinâmica,
Gravitação, Fluidos, Ótica, Oscilações. Ondas. Ondas de luz.
c) Terceiro Módulo: Elaboração de um projeto para ser desenvolvido nos colégios
do Ensino Fundamental e Médio através de palestras planejadas com dados
específicos de nossa região tendo como objetivo fundamental promover um
trabalho de prevenção sobre as doenças causadas pela exposição prolongada
92
às radiações UV. Estabelecendo um cronograma de visitas às áreas do centro
de pesquisa de meio ambiente da UFAC
.
5.3) Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
Os conteúdos de cada módulo serão abordados em duas fases. A primeira
destinada ao resgate dos conhecimentos fundamentais e a segunda, à discussão dos
temas atuais à luz dos conceitos de física abordados no ensino médio. A avaliação do
nível de conhecimento nos fundamentos de física pertinentes ao módulo será
desenvolvida durante o primeiro encontro (primeira aula presencial) de cada módulo.
Esta etapa consistirá em propor um tema para discussão, que poderá ser extraído de
um artigo científico (das revistas física e da Internet) ou filme e/ou reportagem
televisionada. A partir do material fornecido serão questionados e debatidos com os
professores-alunos quais são os conhecimentos fundamentais da ciência envolvidos.
Os alunos mais tímidos serão instigados a externar as suas reflexões. Identificado o
nível de conhecimento dos professores-alunos serão propostas atividades niveladoras
não-presenciais.
As atividades não-presenciais serão disponibilizadas e acompanhadas através
de site próprio na internet. O Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da
Universidade Federal do Acre será responsável por confeccionar a página e fornecer
senha de acesso a cada professor-aluno e docente do curso. Os docentes serão
responsáveis por fornecer ao NTI o material didático a ser disponibilizado e assessorar
virtualmente o professor-aluno em suas dificuldades ou comentários com relação ao
desenvolvimento das atividades não-presenciais. O NTI deverá possibilitar que o
docente tenha acesso ao monitoramento do tempo de permanência no site e dos
documentos acessados por cada professor-aluno. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
A viabilidade da etapa não-presencial foi discutida com representantes da
Secretaria de Estado de Educação, que na ocasião de discussão da presente proposta
informou da disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores (internet) em
todos os municípios do Estado do Acre. Caso o professor-aluno tenha dúvida com
relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por telefone, através de
contato com o docente ou com o NTI.
93
A parte específica de cada módulo será desenvolvida da seguinte forma: em um
primeiro encontro (presencial) será proposto e discutido um ou mais temas
específico(s). A partir desta discussão, os professores-alunos serão instigados a
preparar um plano de curso, uma forma diferenciada de abordagem, uma prática
experimental ou uma aula expositiva mostrando qual seria a sua proposta de
abordagem do tema e dos conhecimentos específicos em física envolvidos na escola
de nível médio. Para o preparo desta atividade os professores-alunos terão orientação
virtual bem como acesso a documentos no site do programa (etapa não-presencial). No
encontro seguinte, os professores-alunos apresentarão as suas propostas que serão
discutidas por todo o grupo (viabilidade, forma de abordagem, execução da prática
experimental, dentre outros). Em resumo, na etapa presencial serão apresentados
temas específicos dos módulos, que serão desenvolvidos de forma não-presencial e
apresentados pelos professores-alunos no encontro presencial seguinte. Pretende-se
assim conferir aos professores-alunos a competência e habilidade de utilizar as
tecnologias de informação para confeccionar seu próprio material didático, plano de
curso e práticas experimentais.
5.4) Proposta de procedimentos avaliativos
5.4.1) Acompanhamento dos professores-alunos durante o desenvolvimento do curso
Os professores-alunos serão acompanhados e assessorados virtualmente
através do site do programa na página da UFAC na internet. Caso o professor-aluno
tenha dúvida com relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por
telefone, através de contato com o docente ou com o NTI. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
Os professores-alunos serão avaliados por módulo pela apresentação das
atividades propostas, engajamento em sala de aula, participação nas atividades
presenciais, freqüência de acesso ao site do programa na internet e participação em
discussão virtual. Também será ministrada uma prova com o objetivo de avaliar a
maturidade do professor-aluno ao final do módulo. A cada modalidade de avaliação
terá a sua pontuação própria e ao final do módulo será atribuído um conceito, com
base na média das avaliações: A – aproveitamento muito bom (acima de 90%); B –
94
bom aproveitamento (de 70 a 90%); C – aproveitamento satisfatório (de 50 a 70%); D –
aproveitamento insuficiente (abaixo de 50%). O professor-aluno que tiver freqüência na
parte presencial inferior a 75% será desligado do programa, em atendimento à
Legislação vigente. Ao final do programa será conferido ao professor-aluno um
certificado contendo os tópicos ministrados, a freqüência e o conceito obtido em cada
módulo.
5.4.2) Acompanhamento dos professores-alunos após a finalização do curso
Para o acompanhamento do professor-aluno após a finalização do curso são
apresentadas duas propostas. O acompanhamento de professores-alunos de Rio
Branco será realizado com participação dos discentes do curso de licenciatura em
física da Universidade Federal do Acre. O curso de licenciatura plena em física iniciado
na UFAC em 2005 foi criado no espírito da nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), onde
são recomendadas pelo menos 400 horas de prática de ensino e 400 horas de estágio
supervisionado. Com a preocupação da inserção do licenciando em física nas escolas
da rede pública de ensino médio desde o primeiro ano do curso, os professores do
Departamento de Ciências da Natureza iniciaram, em 2005, um diálogo com a
Secretaria de Estado de Educação. Este esforço em conjunto tem como objetivo
aproveitar a inserção da universidade na escola para trabalhar as diversas realidades
escolares e promover a aproximação dos docentes do ensino médio das novas
temáticas das áreas de ciências. Este aproveitamento resultaria na formação e
atualização continuada do corpo docente da rede pública de ensino médio.
No programa do curso de Licenciatura Plena em Física da Universidade Federal
do Acre é descrito que a prática de ensino será dividida em duas frentes: 200 horas de
responsabilidade do Departamento de Educação e distribuídas em disciplinas
chamadas Investigação e Prática Pedagógica e 200 horas de responsabilidade da área
específica, em disciplinas chamadas Instrumentação do Ensino de Física. Nesta
disciplina os discentes universitários são convidados a participar da comunidade
escolar, realizando um diagnóstico da escola e seu entorno e auxiliando o docente do
ensino médio em propostas de abordagem de temas em Física, escolha do material
didático, preparo de práticas experimentais e em projetos que envolvam a comunidade
local. O objetivo da disciplina não é intervir na maneira com a qual a escola e o docente
95
em particular agem na função de educadores e formadores, mas de contribuir com o
fortalecimento da atividade docente na área. A presença do discente universitário, e por
conseqüência do docente universitário, resulta na formação e atualização continuada
do corpo docente do ensino médio, bem como contribui com a divulgação de ciência e
tecnologia.
Para o curso específico da formação continuada dos professores de ensino
médio da área de física propomos aproveitar o espaço consentido à disciplina
Instrumentação do Ensino de Física para realizar o acompanhamento dos professoresalunos.
Através da participação dos discentes universitários na rotina escolar será
possível monitorar o desenvolvimento dos temas abordados no curso, bem como
propiciar ao docente do ensino médio a possibilidade de propor outros temas dentro da
realidade da escola em que leciona. A troca de experiências entre o profissional já
estabelecido, o estudante universitário e o docente do curso superior permitirá que os
conceitos e temas pertinentes aos avanços na área específica e aplicação dos
conceitos fundamentais de física na resolução de problemas e propostas de
alternativas de mudança da realidade local deixem de ser uma idéia inatingível e
passem a fazer parte da rotina escolar.
O acompanhamento dos professores-alunos de outras localidades será realizado
da seguinte forma: cada participante do curso de capacitação deverá apresentar, ao
final do curso, um projeto para ser realizado na escola de origem. Este projeto, com
duração de seis meses deverá envolver os discentes do curso em atividades de
observação e intervenção da realidade local, com base nos conceitos apresentados
durante o curso de formação continuada. A primeira avaliação do projeto será na sua
proposição para o corpo de docentes. Estes poderão sugerir modificações e
adequações. Haverá acompanhamento virtual, onde o professor-aluno relatará
semanalmente as atividades desenvolvidas e terá auxílio do corpo docente nas
dificuldades que surgirem. São propostas visitas bimestrais para acompanhamento do
projeto in locco e eventual intervenção.
5.4.3) Avaliação do curso ao longo do seu desenvolvimento
A avaliação do desenvolvimento do curso será realizada durante os módulos
propostos. Será demandado que os professores-alunos respondam um questionário
96
anônimo de avaliação e sugestões para o curso. A contribuição do curso de formação
continuada na escola será avaliada através do reflexo do curso no desempenho da
atividade docente pelo professor-aluno. Será demandado que os discentes do
professor-aluno respondam um questionário anônimo de avaliação da qualidade da
aula ministrada após o referido professor-aluno ter começado a freqüentar o curso.
Com base nos resultados destas avaliações e nas sugestões apontadas, o programa
dos módulos, temas abordados e metodologias poderão ser revistas.
97
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: História
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de História, campus sede, Rio Branco-AC
Coordenador do Projeto: Prof. M. Sc. José Dourado de Souza
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2538
98
1. Breve histórico da atuação do Departamento de História da UFAC em cursos
de formação de professores
Por mais de dez anos, o Departamento de História promoveu cursos de
formação continuada de professores dos ensinos fundamental e médio nos municípios
do interior do Acre, em parceria com os governos estadual e municipais.
Somente nos últimos anos é que esse tipo de atividade deixou de acontecer,
visto que estávamos muito mais voltados com a realização dos Cursos de Graduação
(Licenciatura) em História para professores da zona urbana em cinco municípios
acreanos e em um amazonense.
Agora, após a conclusão desses Cursos de Graduação, torna-se de
fundamental importância retomarmos o oferecimento dos cursos de extensão.
Primeiro porque cabe ao Departamento de História essa tarefa de dar
continuidade à formação dos profissionais formados por nós e alimentar,
permanentemente, a população com informações e análises históricas que
contribuam com a construção da cidadania e a preparação desses cidadãos para
uma ação consciente e transformadora.
2. Caracterização do curso
A formação continuada é um direito do profissional em educação e um dever
dos sistemas de ensino, conforme determina a Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9394/96), nos seus artigos 61 e 67. Assim como dispõe o artigo 61 inciso
I, a formação de profissionais em educação terá como fundamento “a associação entre
teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço” e ainda o art. 67, inciso
II assegura o “aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim”.
O Departamento de História, sensível a essas demandas junto aos profissionais
do ensino médio e em sintonia com as políticas para aprimoramento da qualidade do
ensino, definiu em Assembléia Departamental um Projeto de Formação Continuada
de Professores de História do Ensino Médio, visando dar continuidade ao
aprimoramento profissional desses professores.
99
Mais que uma exigência legal, a formação continuada é para o Departamento de
História da UFAC e o Departamento de Ensino Médio da Secretaria de Estado de
Educação uma necessidade político-pedagógica. Por isso, estamos estreitando
relações para juntos construirmos uma parceria para a implementação desse processo
de formação.
A Secretaria de Estado de Educação tem manifestado em documentos que a
experiência histórica nos indica que as capacitações realizadas, em geral, tem se
caracterizado pela descontinuidade e fragmentação, muitas vezes, fundamentadas em
modelos teóricos que não reconhecem os conhecimentos produzidos pelos professores
em sua atuação, acentuando o distanciamento entre o conhecimento teórico e a prática
dos professores nas escolas, que certamente têm contribuído com a baixa qualidade
de ensino e a reprodução das desigualdades sociais e culturais.
Discutir a formação docente e entendê-la como um processo contínuo de mão
dupla, de troca de experiências entre professores e alunos. Eles continuamente
passam pela auto formação, à medida que reelaboram o seu saber inicial em confronto
com suas experiências e práticas cotidianas no processo ensino aprendizagem.
O vivenciar da atividade docente constitui-se continuamente num trabalho de
pesquisa, problematização, reflexão e proposição do fazer pedagógico. A escola não é
apenas um local de trabalho e muito menos de trabalho isolado. O que se propõe é que
a escola seja um espaço também de formação, onde as experiências e saberes
possam ser produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto dos sujeitos
escolares notadamente pelos docentes.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, “o objetivo do ensino de História no
ensino médio é o desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas que
conduzam à apropriação, por parte dos alunos, de um instrumental conceitual - criado
e recriado constantemente pela disciplina científica -, que lhes permita analisar e
interpretar as situações concretas da realidade vivida e construir novos conceitos ou
conhecimentos. Ao mesmo tempo, esse instrumental conceitual permite a
problematização de aspectos da realidade e a definição de eixos temáticos que
orientam os recortes programáticos bem como, apontam para novas possibilidades de
criação de situações de aprendizagem” 2.
2 PCN + - Ensino Médio. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais – Ciências Humanas e suas Tecnologias, p. 77.
100
Assim, é de singular importância participarmos do Programa de Formação
Continuada de Professores do Ensino Médio, considerando a nossa tradição com
este tipo de atividade, a expectativa da Secretaria Estadual de Educação em atender
uma exigência dos professores e a reivindicação dos próprios profissionais da
educação.
3. Descrição simplificada da composição da carga horária do curso
O Curso de Formação Continuada de História possui uma carga horária de 180
horas a serem oferecidas de forma semipresencial. O mesmo será dividido em três
módulos: História da África, História do Oriente e História do Acre. Cada módulo
contará com uma carga horária de 60 horas, sendo 50 presencial e 10 semipresenciais.
4. Currículo simplificado do coordenador do curso
José Dourado de Souza, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado à Rua Três
de Setembro n° 309, Bairro das Placas, CEP: 69.914 – 780, Rio Branco – Acre,
Telefones: (0xx68) 3228 – 2502 e 9971 – 4040, E-mail: douradoac@yahoo.com.br.
É professor do Departamento de História da Universidade Federal do Acre
desde 1989, graduado em História e Pedagogia pela Universidade Federal do Acre.
Tem especialização em História Econômica e Social da Amazônia e Planejamento do
Desenvolvimento Regional. Mestre em Educação (com área de concentração em
Currículo) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Coordenador do
Curso de Especialização em História Econômica e Social da Amazônia, no período de
1988 a 1989. Coordenou o Curso de Graduação em História da UFAC no período de
1990 a 1991. Foi Chefe do Departamento de História da UFAC pôr quatro mandatos
(1992 a 1993, 1994 a 1995, l996 a 1997 e 2004 a 2005). É o atual subchefe do
Departamento de História e, também, Coordenador do Curso de Licenciatura em
História para Professores da Zona Rural (Parceria UFAC e Governo do Estado do
Acre). É co-autor do livro Acre: uma História em Construção.
Atuou como acadêmico do Curso de História e depois como professor do
Departamento de História da UFAC no Projeto de Extensão Estudos das Propostas
101
Curriculares de História para o 1° e 2° graus, no período de 1980 a 1982 e de 1986
a 1993, numa ação que envolvia a UFAC, o Governo do Estado do Acre e os Governos
Municipais do Acre, tendo como clientela os professores desses sistemas de ensino.
5. Caracterização do corpo docente
O curso contará com a participação dos seguintes docentes:
- José Dourado de Souza, professor do Departamento de História da UFAC, Msc. em
Educação e com uma larga experiência em cursos de formação continuada de
professores da rede estadual e municipal de ensino, que ministrará o módulo de
História do Acre;
- Tereza Almeida Cruz, professora do Departamento de História, Msc. em História do
Brasil e professora concursada de História da África, com experiência de coordenação
de um Workshop de História da África, que ministrará o módulo desta disciplina.
- Valmir Freitas, professor do Departamento de História da UFAC, Msc. em História do
Brasil e professor concursado de História do Oriente, com experiência de coordenação
de um Workshop de História do Oriente, que ministrará o módulo desta disciplina.
6. Descrição sucinta do projeto do curso
6.1. Objetivos do curso
6.1.1. Objetivo geral
- Promover a capacitação e atualização de professores-alunos nas áreas de História da
África, do Oriente Próximo e do Acre, considerando que, História da África e do Oriente
Próximo não faziam parte da grade curricular do curso de História (embora fizessem
parte de lista de optativas) e os conteúdos de História do Acre foram ministrados com
uma carga horária insuficiente.
6.1.2. Objetivos específicos
102
Módulo I– História do Acre
- Oportunizar conhecimentos sobre a História do Acre numa perspectiva crítica,
de modo a contribuir com ações transformadoras;
- Ampliar os conhecimentos dos professores-alunos do ensino médio, sobre a
história regional, de modo a contribuir com o resultado geral do processo de
ensino-aprendizagem destes.
Módulo II – História da África
- Oferecer uma visão crítica e abrangente da História da África Subsaariana, de
suas civilizações tradicionais, do tráfico de escravos, dos processos de
colonização e descolonização e de construção nacional bem como uma
panorâmica da África contemporânea;
- Proporcionar elementos para um melhor entendimento das contribuições da
história da África para a nossa própria autocompreensão como sociedade
brasileira, considerando que boa parte de nossas raízes culturais são
provenientes do continente africano;
Módulo III – História do Oriente
- Estudar a evolução das sociedades que se desenvolveram no Oriente próximo,
interligando o passado e o presente do mundo árabe e seus conflitos atuais;
- Analisar o contexto do surgimento do Islã no Oriente Próximo, bem como sua
expansão e conflitos com a cristandade ocidental;
- Ampliar o conhecimento dos professores-alunos do ensino médio sobre o mundo
islâmico, o fundamentalismo e suas ligações com o terrorismo internacional, bem
como analisar as origens dos conflitos árabe-israelense;
- Combater estereótipos incorretos, colocando assim as bases para um melhor
entendimento do mundo islâmico.
6.2. Distribuição dos componentes curriculares
Módulo I: História do Acre
103
O capitulo correspondente a História do Acre assume posição de destaque no
contexto da História da Nação brasileira.
O Acre foi inserido no quadro das preocupações do capital monopolista
internacional a partir da segunda metade do século XIX, com a utilização da borracha,
na qualidade de matéria-prima indispensável para a produção de um conjunto de
artefatos necessários a reprodução do grande capital industrial e financeiro.
Sendo esta região (do Acre) riquíssima em árvores seringueiras, logo surgiram
motivos para que ela fosse disputada pelas nações (Brasil, Bolívia e Peru) que se
julgavam donos legítimos desta região.
Os conflitos daí resultantes, e suas conseqüências ao longo de mais de um
século e meio, produziram um acervo histórico-cultural invejável, constituindo-se na
atualidade em matéria obrigatória em todos os níveis de ensino.
Lamentavelmente poucos são aqueles que vêm se dedicando ao estudo mais
aprofundado, cientifico desta questão, daí a importância de promovermos a
socialização destes saberes ao conjunto do professorado do ensino médio, como forma
de sensibilizá-los no sentido de melhor prestigiarem estes conhecimentos.
No mais, assim fazendo, estamos contribuindo para que a Universidade Federal
do Acre, realmente, cumpra a seu papel de socializar o saber cientifico no contexto dos
sistemas municipais e estadual de ensino.
Deste modo iremos desenvolver um programa que comece refletindo sobre as
populações indígenas que habitavam esta região antes da chegada dos nordestinos
brasileiros a partir da segunda metade do século XIX, indo até chegar aos dias atuais.
Depois vamos estudar o processo de formação e expansão da empresa
extrativista da borracha na Amazônia/Acre; e a estrutura e funcionamento dos seringais
amazônicos/acreanos durante o primeiro surto da borracha.
Na seqüência estudaremos o processo da anexação do Acre ao Brasil; e a
estrutura jurídico-político e administrativa do Acre: de 1903 aos dias atuais.
Prosseguindo, iremos analisar o processo de diversificação da produção
econômica do Acre entre o primeiro e o segundo surto da borracha: 1913 à 1942; o
segundo surto da borracha (1942 à 1945): os acordos de Washington e a Batalha da
Borracha; o Acre de 1945 a 1962: o destino dos Soldados da Borracha; as alternativas
do Governo Federal para soerguer a produção gumífera; o Basa e um novo sistema de
crédito; e, as Colônias Agrícolas.
104
Finalizando vamos estudar o Acre Estado: o Golpe Militar, a Ditadura, a Lei de
Segurança Nacional e a formação da ARENA e do MDB no Acre; a pecuarização da
economia acreana e os conflitos pela posse da terra no Acre; o processo de
redemocratização política no Acre: a reorganização dos Partidos Políticos e os amplos
debates democráticos dos anos oitenta; as questões relacionadas ao Meio Ambiente e
Reservas Extrativistas; a esquerda no Poder; e o Futuro: a reinvenção do Acre.
Módulo II: História da África
O módulo de História da África se justifica por duas razões principais. A primeira,
por ser a África uma das matrizes históricas e culturais do povo brasileiro. Cerca de
metade dos brasileiros descende mais diretamente de africanos escravizados trazidos
para o Brasil, ao longo de três séculos de tráfico negreiro. É reconhecido por quase
todos o elevado grau de participação que as culturas, técnicas e instituições sociais
africanas tiveram, e têm, na formação da sociedade brasileira. O módulo de História da
África contribuirá para que os professores-alunos tenham uma maior proximidade às
temáticas sobre a história, sociedade, economia e cultura do continente africano. Nos
últimos anos, as pesquisas sobre a História do Brasil buscaram conhecer cada vez
mais as especificidades da história africana e as articulações com a história brasileira,
sem as quais esta se torna quase incompreensível. Entretanto, os resultados desse
redirecionamento ainda não se fizeram sentir de forma mais consistente nos bancos
escolares.
A segunda justificativa está na urgente necessidade de estabelecer uma
compreensão mais integrada de processos históricos extremamente relevantes da
época contemporânea, como, por exemplo, as conseqüências do processo de
descolonização da África. O novo patamar em que o Brasil pretende se inserir no atual
cenário internacional exige um estudo de novo tipo da África e de si próprio. Exige
igualmente que esse estudo não esteja preso a uma visão eurocêntrica do tipo colonial,
nem a uma ótica ufanista, denominada afrocêntrica, que se seguiu à independência
dos países africanos. Para estudar criticamente e superar esses enfoques, o módulo de
História da África se baseará no estudo de novas correntes historiográficas. Seguindo
essa orientação, o Curso será ministrado numa abordagem multidisciplinar.
105
No primeiro momento, este módulo oferecerá um panorama do quadro no qual a
história da África passa a ser reconhecida como disciplina acadêmica, das
metodologias empregadas, das principais tendências, e da sua importância para o
estudo da realidade brasileira. Em seguida, promoverá o conhecimento das principais
sociedades africanas existentes quando os portugueses chegaram à costa atlântica,
destacando seu desenvolvimento cultural, tecnológico e comercial, mostrando como
que, no final do século XV e século XVI a África não estava atrasada em relação a
Europa.
Abordará, posteriormente, as relações que os europeus mantiveram com os povos
com os quais entraram em contato, considerando-se as relações existentes antes de
sua chegada, as transformações decorrentes da presença de comerciantes europeus,
que introduziram novas mercadorias e provocaram novas demandas.
Este módulo propiciará também o conhecimento das formas de escravidão que
existiam nas sociedades islamizadas, nas sociedades regidas pelas relações de
linhagem, e nos núcleos de produção voltados para o suprimento de matérias-primas já
no final da fase pré-colonial. A seguir, serão analisadas as condições de implantação
do tráfico atlântico de escravos, os sistemas de fornecimento, as rotas, os mecanismos
de negociação, os papéis assumidos pelos africanos, as relações destes com os
mercadores europeus, e os efeitos que teve sobre algumas sociedades africanas.
Outro aspecto a ser discutido será o quadro do processo da
partilha da África entre as nações européias, no contexto de
expansão do capitalismo, e a resistência das populações africanas;
bem como compreender o processo histórico que levou à
liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou
ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e
Estados.
Por fim, será feita uma análise dos problemas africanos de hoje, destacando as
crises, perspectivas e o grande desafio de unir a África.
Portanto, este módulo de História da África propiciará aos professores-alunos do
Ensino Médio um conhecimento crítico da História da África, numa visão panorâmica,
desde antes da chegada dos europeus até a história contemporânea do continente
africano, buscando compreender melhor nossas raízes históricas culturais que vieram
do outro lado do Atlântico bem como procurar valorizar mais as contribuições dos
106
africanos e seus descendentes na formação de nossa sociedade brasileira. Também é
importante ressaltar que a disciplina de História da África não era ministrada no curso
de História (embora fizesse parte da lista de disciplinas optativas da grade curricular do
curso), de forma que, os professores que estão atuando no Ensino Médio não tiveram a
oportunidade de estudar a história da África Negra. Assim terão a oportunidade de
conhecer a história da África e um pouco da cultura afro-brasileira para transmitir aos
seus alunos do Ensino Médio, colocando em prática a Lei 10.639/03, de autoria da
deputada Esther Grossi (PT/RS), promulgada pelo presidente Lula em 09 de fevereiro
de 2003, altera a LDB de 1996, incluindo no currículo oficial dos estabelecimentos de
ensino fundamental e médio, públicos e privados, a obrigatoriedade do ensino da
História e Cultura Afro-brasileira.
Módulo III: História do Oriente Próximo
Entre os focos de tensão internacional atuais, nenhum apresenta um desafio tão
grave à convivência global quanto o fundamentalismo muçulmano. Este desafio é tanto
político quanto intelectual. Num vasto arco que se estende da África ocidental até a
Indonésia, o mundo muçulmano está em ebulição. Nas últimas décadas, guerras,
golpes e revoluções têm se multiplicado. O Oriente Médio, centro histórico e ideológico
do Islã, encruzilhada geoestratégica e maior repositório energético do mundo, é palco
de turbulência cada vez mais graves: basta pensar no conflito Israel-Palestina, na
guerra civil do Líbano, na revolução iraniana, nas repetidas crises envolvendo o Iraque
e no atual episódio de possível desenvolvimento de armas nucleares por parte do Irã.
Tudo isto se interliga com a emergência de tendência islamistas radicais, cujos
programas teocráticos e antiocidentais evocam ecos significativos entre populações
presas numa modernização experimentada como injusta e invasiva. Recentemente
essas turbulências parecem estar se exacerbando mais ainda: há alguns anos, mais e
mais países não-muçulmanos têm se tornado alvo de ataques terroristas
fundamentalistas, provocando contra-reações com gravíssimas conseqüências no
âmbito internacional.
Como entender esse conjunto de problemas? O mundo muçulmano aparece,
superficialmente, como fonte e exportador de problemas e desastres. Contudo, o
107
desafio se aprofunda, quando lembramos que: (a) há um pouco mais de mil anos, a
civilização islâmica estava à frente da ocidental em termos organizacional, econômico e
científico, e estava entre as mais tolerantes já vistas; (b) o atraso atual do mundo
islâmico, para o qual vários estudiosos apontam, se implementou através de uma
expansão econômica, política e cultural do ocidente associada a grande violência e
humilhação daqueles povos, cujos efeitos ainda não se exauriram; (c) o
fundamentalismo muçulmano de hoje é apenas um ápice de uma série de tentativas
desenhadas para fazer frente à supremacia (real ou imaginária) ocidental, reconquistar
a independência e recuperar a posição internacional perdida. Entre as tentativas para
isto citaremos o nacionalismo secular, o comunismo e o modernismo islâmico. Até hoje
o fundamentalismo, por mais que domine o noticiário, mobiliza somente uma minoria
dos muçulmanos; a maioria prefere uma acomodação entre suas tradições e a
modernidade. É a minoria, contudo que lança ao ocidente um desafio urgente que não
pode ser negado. Esta urgência se alia a uma curiosidade mais constante pelo mundo
muçulmano que no decorrer de 14 séculos e através de três continentes, produziu uma
imensa variedade de expressões religiosas, sociais, filosóficas e artísticas de singular
criatividade. Portanto, pretendemos abordar essa problemática no curso de formação
continuada aos professores-alunos do ensino médio, de forma panorâmica, de modo
que o olhar sobre o mundo muçulmano passa abranger tanto suas problemáticas
quanto suas realizações enriquecedoras. O propósito do curso é proporcionar de
maneira introdutória uma perspectiva multidisciplinar que inclui três dimensões
analíticas distintas: a) uma dimensão religiosa-civilizacional: o Islã; b) uma dimensão
político-regional: O Oriente Médio; c) uma dimensão ideológico-social: o
fundamentalismo muçulmano. Também é importante ressaltar que a disciplina de
História do Oriente Próximo não era ministrada no curso de História (embora fizesse
parte da lista de disciplinas optativas da grade curricular do curso), de forma que, os
professores que estão atuando no Ensino Médio não tiveram a oportunidade de estudar
a história do mundo muçulmano. Assim terão a oportunidade de conhecer a história do
Oriente Médio e um pouco da cultura islâmica para de forma qualitativa fazer frente às
demandas e questionamentos dos alunos que compõe e clientela do Ensino Médio.
108
6.3. Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
O curso de formação continuada para professores de História de Ensino Médio
será desenvolvido em três módulos: História do Acre, História da África e História do
Oriente Próximo. Cada módulo terá a carga horária de 60 horas aulas, sendo 50
presenciais e 10 semipresenciais, em caráter concentrado (considerando as despesas
de deslocamento dos professores), durante seis dias (de segunda-feira a sábado), com
uma carga horária diária de 08 horas aulas presenciais e 02 semipresenciais.
Este curso beneficiará 145 professores da rede estadual de ensino público,
distribuídos em dois pólos: o de Rio Branco e o de Cruzeiro do Sul, respeitando a
distribuição feita pela Secretaria Estadual de Educação. No Pólo de Rio Branco
atenderemos 120 professores dos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Manoel
Urbano, Santa Rosa, Plácido de Castro, Capixaba, Acrelândia, Senador Guiomard,
Bujari, Porto Acre, Xapuri, Epitaciolândia, Brasiléia, Assis Brasil, Tarauacá, Jordão e
Feijó; e no Pólo de Cruzeiro do Sul atenderemos 25 professores dos municípios de
Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo.
O curso será dividido em 04 turmas, sendo 03 com professores-alunos do Pólo
de Rio Branco, com 40 alunos cada; e 01 no Pólo de Cruzeiro do Sul com 25 alunos.
Os conteúdos de cada módulo serão desenvolvidos através de metodologias
participativas como: aulas expositivas dialogadas, trabalhos de grupos, preparação e
apresentação de seminários temáticos. Os professores-alunos serão sempre
incentivados a participarem das aulas, perguntando, questionando, expondo as suas
idéias.
Considerando a competência de representação e comunicação dos PCNs3 e da
Proposta Curricular de História do Ensino Médio para o Estado do Acre, serão
utilizadas diversas linguagens para o desenvolvimento dos conteúdos como
documentários, filmes, fotografia, literatura, mapas bem como o uso do power point e
do data-show. Será trabalhado o caráter específico de cada uma dessas linguagens,
contextualizando a sua produção e seus interesses. Desta forma, os professoresalunos
serão incentivados a incorporarem em suas práticas cotidianas em sala de aula
estas novas linguagens que tornam o ensino de História bem mais interessante e
3 Ibid, p. 74.
109
atraente para os alunos, procurando sempre despertar o senso crítico e a participação
ativa dos mesmos na construção de uma sociedade plural e democrática.
Ainda relacionado à competência de representação e comunicação, serão
orientados trabalhos de pesquisa sobre a História do Acre, da África e do Oriente
Próximo, favorecendo a produção de textos analíticos e interpretativos, a partir de
categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico.
Outra competência a ser desenvolvida ao longo do curso será a investigação e
compreensão, objetivando “relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas
formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções
culturais e históricas”.4 Assim, ao longo do curso serão trabalhados os diferentes
modos de conceber o tempo nas sociedades africanas, médio orientais e acreanas,
ajudando os professores-alunos a compreender e respeitar as diversidades culturais
que são construções históricas e a “estabelecer relações entre
continuidade/permanência e ruptura e transformação nos processos históricos”.5
6.4. Proposta de procedimentos avaliativos
A avaliação envolverá todas as atividades desenvolvidas durante as diversas
etapas do curso e compreenderá três dimensões:
. A avaliação da aprendizagem.
. A avaliação do curso.
. A avaliação do desempenho docente.
A avaliação não terá nunca caráter punitivo, mas sim, motivador. Será empregue
de forma ampla, como atitude de responsabilidade das instituições envolvidas, dos
docentes e dos professores-alunos acerca do processo formativo.
A avaliação da aprendizagem é de competência do docente, que tem autonomia
para definir quais as formas adequadas de avaliar seus alunos frente à peculiaridade
da disciplina, os objetivos propostos nos planos de curso e os procedimentos
metodológicos utilizados na ministração das aulas.
4 Ibid.
5 Ibid, p. 75.
110
A avaliação do curso, que inclui a estrutura dos três módulos, o desempenho
docente e a participação das instituições envolvidas.
Os professores-alunos avaliarão o desempenho de seus professores e do curso
como o todo através de um questionário, com ou sem identificação, propondo inclusive
as mudanças necessárias.
Importante destacar que a avaliação é compreendida na sua dimensão
qualitativa, e não punitiva ou mercantilizada, pois neste caso haveria a reprodução e
reforço da cultura tradicional da avaliação autoritária e excludente ou premiadora.
Envolve, também, a conscientização, aceitação e adesão voluntária dos
segmentos que constituem o curso, visando sua melhoria.
Outro aspecto a destacar é a legitimidade que a avaliação deve ter ao ser
sustentada numa metodologia participativa capaz de garantir a construção coletiva dos
instrumentos de avaliação, segundo critérios balizadores do trabalho executado e com
base em informações fidedignas.
Vale também destacar a devolução de resultados da avaliação às partes
interessadas, assim como a privacidade e o sigilo de informações que dizem respeito,
exclusivamente, ao indivíduo.
Rio Branco, 15 de maio de 2006.
111
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Geografia
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Geografia, campus sede, Rio Branco-AC
Coordenador do Projeto: Prof. M. Sc. José Alves Costa
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2622
112
1. Breve histórico da atuação do Departamento de Geografia da UFAC em cursos
de formação de professores
O Departamento de Geografia da Universidade Federal do Acre, iniciou
sua experiência em Curso de Formação Continuada de Professores no ano de 1987,
quando da implantação do projeto: “ESTUDO DAS PROPOSTAS CURRICULARES A
NÍVEL DE 1º E 2º GRAUS NA ÁREA DE GEOGRAFIA” em uma ação conjunta com as
secretarias de Educação Estadual e Municipal, com vistas a elaborar uma proposta
curricular a ser implantada em todo o Estado do Acre.
O referido projeto foi desenvolvido no período de 1987 a 1992 através de
ações que envolveram encontros pedagógicos com professores que ministravam a
disciplina de Geografia para planejamento, assessoramento teórico-metodológico,
cursos, seminários , palestras, bem como a elaboração de um livro temático sobre a
Geografia do Acre.
Dentre os vários cursos ministrados merecem destaques:
1. Construtivismo e sua aplicabilidade na Geografia
2. A questão da Avaliação no Ensino
3. A Questão da Avaliação no Ensino da Geografia
4. Perspectivas de Educação Ambiental Aplicada ao Estado do Acre
5. As mudanças no Leste Europeu
6. Os Aspectos teóricos da Geografia
7. Geografia Econômica
8. Geografia Política
9. Geografia do Acre
No período de 1993 à 1998, o Departamento de Geografia, em uma ação
continuada e tomando por base as diretrizes gerais, propostas pela SESU/FNDE, de
integração das Instituições de Ensino Superior com Ensino Básico, concebeu o
Programa “MELHORIA DA QUALIDADE DA AÇÃO EDUCATIVA, PARA O PERÍODO
DE 1993/1998”, participando ativamente com o Projeto “AÇÕES INTEGRADAS PARA
O APRIMORAMENTO DO ENSINO DA GEOGRAFIA”, adotando um procedimento
que consistiu nos seguintes passos:
1. diagnóstico da situação do Ensino básico em todo o Estado;
113
2. Indicação de um conjunto de ações a serem implementadas,
obedecendo a escala de prioridades.
O Programa Melhoria da Qualidade da ação Educativa, abrangeu 10 (dez)
municípios do Vale do Acre e 03 (três) municípios do Vale do Juruá, tendo como
clientela alvo todos os profissionais que atuam direta e indiretamente no Processo
Ensino-Aprendizagem. Para tanto foi executado:
􀀹 Capacitação de professores através de cursos, seminários e participação
em eventos dentro e fora do Estado em conteúdos específicos da área ou
áreas afins, com planejamento curricular do Ensino Básico;
􀀹 Assessoramento permanente através das equipes que compõem os
núcleos (SEC, SEMECs, UFAC) atendendo às demandas dos sistemas
estadual e municipais de ensino, sobretudo no tocante a conteúdos e
metodologias de trabalho;
􀀹 Produção e Aquisição de recursos didáticos (elaboração de cartilhas,
documentários, jogos didáticos e outros recursos pedagógicos).
2) CARACTERIZAÇÃO DOS CURSOS A SEREM OFERECIDOS.
CURSO I: Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino de Geografia.
A necessidade crescente pela apropriação do conhecimento deve ser
encarada como uma meta a ser atingida em qualquer campo profissional. Essa
carência é o reflexo de um processo de transformação mundial, calcada na
necessidade das organizações publicas e privadas, para fazerem frente a concorrência
no mercado e na nova divisão internacional do trabalho, inserindo o conhecimento
técnico-científico como uma demanda crescente.
Em qualquer nível do Magistério a prioridade é a busca e a produção do
conhecimento, seguida da qualificação de docentes, em caráter permanente, para as
atividades do magistério .
Neste sentido, o curso ora apresentado vislumbra um encontro necessário
entre a teoria e a pratica, enfocando-se diversos elementos, advindos da reforma
educacional, ocorrida nos anos 90, que até bem pouco tempo não faziam parte do
cotidiano da escola e das atividades docentes.
114
O curso está estruturado em 03(três) unidades, que versam sobre as
transformações, políticas, econômicas e sociais, que culminaram com as reformas
internas, inclusive no campo educacional, analisando-se dois instrumentos básicos – a
nova LDB e os PCN’s, que procuraram ajustar o campo da educação a nova realidade.
Este curso vem preencher uma lacuna dos cursos de formação de
professores, do Estado Acre, que ate então não tinham reformulado suas grades
curriculares.
A) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
O curso será oferecido com uma carga horária de 120 (cento e vinte)
horas /aulas, sendo 60 horas teóricas e 60 horas práticas, distribuídas em 03 (três)
unidades, a saber:
a) Unidade I – 20 h/a;
b) Unidade II – 20 h/a;
c) Unidade III – 80 h/a.
B) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
C) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO EM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO NA GRADUAÇÃO E NA PÓSGRADUAÇÃO.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelos seguintes professores, conforme quadroresumo
abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
115
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
E)DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
EMENTA: Antecedentes da Reforma Educacional. A Reforma Educacional e suas
Conseqüências. Parâmetros Curriculares Nacionais em Geografia e os
Temas Transversais.
OBJETIVO GERAL:
Compreender a relação entre os elementos que contribuiram para a
(re)organização do espaço mundial, da Educação e do Ensino de Geografia, nos
anos 80 e 90 e que papel deve desempenhar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
8Identificar os elementos que contribuíram para a (re)organização do espaço
Mundial;
8Compreender qual é o papel da educação no mundo pos-moderno;
8Identificar e compreender a legislação Educacional produzida na década de 90,
objetivando adequar o campo educacional à nova realidade sócio-econômica;
8Analisar os Parâmetros Curriculares Nacionais, particularmente da área de
Geografia;
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES.
Unidade I – Contextualização histórica dos principais elementos que
contribuíram para a (re)organização do espaço mundial:
1.1 – As transformações políticas, sociais e econômicas ocorridas na Europa
e o surgimento de novas potências mundiais (relações multipolares);
1.2 – O avanço dos ideais neoliberais pela Europa, América do Norte e
países subdesenvolvidos;
1.3 – Os avanços técnológicos e sua introdução da base dos processos
produtivos;
116
1.4 – As mudanças nas relações de trabalho e a exigência de novas
habilidades do trabalhador;
Unidade II – A Reforma Educacional e seus reflexos no Ensino:
2.1 – A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o ajuste do campo
educacional à nova realidade sócio-econômica nacional e
internacional;
2.3 – Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´s, enquanto Projeto
Pedagógico Nacional;
Unidade III – PCN´s – Parâmetros Curriculares Nacionais:
3.1 – Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais
3.1.1 – Educação e cidadania – uma questão mundial e nacional;
3.1.2 – A realidade educacional brasileira;
3.1.3 – A importância de um referencial curricular nacional;
3.1.4 – A contribuição de diferentes áreas do conhecimento;
3.2 – Os Temas Transversais enquanto questões sociais urgentes:
3.2.1 – Ética;
3.2.2 – Saúde;
3.2.3 – Orientação Sexual;
3.2.4 – Meio Ambiente;
3.2.5 – Trabalho e Consumo;
3.2.6 – Pluralidade Cultural;
3.3 – PCN´s de Geografia
3.3.1 – Caracterização da área de Geografia;
3.3.2 – Critérios de seleção e organização dos conteúdos de
Geografia;
3.3.3 – Objetivos;
3.3.4 – Conteúdos;
3.3.5 – Critérios de Avaliação;
3.3.6 – Orientações metodológicas e didáticas.
117
METODOLOGIA PROPOSTA.
A carga horária do curso consistirá em aulas teóricas e práticas. As aulas
teóricas serão ministradas através de aulas expositivas, constando de análise e
discussão de textos, estudos dirigidos e seminários, com atividades individual e em
grupo. As aulas práticas serão desenvolvidas através da produção de textos referentes
às diversas unidades do conteúdo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS.
A avaliação consistirá em duas etapas bem distintas, a saber:
a) Durante a etapa presencial, será considerada o envolvimento do
professor-aluno em todas as atividades, tanto teóricas quanto práticas;
b) Após a finalização do curso, que entendemos como a etapa não
presencial, o acompanhamento das atividades que serão
desenvolvidas pelos professores-alunos será feito através da internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o
Curso será ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da
Secretaria de Estado de Educação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA.
BRABANT, J. M. Crise da Geografia, Crise da Escola. In: Geosul nº 2 Ano I.
Florianópolis, UFSC, 1966.
BRAGA, R. B. Cidadania, Escola e Educação Ambiental: elementos para uma
reflexão. Belo Horizonte: Faculdade de Educação/UFMG, 1986.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
118
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação
dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
COSTA, J. A. O Papel da Educação na Sociedade Global:
Qualidade total ou qualidade social? Os (des)caminhos da
educação brasileira. Rio Branco: UFAC/UFRJ, 1997.
GENTILE, P. & SILVA, (Org.). Neoliberalismo, qualidade total e educação.
Petrópolis: Vozes, 1994
FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 1996.
IANNI, O. A Sociedade Global. Rio de Janeiro: Civilização
Brasiliense, 1993.
OLIVEIRA, A. U. de. Educação e Ensino de Geografia na Realidade Brasileira. In:
Jornal Desalambar nº 6, maio. Brasília: AGB, 1987.
PAGANELLI, T. I. Para a Construção do Espaço Geográfico na Criança. São Paulo:
FGV/IESAE, 1982.
SANTOS, O. J. dos. A Questão da Produção e da Distribuição do Conhecimento.
Educ. Rev (2): 4-7, dez. Belo Horizonte, 1985 (Série Estudos e Pesquisas).
SANTOS, D. Estado Nacional e Capital Monopolista: reflexões para crítica da
Geografia em que se ensina. In: Terra Livre. São Paulo: AGB, 1985.
SEABRA, M. F. G. Geografia(s)? In: Orientações (5). São Paulo: IGEO/USP, 1984.
VESENTINI, J. W. O Método e a Práxis – notas polêmicas sobre geografia tradicional e
a geografia crítica. In: Orientação. São Paulo: IGEO-USP, 1985.
119
VESENTINI, J. W. A Questão do Livro Didático no Ensino da Geografia. In: Geografia
e Ensino: Textos Críticos. Campinas: Papirus, 1989.
VIOLA, E. J. & LEIS, H. R. Desordem Global da Biosfera e Nova Ordem Internacional:
O Papel Organizador do Ecologismo. In: Ecologia, Política e Sociedade. Campinas:
Papirus, 1986.
CURSOII: Planejamento e Avaliação Educacional.
A necessidade crescente pela apropriação do conhecimento deve ser
encarada como uma meta a ser atingida em qualquer campo profissional. Essa
carência é o reflexo de um processo de transformação mundial, calcada na
necessidade das organizações publicas e privadas, para fazerem frente a concorrência
no mercado e na nova divisão internacional do trabalho, inserindo o conhecimento
técnico-científico como uma demanda crescente.
Em qualquer nível do Magistério a prioridade é a busca e a produção do
conhecimento, seguida da qualificação de docentes, em caráter permanente, para as
atividades do magistério .
Neste sentido, o curso ora apresentado vislumbra um encontro necessário
entre a teoria e a pratica, enfocando-se diversos elementos, advindos da reforma
educacional, ocorrida nos anos 90, que até bem pouco tempo não faziam parte do
cotidiano da escola e das atividades docentes.
O curso está estruturado em 03(três) unidades, que versam sobre as
diversas escalas do Planejamento e Avaliação educacional.
Este curso vem preencher uma lacuna dos cursos de formação de
professores, do Estado Acre, que ate então não tinham reformulado suas grades
curriculares, especialmente a unidade I, que trata da elaboração do Projeto Político
Pedagógica da Escola.
Desta forma, este curso interessa diretamente a Professores Regentes,
Coordenadores e Gestores.
120
D) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORARIA.
O curso será oferecido com uma carga horária de 120 (cento e vinte)
horas /aulas, sendo 60 horas teóricas e 60 horas prática, distribuídas em 03 (três)
unidades, a saber:
d) Unidade I – 90 h/a;
e) Unidade II – 15 h/a;
f) Unidade III – 15 h/a.
E) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
F) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO COM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO EM PARTICIPAÇÃO EM CURSOS.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelo professor, conforme quadro abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
G) DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
EMENTA: Escalas do Planejamento Educacional ao nível da escola. Elementos que
compõem cada nível do Planejamento Educacional.
121
CURSOII: Planejamento e Avaliação Educacional.
OBJETIVO GERAL:
8Identificar e organizar os elementos que compõem os diferentes estágios do
Planejamento Educacional
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
8Estruturar e desenvolver um Projeto Político Pedagógico;
8Organizar e desenvolver um Plano de Ensino;
8Organizar e desenvolver um Plano de Aula;
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES.
UNIDADE I: O Macro Planejamento do Nível da Escola
1.1 – O Projeto Educativo da Escola:
1.1.2 – Pontos comuns de trabalho da comunidade escolar;
1.1.3 – As bases de um Planejamento Educacional ao Nível da Escola.
1.2 – O Projeto Político Pedagógico
1.2.1 – Justificativa
1.2.2 – Problemática
1.2.2.1 – Diagnóstico da realidade sócio-econômica da comunidade
1.2.2.2 – Educação e cidadania - uma questão mundial e nacional
1.2.2.3 – Indicadores educacionais
1.2.2.4 – O ensino básico como prioridade
1.2.3 – Os Temas Transversais
1.2.3.1 – Introdução
1.2.3.2 – Justificativa
1.2.3.3 – Critérios adotados para introdução dos Temas Transversais
1.2.3.4 – Transversalidade x interdisciplinaridade
1.2.3.5 – Objetivos dos Temas Transversais
1.2.3.6 – Especificidade dos Temas Transversais
1.2.4 – Conteúdo por área especifica do conhecimento:
1.2.4.1 – Caracterização da área do conhecimento
1.2.4.2 – Objetivos da área do conhecimento para o nível de ensino
1.2.4.3 – Critérios de seleção e organização dos conteúdos
1.2.4.4 – Relação da área do conhecimento com os temas transversais
122
1.2.4.5 – Objetivos, conteúdos e critérios de avaliação por série
1.2.5 – Orientações metodológicas.
UNIDADE II: O Meso Planejamento ao Nível da Escola
2.1 – O Plano de Ensino Anual
2.1.1 – Objetivos
2.1.2 – Competências
2.1.3 – Habilidades
2.1.4 – Conteúdos
2.1.5 – Orientação Metodológica
2.1.6 – Os Recursos Didáticos
2.1.7 – Critérios de Avaliação
UNIDADE III: O Micro Planejamento
3.1 – O Plano de Aula
3.1.1 – Objetivos Específicos
3.1.2 – Conteúdos
3.1.3 – Competências dos Conteúdos
3.1.4– Habilidades dos Conteúdos
3.1.5 – Metodologia Utilizada
3.1.6 – Recursos Didáticos
3.1.7 – Avaliação
METODOLOGIA PROPOSTA.
A carga horária do curso consistirá em aulas teóricas e práticas. As aulas
teóricas serão ministradas através de aulas expositivas, constando de análise e
discussão de textos, estudos dirigidos e seminários, com atividades individual e em
grupo. As aulas práticas serão desenvolvidas através da produção de textos referentes
às diversas unidades do conteúdo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS.
A avaliação consistirá em duas etapas bem distintas, a saber:
c) Durante a etapa presencial, será considerada o envolvimento do
professor-aluno em todas as atividades, tanto teóricas quanto práticas;
d) Após a finalização do curso, que entendemos como a etapa não
presencial, o acompanhamento das atividades que serão
desenvolvidas pelos professores-alunos será feito através da internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o
123
Curso será ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da
Secretaria de Estado de Educação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA.
ALMEIDA, F. J. de & FONSECA, J. F. M. Projetos e Ambiente Inovadores – Brasília:
MEC/SEA, 2000.
BRABANT, J. M. Crise da Geografia, Crise da Escola. In: Geosul nº 2 Ano I.
Florianópolis, UFSC, 1966.
BRAGA, R. B. Cidadania, Escola e Educação Ambiental: elementos para uma
reflexão. Belo Horizonte: Faculdade de Educação/UFMG, 1986.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação
dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
LUCKESI, C. C. Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo. In: XVI
Seminário Brasileiro de Tecnologia Educacional. Porto Alegre: UFRGS, 1984.
(Mimeo).
OLIVEIRA, A. U. de. Educação e Ensino de Geografia na Realidade Brasileira. In:
Jornal Desalambar nº 6, maio. Brasília: AGB, 1987.
124
PAGANELLI, T. I. Para a Construção do Espaço Geográfico na Criança. São Paulo:
FGV/IESAE, 1982.
REYS, O. A. Planejamento de Ensino: Um Ato Político-Pedagógico. Santa Maria:
UFSM, 1985 (mimeo.).
SANTOS, O. J. dos. A Questão da Produção e da Distribuição do Conhecimento.
Educ. Rev (2): 4-7, dez. Belo Horizonte, 1985 (Série Estudos e Pesquisas).
SEABRA, M. F. G. Geografia(s) In: Orientações (5). São Paulo: IGEO/USP, 1984.
CURSOIII:
A necessidade crescente pela apropriação do conhecimento deve ser
encarada como uma meta a ser atingida em qualquer campo profissional. Essa
carência é reflexo de um processo de transformação mundial, calcada na nova divisão
internacional do trabalho, inserindo o conhecimento técnico-científico como uma
demanda crescente.
Em qualquer nível do Magistério a prioridade é a busca e a produção do
conhecimento, seguida da qualificação de docentes, em caráter permanente, para as
atividades de ensino.
Neste sentido, o curso ora apresentado vislumbra um encontro necessário
entre as relações homem x natureza focalizando os processos morfogenéticos, os
condicionantes climáticos, os circuitos hidrológicos e as configurações biogeográficas
das paisagens, refletidos nas expressões sócio-econômicas da atualidade, presentes,
principalmente, na relação campo-cidade no Brasil.
Para tal, o curso está dividido em 03 (três) módulos que versam sobre o
espaço natural, agrário e urbano-industrial brasileiro, proporcionando ao docente uma
visão globalizante, inter e multidisciplinar dos diversos condicionantes de organização e
(re) produção do território e, de forma dedutiva, aliado às especificidades regionais da
Amazônia, despertando o censo crítico dos docentes para a construção de um modelo
de desenvolvimento baseado na sustentabilidade sócio-ambiental.
125
H) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
O curso será oferecido em 180 (cento e oitenta) horas/aula, distribuídas
em 03 (três) módulos de 60 (sessenta) horas/aula cada, a saber:
a) A Organização do Espaço Natural brasileiro: 60 h/a
b) Produção do Espaço Urbano-Industrial Brasileiro: 60h/a
c) A produção do espaço agrário brasileiro: questão agrária, questão agrícola e as
novas territorialidades: 60h/a
I) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
J) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO EM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO NA GRADUAÇÃO E NA PÓSGRADUAÇÃO.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelos seguintes professores, conforme quadroresumo
abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
126
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
José Alves
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Karina Furini da Ponte
Me
str
e
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Maria do Socorro Oliveira Maia Mestre • Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Silvio Simione da Silva
Doutor
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Mestrado em
Desenvolvimento Regional.
• Sub-Coordenador do Curso de Mestrado
em Desenvolvimento Regional.
• Orientador em Dissertações no Curso de
Mestrado em Desenvolvimento Regional.
• Co-orientador de mestrandos no
Programa de Mestrado FCT/UNESP
Waldemir Lima dos Santos
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Educação, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável.
K) DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
CURSO III: PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
EMENTA: Aspectos e dinâmica do espaço natural brasileiro. O meio físico e a (re)
produção do espaço geográfico. As grandes paisagens naturais brasileiras e a
caracterização fitoecológica regional e local. Ecossistemas naturais e impactos de
127
atividades humanas sobre aspectos do ambiente. Espaço urbano e indústria.
Tendências atuais da industrialização brasileira. A questão agrária no Brasil. As
transformações territoriais recentes no campo.
MÓDULO 1: A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO NATURAL BRASILEIRO
OBJETIVOS DO MÓDULO 1.
• Identificar as principais características que configuram o território
brasileiro;
• Compreender a formação, distribuição e classificação dos climas e sua
importância na produção do espaço;
• Identificar a importância dos sistemas hídricos na configuração da
paisagem e sua utilização pelo homem;
• Analisar os diversos Biomas brasileiros e sua importância no contexto da
(re) produção do espaço nacional e regional;
• Avaliar os principais impactos ambientais causados pela ação humana
sobre os ecossistemas naturais.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 1.
Unidade I
􀂾 Caracterização geral do espaço brasileiro
• O espaço brasileiro no contexto mundial e regional
• Aspectos gerais:
a) Localização geográfica e astronômica
b) Formação econômica e territorial brasileira
c) A dimensão do território brasileiro: (des)igualdades regionais.
Unidade II
􀂾 Organização do Espaço Climático
• A dinâmica da atmosfera sobre a América do Sul e seus reflexos no território
brasileiro
• A interação entre os elementos e os fatores climáticos na produção do espaço
• Os tipos climáticos brasileiros
128
􀂾 Aspectos Hidro-geomorfológicos
• Os fatores de transformação: endógenos e exógenos
• As províncias geológicas brasileiras
• Unidades morfo-estruturais do relevo brasileiro
􀂾 As Bacias Hidrográficas brasileiras
• Aspectos conceituais e legais
• Composição e classificação das Bacias Hidrográficas
• Manejo de Bacias Hidrográficas: Uso e Sustentabilidade
Unidade IV
􀂾 Os Biomas brasileiros
• Os principais Domínios e fatores de distribuição;
• Os principais Ecossistemas Amazônicos;
• A Fitoecologia Regional e Local
Unidade V
􀂾 Homem e sua relação com a Natureza
• A influência das atividades econômicas nas paisagens naturais
• Os impactos ambientais no meio biótico e abiótico:
a) Flora e Fauna
b) Relevo
c) Solos
d) Atmosfera
e) Água
• A produção do espaço e as mudanças climáticas globais, regionais e locais.
METODOLOGIA PROPOSTA PARA O CURSO.
129
A carga horária do curso consistirá em aulas teóricas
e práticas. As aulas teóricas serão ministradas através de aulas
expositivas, constando de análise e discussão de textos, estudos
dirigidos e seminários, com atividades individual e em grupo. As
aulas práticas serão desenvolvidas através da produção de textos
referentes às diversas unidades do conteúdo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS DO CURSO.
A avaliação consistirá em duas etapas bem distintas, a saber:
e) Durante a etapa presencial, será considerada o envolvimento do
professor-aluno em todas as atividades, tanto teóricas quanto práticas;
f) Após a finalização do curso, que entendemos como a etapa não
presencial, o acompanhamento das atividades que serão
desenvolvidas pelos professores-alunos será feito através da internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o
Curso será ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da
Secretaria de Estado de Educação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 1
AYOADE, J.O. Introdução à Climatologia para os Trópicos. São Paulo, Difel,
CHARBONNEAU, J.P. et al. Enciclopédia de Ecologia. SP, EDUSA, 1979.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia Fluvial. São Paulo: Edgard Blücher, 1981.
DREW, D. Processos interativos homem-meio ambiente. (Trad. José Alves dos
Santos), SP, Difel, 1986.
GOODY, R.M & WALTER, J.C.G. Atmosfera planetária. São Paulo, Editora Edgard
Blucher Ltda, 1975.
GUERRA, A. J. T. ; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e
conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
130
KEPPEN, W. Climatologia: com um estudo de los clima de la terra. México,
fundo de cultura econômico, 1984.
LOMBARDO, M.A. Ilha de calor nas metrópoles. o exemplo de São Paulo. Hucitec,
1985.
MONTEIRO, C.A. de F. Da necessidade de em caráter genético à classificação
climática. Revista Geográfica, RJ, Temo XXXI, nº 257, p.29-44, Julho/dez/ 1962
ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
OMETTO, J. C. Bioclimatologia Vegetal. São Paulo. Agronômica Seres,1981.
RIZZINI, Carlos Toledo. Tratado de Fitogeografia do Brasil. São Paulo: Editora
Hucitec, 1976.
ROSS, J. L. S. (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, l996.
SALATE, E. et. al. Amazônia. Desenvolvimento integrado e ecologia. São Paulo,
Brasiliense, 1983.
TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: Supren/IBGE, 1977.
TROPPMAIR, H. Biogeografia e Meio Ambiente. 7 ed. Rio Claro: Divisa, 2006.
VESENTINI, J. W. Geografia, Natureza e Sociedade. 1 ed. São Paulo: Editora
Contexto, 1989.
MÓDULO II: PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO-INDUSTRIAL BRASILEIRO
OBJETIVOS.
􀂾 Permitir ao aluno o conhecimento e apreensão dos processos de urbanização e
industrialização brasileira, entendendo-os numa perspectiva desigual no
tempo/espaço;
􀂾 Compreender a relação espaço urbano e indústria como processos inseridos no
modo de produção capitalista;
􀂾 Entender as transformações atuais do modo de produção capitalista,
demonstrando como os imperativos da acumulação flexível interferem na
organização, localização e produção do espaço industrial brasileiro.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 2 .
131
Unidade I
􀂾 O Processo de Urbanização no Brasil.
• A urbanização brasileira a partir de uma perspectiva histórica;
• O desenvolvimento desigual da urbanização;
• A produção do espaço urbano e sua estruturação;
• A indústria como agente modelador do espaço urbano.
• Tendências da urbanização brasileira.
Unidade II
􀂾 O Espaço e a Indústria
• A indústria na história;
• A indústria no capitalismo;
• A indústria e o urbano.

Unidade III
􀂾 A Caracterização do Processo Industrial.
• Tipos de indústria e sua classificação;
• Fatores de localização industrial.
Unidade IV
􀂾 Processo de Industrialização no Brasil.
• A gênese da industrialização;
• A divisão territorial do trabalho;
• As dinâmicas da indústria.
Unidade V
􀂾 As tendências Atuais da Industrialização Brasileira.
• A produção fordista e flexibilização;
132
• Os pólos tecnológicos;
• O processo de concentração/desconcentração;
• Políticas industriais e planejamento espacial: Estado, indústria e meio ambiente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 2.
BODDY, M. Reestruturação industrial, pós-fordismo e novos espaços industriais: uma
crítica. IN:VALLADARES, L. (org.). Reestruturação urbana- Tendências e desafios.
São Paulo: Nobel, 1990. p.44-58.
CARLOS, A. F. Espaço e industria. São Paulo: Contexto, 1988.
________. Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil:1930-1970.
São Paulo:UNICAMP/Global, 1985.
CORREA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1988.
DAVIDOVITCH, F. Urbanização brasileira: tendências, problemas e desafios.
Espaço e Debates, ano 4, n. 13, 1984.
SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
SCARLATO, F. C. O espaço industrial brasileiro. IN: ROSS, Jurandir (org.) Geografia
do Brasil. 2 ed. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 1998. p.327-380.
MÓDULO III - A PRODUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO BRASILEIRO: QUESTÃO
AGRÁRIA, QUESTÃO AGRÍCOLA E AS NOVAS
TERRITORIALIDADES.
OBJETIVOS.
􀂾 Possibilitar ao professor-aluno compreender a produção e organização do espaço
agrário brasileiro;
􀂾 Apresentar e discutir com o professor-aluno a questão agrária numa perspectiva
histórica, destacando a agricultura sob o modo capitalista de produção;
133
􀂾 Propiciar ao professor-aluno elementos para analisar a realidade agrária local,
regional e nacional, demonstrando as novas territorialidades como o papel dos
movimentos sociais, do agronegócio e da produção familiar.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 3 .
Unidade I
􀂾 Geografia agrária e questão agrária: elementos teóricos para análise.
• As questões teóricas sobre a geografia agrária.
• A questão agrária na transição do feudalismo ao capitalismo.
• A agricultura sob o modo capitalista de produção: relações de produção, renda da
terra, expropriação e concentração da terra.
Unidade II
􀂾 A questão agrária brasileiro: uma leitura do passado para entender o
presente.
• A grande lavoura e o regime escravocrata.
• O acesso a terra e a produção familiar: a formação da pequena propriedade e o
papel do imigrante.
• A mercantilização da terra: a Lei de Terras de 1850.
• A modernização da agricultura: um processo desigual, conservador e excludente.
Unidade III
􀂾 Os movimentos sociais e a luta pela terra no Brasil.
• Os movimentos sociais e a luta pela terra.
• A situação atual dos movimentos sociais no campo.
Unidade IV
􀂾 As transformações territoriais recentes no campo brasileiro.
• O processo de “urbanização do campo” e a questão campo-cidade.
• Caracterização, relevância e as perspectivas do agronegócio.
• Questões metodológicas sobre a produção familiar.
• A produção familiar e agricultura sustentável.
134
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 3.
ALVES, J. A dinâmica agrária do município de Ortigueira (Pr) e a reprodução
social dos produtores familiares: uma análise das comunidades rurais de
Pinhalzinho e Vila Rica. Presidente Prudente (SP), 2004. Dissertação (Mestrado em
Geografia) Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista.
ANDRADE, M. C. Geografia rural: questões teórico-metodológicas e técnicas. In: ____.
Globalização e Geografia. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 1996.
SILVA, J. G. Tecnologia e agricultura familiar. Porto Alegre: Ed. Universidade /
UFRGS, 1999.
_____. O que é questão agrária. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.
JAHNEL, T. C. As leis de terra no Brasil. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo,
AGB, n. 65, p. 105-115.
MARTINS, J. de S. Os camponeses e a política no Brasil. In: ____. Os camponeses
e a política no Brasil. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
OLIVEIRA, A. U. de. As transformações no campo e o agronegócio no Brasil. Terra
Livre, AGB, São Paulo, ano 19, n. 21, v. 2, p. 113-156. Jul./dez. 2003.
______. A geografia das lutas no campo. 9. ed. rev. e ampl. São Paulo: Contexto,
1999.
______. Modo capitalista de produção e agricultura. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995.
STÉDILE, J. P. (Org.). A questão agrária hoje. 3. ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002.
SZMRECSÁNYI, T. Pequena história da agricultura no Brasil. 4. ed. São Paulo:
Contexto, 1998.
135
CURSO IV: A produção do espaço a partir do enfoque regional: do Global ao
Local.
A proposta da temática deste curso, “A Produção do Espaço a partir do
Enfoque Regional: do global ao local”, visa possibilitar aos professores-alunos um
embasamento teórico-metodológico para analisar de forma crítica a sociedade
brasileira no contexto da globalização, de modo a compreender as particularidades
regionais de produção do território nacional e suas diferentes interações e inserções
em outras escalas geográficas.
Com base em uma capacitação teórico-metodológica de leitura crítica da
realidade vivida pelo professor-aluno, o mesmo será agente mediador de novos olhares
ao exercer sua atividade docente com seus educandos, buscando uma proposta de
ensino-aprendizagem que possibilite uma construção do conhecimento, permitindo,
assim, entender sua realidade a partir de suas articulações nos níveis local, nacional,
regional e internacional.
A possibilidade de um aprofundamento do tema em questão permitirá,
tanto ao professor-aluno, quanto a seus educandos, ler o espaço geográfico enquanto
construção de vários atores sociais em diferentes escalas, permitindo assim, se verem
como sujeitos sociais que também produzem e organizam este espaço.
Diante do exposto, estas reflexões teóricas permitirão um (re)pensar de
sua prática em sala de aula, de modo a construir conhecimentos que façam sentido aos
seus educandos para apreender a realidade vivida. Na construção desta busca deve
perpassar não só a reflexão teórica, mas também as práticas didáticas, as habilidades
e as competências desenvolvidas tanto no espaço da sala de aula, como no seu
cotidiano.
L) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
O referido curso contará com uma carga horária total
de 180 horas. Para tanto, o mesmo será desenvolvido em três
módulos, contendo cada um 60 horas/aulas.
Cada módulo será estruturado visando contemplar 40
horas de discussões teóricas acompanhadas de debates, e de 20
horas dedicadas às atividades práticas. Assim, da carga horária
136
total, 120 horas serão de aulas teóricas e 60 de atividades práticas,
podendo ser realizadas tanto em sala como extraclasse.
M) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
N) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO EM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO NA GRADUAÇÃO E NA PÓSGRADUAÇÃO.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelos seguintes professores, conforme
quadro-resumo abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
José Alves
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Karina Furini da Ponte
Me
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia
137
str
e
Metodologia do Ensino da Geografia.
Maria do Socorro Oliveira Maia Mestre • Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Silvio Simione da Silva
Doutor
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Mestrado em
Desenvolvimento Regional.
• Sub-Coordenador do Curso de Mestrado
em Desenvolvimento Regional.
• Orientador em Dissertações no Curso de
Mestrado em Desenvolvimento Regional.
• Co-orientador de mestrandos no
Programa de Mestrado FCT/UNESP
Waldemir Lima dos Santos
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Educação, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável.
O) DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
CURSO IV: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO A PARTIR DO ENFOQUE REGIONAL: DO
GLOBAL AO LOCAL.
OBJETIVOS DO CURSO .
􀂾 Possibilitar ao aluno condições de analisar criticamente as teorias de região e
regionalização vinculadas ao processo histórico do pensamento científico e
geográfico;
􀂾 Propiciar elementos para compreender a regionalização do espaço mundial no
contexto da globalização;
􀂾 Analisar as regionalizações brasileiras, compreendendo-as à luz das teorias da
região e regionalização que contribuíram nos respectivos momentos históricos para
as suas formulações, bem como contextualizá-las diante das realidades
socioeconômica e política da sociedade brasileira;
138
􀂾 Compreender a produção do espaço brasileiro a partir das regiões
geoeconômicas: Centro-sul e Nordeste, buscando identificar os elementos que
compõem o ordenamento e desenvolvimento territorial em ambas regiões;
􀂾 Analisar as possíveis regionalizações da Amazônia no processo de sua
formação, assim como os impactos na produção do espaço – ontem e hoje –
perante as questões do desenvolvimento regional.
􀂾 Situar o Acre no contexto das regionalizações internacional, nacional e interna
ao seu próprio território e a implicação disto na definição de questões do
desenvolvimento estadual.
MÓDULO 1: TEORIA DA REGIÃO, REGIONALIZAÇÃO E PRODUÇÃO DO ESPAÇO
MUNDIAL.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 1.
Unidade I
􀂾 Teoria da Região, Regionalização e Produção do Espaço Mundial
• A região como categoria de análise da Geografia.
• Teorias da região no contexto histórico do conhecimento geográfico.
Unidade II
􀂾 O atual debate sobre a análise regional.
• Território e territorialidade.
• Regionalismo e identidade cultural.
• A questão do desenvolvimento regional.
Unidade III
􀂾 A regionalização na ordem da geopolítica do espaço mundial.
• Mundialização da economia.
• Blocos internacionais de poder.
• A questão regional – o Brasil no contexto latino-americano.
139
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 1
BEZZI, Meri Lourdes. Região: Uma (re)visão historiográfica – da gênse aos novos
paradigmas. Santa Maria: UFSM, 2004.
COGGIOLA, Osvaldo (Org.). Globalização e socialismo. São Paulo: Xamã, 1997.
CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. 7. ed. São Paulo: Ática, 2003.
HAESBAERT, R. Blocos internacionais de poder. 7. ed. São Paulo:
IANNI, O. A dialética da globalização. In: ___. Teorias da globalização. 11. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
LENCIONI, S. Região e Geografia. São Paulo: Edusp, 2003.
OLIVEIRA, A. U. de. A inserção do Brasil no capitalismo monopolista mundial. In:
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. 2. ed. São Paulo: Editor da Universidade de
São Paulo, 1998. p. 289 – 321.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
_______. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2002.
SMITH, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção de espaço. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
MÓDULO 2: AS REGIONALIZAÇÕES E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO:
CENTRO-SUL E NORDESTE.
Unidade I
􀂾 Propostas de Regionalizações do Território Brasileiro.
• Proposta de Delgado de Carvalho-1913.
• Divisão adotada pelo IBGE- 1938.
• Divisão do Conselho Técnico de Economia e Finanças-1939.
140
• Divisão regional oficial-1941 e 1945.
• Divisão regional –1960, 1968 e 1988.
Unidade II
􀂾 A Produção do Espaço da Região Centro-Sul.
• 2.1) O processo de industrialização e urbanização. O caso de São Paulo;
• 2.2) A modernização da agricultura: soja, pecuária e cana-de-açúcar.
Unidade III
􀂾 A Produção do Espaço da Região Nordeste.
• 3.1) As diferentes regiões nordestinas;
• 3.2) A seca como elemento de organização do espaço;
• 3.3) O novo papel do Nordeste na produção nacional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 2
ANDRADE, M. C. A terra e o homem no Nordeste. São Paulo: Cortez, 2005.
________. Geografia Econômica do Nordeste. O espaço e a economia nordestina.
São Paulo: Atlas, 2003.
BEZZI, M. L. Região: Uma (re)visão historiográfica – da gênese aos novos paradigmas.
Santa Maria: UFSM, 2004.
FAISSOL, S.; GALVÂO, M. V. A divisão regional da década de 1940: suas
características e fundamentos. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, V.31,
n.4, p.181-218, out/dez. 1969.
GEIGER, P. P. Organização regional do Brasil. Revista Geográfica, Rio de Janeiro, v.
61, n.33, p.25-53, julh/dez. 1964.
MORAES, P. R. Sudeste. O centro econômico. São Paulo: Cortez, 1999.
MÓDULO 3: AMAZÔNIA E ACRE: DO GLOBAL AO LOCAL EM NOSSO ESPAÇO
VIVIDO.
Unidade I
􀂾 O longo processo de ocupação e produção do espaço regional Amazônico: do
global ao local.
141
• Da “descoberta” a ocupação inicial dos europeus na região.
• Das fortificações à ocupação pelas frentes extrativistas.
• Projetos de desenvolvimentos centrados no exterior e implicações no espaço
regional – o arquipélago econômico da Amazônia.
• A rearticulação do espaço nacional pós 1950 e reflexos sobre a Amazônia: quando
o arquipélago foi desfeito.
• Enfim a Amazônia: uma região de floresta, suas gentes e os muitos rios.
Unidade II
􀂾 Questões do desenvolvimento regional na interpelação com a questão ambiental:
do local ao global
• Perspectiva do desenvolvimento postos na Amazônia, perante o ambiente local e as
forças sociais.
• Desenvolvimentista.
• Desenvolvimento Integral e ecodesenvolvimento.
• Desenvolvimento Sustentável.
• Encontros e desencontros dos projetos postos por diferentes sujeitos: conflito,
resistência e aderências.
Unidade III
􀂾 Acre no contexto regional: região, meio ambiente e desenvolvimento.
• Formação do espaço acreano: floresta, campo e cidade.
• As especificações regionais do Estado até 1989.
• As Regiões Geográficas e a “regionais de desenvolvimento no ZEE/AC”: acertos e
erros.
• O Acre no contexto dos limites interestadual e internacional: a Amazônia-acreana e
o MAP.
METODOLOGIA PROPOSTA PARA O CURSO.
􀂾 Aulas teóricas dialogadas;
􀂾 Leituras, sistematizações e debate em sala;
142
􀂾 Filmes seguidos de discussões;
􀂾 Realização de seminários;
􀂾 Estudo dirigido;
􀂾 Trabalhos em grupo e individuais com os discentes.
􀂾 Técnicas de pesquisa de campo.
􀂾 Trabalhos de campo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS DO CURSO.
A avaliação será continuada, por meio de produção
de texto sobre as temáticas debatidas, participação nas atividades
propostas em sala e produção de projetos para serem
desenvolvidos com os alunos do Ensino Médio durante a prática
docente.
O projeto abordará uma proposta de elaboração e realização de trabalho
de campo com os educandos do Ensino Médio, que contemple a temática do curso,
vista a partir da observação empírica dos diversos elementos e sujeitos responsáveis
pela produção do espaço local e regional.
Este será elaborado durante as aulas, sendo que o desenvolvimento do
mesmo ocorrerá em um momento posterior, sendo acompanhado via Internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o Curso será
ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da Secretaria de Estado de Educação.
Concluída esta etapa, os resultados deverão ser entregues como relatório e
apresentados na forma de seminários para os demais participantes e professores.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 3
ACRE, Governo do Estado. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-
Econômico do estado do Acre: Recursos naturais e meio ambiente – documento
final. Rio Branco: SECTMA, 2.000. v.1.
________. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do estado
do Acre: Aspectos socioeconômicos e ocupação territorial – documento final.
Rio Branco: SECTMA, 2.000. v.2.
________. Programa Est. de Zoneamento Ecológico-Econômico do Est. do Acre:
Indicativos para a gestão territorial do Acre – documento final. Rio Branco:
SECTMA, 2.000. v.3.
143
BECKER, B. K. EGLER, C. A. G. Brasil uma nova potência na economia mundo.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993. 297p.
CALAÇA, M. Violência e resistência: O movimento dos seringueiros de Xapuri e a
proposta de reserva extrativista. Rio Claro, 1993, 363p. Tese (Doutorado em
Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual
Paulista - UNESP.
CALIXTO, V. O. et al. Acre: uma História em construção. Rio Branco: FDRHCD,
1985. 223p.
COSTA, C. A conquista do deserto ocidental. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1940. 434p.
GONÇALVES, C. W. P. Os (des) caminhos do meio ambiente. 2.ed.; 4.ed. São
Paulo: Contexto, 1990; 1993.
_______. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001. 178p.
KITAMURA, P. C. A Amazônia e o desenvolvimento sustentável. Brasília:
EMBRAPA, 1994. 182p.
NUNES, J. R. P. Modernização da agricultura – pecuarização e mudanças: o
caso do Alto Purus. Rio Branco: Tico-tico, 1991. 107p.
SILVA, S. S. da. A fronteira agropecuária acreana. Presidente Prudente, 2003.
SILVA, S. S. da. CAPEB: associativismo/cooperativismo e os desafios para a
automanutenção da produção camponesa na Amazônia-acreana. Boletim de
Geografia, Maringá, Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Geografia,
ano 20, n° 2, 2-2002. p.17-40
_______. Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-
Acreana. Presidente Prudente, 2005. 494. FCT/UNESP
_______. (org.). Acre: Uma visão temática de sua Geografia. Rio Branco, 2006. (no
prelo)
144
ANEXO I
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
JOSÉ ALVES COSTA
RIO BRANCO-ACRE
MAIO – 2006.
145
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
NOME: JOSÉ ALVES COSTA
ESTADO CIVIL: Casado NASCIMENTO: 28.07.61 SEXO: Masculino
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Acre/Departamento de Geografia
CARGO/FUNÇÃO
:
Professor de Ensino Superior MS-C1,
SIAPE 0414822. Aprovado em
Concurso Público para provimento do
cargo de Professor Auxiliar MS-A1
para a área de Geografia
Física/Climatologia, realizado no
período de 26 a 29 de março de 1989,
admitido em 03 de julho de 1989 em
regime de dedicação exclusiva, e
lotado no Departamento de Geografia.
V. EMPREGATÍCIO:
Sim
ENDEREÇO: Trav. Luiz Z. da Silva, nº 670 – Conjunto Manoel Julião Q. 3 C. 1.
CEP: 69915-000 CIDADE: Rio Branco ESTADO: Acre
TELEFONE: (068) 3226-5213 FAX: E-MAIL:
9972-1751
146
FORMAÇÃO:
Nível ÁREA/SUBÁRE
A DO
CONHECIMENT
O
INSTITUIÇÃO ANO
DE
INÍCI
O
ANO DE
CONCLU
SÃO
GRADUAÇÃO Geografia (Lic.) Universidade Federal do
Acre
1984 1987
ESPECIALIZAÇ
ÃO
Met. Ens. em
Geografia
Universidade Federal do
Acre
1989 1990
MESTRADO Educação:
Planejamento e
Avaliação
Educacional
Universidade Federal do
Rio de Janeiro
1997 1999
DOUTORADO - - - -
ATIVIDADES DOCENTES
DISCIPLINA(S)
LECIONADA(S)
Gr/P.
Gr.
INSTITUIÇÃO PERÍODO:
SEMESTRE
LETIVO/AN
O
Geografia Física I Gr. Universidade Federal do
Acre
1989.2
Estudos Regionais I Gr. Universidade Federal do
Acre
1989.2
Geografia Física I Gr. Universidade Federal do
Acre
1990.1
Estudos Regionais I Gr. Universidade Federal do
Acre
1990.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1991.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1991.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1992.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1992.2
147
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1993.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1993.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1994.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1994.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1995.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1995.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1996.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1996.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1997.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1997.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1998.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1998.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 1998.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1999.1
Geografia do Acre III Gr. Universidade Federal do Acre 1999.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1999.2
Didática do Ensino Superior PGr. Universidade Federal do Acre 1999.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 1999.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2000.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2000.2
Didática do Ensino Superior PGr. Universidade Federal do Acre 2001.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2001.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2001.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2001.2
Teoria e Prática no Ensino da Geografia PGr. Universidade Federal do Acre 2002.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2002.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2002.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2002.2
Fundamentos do Ensino em Geografia Gr Universidade Federal do Acre 2002.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2003.1
Fundamentos do Ensino em Geografia Gr Universidade Federal do Acre 2003.1
Ecologia, Sociedade e Geografia Gr. Universidade Federal do Acre 2003.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2003.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2003.2
Ecologia, Sociedade e Geografia Gr. Universidade Federal do Acre 2003.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2004.1
Estágio Supervisionado I, II e III Gr. Universidade Federal do Acre 2004.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2004.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2004.2
Estágio Supervisionado I, II e III Gr. Universidade Federal do Acre 2004.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2005.1
Estágio Supervisionado I, II e III Gr. Universidade Federal do Acre 2005.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2005.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2005.2
História do Pensamento Geográfico Gr. Universidade Federal do Acre 2006.1
148
Climatologia III Gr. Universidade Federal do Acre 2006.1
ORIENTAÇÃO DE ALUNOS GRADUAÇÃO/PET/IC/
OUTROS
Gr
/P.
Gr
/M
/D
INSTITUIÇÃO PERÍODO: SEM.
LETIVO/ANO
Alexandre Wagner Longhin P.Gr. UFAC 2000.1º/2º
José Luiz Bezerra de Farias P.Gr. UFAC 2001 a 2003
Elisandra Moreira de Lira IC UFAC 2000 a 2003
Everônica de Araújo Mesquita P.Gr. UFAC 2000 a 2003
Arlete Nascimento da Silva P.Gr. UFAC 2000 a 2003
Elisandra Moreira de Lira Monitoria Gr. UFAC 2000.1
Chirley Pacheco de Lira Monitoria Gr. UFAC 2002.1º/2º
Raimunda Nonata Cunha
Sussuarana
Monitoria Gr. UFAC 2001.1º/2º
José Frankneile de Melo Silva IC Gr. UFAC 2000.1º/2º
(*) Participação como Membro da Banca Examinadora.
ATIVIDADES NÃO DOCENTES
CARGO OU FUNÇÃO
INSTITUIÇÃO PERÍODO
Chefe de Departamento 91/92 Universidade Federal do Acre 1991
Membro do Conselho Universitário Universidade Federal do Acre 1990/94
Coordenador do Curso de Pós-Graduação
“Planejamento e Meio Ambiente”
Universidade Federal do Acre 1991/92
Membro do Colegiado de Curso de Geografia Universidade Federal do Acre 1989/90
Sub-Coordenador do Curso de Geografia Universidade Federal do Acre 1997/99
Membro do Conselho Universitário Universidade Federal do Acre 2000/02
Membro do Colegiado de Engenharia Florestal Universidade Federal do Acre 2000/05
Membro do Colegiado de Geografia Universidade Federal do Acre 2000/05
Sub-Coordenador do Curso Pós-Graduação em
Metodologia do Ensino da Geografia
Universidade Federal do Acre
2000/03
Membro do Conselho Universitário Universidade Federal do Acre 2004/05
Coordenador do Curso de Geografia - Licenciatura Universidade Federal do Acre 2006
Coordenador do Curso de Geografia - Bacharelado Universidade Federal do Acre 2006
Coordenador do Programa Especial de Formação de
Professores para a Educação Básica – Zona Rural
Universidade Federal do Acre
2006
PRODUÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA:
149
1. Correntes e Tendências da Educação Brasileira. (Paper). Mestrado em
Educação. UFRJ. Rio de Janeiro, 1997.
2. O Papel da Educação diante do Avanço Neoliberal. (Paper). Mestrado em
Educação. UFRJ. Rio de Janeiro, 1997.
3. Políticas de Formação de Professor: A Contribuição da UFAC nos últimos dez
anos. (Paper). Mestrado em Educação. UFRJ. Rio de Janeiro, 1997.
4. Desempenho do Sistema de Ensino Supletivo no Estado do Acre: O Caso de
Rio Branco. (Dissertação de Mestrado). UFRJ. Rio de Janeiro, 1999.
5. O Uso do fogo e a Insustentabilidade do Solo. In: XII Seminário de Iniciação
Científica [CD-ROM]. Rio Branco: PROPÉG/COAP-UFAC, 2003 (Anais/Resumos)
6. O Uso do fogo e as Consequências Ambientais na Região Acreana. In: Reunião
Anual da SBPC, 55.[CD-ROM] ISBN:________. Recife: SBPC/UFP, 2003
(Anais/Resumos)
7. Impactos Ambientais provocados pelas formas de Uso do Solo nos Projetos
de Colonização Pedro Peixoto e Humaitá-Acre, Brasil. In: XI Seminário de
Iniciação Científica – CDU 001.891(811.2). Rio Branco: PROPÉG/COAP-UFAC,
2002 (Anais/Resumos, p. 74)
8. Impactos Ambientais provocados pelo Avanço da Atividade Agropecuária na
Microrregião de Rio Branco-AC, Brasil. In: XI Seminário de Iniciação Científica –
CDU 001.891(811.2). Rio Branco: PROPÉG/COAP-UFAC, 2002 (Anais/Resumos,
p. 75)
9. Unidades de Conservação de Uso Indireto (UCUI) do Estado do Acre, Brasil.
In: XI Seminário de Iniciação Científica – CDU 001.891(811.2). Rio Branco:
PROPÉG/COAP-UFAC, 2002 (Anais/Resumos, p. 77)
10. As Formas de Erosão e Os Processos de Degradação do Solo na
Microrregião de Rio Branco – Acre, Brasil. In: Reunião Anual da SBPC, 55.[CDROM]
ISBN: 85-86957-05-4. Goiânia: SBPC/UFG, 2002 (Anais/Resumos)
11. As Formas de Manejo nas Unidades de Conservação de Uso Indireto (Ucui)
Acre, Brasil. In: Reunião Anual da SBPC, 55.[CD-ROM] ISBN: 85-86957-05-
4. Goiânia: SBPC/UFG, 2002 (Anais/Resumos)
12. Os Impactos Ambientais Provocados Pelas Formas de Ocupação na Reserva
Extrativsta Chico Mendes – Acre, Brasil. In: X Seminário de Iniciação Científica –
150
CDU 001.91(811.2). Rio Branco: PROPEG/COAP-UFAC, 2001 (Anais/Resumo,
p.84)
13. Os Impactos Sócio-Ambientais Provocados pelas Formas de Ocupação na Reserva
Extrativista Chico Mendes. In: Reunião Anual da SBPC, 53.[CD-ROM] ISBN:
85-86957-04-6. Salvador: SBPC/UFBA, 2001 (Anais/Resumos)
PROGRAMAS, PROJETOS E CURSOS DE EXTENSÃO DESENVOLVIDOS
Nome do Projeto Função Período de
Execução
a) Programa: Melhoria da Qualidade da
Ação Educativa
Coordenador 1993/1998
b) Programa: Desenvolvimento
Profissional Continuado Parâmetros em
Ação
Membro/executor
1999
b) Projeto: Estudo das Propostas
Curriculares a nível de 1º e 2º Graus na
área de Geografia
Membro/executor
1987/1992
c) Projeto: Ações Integradas para o
Aprimoramento do Ensino de Geografia
Membro/executor
1993/1994
d) Projeto: Ações Integradas para o
Aprimoramento do Ensino de Geografia
Coordenador 1995/1998
PROJETOS DE PESQUISA DESENVOLVIDOS:
Nome do Projeto Função Período de
Execução
1. Atlas Etnolinguístico do Acre – ALAC Membro 1999/2000
2. A Ocupação do Espaço e a Relação
Cidade-Campo na Messorregião do
Vale do Acre.
Membro
2000/2001
3. Relações Campo(Floresta) – Cidade:
A Produção Social do Espaço,
151
urbanidade, ruralidade e
desenvolvimento sustentável na
Amazônia Acreana.
Coordenador 2001/2003
Rio Branco- Acre, maio de 2006.
_____________________________
José Alves Costa
152
KARINA FURINI DA PONTE
CURRICULUM VITAE
Rio Branco
2006
153
1. DADOS PESSOAIS
Nome: Karina Furini da Ponte
Filiação: Reinaldo Jesus da Ponte e Eunice Aparecida Furini da Ponte
Nascimento: 15/10/1977 Osvaldo Cruz/SP- Brasil
Carteira de Identidade: 294020251/SSP/SP/09/0002/1993
CPF: 27676689899
Endereço profissional: Universidade Federal do Acre, Departamento de Geografia
Rodovia BR 364, Km04
6999915900 Rio Branco, AC-Brasil
Telefone: (68) 39012622
Endereço residencial: Rua Castro Alves, 296 apto 03
Bosque
69908060 Rio Branco, AC-Brasil
Telefone: (68) 8114 7004 (68) 32228938
E-mail: karinaponte211@hotmail.com
2. FORMAÇÃO PROFISSIONAL
2002-2004. Mestrado em Geografia (Presidente Prudente)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP,
São Paulo, Brasil
Título: Uma análise geográfica das novas ruralidades e do controle social nas Vilas
Rurais da Paz em Rolândia e João Inocente em Cambé. Ano de obtenção: 2004
Orientador: Bernardo Mançano Fernandes
Bolsista do(a): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
CNPq, Brasil
1997-2000. Graduação em Geografia
Universidade Estadual de Londrina, UEL, Paraná, Brasil.
Título: Programa Vila Rural. Uma alternativa no assentamento da população de
origem rural. O caso da Vila Rural Taquara Reino de Ibiporã-Pr.
Orientadora: Alice Yatiyo Asari
Bolsista do(a): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
CNPq, Brasil
1993-1996. Ensino Médio de nível médio- magistério
Escola Estadual Max Wirth, Osvaldo Cruz/SP, Brasil.
3.ATUAÇÃO PROFISSIONAL
1. Universidade Federal do Acre-UFAC
Vínculo institucional
2005-atual Vínculo: servidor público, Enquadramento funcional: Professor
Assistente, Carga horária: 40, Regime:Dedicação exclusiva
Atividades
154
12/2005-Atual
Disciplinas ministradas:
1.Estudos Regionais II
2.Geografia Política
3.Planejamento urbano
4.Geografia das Industrias II
2. Centro Educacional Santa Terezinha de Itaipu-CESTI
Vínculo institucional
2004-2005 Vínculo: professora, enquadramento funcional: professora, carga horária:
10 horas/aula semanais
Atividades
072004-11/2005 Nível: Ensino Fundamental
Disciplinas ministradas:
Geografia
3. União do Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu- UNIGUAÇU-FAESI
Vínculo institucional
08/2004-11/2005 Vínculo: professora, enquadramento funcional: professor titular,
carga horária:20
06/2005-11/2005 Vínculo: Supervisão de Estágio. Carga horária: 12
Atividades
08/2005-11/2005 Estágio, Uniguaçu-Faesi, Geografia
Atividades realizadas:
Supervisão do Estágio em Geografia
1/2005-07/2005 Ensino, Geografia, Nível: graduação
Disciplinas ministradas:
1.Geografia Agrária do Mundo Tropical (72 horas)
2. Iniciação à Pesquisa em Geografia (72 horas)
3.Metodologia e Prática do Ensino de Geografia II (72 horas)
4.Políticas Públicas, Educação Brasileira e Ensino de Geografia
(72 horas)
5.Geografia Agrária (72 horas)
6. Monografia II (72 horas)
7. Evolução do Pensamento Geográfico (72 horas)
8. Fundamentos Teóricos-Metodológicos do Ensino de Geografia
(72 horas)
9. Monografia I (72 horas)
10. Metodologia e Prática do Ensino em Geografia I (72 horas)
4. Governo do Estado de São Paulo- GOVERNO/SP
Vínculo institucional
2004-2004 Vínculo : Aprovado em concurso público, enquadramento funcional:
professor, carga horária:20
Atividades
04/2002-04/2004 Ensino, Nível: Ensino Fundamental
Disciplinas ministradas:
1. Geografia
155
5. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-UNESP
Vínculo institucional
2004-2004 Vínculo: Colaborador, enquadramento funcional: pesquisador, carga
horária: 20
Atividades
02/2002-12/2004: Participação em projetos, Núcleo de Estudos da Reforma Agrária,
Nera.
08/2003 – 12/2003: Estágio na Graduação com a Disciplina: Evolução do
Pensamento Geográfico. Bolsista CNPq, Unesp.
6.Associação do Ensino Superior de Osvaldo Cruz-AESOC
Vínculo institucional
02/2004-07/2004 Vínculo: professor, enquadramento funcional : professor titular,
carga horária:4
Atividades
02/2004-07/2004 Ensino, Administração, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas:
1.Agribusiness (72 horas)
7. Centro de Ensino Superior de Tupi Paulista- CESTUPI
Vínculo institucional
2004/2004 Vínculo: professor, enquadramento funcional : professor titular, carga
horária:4
Atividades
02/2004-07/2004 Ensino, Administração em gestão ambiental, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas:
1.Método e Técnicas de Pesquisa (72 horas)
2. Sociologia (72 horas)
8. Cooperativa Central Agroindustrial Ltda- CONFEPAR
Vínculo institucional
2001/2001 Vínculo: professor, enquadramento funcional : professor titular, carga
horária:20
Atividades
05/2001-07/2001 Ensino, Nível: Ensino Fundamental
Disciplinas ministradas:
1.Geografia
3. História
9. Universidade Estadual de Londrina- UEL
Vínculo institucional
2000/2000 Vínculo: bolsista, enquadramento funcional : bolsista, carga horária:20
1999/2000 Vínculo: bolsista, enquadramento funcional : bolsista, carga horária:20
Atividades
08/2000-12/2000 Participação em projetos, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq, UEL
Participação em projetos:
1.Realidade Agrária do Norte Paranaense: transformações
recentes e novas perspectivas
156
03/1999-07/2000 Participação em projetos, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq, UEL
Participação em projetos:
1.As faces do movimento migratório. O caso do Norte do Paraná
157
ANEXO V
CURRICULUM VITAE
SILVIO SIMIONE DA SILVA
RIO BRANCO – ACRE
MAIO DE 2006
158
Curriculum Vitae
1 – Dados pessoais
Nome: SILVIO SIMIONE DA SILVA
Filiação: Onofre Pinto da Silva e Josefina Simione da Silva
Naturalidade: Águas da Prata, estado de São Paulo. Nacionalidade: Brasileiro
Data de nascimento: 29 de março de 1964. Estado civil: Casado
Nome da esposa: Francisca Honorina Farias Simione
Filhos: Silvio Simione da Silva Júnior, Cadmo Cairê Farias Simione e Clara Serena
Farias Simione
Carteira de Identidade: N.º 133.860 – SSP/AC. – 17/02/87.
C.D.I. Serviço Militar: RA 29012200728-6 29º CSM AC.
Título de Eleitor: N.º 13623324-02. Zona 001. Série 0146, Rio Branco, AC.
C.P.F: 197.498.212-20
Carteira de Reg. Professor DEMEC: Prof.º “LP” N.º 739 – Secretaria de Ensino de 1º
e 2º grau do MEC. no Acre.
Carteira de Trabalho: N.º 888165. Série: 00001-AC.
Carteira Nacional de Habilitação: N.º de Reg. 00598625261.
2 – Endereços
Residencial: Rua Venezuela 207, Bairro da Cadeia Velha, Rio Branco, Acre. CEP
69.900-280, Fone: 0xx 68 3223 3561. E-mail: ssimione@terra.com.br ou
ssimione@bol.com.br
Profissional: Universidade Federal do Acre, Departamento de Geografia Campus
Universitário, BR 364, Km 05, Distrito Industrial CEP 69 915-900, Fone: 0xx
68 3212 3610/3622.
3 – Formação
Ensino básico
• 1° Grau – Escola Estadual Rural Dom Pedro II, Mundo Novo, MS – 1ª a 2ª
séries; Escola Estadual Rural Tenente Antônio João, Mundo Novo, MS – 2ª a
4ª séries; EEPG. General Jaú, Japorã, MS. – 5ª a 8ª séries, 1973 a 1980.
• 2° Grau – Habilitação em Magistério – Projeto Logos II, Depto. de Ensino
Supletivo da SEC. do Estado do Acre, Brasiléia, 1983-1985
Graduação
• Curso de Licenciatura Plena em Geografia. Departamento de Geografia –
Universidade Federal do Acre – UFAC. Rio Branco, 1989-1992.
Mestrado
• Curso de Pós-Graduação – Mestre em Geografia. Programa de Pós-Graduação
em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual
Paulista – FCT/UNESP, Presidente Prudente, 1997-1999.
Doutorado
159
• Curso de Pós-Graduação – Doutor em Geografia. Programa de Pós-Graduação
em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual
Paulista – FCT/UNESP, Presidente Prudente, 2001-2005.
4 – Experiência Profissional
Ensino Fundamental
• Ensino Rural – 1983-1985
• Ensino Religioso 5ª a 6ª séries do 1° grau. Rio Branco, 1985-1986.
• Ensino de Geografia 5ª a 8ª séries do 1° grau. Rio Branco, 1987, 1989-1991.
Ensino Superior (Disciplinas ministradas no Curso de Geografia da UFAC)
- Graduação
• Prática de Ensino I, II e III.
• Geografia Regional III
• Geopolítica
• Geografia do Brasil III
• Geografia da População
• Geografia Agrária.
• Geografia do Acre
• Geografia da Amazônia
• Método Cientifico
- Pós-Graduação
􀂃 Metodologia científica. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional, em nível de Mestrado, UFAC.
􀂃 Orientação a Mestrandos do Prog. em Desenvolvimento Regional -
UFAC.
􀂃 Co-orientação a Mestrandos no Programa de Pós-Graduação em
Geografia da Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP.
􀂃 Sub-coordenação do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional –UFAC.
5 – Aprovação em processos seletivos públicos
Concurso público para professor efetivo no Depto. de Geografia da UFAC
• Concurso Público para Professor Efetivo da Universidade Federal do Acre.
02/1994. Nomeação pela Reitoria da Universidade Federal do Acre Portaria
00428 de 04/abril/1994.
6 – Experiência em atividades de pesquisa extensão
Pesquisas individuais realizadas.
• A fronteira agropecuária acreana.
• Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-acreana.
Extensão
160
• Equipe Técnica-pedagógica na área de Geografia da Secretária de Educação e
Cultura do Estado do Acre. SEC/AC, Rio Branco, 1993.
• Membro do Projeto: “Ações integradas para o melhoramento do ensino de
Geografia no 1° e 2° graus”. Departamento de Geografia da UFAC. Rio Branco,
1993-1995.
• Coordenação do Projeto de Elaboração do Livro Geografia Temática do Acre.
Departamento de Geografia, UFAC. Rio Branco, 2005.
7 – Eventos científicos
Participação (cinco últimos)
• Mini-curso: “a urbanização do rural e as novas relações campo-cidade”. 3°
Encontro de estudos agrários: mudanças e permanências no espaço.
Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba,
abr./2003.
• VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de Goiás,
AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004.
• Mini-curso: o papel do 3° setor na sociedade contemporânea. VI Congresso
Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de Goiás, AGB/Nacional. Goiânia,
jul./2004;
• XX Semana de Geografia: “desenvolvimento e questão ambiental: a Geografia
no cotidiano”. Departamento de Geociências da Universidade Estadual de
Londrina. Londrina, out./2004.
• XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as novas
territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004.
Apresentação de trabalho (comunicação livre, espaço dialogo etc. - cinco últimos).
• Aspectos gerais das transformações no espaço agrário acreano, nas últimas
décadas do século XX. III Encontro de Estudos Geográficos e do Turismo,
Departamento de Geociências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
Campus de Aquidauana. Aquidauana, nov./2001.
• A realidade agrária da produção familiar camponesa na Amazônia-acreana na
virada do século XX para o XIX. 3° Encontro de estudos agrários: mudanças e
permanências no espaço. Departamento de Geografia, Universidade Federal do
Paraná, UFPR. Curitiba, abr./2003.
• Organizações coletivas amazônica-acreana: autonomia, auto-sustentabilidade e
o mercado. VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de
Goiás, AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004;
• Territórios florestais na Amazônia-acreana: conservação e a potencialização da
natureza. XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as
novas territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004.
8 - Publicações e outras formas de divulgação do trabalho científico
161
Dissertação e Tese.
• A Fronteira Agropecuária Acreana. Dissertação de Mestrado. FCT/UNESP,
1999.
• Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-acreana.
Dissertação de Mestrado. FCT/UNESP, 2005.
Livro
• Na Fronteira Agropecuária Acreana. Departamento de Geografia, UFAC, 2003.
Parte e capítulo de livros.
• Verbetes “caboclo” e “desmatamento”. MOTTA, Márcia Menendes (coord.).
Dicionário da Terra, Núcleo de Referência Agrária, Departamento de História,
Universidade Federal Fluminense. (no prelo).
• Textos do Atlas: “Reserva extrativista” e “Organização comunitária e coletiva em
Xapuri”. SILVA, Miriam Aparecida Bueno da. Atlas Escolar Municipal de
Xapuri. Rio Branco: AEMAC, 2004. 96p.
Artigos (cinco últimos)
• Apontamentos teóricos para a concepção dos estudos migratórios como um
campo de investigação na Geografia. Caderno Prudentino de Geografia (Revista
da AGB-Seção Presidente Prudente). 2002. N. 24. (ISSN 1413-4551)
• A liberdade no “fazer ciência” em Geografia. Terra Livre (Revista da AGB
Nacional). A.18, n. 19, jul.-dez./2002. (ISSN 0102-8030)
• CAPEB: Associativismo/ cooperativismo e os desafios para a auto-manutenção
da produção camponesa na Amazônia-acreana. Boletim de Geografia (Revista
do Departamento de Geografia da UEM). Ano 20. N.2. 2002. (ISSN 0102-5198)
• Para pensar “uma geografia livre” (Prefácio da Revista). Cosmo: revista de
geografia livre, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, n.2,
fev./2004. (ISSN 1679-0650).
• Das “microrregiões geográficas” às “regionais de desenvolvimento:
regionalizações das terras acreanas e as possibilidades de novos arranjos no
princípio do século XXI. Uáquiri: A Geografia e a Amazônia em questão. Revista
do Departamento de Geografia da UFAC. Rio Branco, A.2, n.2, /2004. (ISSN
1806-0218).
• O Espaço agrário acreano nas últimas décadas do século XX. Revista NERA
(eletrônica). FCT/UNESP, Presidente Prudente. WWW2.
prudente.unesp.br/dgeo/nera/revista/numero4.htm. A.7, n.4, jan.-ju./2004. (ISSN
1806-6755).
Textos completos em anais (cinco últimos)
• A fronteira agropecuária acreana. XV Encontro Nacional de Geografia Agrária.
Universidade Federal de Goiás – UFG, Goiânia, dez./2000. CD-Rom
• A realidade agrária da produção familiar camponesa na Amazônia-acreana na
virada do século XX para o XIX. 3° Encontro de estudos agrários: mudanças e
permanências no espaço. Departamento de Geografia, Universidade Federal do
Paraná, UFPR. Curitiba, abr./2003. CD-Rom
• A Amazônia e o desenvolvimento sustentável: possibilidades e realizações. 3°
Encontro de estudos agrários: mudanças e permanências no espaço.
Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba,
abr./2003. CD-Rom
162
• Organizações coletivas amazônica-acreana: autonomia, auto-sustentabilidade e
o mercado. VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de
Goiás, AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004. CD-Rom
• Territórios florestais na Amazônia-acreana: conservação e a potencialização da
natureza. XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as
novas territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004. CD-Rom
resumos (comunicação livre, espaço dialogo etc.). (cinco últimos)
• Viagens de estudo: possibilidades práticas para o ensino de Geografia. XII
Semana de Educação – Semana da Pedagogia. Curso de Pedagogia da
FCT/UNESP, Presidente Prudente, set./2001. Anais CD-ROM.
• Projeto Temas de Geografia do Acre: uma experiência de docência com ensino,
pesquisa e extensão. XII Semana de Educação – Semana da Pedagogia. Curso
de Pedagogia da FCT/UNESP, Presidente Prudente, set./2001. Anais CD-ROM.
• A realidade agrária da produção familiar camponesa na Amazônia-acreana na
virada do século XX para o XIX. 3° Encontro de estudos agrários: mudanças e
permanências no espaço. Departamento de Geografia, Universidade Federal do
Paraná, UFPR. Curitiba, abr./2003. Anais Impressos
• Organizações coletivas amazônica-acreana: autonomia, auto-sustentabilidade e
o mercado. VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de
Goiás, AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004. Anais Impressos.
• Territórios florestais na Amazônia-acreana: conservação e a potencialização da
natureza. XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as
novas territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004. Anais Impressos.
Palestras:
• Camponeses da floresta. Coordenação do Curso de Geografia da UFAC. Rio
Branco, nov./1998
• Caminhos e descaminhos na trajetória das lutas pela terra na Amazôniaacreana.
Comissão Pastoral da Terra – CPT/AC. Rio Branco, 2005.
Mesa Redonda
• A formação do profissional em Geografia e o mercado de trabalho. XV Semana
de Geografia da UFAC. Departamento de Geografia - UFAC. Rio Branco,
nov./1998.
• “Agroturismo e sustentabilidade. I Simpósio de Turismo de Araçatuba. Fundação
Educacional Araçatuba, Araçatuba, 31/out./2003.
9 - Declaração
Declaro para os devidos fins e efeitos legais que as informações aqui
prestadas são verdadeiras e me responsabilizo pela veracidade das mesmas.
__________________________________________.
Prof. Dr. Silvio Simione da Silva
163
ANEXO VI
CURRICULUM VITAE
WALDEMIR LIMA DOS SANTOS
RIO BRANCO – ACRE
MAIO 2006
164
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
NOME: WALDEMIR LIMA DOS SANTOS
ESTADO CIVIL: Casado NASCIMENTO: 09.04.1977 SEXO:
Masculino
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Acre/Departamento de Geografia
CARGO/FUNÇÃO
:
Professor de Ensino Superior.
Aprovado em Concurso Público para
provimento do cargo de Professor
Assistente para a área de
Biogeografia, Ecologia, Sociedade e
Natureza, admitido em 05 de janeiro
de 2006 em regime de dedicação
exclusiva, e lotado no Departamento
de Geografia.
V. EMPREGATÍCIO:
Sim
ENDEREÇO: Rua Triunfo, nº 333 – Bairro Cidade Nova
CEP: 69901-470 CIDADE: Rio Branco ESTADO: Acre
TELEFONE: (068) 9972-1097 FAX: E-MAIL:
waldemir_geo@yahoo.com.br
165
FORMAÇÃO:
Nível ÁREA/SUBÁRE
A DO
CONHECIMENT
O
INSTITUIÇÃO ANO
DE
INÍCI
O
ANO DE
CONCLU
SÃO
GRADUAÇÃO Geografia (Bac.) Universidade Federal do
Acre
1995 1999
ESPECIALIZAÇ
ÃO
Análise Regional Universidade Federal do
Acre
1999 2000
MESTRADO Ecologia e
Manejo de
Recursos
Naturais
Universidade Federal do
Acre / Foundation Ford
2003 2005
DOUTORADO - - - -
ATIVIDADES DOCENTES
1 - Instituição: Universidade Federal do Acre - UFAC
Função: Professor Efetivo do Departamento de Geografia
Área de Atuação: Biogeografia, Ecologia, Sociedade e Natureza
1.1 – Disciplinas Acadêmicas Lecionadas:
Hidrografia
II.............................................................
...........
2º Semestre/2005
Biogeografia
IV............................................................
........
2º Semestre/2005
2 - Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Função: Professor Substituto do Departamento de Geografia
166
Início: Julho/2005 a Dezembro/2005.
2.1 – Disciplinas Acadêmicas Lecionadas:
Hidrografia
II.............................................................
...........
1º Semestre/2005
Geografia Regional do Brasil
I.............................................
1º Semestre/2005
3 - Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Função: Professor Substituto do Departamento de Geografia
Período: Setembro/2000 a Setembro 2002
3.1 – Disciplinas Acadêmicas Lecionadas:
Climatologia
I..............................................................
.........
1º Semestre/2001 e
2002
Climatologia
II.............................................................
.........
2º Semestre/2000 e
2001
Biogeografia
III............................................................
........
1º Semestre/2001 e
2002
Biogeografia
IV............................................................
........
2º Semestre/2000 e
2001
Geomorfologia
II.............................................................
.....
1º Semestre/2001
Geografia Econômica
III......................................................
1º Semestre/2001 e
2002
Planejamento
Rural.......................................................
1º Semestre/2001
167
......
Geografia do Acre
II.............................................................
2º Semestre/2001
Formação Econômica e Territ. do
Brasil.............................
1º Semestre/2002
4 - Instituição: Universidade Federal do Acre - UFAC
Função: Professor do Programa de Formação de Professores para o Ensino Básico no
Departamento de Geografia – Zona Urbana e Comunidade
Período: De 2001 a 2004
4.1 – Disciplinas Lecionadas no Programa:
Climatologia
III.....................................................................
.....
Março/2001
Geografia Econômica
IV..........................................................
Setembro/2002
Formação Econômica e Territ. do
Brasil..................................
Setembro e Outubro/2002
Hidrografia
I.......................................................................
.......
Março e Abril/2004
5 - Instituição: Universidade Federal do Acre - UFAC
Função: Professor do Programa de Formação de Professores para o Ensino Básico no
Departamento de Geografia – Zona Rural
Período: 2006 a 2011
5.1 – Disciplinas Lecionadas no Programa:
Climatologia
III.....................................................................
.....
Marco/2006
História do Pensamento
Geográfico........................................
Março/2006
6 – Instituição: Anglo Vestibulares – Sistema de Ensino
Função: Professor de Geografia
168
Período: 12.04 a 18.05.2002 / 13.11.2002 a 03.02.2003
ORIENTAÇÃO DE
ALUNOS
GRADUAÇÃ
O/PET/IC/OU
TROS
G
r/
P.
G
r/
M
/D
INSTITUIÇ
ÃO
PERÍODO:
SEM.
LETIVO/ANO
Pedro Mardônio Silva
Belém
Graduação Gr. UFAC 2004.1º
PARTICIPAÇÃO EM
BANCAS DE DEFESA DE
MONOGRAFIAS
GRADUAÇÃ
O/PET/IC/OU
TROS
Gr/P.Gr/
M/D
INSTITUI
ÇÃO
PERÍODO:
SEM.
LETIVO/AN
O
Aécio de Castro Nogueira Graduação Gr. UFAC 2001.1º
Cláudia Santos de
Mesquita
Graduação Gr. UFAC 2001.1º
Maria do Socorro Teixeira
dos Reis
Especializaçã
o
P.Gr. UFAC 2003.1º
Paulo Maciel de Brito Especializaçã
o
P.Gr. UFAC 2005.2º
Sheila Andrade Vieira Graduação Gr. UFAC 2001.2º
ATIVIDADES NÃO DOCENTES
PRODUÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA:
169
Produção Bibliográfica:
• SANTOS, Waldemir Lima dos. O Processo de Urbanização e Impactos
Ambientais em Bacias Hidrográficas: O Caso do Igarapé Judia – Acre – Brasil.
163 f. 2005. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais) –
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – Universidade Federal do Acre, Rio
Branco.
• SANTOS, Waldemir Lima dos. O Crescimento do Comércio Informal na cidade
de Rio Branco: O Caso dos Camelôs. Rio Branco: UFAC/DEGEO (Dissertação de
Especialização em “Análise Regional”), 2000.
• SANTOS, Waldemir Lima dos. O Terminal Urbano de Transportes Coletivos e o
(Re)Direcionamento do Fluxo de Pessoas e do Comércio na Área Central
Comercial da Cidade de Rio Branco-Ac. Rio Branco: UFAC / DG., 1999. 85p.
Monografia (Graduação em Geografia) - Universidade Federal do Acre,
Departamento de Geografia, 1999.
Trabalhos resumidos em Anais de Eventos:
• Título do Trabalho: “Estrutura Agrária e Produção Agrícola dos
Camponeses do Município de Rio Branco, Senador Guiomard e
Plácido de Castro”.
Período: Agosto/96 a Março/97.
Resumo publicado nos Anais do VI Seminário de Iniciação Científica
da Universidade Federal do Acre - 1997.
• Título do Trabalho: “O Terminal Urbano de Transportes Coletivos e
o (Re)Direcionamento do Fluxo de Pessoas e do Comércio na Área
Central Comercial da Cidade de Rio Branco-Acre”.
Período: 28 de Junho a 02 de Julho de 1999.
Resumo publicado nos Anais do VIII Seminário de Iniciação
Científica da
Universidade Federal do Acre - 1999.
• Título do Trabalho: “O Processo de Urbanização e Impactos
Ambientais em Bacias Hidrográficas: O Caso do Igarapé Judia –
Acre - Brasil.”
Período: 04 a 08 de Julho de 2005.
Resumo publicado nos Anais do XIV Seminário de Iniciação
Científica PIBIC/CNPq/UFAC/EMBRAPA e IV Mostra de Pesquisa e
Pós-Graduação - 2005.
170
EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS E PROFISSIONAIS
Bolsista de Iniciação Científica
Instituição: CNPq
Período: Agosto de 1996 a Março de 1997
Bolsista com apresentação de trabalho no VIII Seminário de Iniciação Científica
Instituição: PIBIC-CNPq
Período: 28 de Junho a 02 de Julho de 1999
Participante como ouvinte no VIII Seminário de Iniciação
Científica
Instituição: PIBIC-CNPq
Período 28 de Junho a 02 de Julho de 1999
Participante com apresentação de trabalho no XIV Seminário de Iniciação
Científica PIBIC/CNPq/UFAC/EMBRAPA e IV Mostra de Pesquisa e Pós-
Graduação - 2005
Instituição: UFAC
Período 04 a 08 de Julho de 2005
Representante do Departamento de Geografia/UFAC
Evento: III Feira de Ciências e Artes do CAp
Função: Membro da Comissão Julgadora de Trabalhos
Período: 02 de agosto de 2002
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA/OUTROS CURSOS
• Ano: 2004
Instituição: Departamento de Geografia – UFAC
Título: “XVIII Semana de Geografia: (Des)Fiando Territórios e
Identidades”
Carga Horária: 30 h
• Ano: 2003
Instituição: Conselho da Justiça Federal
Título: Seminário de Direito Ambiental – ano V
Carga Horária: 16 h
• Ano: 2002
Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Título: Biodiversidade e Zoneamento Ecológico
Carga Horária: 04 h
171
• Ano: 1997
Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Título: Desenvolvimento do Setor das Construções, Grandes
Obras, Energia e Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Carga Horária: 07 h
Rio Branco- Acre, maio de 2006.
_____________________________
Waldemir Lima dos Santos
Professor Assistente
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
_________________________________________________
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Rio Branco-AC, 2006
2
Reitor
Jonas Pereira de Souza Filho
Vice-Reitora
Olinda Batista Assmar
Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Extensão
João Silva Lima
Pró-Reitor de Planejamento
José Porfiro da Silva
Pró-Reitora de Graduação
Valda Inês Fontenele Pessoa
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
Margarida Lima Carvalho
Pró-Reitor de Administração
Francisco Antônio Saraiva de Farias
3
Equipe de Coordenação/Elaboração da Proposta
Jorge Washington de Sousa
Coordenadoria de Extensão/PRAC
Departamento de Letras
Área de Concentração: Língua Portuguesa
Coordenadora: Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de Oliveira
Área de Concentração: Línguas Estrangeiras (Inglês e Espanhol)
Coordenadora: Profa. Dra. Paula Tatianne Carréra Szundy
Área de Concentração: Arte – Artes Cênicas
Coordenadora: Profa. M.Sc. Andréa Maria Favilla Lobo
Departamento de Ciências da Natureza
Área de Concentração: Química
Coordenadora: Profa. Dra. Anelise Maria Regiani
Área de Concentração: Biologia
Coordenadora: Profa. Dra. Rusleyd Maria M. de Abreu
Área de Concentração: Física
Coordenadora: Profa. M.Sc. Esperanza L.Hernández Angulo
Departamento de História
Área de Concentração: História
Coordenador: Prof. M. Sc. José Dourado de Souza
Departamento de Geografia
Área de Concentração:Geografia
Coordenador: Prof. M. Sc. José Alves Costa
4
SUMÁRIO
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DO
ENSINO MÉDIO-PROPOSTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CURSOS Página
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Arte – Artes Cênicas 02
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa 12
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira –
Língua Inglesa e Língua espanhola
30
Área de Concentração: Química 46
Área de Concentração: Biologia 61
Área de Concentração: Física 78
Área de Concentração: História 94
Área de Concentração:Geografia 108
5
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Arte – Artes Cênicas
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede estadual e municipal.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Letras, campus sede, Rio Branco / Curso de
Licenciatura em Artes Cênicas.
Coordenadora do Projeto: Profª. Ms. Andréa Maria Favilla Lobo
____________________________________________________________________________
6
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2530
1. O Contexto do Ensino da Arte no Estado do Acre e a Formação de
Professores
A emergência de manifestações teatrais no Estado do Acre foi marcada por
características de resistência e crítica social. Os movimentos que se consolidaram a
partir do final dos anos 70 por meio das produções teatrais de grupos amadores
imprimiram, principalmente em Rio Branco, um cenário propício para que o fazer teatral
se tornasse também espaço informal de aprendizagem do teatro.
A educação informal do teatro se deu em um contexto em que as características
culturais da região foram amplamente exploradas por esses “artistas/professores”. O
espaço de criação teatral se configurava em escola e laboratório onde o fazer e o
refletir emergia em meio, a uma necessidade expressiva de “falar sobre suas próprias
coisas” por meio da cena, tais como: a realidade dos seringais, os povos da floresta e a
questão ambiental.
Afirmar que o ensino regular de Arte era de qualidade, nesse período em Rio
Branco, seria no mínimo imprudente, já que na educação formal, a ausência de
profissionais formados na área proporcionava improvisações e descuidos inerentes às
condições precárias em que o ensino do componente curricular arte se apresentava.
No entanto, consideramos importantes os movimentos que pulsavam fora da escola.
Negar as ações dos grupos teatrais e os espaços de aprendizagem que eles
proporcionavam para seus participantes e público seria encerrar nos muros escolares
toda a possibilidade de produção de conhecimento e desconsiderar outros saberes tão
significativos para a construção do conhecimento artístico que se encontravam fora dos
espaços escolares.
Historicamente o ensino da arte no Brasil passou por várias transformações
significativas. Muitas dessas transformações foram frutos diretos das lutas de arteeducadores
que acreditavam na importância do ensino da arte nas escolas e o quanto
a arte poderia contribuir efetivamente para a formação dos educandos em suas
dimensões intelectuais e afetivas. A obrigatoriedade do ensino da arte na educação
básica e a condição da arte como componente curricular foram sem dúvida frutos
dessas lutas travadas desde a década de 80.
7
A Universidade Federal do Acre, principalmente o Departamento de Letras, na
figura de professoras e professores comprometidos com a importância da Arte na
Universidade, assim como artistas locais desencadearam um importante movimento
que culminou com a criação do primeiro curso de Licenciatura em Artes Cênicas do
Estado.
O curso de Licenciatura em Artes Cênicas será implantado em 2006/02 na
Universidade Federal do Acre iniciando com 30 vagas noturnas no Campus de Rio
Branco. Embora o curso ainda não esteja consolidado, já conta com o corpo docente
recém contratado para o quadro efetivo da Universidade além de outros professores
que atuam em áreas afins pertencentes a outros Departamentos. O processo de
formação da primeira turma sem dúvida alguma vai proporcionar a criação de espaços
relevantes para a reflexão sobre a formação de professores de arte no estado,
principalmente em relação às práticas pedagógicas tanto desses futuros professores
quanto dos professores que já atuam com esse componente curricular nas escolas de
educação básica das redes públicas.
Nesse sentido, acreditamos que duas frentes podem contribuir efetivamente com
a qualidade do ensino da Arte e principalmente do teatro na educação formal do Estado
do Acre, uma delas sem dúvida é a criação do curso de Licenciatura em Artes Cênicas
e a conseqüente legitimação de professores que possam atuar com propriedade na
área. A outra frente se refere à oferta de formação continuada aos professores que já
atuam na rede pública com esse componente curricular e que carecem de espaços
para aquisição, produção e reflexão de novos conhecimentos sobre a sua prática no
cotidiano escolar.
2. Caracterização do curso oferecido
O conhecimento artístico se configura como um modo particular de
compreensão da realidade. Promove experiências e reflexões que envolvem a
percepção, a imaginação e a sensibilidade. O processo de ensino da Arte se
fundamenta em três eixos norteadores, a saber: o fazer artístico; a apreciação e a
reflexão sobre as produções artísticas, as produções dos próprios alunos e as formas
da natureza.
8
Os espaços de formação do professor de Arte devem proporcionar reflexões e
experiências que contemplem as três dimensões norteadoras. Mesmo em se tratando
da formação do professor de Teatro consideramos de fundamental importância a
inserção de conteúdos que permitam a leitura e reflexão de imagens, ou seja,
conteúdos das Artes Visuais, como: fotografia; vídeo; cinema; pintura; escultura,
arquitetura, performance, pois estabelecem diálogos cada vez mais intensos com as
Artes Cênicas e também com as outras linguagens artísticas, como a Música e a
Dança, nas diversas manifestações artísticas que fazem parte da cultura nacional e
internacional.
Pretendemos favorecer aos professores que atuam com o componente curricular
Arte nas Escolas de Ensino Médio do Estado do Acre, espaços de aprendizagem em
que possam produzir, apreciar e refletir sobre as linguagens artísticas, em especial com
a linguagem cênica, estabelecendo diálogos também com outros componentes
curriculares da escola sem contudo desconsiderar a importância do conhecimento
artístico para a formação dos educandos.
3. Carga-horária do curso
O curso a ser oferecido pela UFAC para os professores que atuam com o Ensino da
Arte no Ensino Médio será dividido em seis módulos de 30 horas cada, perfazendo um
total de 180 horas, carga horária máxima prevista pelo MEC no Edital do Programa de
Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio. Os módulos foram
organizados para serem ministrados no decorrer de três semestres, dois módulos por
semestre, de acordo com calendário a ser detalhado em conjunto com a Secretaria de
Estado de Educação e as Secretarias de Ensino dos municípios alvo. Podem, contudo,
ser distribuídos de modo diferente para atender especificidades da clientela.
4. Currículo do coordenador do curso
A Professora Andréa Maria Favilla Lobo, coordenadora desse curso de formação, é
Bacharel em Artes Cênicas e Licenciada em Educação Artística pela Universidade do
Rio de Janeiro e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo.
9
Sua experiência no processo de formação de professores e na Educação Básica é
brevemente descrita abaixo.
4.1. Experiência na graduação
Atuou de 2003 até 2005 em Instituições Privadas de Ensino Superior na área de Arte e
Arte e Educação, a saber:
Faculdade Norte Capixaba - FANORTE
Ensino, Normal Superior, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. Arte-Educação.
Cargos ou funções
1. Coordenadora/Adjunta dos trabalhos desenvolvidos no “Laboratório de Ensino e
Aprendizagem".
Escola de Ensino Superior do Educandário Seráfico São Francisco de Assis -
ESESFA
Ensino, Pedagogia, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. Arte e música na educação.
2. Expressão Corporal e Jogo Teatral.
Fundação de Assistência e Educação - FAESA
Ensino, Design de Moda, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. Moda e Comportamento.
2. Cultura Material.
Sociedade Educacional de Viana - FESAVE
Ensino, Pedagogia, Nível: Graduação.
10
Disciplinas ministradas
1. Arte e Educação.
Fundação Novo Milênio - NOVO MILÊNIO
Ensino, Design de Moda, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
1. História da Arte e Indumentária I.
4.2. Experiência em cursos Livres
• Expressão Corporal e Jogos Dramáticos.
• Metodologia de Ensino do Teatro.
• Repensando a Metodologia de Ensino do Teatro na Educação Informal.
• Curso de teatro.
• Curso de Arte Integrada.
4.3. Experiência na Educação Básica
Prefeitura Municipal de Vitória - PMV
Ensino, Nível: Ensino fundamental.
Disciplinas ministradas
1. Educação Artística.
2. Oficina de teatro.
4.4. Outras Atividades
Trabalhos publicados nas áreas de Arte e Educação podem ser verificados no
Curriculum Lattes.
5. Perfil do corpo docente
Além da Profª. Ms. Andréa Maria favilla Lobo, coordenadora do curso, o corpo
docente será composto por outros professores especialistas, mestres e doutores do
quadro efetivo da UFAC, campus sede, Rio Branco, e campus Cruzeiro do Sul, que
atuam na área de Letras, Artes e Ciências Humanas e formação de professores.
Eventualmente, professores-visitantes poderão ser convidados para ministrar um dos
módulos.
11
Titulação do Corpo Docente
Doutorado: 2
Mestrado: 1
Especialista: 1
Obs: Dois novos professores na área de Arte tomarão posse de seus cargos efetivos
da Universidade ainda este ano, provenientes do último concurso na área.
6. Descrição do Projeto de Curso
6.1. Objetivos do Curso
Os módulos que compõem o curso pretendem favorecer aos professores do
Ensino Médio espaços de aprendizagem e reflexão sobre suas práticas em sala de
aula com o ensino da arte. Possibilitando vivências, reconhecimento de espaços locais
de produção e exposição artística, elaboração de propostas pedagógicas para o ensino
da Arte assim como favorecer diálogos entre as manifestações culturais regionais e as
práticas pedagógicas dos docentes no cotidiano escolar.
6.2. Distribuição dos Componentes Curriculares
O curso será composto por seis módulos de 30 horas cada um, totalizando 180
horas de instrução presencial.
Os componentes curriculares bem como seus objetivos gerais são descritos a
seguir.
Módulo 1: História da Arte
Discutir o processo de criação artística, os diversos estilos ao longo da história e a
relação da arte com a comunicação e o belo.
Módulo 2: Fundamentos do Ensino da Arte
12
Refletir sobre o contexto em que emerge o ensino da arte no Brasil e os pressupostos
teóricos que orientam o processo de ensino e a aprendizagem da Arte no mundo
contemporâneo.
Módulo 3: Arte e Cultura
Discutir as relações entre a produção artística e a produção cultural e os
desdobramentos possíveis no trabalho do professor em sala de aula.
Módulo 4: Oficina de Jogos Teatrais
Vivenciar por meio de jogos o fazer teatral refletindo sobre a metodologia do jogo como
proposta para ao ensino do teatro.
Módulo 5: Laboratório de Técnicas Visuais
Vivenciar processos criativos compreendendo os elementos fundamentais da
composição, percepção visual e arte. Perceber a forma como linguagem expressiva.
Experimentar Técnicas de estimulação em leitura de imagens. Refletindo sobre as
imagens e o ensino da Arte.
Módulo 6: Laboratório Pedagógico
Avaliar a prática docente no ensino da Arte e elaborar propostas de intervenção
pedagógica assim como experimentar novas estratégias, recursos e materiais de
trabalho.
6.3. Metodologia de Trabalho
O curso de formação continuada de professores que atuam com o ensino da
Arte no Ensino Médio pretende disponibilizar para os docentes não só material teórico
13
que fundamente sua prática em sala de aula, mas também espaços de oficina onde
poderão vivenciar o fazer artístico, estabelecendo diálogos significativos durante os
encontros, a partir das suas próprias experiências estéticas. O tornar-se professor de
Arte diz respeito a conhecer Arte, apreciar Arte e saber ser professor de Arte. Para dar
continuidade a este processo pretendemos estabelecer parcerias. Algumas parcerias já
foram iniciadas como, por exemplo, com o Instituto Arte na Escola de São Paulo,
favorecendo a capacitação dos professores por meio de materiais didáticos, e
futuramente com as secretarias de Educação do Estado e do Município visando
promover encontros de área contínuos e sistematizados. Além disso, realizaremos os
seguintes procedimentos abaixo relacionados:
􀂃 Leitura de textos teóricos diversos
􀂃 Diálogo/Discussões
􀂃 Seminários
􀂃 Oficinas de Jogos Teatrais e Leitura de Imagens
6.4. Proposta de procedimentos avaliativos
Entendemos a avaliação como um processo contínuo onde, tanto o professor
quanto o aluno fazem parte. O processo de avaliação possibilita ao professor a
oportunidade de: diagnosticar o grupo em que vai trabalhar em relação ao
conhecimento de sua disciplina; analisar se os objetivos traçados para sua aula estão
sendo alcançados pelos alunos; redimensionar sua prática em função do processo
avaliativo.
Nesse sentido, ao final dos seis módulos o aluno/docente deverá elaborar uma
proposta de intervenção pedagógica a partir das reflexões e saberes produzidos em
cada módulo de forma interdisciplinar. Este projeto deverá ser avaliado e acompanhado
pelo corpo docente do curso juntamente com as Secretarias de Educação.
7. Referências
14
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo: Pioneira, 1986.
BARBOSA, A. M. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.
_____________ . Recorte e colagem: influências de John Dewey no ensino da arte
no Brasil. São Paulo: Cortez,1989
FERRAZ, M. H. C. T. & FUSARI. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez,
2002.
JANSON,A, JANSON, H.W. História da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MARQUES, MARIA DO P. SOCORRO CALIXTO. A cidade encena a floresta. RIO
BRANCO: EDUFAC, 2005.
KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2002.
OSTROWER, F. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1984
REVERBEL, Olga. Um caminho do: teatro na escola. São Paulo: Scipione, 1989.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1987.
15
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Letras, campus sede, Rio Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de Oliveira
16
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
1.Breve histórico da atuação do Departamento de Letras da UFAC em cursos de
formação de professores na área de Língua Portuguesa
O Curso de Letras da UFAC foi criado em 1971 ainda quando a instituição se
constituía num centro estadual. Em 1974 a instituição é federalizada, o que vai permitir
ampliação, expansão e melhor estruturação de seus cursos.
Sendo a única instituição universitária no estado, torna-se a única responsável
pela formação de quadros para atender às demandas educacionais e administrativas.
Nesse contexto o Departamento de Letras assume papel fundamental na formação de
professores de língua portuguesa e língua estrangeira para a rede municipal e estadual
de ensino. Passados os primeiros anos, um contingente significativo de professores
adquire sua formação em nível superior e ingressam na rede de ensino do Estado,
assumindo encargos docentes e direção.
A partir da década de 1980, temos já um número importante de egressos do
Curso de Letras, que não tinham a possibilidade de perseguir a continuidade de sua
formação profissional, a menos que se deslocasse para fora do Estado em busca de
instituições que oferecessem cursos de pós-graduação. O Departamento de Letras
inicia, então, uma nova frente de atuação: os cursos de especialização. As iniciativas
eram sempre internas à Universidade, que tinha, muitas vezes, de persuadir os
gestores da necessidade de incentivar e, mesmo, permitir a seus servidores a realizar
estudos de aprofundamento e atualização em suas áreas profissionais. Na capital, Rio
Branco, era mais fácil a oferta de cursos, pois os profissionais podiam decidir
individualmente pela sua realização. Nos municípios do interior a situação era – ainda é
– difícil, tendo em vista a dificuldade de acesso, pois muitos deles só eram/são
acessíveis por meio de transporte aéreo; essa situação demandava um investimento
grande tanto de pessoal quanto financeiro, para que os professores ministrantes
pudessem se deslocar e permanecer naquelas localidades; exigia ainda uma
17
disposição do poder público para promover a atividade, mormente pelo fato de que em
alguns deles o número de professores graduados era pequeno.
Hoje, o Departamento de Letras já ofereceu à comunidade mais de 16 cursos de
Pós-Graduação Lato Sensu, os quais se distribuíram nas subáreas de Literatura;
Literatura Comparada; Literatura Infantil; Língua Portuguesa; Ensino de Língua
Portuguesa e Lingüística, geralmente orientados para leitura e produção de texto.
Desse elenco de especializações, algumas foram realizadas em municípios de
interior, a saber Sena Madureira, o único acessível por meio terrestre; Cruzeiro do Sul,
Feijó e Tarauacá, acessíveis por via área (com exceção de três meses ao ano, durante
o estio).
As especializações exercem um grande apelo aos professores, pois se revestem
em ganhos financeiros com o incentivo pelo título, contemplado na estrutura da
carreira; assim, os próprios professores instigavam os prefeitos e secretários
municipais para negociar com a Universidade seu oferecimento. Outros cursos e
programas de capacitação não são tão atraentes, pois não acrescentam valor
financeiro e exigem mais tempo do professor para além do já empregado nas suas
atividades de ensino, além de ajustes de suas atividades para poder deles participar.
Convém salientar, no entanto, que o Departamento de Letras vem construindo
uma relação de trabalho de caráter mais sistemático com a Secretaria Estadual de
Educação e as Secretarias Municipais. Um destaque deve ser feito aqui para um curso
de especialização oferecido pelo Departamento de Letras aos professores de língua
portuguesa das escolas públicas em Rio Branco em convênio com a Secretaria de
Estado de Educação e a Secretaria Municipal de Rio Branco. Esse curso se
desenvolveu no período de 1995-1996, gerando como produto final a Proposta
Curricular de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série), que até hoje é
usada como base referencial tanto nas escolas mantidas pelo Município quanto pelo
Estado.
Nessa mesma linha, a Secretaria de Estado de Educação estabeleceu, no início
desta década, com professores do Departamento de Letras (embora fosse um
programa de caráter individual) uma agenda de trabalho para a elaboração de proposta
para os referencias curriculares para o Ensino Médio nas áreas de Língua Portuguesa
(aí incluída a literatura), e Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol). As atividades desse
18
programa incluíam cursos de capacitação para os professores, de modo que as
propostas pudessem ser discutidas, avaliadas pelos próprios professores, que também
se avaliavam quanto a sua competência para desenvolver suas atividades docentes a
partir do que propunham os novos referencias. Essas iniciativas têm permitido aos
professores do Departamento de Letras uma aproximação com a rede de ensino do
Estado, que possibilita a obtenção de informações que podem servir como baliza para
as ações na formação inicial dos professores de língua portuguesa e língua estrangeira
(espanhol, francês e inglês), e nos programas de formação continuada.
O Departamento Letras continua a insistir na necessidade de oferecer à
comunidade possibilidade de capacitação para além da formação inicial e iniciou no
ano de 2004 um programa permanente de pós-graduação lato sensu, com duas
ramificações: estudos lingüísticos e estudos literários, ambas voltadas para o ensino da
leitura e da escrita. Esse projeto, ao tempo em que procura contemplar as tendências
individuais para interrogações no campo da Literatura ou da Lingüística, direciona os
estudos para as ferramentas da Lingüística e da Teoria Literária que podem servir de
suporte teórico para os professores enfrentarem os desafios do ensino e da
aprendizagem da leitura e da escrita.
Embora reconheça o lugar de importância que têm na formação continuada os
cursos de especialização, o Departamento se ressentia das dificuldades de envolver os
professores da rede estadual de ensino em programas mais flexíveis e voltados mais
imediatamente para a situação interna da escola. Por um lado precisava conciliar suas
atividades internas à Universidade com as dos docentes e das escolas da rede, tarefa
quase sempre difícil em função da não-existência de mecanismos institucionais que
aproximasse a Universidade da rede pública de educação básica em caráter
permanente.
O Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio
se configura como uma oportunidade para o Departamento atuar de forma mais flexível
e sistemática junto à rede estadual e às redes municipais de ensino. A estrutura de um
programa voltado para os docentes de estabelecimentos de ensino e não apenas para
docentes individualmente possibilita uma melhor aproximação do cotidiano escolar e a
organização de atividades que sejam realizadas pelos cursistas e acompanhadas pelos
capacitadores, mesmo após a conclusão dos módulos do curso, garantido um processo
19
de avaliação dos efeitos do programa na sala de aula.
2. Caracterização do curso oferecido
A partir da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96),
o Ensino Médio ganha uma nova identidade: Ensino Médio agora é a etapa final do
Ensino Básico (Infantil, Fundamental e Médio). Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a
formação geral, em oposição à formação específica, e o desenvolvimento de
capacidades – pesquisar, analisar, selecionar, aprender, criar, elaborar etc., enfim, “um
currículo baseado no domínio de competências básicas e não no acúmulo de
informações”. (PCNEM, 1998, p.4).
Partindo de uma visão democrática, as orientações nacionais – definidas pelo
Ministério da Educação Nacional – distribuem responsabilidades para a
operacionalização desse novo projeto político-pedagógico para o ensino médio. Cabe a
cada Secretaria de Educação Estadual elaborar os programas de ensino, e é tarefa das
escolas a elaboração das propostas pedagógicas.
Tendo em vista ser o professor – principal agente transformador da realidade
escolar – o sujeito-leitor privilegiado dos documentos oficiais (LDB, PCNEM, PCN+),
sendo este também responsável pela elaboração das propostas pedagógicas, faz-se
necessário uma orientação crítico-reflexiva na sua formação, que de fato contribua para
a condução desse processo de mudança , principalmente, no que diz respeito às suas
práticas de sala de aula. Acreditamos que a maioria dos professores do Ensino
Médio carece de conhecimentos sobre novas correntes lingüísticas – Sociolingüística,
Psicolingüística, Lingüística Textual, Pragmática, Lingüística Aplicada, Análise de
Discurso e outras, todas ligadas à lingüística da enunciação ou do discurso – que lhes
dêem subsídios para uma prática de ensino de língua que constitua em tema das aulas
a própria língua em funcionamento, com abertura, na sala de aula, à pluralidade dos
discursos, visto que os pressupostos dessas teorias de abordagens enunciativodiscursivas
começaram a ser divulgados há menos de duas décadas, tendo sido
20
introduzidos em pouquíssimos currículos dos cursos de Letras bem recentemente.
(CUNHA, 2004)
Sendo assim, é natural que o professor, que se formou há algum tempo, não
tenha conhecimento suficiente para desenvolver uma prática de ensino de Língua
Portuguesa coerente com essas teorias. Isso dificulta a definição de uma postura
pedagógica diferenciada por parte dos professores que, sem saber exatamente como
acompanhar a proposta de elaboração de um novo currículo, acabam, no geral,
ensinando, em sala de aula, a partir do currículo consolidado. Some-se a isso a
resistência à mudanças demonstrada por alguns professores.
Para que, de fato, a proposta de inovação de um novo currículo para o ensino
médio aconteça com mudanças efetivas nas práticas dos professores – responsáveis
por formar outros sujeitos – em sala de aula é fundamental que eles sejam engajados
em um processo de formação continuada que proporcione o suporte teórico e
metodológico necessário para que os professores sejam capazes de refletir sobre suas
práticas e suas opções teóricas. Concordamos com a afirmação de que (...) as únicas
pessoas em condições de encarar um trabalho de modificação das escolas são os
professores. Qualquer projeto que não considere como ingrediente prioritário os
professores – desde que estes, por sua vez, façam o mesmo com os alunos –
certamente fracassará. (POSSENTI, 1996)
Como sabemos a Universidade é a principal responsável pela formação desses
sujeitos-professores, então as mudanças dever vir desse lugar. Fundamentalmente,
ela é responsável pela construção de um processo de formação de professores, tanto
nos Cursos de Licenciatura quanto nos programas de formação continuada, que
desencadeie atitudes crítico-reflexiva para que, de fato, ocorra um ensino mais
produtivo. É sua função e seu dever social abrir espaços para discussões, reflexões, a
fim de proporcionar ao sujeito-professor uma boa formação acadêmica, em que o
processo de interação com o outro seja capaz de desencadear mudanças
significativas. È nesse espaço de interlocução entre sujeitos socialmente localizados
que pretendemos dialogar.
Assim, reflexões acerca das noções de linguagem, sujeito e discurso, sob as
perspectivas enunciativo-discursivas, podem funcionar como um fio condutor para
alterar a prática de ensino e de aprendizagem de línguas. Visto que essas perspectivas
concebem a linguagem enquanto realização de sujeitos sócio-históricos e considera os
21
discursos ou enunciados como objetos de estudo, processos que produzem sentidos e
que são operados pelos sujeitos, tendo como base a língua. Supõe-se que esta nova
concepção de linguagem como enunciação, como discurso, e a crença de que o
sujeito-professor deve viver num processo coletivo e ininterrupto de ensino e de
aprendizagem. Um professor que não pode deixar de ser aluno, isto é, que não sabe
tudo, que não pode deixar de ser aprendiz (ANTUNES, 2003) são capazes de
ocasionar mudanças no ensino atual de Língua Portuguesa, pois rejeita a noção de
língua, exclusivamente, como sistema ou como código.
Sendo assim, cremos que o ensino de línguas deve ser desenvolvido num
contexto mais amplo do que a análise interna dos fatos lingüísticos, elegendo como
elemento norteador a língua em funcionamento. Devem-se buscar práticas de ensino
que trabalhem, a partir da materialidade lingüística, as condições de produção do
discurso, pois sabemos que, de modo geral, o ensino de línguas continua orientado por
um discurso baseado na tradição em que a consolidação do ensino de gramática
normativa ainda se faz presente.
Sob essa perspectiva, e por acreditar que podem acontecer mudanças no
ensino de línguas através de um trabalho contínuo e conjunto a proposta elaborada
pelo Departamento de Letras da UFAC para o Programa de Incentivo à Formação
Continuada de Professores do Ensino Médio objetiva desenvolver no sujeito-professor
atitudes/posturas crítico-reflexivas que transformem suas práticas pedagógicas, um
sujeito-professor capaz de construir significados a partir de seus posicionamentos
sociais, levando em conta o quando e o onde da interação com o outro, envolvidos na
busca de significados comuns e contextualizados. Além disso, o curso de formação
continuada proposto pela UFAC, também se justifica, como já foi dito, pela necessidade
de reflexões teóricas que contribuam para uma perspectiva de ensino e de
aprendizagem de Língua Portuguesa que considere, além do contexto lingüístico, as
condições sócio-históricas e ideológicas.
Sendo a Universidade o espaço de construção do saber, as mudanças,
principalmente na educação, como já se disse, devem partir desse lugar.
3. Carga-horária do curso
22
O curso de formação continuada a ser oferecido pela UFAC para os professores
de Língua Portuguesa do Ensino Médio da rede municipal e estadual de Rio Branco e
municípios do interior será dividido em seis módulos de 30 horas/aula cada, perfazendo
um total de 180 horas/aula, carga horária máxima prevista pelo MEC no Edital do
Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio. Os
módulos serão ministrados no decorrer de três semestres, dois módulos por semestre,
de acordo com o calendário estabelecido pelo Programa, em acordo com a Secretaria
de Estado de Educação e as Secretarias Municipais, podendo ser flexibilizado para
atender eventuais especificidades da clientela.
4. Currículo do coordenador do curso
A professora Verônica Maria Kamel de Oliveira, coordenadora desse curso de
formação, é doutora em Lingüística e Língua Portuguesa pela Universidade Federal da
Paraíba. Sua trajetória acadêmica e profissional é brevemente relatada no memorial
descrito abaixo:
4.1. A tese de doutorado
As pesquisas realizadas ao longo do doutorado foram financiadas pelo PICDT/
CAPES, que concedeu a bolsa de estudos, fundamental para a realização do curso. O
trabalho de tese (OLIVEIRA, 2006) intitulado Discurso sobre o ensino e a
aprendizagem de Língua Portuguesa: um estudo a partir de textos produzidos por
acadêmicos do Curso de Letras consistiu em investigar o discurso de alunos iniciantes
e concluintes de Curso de Letras de duas Universidades Federais, uma do Norte outra
do Nordeste, acerca das noções de linguagem, gramática, língua falada e língua
escrita, texto e escrita, com o objetivo de compreender como esses sujeitos se
posicionam sobre o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa.
Este trabalho buscou refletir sobre o ensino e a aprendizagem de Língua
Portuguesa e a defesa da tese ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2006 na Universidade
Federal da Paraíba.
23
4.2. Experiências na Graduação
Em 1993, ingressei como professora de ensino superior na Universidade Federal
do Acre, lecionando as disciplinas de Literatura Portuguesa e de Língua Portuguesa I e
III, tanto no Curso de Licenciatura Plena em Letras – regime parcelado, no município
de Brasiléia-AC, quanto no Curso de Licenciatura Plena regular na sede.
Desde1994, após o término do Curso de Especialização em Língua Portuguesa,
até o presente, assumimos disciplinas na área de Lingüística e Língua Portuguesa.
Assumimos a Coordenação do Curso de Letras – regime parcelado, nos
municípios de Feijó e Tarauacá, no período de 01 de marco de 1994 a 01 de marco de
1997.
Atualmente, além de ministrar as disciplinas de Língua Portuguesa III – Redação
Científica no Curso de Letras e Leitura e Produção de Textos Técnicos no Curso de
Sistema de Informação, estou coordenando um Grupo de Estudos em Análise de
Discurso e Ensino de Línguas (GEADEL), que desenvolverá pesquisas nas áreas de
ensino e aprendizagem de línguas (materna e estrangeiras) e formação de professores,
buscando ampliar as linhas de pesquisa do Mestrado em Letras da UFAC.
4.3. Experiências nas extensão
Participamos como membro da equipe de correção de redação do concurso
Vestibular da UFAC de 1994 a 2000.
Coordenamos o curso de Extensão Universitária no ensino de Língua
Portuguesa e Literatura no 2o grau, em 1995.
Ministramos o Curso de Leitura e Produção de Textos, nos municípios de Xapuri,
Brasiléia, Senador Guiomar, Feijó e Tarauacá, nos anos de 1994 e 1995.
Em 1997, participamos como ministrante do Curso Fomentando a
Leitura/Escrita, Módulo Leitura – Vários olhares.
4.4. Experiências na Pesquisa
24
Em 1995, Coordenamos, juntamente com as professoras Eurilinda Maria Gomes
Figueiredo e Maria de Nazareth F. Fernandes Guimarães, o projeto de pesquisa
intitulado Re-pensando o ensino de Português nas quatro últimas séries do primeiro
grau, vinculado a linha de pesquisa do Departamento de Letras da UFAC A Amazônia
em Linguagem. Este projeto objetivava verificar como era ministrado o ensino de
Língua Portuguesa nas quatro últimas séries do primeiro grau das escolas públicas de
Rio Branco a fim de, com base no material coletado, formular uma proposta
metodológica para o ensino de língua materna que desencadeie, por sua vez, um
processo de ativação curricular nas escolas da rede pública estadual. Infelizmente, por
falta de financiamento não concluímos este projeto.
4.5. Experiências na Administração Superior
Assumimos a Coordenadoria de Editoração da UFAC, no período de 04 de
novembro de 1996 a 04 de novembro de 2000.
4.6. Outras Atividades
Conforme pode ser verificado no Currículo Lattes, que pode ser consultado no
site do CNPq, além das atividades relatadas, a Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de
Oliveira tem desenvolvido outras atividades acadêmicas como apresentação de
trabalhos em eventos científicos, publicação de artigos, entre outras.
5. Perfil do corpo docente
Além da Profa. Dra. Verônica Maria Kamel de Oliveira, coordenadora do curso, e
do Prof. Dr. Vicente Cruz Cerqueira – que coordenou vários dos cursos de
especialização e presentemente é sub-coordenador dos cursos de pós-graduação lato
e stricto sensu – o corpo docente será composto por outros professores mestres e
doutores do quadro efetivo da UFAC, campus sede, Rio Branco, e campus de Cruzeiro
25
do Sul, que atuam na área de ensino e de aprendizagem e formação de professores
de Língua Portuguesa e que tenham desenvolvido/desenvolvam/venham a desenvolver
projetos nessa área. Eventualmente, professores-visitantes poderão ser convidados
para ministrar um dos módulos.
Titulação do Corpo Docente
Doutorado: 10
Mestrado: 5
6. Descrição do Projeto do Curso
6.1. Objetivos do Curso
Os seis módulos que compõem o curso bem como o trabalho de formação
continuada a ser realizado após a conclusão do mesmo pretendem:
• Subsidiar o trabalho dos professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio,
oportunizando-lhes contato com correntes teóricas de abordagens enunciativodiscursivas,
a fim de que reflitam sobre suas práticas de sala de aula, conscientes
do seu papel enquanto ser histórico e socialmente situado;
• Engajar os professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio em um processo
reflexivo crítico sobre suas práticas pedagógicas, propiciando-lhes situações que
permitam discussões em torno do ensino de Língua Portuguesa, enquanto ensino
exclusivamente gramatical;
• Contribuir para que os professores, num trabalho coletivo, elaborem propostas
pedagógicas tendo como norte as noções de linguagem e de aprendizagem
enquanto de natureza social, visto que ambas só acontecem na interação entre
interlocutores socialmente situados.
26
• Criar situações que permitam ao professor compreender a necessidade de
desenvolver pesquisas e projetos na sua sala de aula que propiciem um novo
fazer pedagógico, transformando sua prática.
• Organizar, juntamente, com a Secretaria de Educação e Escolas da Rede Pública
oficinas, mini-cursos, seminários, encontros, e outros eventos que criem espaços
para que os professores-participantes do curso divulguem seus trabalhos, tornandose
desta forma um multiplicador, um agente de transformações no seu ambiente de
trabalho (CELANI, 2002)
6.2. Distribuição dos Componentes Curriculares
Conforme especificado no item 3, o curso será composto por seis módulos de
30 horas/aula cada um, totalizando 180 horas de instrução presencial.
Os componentes curriculares bem como seus objetivos gerais são sucintamente
delineados a seguir:
Módulo 1: Concepções de linguagem e o ensino da Língua Portuguesa.
• Levar o professor a refletir sobre as concepções de linguagem sua
implicação para a compreensão de ensino e de aprendizagem de Língua
Portuguesa, tendo em vista serem essas concepções subjacentes a
propostas pedagógicas que orientam e determinam esse ensino.
Módulo 2: Introdução às teorias lingüísticas de abordagens enunciativodiscursivas.
• Fornecer um panorama dos estudos lingüísticos enunciativo-discursivos,
levando o professor a refletir sobre suas opções teóricas e sua prática de
sala de aula.
Módulo 3: Leitura e escrita: práticas sociais, históricas e culturais.
27
• Discutir questões relacionadas às práticas de leitura e de escrita no Ensino
Médio e suas implicações para a formação do sujeito leitor/autor.
Módulo 4: Introdução às teorias de gêneros discursivos: caracterização e
aplicação pedagógica.
• Compreender as diversas concepções acerca da noção de gêneros
discursivos/textuais, visando subsidiar a prática de sala de aula do professor
com um trabalho que contemple novos e diferentes gêneros.
Módulo 5: Pesquisas na sala de aula
• Propiciar discussões reflexivas acerca dos paradigmas metodológicos que
norteiam pesquisas em sala de aula, com foco na pesquisa qualitativa de
cunho sócio-interacionista, a fim de instrumentalizar o professor para
elaborar, juntamente com seus alunos, pesquisas em sala de aula.
Módulo 6: Planejamento, preparação e avaliação de materiais didáticos
• Avaliar os materiais didáticos utilizados para o ensino e a aprendizagem de
Língua Portuguesa no Ensino Médio, contribuindo para que organize seu
próprio material didático com base nas necessidades reais de seus alunos e
nas concepções teórico-metodológicas discutidas nos outros módulos.
6.3. Metodologia de Trabalho
Para engajar os professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio em um
processo de reflexão contínua sobre suas práticas em sala de aula, serão privilegiados
os seguintes espaços de construção do conhecimento:
• Leitura de textos teóricos diversos
A construção de sistemas ideológicos historicamente cristalizados
(conceitos científicos diversos) é fundamental para desencadear um
28
processo reflexivo acerca das ideologias do cotidiano (conhecimento
intuitivo) que embasam a prática em sala de aula. (SZUNDY, 2005)
• Diálogo/Discussões
O estudo torna-se interrogação e troca, ou seja, diálogo. Não interrogamos a
natureza e ela não nos responde. Interrogamos a nós mesmos, e nós, de
certa maneira, organizamos nossa observação ou nossas experiências a fim
de obtermos uma resposta. (BAKHTIN, 1953/1979)
• Seminários e escritura de artigos; trabalhos de conclusão de curso.
Além de criar oportunidades para que os professores reflitam sobre o
conhecimento construído, a apresentação de seminários e a escritura de
trabalhos acadêmicos permitem a reinserção desses professores nas rotinas
acadêmicas e a preparação para uma futura pós-graduação.
• Avaliação e preparação de materiais didáticos
Permite a aplicação dos pressupostos teóricos discutidos nos módulos
anteriores na avaliação crítica de materiais didáticos e na construção de
materiais que contemplem as necessidades dos alunos de Ensino Médio,
promovendo assim mudanças na própria prática pedagógica.
• Elaboração de um projeto de pesquisa
No decorrer do curso, além dos trabalhos de cada módulo, será
solicitado ao professor que elabore um projeto de pesquisa a ser
aplicado na sua própria sala de aula, de forma a incentivar a realização
de pesquisas como espaço para compreender o processo de construção
do conhecimento na sala de aula de Língua Portuguesa, detectar os
problemas envolvidos nesse processo e, em conjunto com os alunos,
negociar transformações para práticas pedagógicas vigentes.
29
• Mini-cursos e oficinas
Conforme já especificado no item 6.1 os mini-cursos, oficinas e outros
eventos organizados em parceria com a Secretaria de Educação e
Escolas buscarão criar espaços para que as experiências dos
professores e os saberes por eles construídos no decorrer do curso
sejam compartilhadas com outros professores da rede, fazendo com que
os professores-participantes se tornem multiplicadores.
6.4. Proposta de procedimentos avaliativos
Os professores serão avaliados continuamente no decorrer de todas as
atividades detalhadas acima. Além dos trabalhos de conclusão de cada módulo, cada
professor irá elaborar um projeto a ser desenvolvido em sua sala de aula. Após a
conclusão do curso, será organizada uma série de oficinas e mini-cursos mensais
abertos a outros professores da rede pública em que os professores-participantes do
curso apresentarão os resultados dos seus projetos, o que possibilitará um
acompanhamento das atividades desenvolvidas em sala de aula após a conclusão do
curso.
A auto-avaliação constitui outro procedimento avaliativo a ser utilizado no
decorrer do curso, pois acreditamos que a capacidade de estabelecer avaliações sobre
o próprio processo de aprendizagem e sobre a própria prática é essencial para o
engajamento em um processo reflexivo crítico que venha de fato a promover
transformações na sala de aula.
Por fim, para garantir a unidade do curso e o compartilhamento das
concepções que norteiam a sua proposta, é fundamental que os professorespesquisadores
que integrarão o corpo docente também se engajem em um processo
reflexivo crítico sobre a sua própria prática e a estruturação curricular e metodológica
do curso. Esta unidade será garantida por meio de reuniões mensais ou quinzenais e
pelo acompanhamento contínuo da coordenadora do curso.
30
7. Referências e Bibliografia de apoio
ABREU, Márcia (org.). Leitura, história e história da leitura. Campinas: Mercado de
Letras, 2002.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola,
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BAKHTIN, Mikhail. (1929) Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo:
Hucitec, 1992.
_____. (1953/1979) Estética da Criação Verbal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
_____. (1975) Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3. ed. São
Paulo: Hucitec, 1993.
BASTOS, Neusa Barbosa. (org.) Língua portuguesa. História, Perspectivas,
Ensino. São Paulo: EDUC, 1998.
BRAIT, Beth (org.). Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Campinas:
Editora da UNICAMP, 1997.
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. 3. ed.
Campinas: Editora da UNICAMP, 1994.
_____. Texto, gêneros do discurso e ensino. In: BRANDÃO, Helena H. Nagamine
(Org.). Aprender e ensinar com textos. São Paulo: Cortez, 2000.
BATISTA, Antônio Augusto Gomes. Aula de português: discurso e saberes
escolares. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
CELANI, M.A A. (Org.) Professores e formadores em mudança: relato de um processo
de reflexão e transformacão da prática docente. Campinas. Mercado de Letras, 2002.
CHARTIER, Roger. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa
entre os séculos XIV e XVIII. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1999.
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33
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira – Língua
Inglesa e Língua Espanhola
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Letras, campus sede, Rio Branco
Coordenadora do Projeto: Profª. Drª. Paula Tatianne Carréra Szundy
_____________________________________________________________________________
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2530
34
1.Breve histórico da atuação do Departamento de Letras da UFAC em cursos de
formação de professores na área de de Língua Estrangeira
O Curso de Letras da UFAC foi criado em 1971 ainda quando a instituição se
constituía num centro estadual. Em 1974 a instituição é federalizada, o que vai permitir
ampliação, expansão e melhor estruturação de seus cursos.
Sendo a única instituição universitária no estado, torna-se a única responsável
pela formação de quadros para atender às demandas educacionais e administrativas.
Nesse contexto o Departamento de Letras assume papel fundamental na formação de
professores de língua portuguesa e língua estrangeira para a rede municipal e estadual
de ensino. Passados os primeiros anos, um contingente significativo de professores
adquire sua formação em nível superior e ingressam na rede de ensino do Estado,
assumindo encargos docentes e direção.
A partir da década de 1980, temos já um número importante de egressos do
Curso de Letras, que não tinham a possibilidade de perseguir a continuidade de sua
formação profissional, a menos que se deslocasse para fora do Estado em busca de
instituições que oferecessem cursos de pós-graduação. O Departamento de Letras
inicia, então, uma nova frente de atuação: os cursos de especialização. As iniciativas
eram sempre internas à Universidade, que tinha, muitas vezes, de persuadir os
gestores da necessidade de incentivar e, mesmo, permitir a seus servidores a realizar
estudos de aprofundamento e atualização em suas áreas profissionais. Na capital, Rio
Branco, era mais fácil a oferta de cursos, pois os profissionais podiam decidir
individualmente pela sua realização. Nos municípios do interior a situação era – ainda é
– difícil, tendo em vista a dificuldade de acesso, pois muitos deles só eram/são
acessíveis por meio de transporte aéreo; essa situação demandava um investimento
grande tanto de pessoal quanto financeiro, para que os professores ministrantes
pudessem se deslocar e permanecer naquelas localidades; exigia ainda uma
disposição do poder público para promover a atividade, mormente pelo fato de que em
alguns deles o número de professores graduados era pequeno.
Hoje, o Departamento de Letras já ofereceu à comunidade mais de 16 cursos de
Pós-Graduação Lato Sensu, os quais se distribuíram nas subáreas de Literatura;
Literatura Comparada; Literatura Infantil; Língua Portuguesa; Ensino de Língua
35
Portuguesa e Lingüística, geralmente orientados para leitura e produção de texto.
Desse elenco de especializações, algumas foram realizadas em municípios de
interior, a saber Sena Madureira, o único acessível por meio terrestre; Cruzeiro do Sul,
Feijó e Tarauacá, acessíveis por via área (com exceção de três meses ao ano, durante
o estio).
As especializações exercem um grande apelo aos professores, pois se revestem
em ganhos financeiros com o incentivo pelo título, contemplado na estrutura da
carreira; assim, os próprios professores instigavam os prefeitos e secretários
municipais para negociar com a Universidade seu oferecimento. Outros cursos e
programas de capacitação não são tão atraentes, pois não acrescentam valor
financeiro e exigem mais tempo do professor para além do já empregado nas suas
atividades de ensino, além de ajustes de suas atividades para poder deles participar.
Convém salientar, no entanto, que o Departamento de Letras vem construindo
uma relação de trabalho de caráter mais sistemático com a Secretaria Estadual de
Educação e as Secretarias Municipais. Um destaque deve ser feito aqui para um curso
de especialização oferecido pelo Departamento de Letras aos professores de língua
portuguesa das escolas públicas em Rio Branco em convênio com a Secretaria de
Estado de Educação e a Secretaria Municipal de Rio Branco. Esse curso se
desenvolveu no período de 1995-1996, gerando como produto final a Proposta
Curricular de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série), que até hoje é
usada como base referencial tanto nas escolas mantidas pelo Município quanto pelo
Estado.
Nessa mesma linha, a Secretaria de Estado de Educação estabeleceu, no início
desta década, com professores do Departamento de Letras (embora fosse um
programa de caráter individual) uma agenda de trabalho para a elaboração de proposta
para os referencias curriculares para o Ensino Médio nas áreas de Língua Portuguesa
(aí incluída a literatura), e Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol). As atividades desse
programa incluíam cursos de capacitação para os professores, de modo que as
propostas pudessem ser discutidas, avaliadas pelos próprios professores, que também
se avaliavam quanto a sua competência para desenvolver suas atividades docentes a
partir do que propunham os novos referencias. Essas iniciativas têm permitido aos
professores do Departamento de Letras uma aproximação com a rede de ensino do
36
Estado, que possibilita a obtenção de informações que podem servir como baliza para
as ações na formação inicial dos professores de língua portuguesa e língua estrangeira
(espanhol, francês e inglês), e nos programas de formação continuada.
O Departamento Letras continua a insistir na necessidade de oferecer à
comunidade possibilidade de capacitação para além da formação inicial e iniciou no
ano de 2004 um programa permanente de pós-graduação lato sensu, com duas
ramificações: estudos lingüísticos e estudos literários, ambas voltadas para o ensino da
leitura e da escrita. Esse projeto, ao tempo em que procura contemplar as tendências
individuais para interrogações no campo da Literatura ou da Lingüística, direciona os
estudos para as ferramentas da Lingüística e da Teoria Literária que podem servir de
suporte teórico para os professores enfrentarem os desafios do ensino e da
aprendizagem da leitura e da escrita.
Embora reconheça o lugar de importância que têm na formação continuada os
cursos de especialização, o Departamento se ressentia das dificuldades de envolver os
professores da rede estadual de ensino em programas mais flexíveis e voltados mais
imediatamente para a situação interna da escola. Por um lado precisava conciliar suas
atividades internas à Universidade com as dos docentes e das escolas da rede, tarefa
quase sempre difícil em função da não-existência de mecanismos institucionais que
aproximasse a Universidade da rede pública de educação básica em caráter
permanente.
O Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio
se configura como uma oportunidade para o Departamento atuar de forma mais flexível
e sistemática junto à rede estadual e às redes municipais de ensino. A estrutura de um
programa voltado para os docentes de estabelecimentos de ensino e não apenas para
docentes individualmente possibilita uma melhor aproximação do cotidiano escolar e a
organização de atividades que sejam realizadas pelos cursistas e acompanhadas pelos
capacitadores, mesmo após a conclusão dos módulos do curso, garantido um processo
de avaliação dos efeitos do programa na sala de aula.
37
8. Caracterização do curso oferecido
As pesquisas nas áreas de Educação e de Lingüística Aplicada têm sublinhado o
papel fundamental da formação reflexiva crítica do professor para o desencadeamento
de transformações na sua prática em sala de aula e, conseqüentemente, para a busca
de uma intervenção e mediação mais consciente, crítica e revolucionária no processo
de ensino-aprendizagem.
Para que o professor compreenda suas ações em sala de aula e busque
mudanças para sua prática, é fundamental o seu engajamento em um processo
reflexivo crítico desencadeado pela construção de um referencial teórico relacionado à
sua área de atuação, pelo diálogo com outros pares e interlocutores mais experientes e
pelo desenvolvimento de pesquisas e projetos na própria sala de aula.
Embora as propostas curriculares para o ensino-aprendizagem de língua
materna e estrangeira no ensino fundamental e médio estejam calcadas em teorias de
ensino-aprendizagem e de linguagem de cunho sócio-históricas que compartilham a
visão de que o processo de construção do conhecimento ocorre na interação com o(s)
outro(s)1 e de que o objetivo central da educação escolar é a formação do cidadão
crítico-reflexivo, sabe-se que muitas das práticas realizadas em sala de aula são
orientadas por modelos tradicionais que primam pela mera repetição e imitação e que,
por não vincularem o processo de ensino-aprendizagem às diversas esferas sociais
onde os conhecimentos circulam, não provocam revoluções e transformações
significativas no aprendiz.
Para que propostas curriculares críticas e inovadoras sejam de fato
implementadas na sala de aula é fundamental que os professores sejam engajados em
um processo de formação contínua voltado para a construção de um referencial teórico
e metodológico que possibilite a reflexão crítica sobre a sua própria prática. Enquanto
local onde paradigmas teóricos e metodológicos são delineados, discutidos,
(des)construídos e aplicados, a Universidade tem um papel fundamental no processo
de formação crítica de educadores, tendo o dever social de construir um espaço de
1 1 Privilegia-se aqui a concepção de outro no sentido proposto pelo círculo Bakhtin (1929, 1953, 1975) em que o
outro não se resume apenas ao par físico do processo interacional. O outro é entendido como todas as palavra de
outrem que são revozeadas no nosso discurso. Na sala de aula essa palavra de outrem pode incluir o discurso
científico, o discurso da mídia, da igreja, da família e muitos outros.
38
discussão e reflexão em que o professor deixe de ser apenas um consumidor de
pesquisas para se tornar um pesquisador da sua sala de aula (MOITA LOPES, 1996).
Fundamentado no papel central desempenhado pela reflexão crítica na
formação de professores e na concepção de que a Universidade constitui-se em um
espaço privilegiado para o engajamento em um processo reflexivo contínuo sobre a
própria prática, essa proposta de curso delineada pelo Departamento de Letras da
UFAC pretende criar espaços para compreensão, análise e reflexão teoricamente
fundamentada do processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira, língua
inglesa e espanhola, que leve a reconstrução, desconstrução e transformação de
práticas pedagógicas vigentes.
9. Carga-horária do curso
O curso a ser oferecido pelo UFAC para os professores de língua inglesa e
espanhola do Ensino Médio será dividido em seis módulos de 30 horas cada,
perfazendo um total de 180 horas, carga horária máxima prevista pelo MEC no Edital
do Programa de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio.
Os módulos foram organizados para serem ministrados no decorrer de três semestres,
dois módulos por semestre, de acordo com calendário a ser detalhado em conjunto
com a Secretaria de Estado de Educação e as Secretarias de Ensino dos municípios
alvo. Podem, contudo, ser distribuídos de modo diferente para atender especificidades
da clientela.
10. Currículo do coordenador do curso
A Professora Paula Tatianne Carréra Szundy, coordenadora desse curso de
formação, é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Sua trajetória no processo de formação de
professores de língua estrangeira é brevemente relatada no memorial circunstanciado
abaixo.
10.1. A tese de doutorado
39
As pesquisas realizadas ao longo do doutorado foram financiadas pelo CNPq e
CAPES (estágio de doutorado no exterior) e resultaram no trabalho de tese (SZUNDY,
2005) A construção do conhecimento no jogo e sobre o jogo: ensino-aprendizagem de
LE e formação reflexiva. O trabalho foi orientado por dois objetivos centrais:
• investigar o desenvolvimento dos jogos de linguagem e o papel por eles exercido no
processo de construção do conhecimento da habilidade oral em três estágios da
aprendizagem da língua estrangeira;
• promover a reflexão dos professores-participantes sobre o papel desempenhado
pelo jogo nas suas práticas em sala de aula.
A pesquisa realizada buscou contribuir para as áreas de ensino-aprendizagem de
LE e de formação de educadores e a defesa da tese ocorreu no dia 06 de maio de
2005 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
10.2. Estágio de doutorado no exterior
Dentre os quase quatro anos de pesquisa no doutorado, foi realizado um estágio de
um ano na Universidade de Lancaster, Reino Unido. O estágio em Lancaster ocorreu
de novembro de 2003 a outubro de 2004 e foi supervisionado pelo Prof. Dr. Martin
Bygate, cujos interesses centrais incluem o processo de construção da habilidade oral
em LE e/ou segunda língua (doravante L2), o desenvolvimento e análise de tarefas
(task based research) para ensino-aprendizagem de LE e/ou L2 e o estudo de
metodologias de pesquisa em Lingüística Aplicada às questões de ensinoaprendizagem
de LE e L2.
Esse estágio na Universidade de Lancaster permitiu a discussão teórica de
questões relacionadas a ensino-aprendizagem de LE e formação de professores com
pesquisadores de vários lugares do mundo (dado o caráter multicultural das
universidades britânicas, que recebem pesquisadores do mundo inteiro), contribuindo
de forma decisiva para ampliar a minha visão e reflexão sobre questões relacionadas
ao processo de construção do conhecimento em LE e formação reflexiva.
40
10.3. A dissertação de mestrado
A pesquisa referente à dissertação de mestrado (SZUNDY, 2001) foi realizada na
minha própria sala de aula e buscou analisar de que forma o conhecimento da LE foi
sócio-construído em interações decorrentes de sete atividades de jogos aplicadas no
decorrer de um semestre.
Nessa pesquisa inicial sobre jogos, várias perguntas ficaram sem respostas, em
especial àquelas relacionadas à constituição de jogos de linguagem mais complexos na
LE (como jogos de argumentar, narrar, etc.), ao papel do jogo no processo de
construção do conhecimento do jovem e adulto e às ideologias dos professores de LE
no que se refere ao papel do jogo na sua prática em sala de aula. Foi justamente a
busca de respostas para esses questionamentos que deram origem ao projeto e à tese
de doutorado.
10.4. Experiência na graduação
Minha experiência inicial na graduação foi como professora de língua inglesa na
Faculdade de Tecnologia (FATEC) de Guaratinguetá, São Paulo. Ministrei aulas para o
curso de secretariado e automação de escritórios no ano de 1998 e durante parte do
ano de 2001. A experiência nessa instituição foi interrompida tanto pelo início do
mestrado quanto do doutorado.
Em 1999 ingressei como docente nas Faculdades Integradas Teresa D’Ávilla,
instituição onde me graduei. De 1999 a 2002 lecionei as disciplinas de Língua Inglesa
para o curso de Letras e Comunicação Social e de Literatura Inglesa e Norte-
Americana para grupos especiais – alunos que haviam sido reprovados nessas
disciplinas. Afastei-me da instituição em 2003 e 2004 para dedicar-me mais ao trabalho
de tese e realizar o estágio de um ano na Universidade de Lancaster, Reino Unido.
Retomei as atividades na instituição em fevereiro de 2005 e desliguei-me da
instituição em novembro do mesmo ano para assumir minha vaga na UFAC. Lecionei
as disciplinas de língua inglesa, Literatura Inglesa e Literatura Norte Americana no
curso de Letras e orientei seis trabalhos de conclusão de curso relacionados ao
processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa no ensino fundamental, médio e
em cursos de idiomas.
41
Em setembro de 2005 fui aprovada em concurso público realizado pela
Universidade Federal do Acre. Atualmente sou professora adjunta do Departamento de
Letras nas áreas de Língua Inglesa e respectivas literaturas. Iniciei minhas atividades
na UFAC em janeiro de 2006 e, além de atuar na graduação nas áreas de Língua
Inglesa, Literatura Inglesa e Norte-Americana e Metodologia de Ensino da Língua
Inglesa, estou desenvolvendo um projeto de extensão voltado para ensino instrumental
de língua inglesa e estou participando do processo de construção do Grupo de Estudos
em Análise de Discurso e Ensino de Línguas (GEADEL), que desenvolverá pesquisas
nas áreas de ensino-aprendizagem de línguas (materna e estrangeiras) e formação de
professores, buscando ampliar as linhas de pesquisa do Mestrado em Letras da UFAC.
10.5. Experiência na pós-graduação
Durante dois anos consecutivos (2001 e 2002) ministrei o módulo de quarenta
horas Introdução à gramática através de gêneros textuais na pós-graduação em Língua
Inglesa da Universidade de Taubaté (UNITAU).
O módulo tem como objetivo central familiarizar os alunos com as teorias de
gênero de forma a permitir que essas teorias sejam aplicadas no desenvolvimento de
seqüências didáticas que trabalhem o conhecimento sistêmico da LE no escopo de um
gênero discursivo determinado.
Além de ministrar esse módulo, em 2002 participei da orientação e avaliação das
monografias realizadas pelos alunos como exigência parcial para conclusão do curso.
10.6. Experiência em escola de línguas
A minha atividade didática mais marcante após a conclusão da graduação foi em
escola de línguas. Essa atividade iniciou-se antes mesmos da conclusão do curso de
Letras, quando ainda estava cursando o primeiro ano da faculdade.
No início de 1995, último ano da graduação, comecei a trabalhar no Yázigi de
Guaratinguetá, São Paulo, instituição mais importante na construção da minha
trajetória em cursos de idiomas. Durante os seis anos que trabalhei nessa instituição
(1995 a 2001), lecionei em vários estágios (Básico, Intermediário e Avançado) e para
42
faixas-etárias diversificadas (de crianças a partir de quatro anos a adultos) . De 2000 a
2001, por aproximadamente um ano e meio, fui coordenadora pedagógica das
franquias de Guaratinguetá e Lorena, São Paulo, afastando-me da instituição no
segundo semestre de 2001 para me dedicar ao doutorado.
10.7. Outras Atividades
Conforme pode ser verificado no Currículo Lattes, que pode ser consultado no site
do CNPq, além das atividades relatadas a seguir, a Prof. Drª. Paula Tatianne Carréra
Szundy tem desenvolvido desde o mestrado outras atividades acadêmicas como
apresentação de trabalhos em eventos científicos, publicação de artigos, participação
em bancas examinadoras e de qualificação, entre outras.
11. Perfil do corpo docente
Além da Prof. Drª. Paula Tatianne Carréra Szundy, coordenadora do curso, e do
Prof. Dr. Vicente Cruz Cerqueira – que coordenou vários dos cursos de especialização
e presentemente é sub-coordenador dos cursos de pós-graduação lato e stricto sensu
–, o corpo docente será composto por outros professores mestres e doutores do
quadro efetivo da UFAC, campus sede, Rio Branco, e campus Cruzeiro do Sul, que
atuam na área de ensino-aprendizagem e formação de professores de LE (língua
inglesa e espanhola) e que tenham desenvolvido/desenvolvam/venham a desenvolver
projetos nessa área. Eventualmente, professores-visitantes poderão ser convidados
para ministrar um dos módulos.
Titulação do Corpo Docente
Doutorado: 3 – (2 novos doutores se integrarão ao programa até dezembro/2006)
Mestrado: 3
43
12. Descrição do Projeto de Curso
12.1. Objetivos do Curso
Os seis módulos que compõem o curso bem como o trabalho de formação
continuada a ser realizado após a conclusão do mesmo pretendem:
• Engajar os professores de língua inglesa e espanhola do ensino médio em um
processo reflexivo crítico sobre suas ações em sala de aula;
• Construir um referencial teórico relacionado a questões de ensino-aprendizagem e
de pesquisa na sala de aula de LE que possibilite a reflexão teoricamente
fundamentada sobre as práticas em sala de aula;
• Levar o professor a desenvolver pesquisas e projetos em conjunto com outros
professores de LE da sua escola e/ou projetos interdisciplinares que propiciem a
compreensão, reconstrução e transformação de práticas pedagógicas vigentes;
• Organizar, juntamente, com a Secretaria de Educação e Escolas da Rede Pública
oficinas, mini-cursos, seminários, e outros eventos que criem espaços para que os
professores-participantes do curso divulguem seus trabalhos, tornando-se desta
forma um multiplicador, um agente de transformações no seu ambiente de trabalho
(CELANI, 2002).
12.2. Distribuição dos Componentes Curriculares
Conforme especificado no item 3, o curso será composto por seis módulos de 30
horas cada um, totalizando 180 horas de instrução presencial.
Os componentes curriculares bem como seus objetivos gerais são sucintamente
delineados a seguir.
Módulo 1: Abordagens de pesquisa em sala de aula de LE
44
􀂃 Discutir os vários paradigmas metodológicos que norteiam as pesquisas realizadas
na sala de aula de LE, com foco na pesquisa qualitativa de cunho sóciointeracionista,
incluindo-se aí a pesquisa ação, pesquisa colaborativa, estudo de
caso, entre outras.
Módulo 2: Ensino-aprendizagem de LE
􀂃 Estudar diacronicamente os principais métodos que orientaram/orientam o processo
de ensino-aprendizagem de LE de forma a refletir sobre as teorias lingüísticas que
orientaram/orientam esses métodos.
Módulo 3: Questões de identidade e cidadania no processo de ensino-aprendizagem
de LE
􀂃 Discutir concepções teóricas que norteiam os conceitos de identidade e cidadania e
refletir sobre como essas questões se aplicam na sala de aula de LE.
Módulo 4: Introdução às teorias de gêneros discursivos: possíveis transposições para
sala de aula de LE
􀂃 Compreender as diversas concepções acerca da noção de gêneros
discursivos/gêneros textuais e refletir sobre possíveis transposições para o
processo de construção do conhecimento da LE.
Módulo 5: Novas tecnologias no ensino-aprendizagem de LE
􀂃 Familiarizar os professores com as possibilidades criadas pelas novas tecnologias,
em especial a Internet, no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem de
LE.
Módulo 6: Planejamento, preparação e avaliação de materiais didáticos
􀂃 Avaliar os materiais existentes para ensino-aprendizagem de língua inglesa e
espanhola no ensino médio e levar os professores a desenvolverem seu próprio
material com base nas necessidades reais dos seus alunos e nas concepções
teórico-metodológicas discutidas nos outros módulos.
45
12.3. Metodologia de Trabalho
Para engajar os professores de LE do Ensino Médio em um processo de
reflexão contínua sobre suas práticas em sala de aula, serão privilegiados os seguintes
espaços de construção do conhecimento:
􀂃 Leitura de textos teóricos diversos
A construção de sistemas ideológicas historicamente cristalizados (conceitos
científicos diversos) é fundamental para desencadear um processo reflexivo acerca
das ideologias do cotidiano (conhecimento intuitivo) que embasam a prática em sala
de aula. (SZUNDY, 2005)
􀂃 Diálogo/Discussões
A possibilidade de dialogar tanto com outros pares quanto com pesquisadores
externos é fundamental para o engajamento em um processo reflexivo crítico que
venha a desencadear transformações em ações correntes. (BROOKFIELD &
PRESKILL, 1999; COULTER, 1999; SMYTH, 1992)
􀂃 Seminários e escritura de artigos; trabalhos de conclusão de curso
Além de criar oportunidades para que os professores reflitam sobre o conhecimento
construído, a apresentação de seminários e a escritura de trabalhos acadêmicos
permitem a reinserção desses professores nas rotinas acadêmicas e a preparação
para uma futura pós-graduação.
􀂃 Avaliação e preparação de materiais didáticos
Permite a aplicação dos pressupostos teóricos discutidos nos módulos anteriores na
avaliação crítica de materiais didáticos e na construção de materiais que
contemplem as necessidades dos alunos de Ensino Médio, promovendo assim
mudanças na própria prática pedagógica.
􀂃 Elaboração de um projeto de pesquisa
46
No decorrer do curso, além dos trabalhos de cada módulo, será solicitado aos
professores que elaborem um projeto de pesquisa a ser aplicado na sua própria
sala de aula, de forma a incentivar a realização de pesquisas como espaço para
compreender o processo de construção do conhecimento na sala de aula de LE,
detectar os problemas envolvidos nesse processo e, em conjunto com os
aprendizes e outros professores, negociar transformações para práticas
pedagógicas vigentes.
Esse projeto será preferencialmente elaborado em conjunto por dois ou mais
professores de um mesmo estabelecimento de ensino de forma a criar espaços
para negociação e futura implementação de um projeto pedagógico que transcenda
o espaço da sala de aula de cada professor e venha a estabelecer parâmetros que
norteiem o processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira na Escola.
􀂃 Atividades na Internet
Dado o fato de que as novas tecnologias, em especial a Internet, oferecem
inúmeras possibilidades para a construção do conhecimento da língua estrangeira,
parece-nos fundamental que o professor de LE conheça e utilize essas
possibilidades na sua prática pedagógica de forma a incitar seus alunos a buscarem
na rede mundial de computadores instrumentos que ampliem o seu conhecimento
da língua estrangeira, de mundo e do outro (outras culturas, povos, entre outras).
Além da reflexão sobre a utilização da Internet como instrumento de ensinoaprendizagem
estar contemplada no quinto módulo – Novas tecnologias no ensinoaprendizagem
de LE, cada um dos módulos poderá propor atividades de
acompanhamento a serem disponibilizadas na Internet de forma a fazer com que,,
utilizando esse meio no próprio processo de aprendizagem, o professor do ensino
médio venha a utilizá-lo também com seus alunos.
􀂃 Mini-cursos e oficinas
Conforme já especificados no item 6.1 os mini-cursos, oficinas e outros eventos
organizados em parceria com a Secretaria da Educação e Escolas buscarão criar
espaços para que as experiências dos professores e os saberes por eles
construídos no decorrer do curso sejam compartilhadas com outros professores da
rede, fazendo com que os professores-participantes se tornem multiplicadores.
47
12.4. Proposta de procedimentos avaliativos
Os professores serão avaliados continuamente no decorrer de todas as
atividades detalhadas acima. Além dos trabalhos de conclusão de cada módulo, cada
professor irá elaborar um projeto a ser desenvolvido em sua sala de aula. Após a
conclusão do curso, será organizada uma série de oficinas e mini-cursos mensais
abertos a outros professores da rede pública em que os professores-participantes do
curso apresentarão os resultados dos seus projetos, o que possibilitará um
acompanhamento das atividades desenvolvidas em sala de aula após a conclusão de
curso.
A auto-avaliação constitui outro procedimento avaliativo a ser utilizado no
decorrer do curso, pois acreditamos que a capacidade de estabelecer avaliações sobre
o próprio processo de aprendizagem e sobre a própria prática é essencial para o
engajamento em um processo reflexivo crítico que venha de fato a promover
transformações na sala de aula.
Por fim, para garantir a unidade do curso e o compartilhamento das concepções
que norteiam a sua proposta, é fundamental que os professores-pesquisadores que
integrarão o corpo docente também se engajem em um processo reflexivo crítico sobre
a sua própria prática e a estruturação curricular e metodológica do curso. Esta unidade
será garantida por meio de reuniões mensais ou quinzenais e pelo acompanhamento
contínuo da coordenadora do curso.
7. Referências
BAKHTIN, M.V. (VOLOSHINOV) (1929). Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução de
Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. Editora Hucitec, 1999.
BAKHTIN, M. V. (1953/1979). Estética da Criação Verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão
G. Pereira. Martins Fontes, São Paulo, 1997.
BAKHTIN, M. V. (1975). Questões de Literatura e de Estética: A teoria do romance. Editora
Unesp, São Paulo, 1998.
48
BROOKFIELD, S. D. & Preskill, S. (1999). Discussion as a way of teaching: tools and
techniques for democratic classrooms. Jossey-Bass Publishers, San Francisco, California,
USA.
CELANI, M. A. A. (Org.) (2002). Professores e formadores em mudança: relato de um processo
de reflexão e transformação da prática docente. Campinas, Mercado de Letras.
COULTER, D (1999). The epic and the novel: dialogism and teacher research. Educational
Research, Vol. 28, No. 3: 4 – 13.
MOITA LOPES, L. P. (1996). Oficina de Lingüística Aplicada: a natureza social e educacional
dos processos de ensino-aprendizagem de línguas. Mercado das Letras, Campinas, 2000.
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 5ª a 8ª série. Rio Branco, BOBGRAF, 1998.
SMYTH, J. (1992). Teacher’s work and the politics of reflection. American Educational
Research Journal, 29(2), pp. 267-300.
SZUNDY, P.T.C. (2001). Os jogos no ensino-aprendizagem de LE para crianças: a construção
do conhecimento através de jogos de linguagem. Dissertação de Mestrado, PUC/SP, 2001.
SZUNDY, P.T.C. (2005). A construção do conhecimento no jogo e sobre o jogo: ensinoaprendizagem
de LE e formação reflexiva. Tese de Doutorado, PUC/SP, 2005.
49
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Química
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Ciências da Natureza, campus sede, Rio
Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. Dra. Anelise Maria Regiani
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
50
1) Breve histórico da atuação do Departamento de Ciências da Natureza da UFAC
em cursos de formação de professores na área de Química
A Universidade Federal do Acre (UFAC) em parceria com a Secretaria de Estado de
Educação (SEE) pretende implantar o Programa de Formação Continuada para
Professores do Ensino Básico do Estado do Acre, em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que nos seus artigos 61 e 67
estabelece que a Formação Continuada é um direito do profissional em educação e um
dever dos sistemas do ensino.
O Departamento de Ciências da Natureza (DCN) vivenciou essa experiência
durante os anos de 80, quando juntamente com as Secretarias de Educação Estadual
e Municipal, fundou na antiga Escola de 2º grau (CERB), o Núcleo de Ciências Sarah
Fadual (NAIMEC), cujo objetivo principal foi implantar no Estado uma Formação
Continuada dos egressos dos Cursos de Ciências e Habilitação em Biologia, assim
como professores que atuavam nas áreas de Física e Química, possibilitando que os
mesmos através de treinamentos e discussões sobre temas atualizados adquirissem
conhecimentos teórico-práticos para enriquecimento do programa de curso de suas
escolas e até mesmo, mudanças no referido programa.
Em virtude da falta de interesse das referidas secretarias, no que diz respeito a
disponibilidade de verbas para continuar com os projetos em desenvolvimento do
NAIMEC, o referido núcleo foi extinto por volta do final dos anos 90, coincidindo com o
deslocamento de vários professores do DCN para participação de cursos de Mestrado
e Doutorado fora do Estado.
Após o retorno dos referidos professores, que iniciou por volta do ano 2000, iniciouse
uma nova discussão no DCN, acerca da implantação do Núcleo de Ciências da
Natureza, que visa em seus objetivos, a Formação Continuada dos professores do
ensino básico. Vale salientar que essas discussões acentuaram-se a partir de 2005, em
função do pensamento da maioria dos docentes do DCN, os quais entendem que a
Universidade não pode ficar distanciada da Educação Básica do Estado, tendo,
portanto, a ¨obrigação¨ de participar continuamente da formação qualificada e
atualizada de docentes, cuja profissão nunca está preparada definitivamente,
51
necessitando sempre discutir o saber inicial em confronto com as experiências
cotidianas e sinuosidade do processo ensino e aprendizagem, principalmente em
equipe, atendendo as exigências da LDB, no que diz respeito as abordagens dos
temas transversais.
Acreditamos que o vivenciar de qualquer profissional que atua na área da educação
constitui-se num buscar de pesquisa, programação, reflexão, metas e objetivos do
trabalho pedagógico em conjunto, pois somente dessa forma, a escola, de maneira
geral, não será um local de trabalho e muito menos de trabalho isolado, a qual será de
fato um espaço de formação conjunta, onde as experiências e saberes possam ser
produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto de docentes da escola.
Em 2004, surgiu a oportunidade de alguns professores das áreas de Biologia, Física
e Química do DCN participarem da Formação Continuada programada pela Secretaria
de Estado de Educação, onde os referidos professores foram convidados para
ministrarem cursos teóricos-práticos para professores do Ensino Médio da Capital e do
Interior, nas áreas supracitadas, cujo objetivo principal foi o treinamento dos mesmos
para manuseio dos equipamentos, vidrarias e reagentes que constituem os
Laboratórios de Biologia, Física e Química inseridos em grande parte das escolas de
Ensino Médio da Capital e algumas do Interior.
Todos os cursos foram oferecidos em Rio Branco e cada área ofereceu o mesmo
curso para 3 (três) turmas de professores, em datas diferentes. Vale ressaltar, que os
referidos cursos tiveram um resultado satisfatório, onde se observou o desejo dos
professores-alunos de implantar uma metodologia mais atualizada, interdisciplinar e,
prática, neste caso, mudando a concepção das aulas extremamente teóricas.
A partir dessas experiências, o DCN decidiu formatar os Projetos para o novo
Programa de Formação Continuada em parceria com a SEE, oferecendo cursos de
formação continuada nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder de vista os
referenciais curriculares. A carga horária de cada área totalizará 180 horas/aulas, a
qual será distribuída em módulos.
Cada módulo será constituído por cursos, que serão ministrados na forma semipresencial
para professores de Rio Branco e de outras localidades, da seguinte forma:
1- Rio Branco: Na fase presencial o professor explorará os
conteúdos programáticos a cada encontro semanal, de preferência
aos sábados, durante 4 (quatro) horas, enquanto que o professor52
aluno, na fase não presencial, no período de segunda a sexta-feira,
terá a responsabilidade de através dos conhecimentos adquiridos,
aperfeiçoar e/ou criar material didático alternativo para ser inserido
no trabalho diário do mesmo.
2- Outras Localidades: A única diferença em relação aos cursos da capital, é
observada na fase presencial, pois o encontro do professor com os
professores-alunos será realizado mensalmente, durante os finais de
semana e equivalente a 16 (dezesseis) horas/aulas.
No que diz respeito à avaliação dos participantes de cada curso, pretende-se
desenvolver junto ao Núcleo de Tecnologia de Informação da UFAC, um programa de
acompanhamento informatizado, principalmente da fase não presencial, na qual o
professor avaliará as consultas realizadas pelo professor-aluno, ao material e/ou
exercícios que ficarão disponibilizados na home page da UFAC.
Um dos objetivos do Núcleo de Ciências da Natureza é oferecer cursos que
possam:
* Oportunizar aos professores-alunos uma reflexão pedagógica, para que os mesmos
compreendam a necessidade de formação e autoformação permanente;
* Construir junto aos professores-alunos competências técnico-científico-pedagógicas
que lhes possibilitem avaliar e reavaliar, constantemente, suas práticas de
aprendizagem;
* Instrumentalizar os professores-alunos com aulas práticas que possam ser
desenvolvidas no âmbito dos laboratórios inseridos nas Escolas de Ensino Médio;
* Capacitar os professores-alunos no enriquecimento de planos de curso e aula,
visando desenvolver competências e habilidades através de conteúdos significativos
para o aluno;
* Criar situações, inseridas no trabalho diário do professor-aluno, nas quais o aluno
possa ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.
2) Caracterização do curso de formação continuada na área de química
O ensino médio é uma das etapas de escolarização em que é assegurada ao
cidadão a formação básica requerida para a sua participação efetiva na sociedade.
Neste sentido, a escola deve ter função de formadora de cidadãos críticos,
53
conhecedores da sua realidade social e dispostos a transformá-la. O conhecimento de
química tem grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica em
constante evolução. A escola deve formar cidadãos com conhecimento mínimo para o
entendimento da ciência e da tecnologia e seus papéis no desenvolvimento social. As
diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio estabelecem, para a área de
química, competências relativas à apropriação de conhecimentos desta ciência e
aplicação destes conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, bem
como planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade. A formação de
cidadãos conscientes deve ser promovida por educadores preparados, seja no domínio
dos conceitos fundamentais da ciência em questão, seja na habilidade de promover em
seus discentes a capacidade de utilizar o conhecimento adquirido para questionar o
entorno e solucionar desafios. O papel do professor é o de articular os conceitos e
estimular os discentes a construir modelos para o mundo que os rodeia.
Educadores com responsabilidade de formar cidadãos não devem interromper
seu processo de instrução. A atualização profissional é condição fundamental na
profissão de educador. Esta atualização pode ser promovida pelo acompanhamento
dos avanços tecnológicos através de leituras e reflexões, como também através de
cursos complementares, como os cursos de formação continuada. Pensando na
formação de educadores na área de química é proposto este curso onde serão
abordados conceitos fundamentais da ciência específica através de discussão dos
temas química ambiental, química de produtos naturais e biotecnologia química.
Este curso de formação continuada em química caracteriza-se por fornecer
subsídios para (i) promover a atualização dos docentes de química do nível médio em
conceitos, regras e novas orientações da área; (ii) promover aos docentes de química
do nível médio o acesso à ciência envolvida em novas tecnologias; (iii) fomentar a
discussão dos princípios de química envolvidos nos problemas e situações da
comunidade local;
3) Descrição simplificada da carga horária do curso
O curso de formação continuada em química tem carga horária total de 180
horas a serem oferecidas de forma semi-presencial. O curso será dividido em três
módulos: química ambiental, química de produtos naturais e biotecnologia química.
54
Cada módulo contemplará carga horária de 60 horas. Serão oferecidas turmas de até
30 alunos.
São propostos dois programas: para a capital, Rio Branco, será ministrada uma
aula por semana, de preferência aos sábados, com duração de 4 horas; para o interior
do Estado será ministrado um encontro mensal de 16 horas por final de semana. O
curso terá duração total de seis meses, com carga horária presencial de 96 horas e
não-presencial de 84 horas.
4) Currículo simplificado do coordenador do curso
Anelise Maria Regiani: É doutora e mestre em físico-química pelo Instituto de Química
da Universidade de São Paulo, campus de São Carlos e bacharel em química pela
mesma instituição. Lecionou disciplinas de química como professora substituta no
Instituto de Química da Universidade de Brasília nos anos de 2000 a 2002. Desde 2002
é professora efetiva da Universidade Federal do Acre, UFAC, onde leciona disciplinas
de química para os cursos de Licenciatura em Ciências – habilitação em química
(extinto em 2004), Licenciatura em Química, Licenciatura em Ciências Biológicas,
Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e nos programas especiais de formação
de professores oferecidos pela UFAC em parceria com o Governo do Estado do Acre.
É coordenadora do curso de licenciatura em química da UFAC desde fevereiro de
2006, tendo sido uma das autoras do projeto político-pedagógico do referido curso
(documento de 2004). Também participou da comissão que escreveu o projeto políticopedagógico
do curso de bacharelado em ciências biológicas da Universidade Federal
do Acre, campus de Cruzeiro do Sul (documento de 2005). Coordena os projetos de
pesquisa “Estudo do potencial de produção de biodiesel no vale do Acre”, iniciado em
setembro de 2004, e “Caracterização de óleo e síntese de biodiesel”, iniciado em
setembro de 2005, ambos com financiamento do CNPq. Coordena o projeto de
extensão “Semana anual de química”, que no ano de 2005 abordou o tema plantas
medicinais e contou com auxílio financeiro da FINEP; para o ano de 2006 abordará o
tema de ensino de química a ser realizada em parceria com a Secretaria de Estado de
Educação do Acre, SEE. É representante da área de química da UFAC junto à SEE em
discussões sobre políticas pedagógicas e parcerias institucionais para promover o
55
ensino de ciências. Concluiu seis orientações de iniciação científica em pesquisa sobre
óleos vegetais de espécies regionais. Atualmente é coorientadora de dissertação do
programa de Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, tem quatro
orientados de iniciação científica com bolsa do CNPq, três orientados de iniciação
científica não-remunerados e dois orientados bolsistas do programa PIBIC-júnior, todos
em projetos relacionados ao tema biodiesel. Tem onze artigos científicos publicados
em periódicos nacionais e internacionais e um capítulo de livro.
5) Caracterização do corpo docente
Délcio Dias Marques. Doutorando em química pela Universidade Federal do Ceará,
mestre em química e bacharel em química industrial também pela Universidade
Federal do Ceará. Docente na Universidade Federal do Acre desde 1986, onde foi
coordenador dos cursos de Licenciatura em Ciências e Licenciatura em Química, é um
dos autores dos projetos políticos pedagógicos destes cursos. Orientou várias
monografias de conclusão de curso e discentes de iniciação científica na área de
plantas medicinais.
Edson Luiz Marcon. Mestre e bacharel em engenharia química pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Docente na Universidade Federal do Acre desde 2004,
onde participa de projetos de pesquisa na área de plantas medicinais e de
aproveitamento de produtos florestais.
Ilmar Bernardo Graebner. Doutor, mestre e graduado em química pela Universidade
Federal de Santa Maria. Docente na Universidade Federal do Acre desde 1992, onde
orienta dois bolsistas de iniciação científica pelo programa PIBIC e três pelo programa
PIBIC-Jr. Tem cinco artigos publicados em periódicos e diversas participações em
congressos científicos. É coordenador do Grupo de Pesquisa em Plantas Medicinais.
Luís Carlos de Morais. Doutor e mestre pelo Instituto de Química de São Carlos da
Universidade de São Paulo e bacharel em química pela Universidade Federal do
Uberlândia. Tem experiência de pós-doutorado na Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Também trabalhou na área de pesquisa e desenvolvimento da indústria
Faber Castell do Brasil. Desde 2005 é docente da Universidade Federal do Acre.
56
Trabalha nas linhas de pesquisa de caracterização e tratamento de madeira e
desenvolvimento de plásticos biodegradáveis. Tem cinco artigos publicados em
periódicos e várias participações em congressos científicos.
Rogerio Antonio Sartori. Doutor e mestre em química pelo Instituto de Química de São
Carlos da Universidade de São Paulo e bacharel em química pela Universidade
Estadual de Maringá. Trabalhou na área de pesquisa e desenvolvimento da indústria
Clamper Indústria e Comérico Ltda. Desde 2004 é docente da Universidade Federal do
Acre. Desenvolve trabalhos na área de aproveitamento de produtos florestais.
Coordena projeto de pesquisa com financiamento da ANEEL para desenvolvimento de
planta piloto para produção de biodiesel a partir do craqueamento de óleos obtidos de
espécies nativas do Estado do Acre. Também atua na linha de pesquisa de plantas
medicinais, na qual coordena projeto com financiamento da agência local de apoio à
pesquisa. Tem dois artigos publicados em periódicos, um capítulo de livro e diversas
participações em congressos científicos.
6) Descrição sucinta do projeto do curso
6.1) Objetivos do curso
1) promover a atualização dos docentes de química do nível médio em conceitos,
regras e novas orientações da área;
2) promover aos docentes de química do nível médio o acesso à ciência envolvida em
novas tecnologias;
3) fomentar a discussão dos princípios de química envolvidos nos problemas e
situações da comunidade local.
6.2) Distribuição dos componentes curriculares
Neste curso de formação continuada serão abordados conceitos fundamentais
da ciência específica através de discussão dos temas atuais através dos módulos de
química ambiental, química de produtos naturais e biotecnologia química.
Módulo I: Biotecnologia química
57
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
química, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, a química de fermentações. O curso abordará
inicialmente conceitos de Química Orgânica, como noções sobre funções de
compostos químicos, misturas, interações moleculares, reações e propriedades físicoquímicas
de compostos orgânicos. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e
reforçar tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os
mais capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de biotecnologia química, dentre outros, os processos de
fabricação de destilados, fermentados, laticínios, feromônios, noções sobre produtos
transgênicos e geneticamente modificados. Nesta etapa serão consideradas algumas
atividades práticas de laboratório.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Química de Processos Biotecnológicos. A abordagem proposta não
conduzirá o professor do ensino médio a ser um especialista em biotecnologia química,
mas proporcionará ao professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que
foram abordados e assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de
aprendizado dos alunos da rede pública.
Conteúdo programático:
Resgate dos conceitos fundamentais – noções básicas de química orgânica: funções
orgânicas e nomenclatura; forças intermoleculares; propriedades físico-químicas de
substâncias puras e de misturas; reações de compostos orgânicos.
Parte específica: noções sobre biotecnologia química; agentes biológicos usados em
biotecnologia química; processos fermentativos; produtos destilados; produtos lácteos;
noções sobre produtos transgênicos e geneticamente modificados; noções sobre
biossegurança; controle de pragas – feromônios.
Módulo II: Química de Produtos Naturais
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
química, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal. O curso abordará inicialmente conceitos de Química Orgânica,
como noções sobre hibridização do carbono, ligações químicas, acidez e basicidade de
58
compostos orgânicos, estrutura de compostos orgânicos e funções orgânicas. Esta
parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar tais conceitos aos professores do
ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais capazes de absorver os conceitos
específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de Química de Produtos Naturais, dentre outros, os processos de
extração de óleos fixos e essenciais, de princípios ativos para produção de fármacos,
métodos de caracterização qualitativa de grupos funcionais bioativos (screening
fitoquímico) e polímeros naturais. Nesta etapa serão consideradas algumas atividades
práticas de laboratório.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Química de Produtos Naturais. A abordagem proposta não
conduzirá o professor do ensino médio a ser um especialista na área, mas
proporcionará ao professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram
abordados e assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de
aprendizado dos alunos da rede pública.
Conteúdo programático:
Resgate dos conceitos fundamentais: hibridização do carbono; ligações químicas;
acidez e basicidade de compostos orgânicos; estrutura de compostos orgânicos e
funções orgânicas.
Parte específica: os processos de extração de óleos fixos e essenciais; utilização
adequada de solventes orgânicos; princípios ativos para produção de fármacos;
métodos de caracterização qualitativa de grupos funcionais bioativos (screening
fitoquímico); polímeros naturais; cromatografia em camada delgada; caracterização de
produtos obtidos.
Módulo III: Química ambiental
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
química, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal. O curso abordará inicialmente conceitos de Físico-Química e
Química Geral, como noções sobre gases, soluções, propriedades periódicas,
elementos químicos, substâncias e compostos. Esta parte inicial tem a finalidade de
59
revisar e reforçar tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre
tornando-os mais capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de Química Ambiental, dentre outros, ciclos biogeoquímicos,
química dos solos, química atmosférica, recursos hídricos.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Química Ambiental. A abordagem proposta não conduzirá o
professor do ensino médio a ser um especialista na área, mas proporcionará ao
professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e
assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos
alunos da rede pública.
Conteúdo programático:
Resgate dos conceitos fundamentais: gases; soluções; propriedades periódicas;
elementos químicos; substâncias e compostos.
Parte específica: ciclos biogeoquímicos; química dos solos; química atmosférica;
poluição atmosférica urbana; recursos hídricos e poluição de águas; lixo sólido;
reciclagem.
6.3) Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
Os conteúdos de cada módulo serão abordados em duas fases. A primeira
destinada ao resgate dos conhecimentos fundamentais e a segunda, à discussão dos
temas atuais à luz dos conceitos de química abordados no ensino médio. A avaliação
do nível de conhecimento nos fundamentos de química pertinentes ao módulo será
desenvolvida durante o primeiro encontro (primeira aula presencial) de cada módulo.
Esta etapa consistirá em propor um tema para discussão, que poderá ser extraído de
um artigo científico (das revistas química nova ou química nova na escola), um artigo
em revista de veiculação nacional (scientific américa brasil, ciência hoje, super
interessante, entre outras) ou filme e/ou reportagem televisionada. A partir do material
fornecido serão questionados e debatidos com os professores-alunos quais são os
conhecimentos fundamentais da ciência envolvidos. Os alunos mais tímidos serão
instigados a externar as suas reflexões. Identificado o nível de conhecimento dos
professores-alunos serão propostas atividades niveladoras não-presenciais.
60
As atividades não-presenciais serão disponibilizadas e acompanhadas através
de site próprio na internet. O Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da
Universidade Federal do Acre será responsável por confeccionar a página e fornecer
senha de acesso a cada professor-aluno e docente do curso. Os docentes serão
responsáveis por fornecer ao NTI o material didático a ser disponibilizado e assessorar
virtualmente o professor-aluno em suas dificuldades ou comentários com relação ao
desenvolvimento das atividades não-presenciais. O NTI deverá possibilitar que o
docente tenha acesso ao monitoramento do tempo de permanência no site e dos
documentos acessados por cada professor-aluno. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
A viabilidade da etapa não-presencial foi discutida com representantes da
Secretaria de Estado de Educação, que na ocasião de discussão da presente proposta
informou da disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores (internet) em
todos os municípios do Estado do Acre. Caso o professor-aluno tenha dúvida com
relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por telefone, através de
contato com o docente ou com o NTI.
A parte específica de cada módulo será desenvolvida da seguinte forma: em um
primeiro encontro (presencial) será proposto e discutido um ou mais temas
específico(s). A partir desta discussão, os professores-alunos serão instigados a
preparar um plano de curso, uma forma diferenciada de abordagem, uma prática
experimental ou uma aula expositiva mostrando qual seria a sua proposta de
abordagem do tema e dos conhecimentos específicos em química envolvidos na escola
de nível médio. Para o preparo desta atividade os professores-alunos terão orientação
virtual bem como acesso a documentos no site do programa (etapa não-presencial). No
encontro seguinte, os professores-alunos apresentarão as suas propostas que serão
discutidas por todo o grupo (viabilidade, forma de abordagem, execução da prática
experimental, dentre outros). Em resumo, na etapa presencial serão apresentados
temas específicos dos módulos, que serão desenvolvidos de forma não-presencial e
apresentados pelos professores-alunos no encontro presencial seguinte. Pretende-se
assim conferir aos professores-alunos a competência e habilidade de utilizar as
tecnologias de informação para confeccionar seu próprio material didático, plano de
curso e práticas experimentais.
61
6.4) Proposta de procedimentos avaliativos
6.4.1) Acompanhamento dos professores-alunos durante o desenvolvimento do
curso
Os professores-alunos serão acompanhados e assessorados virtualmente
através do site do programa na página da UFAC na internet. Caso o professor-aluno
tenha dúvida com relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por
telefone, através de contato com o docente ou com o NTI. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
Os professores-alunos serão avaliados por módulo pela apresentação das
atividades propostas, engajamento em sala de aula, participação nas atividades
presenciais, freqüência de acesso ao site do programa na internet e participação em
discussão virtual. Também será ministrada uma prova com o objetivo de avaliar a
maturidade do professor-aluno ao final do módulo. A cada modalidade de avaliação
terá a sua pontuação própria e ao final do módulo será atribuído um conceito, com
base na média das avaliações: A – aproveitamento muito bom (acima de 90%); B –
bom aproveitamento (de 70 a 90%); C – aproveitamento satisfatório (de 50 a 70%); D –
aproveitamento insuficiente (abaixo de 50%). O professor-aluno que tiver freqüência na
parte presencial inferior a 75% será desligado do programa. Ao final do programa será
conferido ao professor-aluno um certificado contendo os tópicos ministrados, a
freqüência e o conceito obtido em cada módulo.
6.4.2) Acompanhamento dos professores-alunos após a finalização do curso
Para o acompanhamento do professor-aluno após a finalização do curso são
apresentadas duas propostas. O acompanhamento de professores-alunos de Rio
Branco será realizado com participação dos discentes do curso de licenciatura em
química da Universidade Federal do Acre. O curso de licenciatura plena em química
iniciado na UFAC em 2005 foi criado no espírito da nova Lei de Diretrizes e Bases
(LDB), onde são recomendadas pelo menos 400 horas de prática de ensino e 400
horas de estágio supervisionado. Com a preocupação da inserção do licenciando em
62
química nas escolas da rede pública de ensino médio desde o primeiro ano do curso,
os professores do Departamento de Ciências da Natureza iniciaram, em 2005, um
diálogo com a Secretaria de Estado de Educação. Este esforço em conjunto tem como
objetivo aproveitar a inserção da universidade na escola para trabalhar as diversas
realidades escolares e promover a aproximação dos docentes do ensino médio das
novas temáticas das áreas de ciências. Este aproveitamento resultaria na formação e
atualização continuada do corpo docente da rede pública de ensino médio.
No programa do curso de licenciatura plena em química da Universidade Federal
do Acre é descrito que a prática de ensino será dividida em duas frentes: 200 horas de
responsabilidade do Departamento de Educação e distribuídas em disciplinas
chamadas Investigação e Prática Pedagógica e 200 horas de responsabilidade da área
específica, em disciplinas chamadas Instrumentação do Ensino de Química. Nesta
disciplina os discentes universitários são convidados a participar da comunidade
escolar, realizando um diagnóstico da escola e seu entorno e auxiliando o docente do
ensino médio em propostas de abordagem de temas em química, escolha do material
didático, preparo de práticas experimentais e em projetos que envolvam a comunidade
local. O objetivo da disciplina não é intervir na maneira com a qual a escola e o docente
em particular agem na função de educadores e formadores, mas de contribuir com o
fortalecimento da atividade docente na área. A presença do discente universitário, e por
conseqüência do docente universitário, resulta na formação e atualização continuada
do corpo docente do ensino médio, bem como contribui com a divulgação de ciência e
tecnologia.
Para o curso específico da formação continuada dos professores de ensino
médio da área de química propomos aproveitar o espaço consentido à disciplina
Instrumentação do Ensino de Química para realizar o acompanhamento dos
professores-alunos. Através da participação dos discentes universitários na rotina
escolar será possível monitorar o desenvolvimento dos temas abordados no curso,
bem como propiciar ao docente do ensino médio a possibilidade de propor outros
temas dentro da realidade da escola em que leciona. A troca de experiências entre o
profissional já estabelecido, o estudante universitário e o docente do curso superior
permitirá que os conceitos e temas pertinentes aos avanços na área específica e
aplicação dos conceitos fundamentais de química na resolução de problemas e
63
propostas de alternativas de mudança da realidade local deixem de ser uma idéia
inatingível e passem a fazer parte da rotina escolar.
O acompanhamento dos professores-alunos de outras localidades será realizado
da seguinte forma: cada participante do curso de capacitação deverá apresentar, ao
final do curso, um projeto para ser realizado na escola de origem. Este projeto, com
duração de seis meses, deverá envolver os discentes do cursista em atividades de
observação e intervenção da realidade local, com base nos conceitos apresentados
durante o curso de formação continuada. A primeira avaliação do projeto será na sua
proposição para o corpo de docentes. Estes poderão sugerir modificações e
adequações. Haverá acompanhamento virtual, onde o professor-aluno relatará
semanalmente as atividades desenvolvidas e terá auxílio do corpo docente nas
dificuldades que surgirem. São propostas visitas bimestrais para acompanhamento do
projeto in locco e eventual intervenção.
6.4.3) Avaliação do curso ao longo do seu desenvolvimento
A avaliação do desenvolvimento do curso será realizada durante os módulos
propostos. Será demandado que os professores-alunos respondam um questionário
anônimo de avaliação e sugestões para o curso. A contribuição do curso de formação
continuada na escola será avaliada através do reflexo do curso no desempenho da
atividade docente pelo professor-aluno. Será demandado que os discentes do
professor-aluno respondam um questionário anônimo de avaliação da qualidade da
aula ministrada após o referido professor-aluno ter começado a freqüentar o curso.
Com base nos resultados destas avaliações e nas sugestões apontadas, o programa
dos módulos, temas abordados e metodologias poderão ser revistas.
64
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Biologia
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Ciências da Natureza, campus sede, Rio
Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. Dra. Rusleyd Maria Magalhâes de Abreu
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
65
1) Breve histórico da atuação do Departamento de Ciências da Natureza da UFAC
em cursos de formação de professores na área de Biologia
A Universidade Federal do Acre (UFAC) em parceria com a Secretaria de Estado
de Educação (SEE) pretende implementar o Programa de Formação Continuada para
Professores do Ensino Básico do Estado do Acre, em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que nos seus artigos 61 e 67
estabelece que a Formação Continuada é um direito do profissional em educação e um
dever dos sistemas do ensino.
O Departamento de Ciências da Natureza (DCN) vivenciou essa experiência
durante os anos de 80, quando juntamente com as Secretarias de Educação Estadual
e Municipal, fundou na antiga Escola de 2º grau (CERB), o Núcleo de Ciências Sarah
Fadual (NAIMEC), cujo objetivo principal foi implementar no Estado uma Formação
Continuada dos egressos dos Cursos de Ciências e Habilitação em Biologia, assim
como professores que atuavam nas áreas de Física e Química, possibilitando que os
mesmos através de treinamentos e discussões sobre temas atualizados adquirissem
conhecimentos teórico-práticos para enriquecimento do programa de curso de suas
escolas e até mesmo, mudanças no referido programa.
Em virtude da falta de interesse das referidas secretarias, no que diz respeito a
disponibilidade de verbas para continuar com os projetos em desenvolvimento do
NAIMEC, o referido núcleo foi extinto por volta do final dos anos 90, coincidindo com o
deslocamento de vários professores do DCN para participação de cursos de Mestrado
e Doutorado fora do Estado.
Após o retorno dos referidos professores, que iniciou por volta do ano 2000,
iniciou-se uma nova discussão no DCN, acerca da implantação do Núcleo de Ciências
da Naturreza, que visa em seus objetivos, a Formação Continuada dos professores do
ensino básico. Vale salientar que essas discussões acentuaram-se a partir de 2005, em
função do pensamento da maioria dos docentes do DCN, os quais entendem que a
Universidade não pode ficar distanciada da Educação Básica do Estado, tendo,
portanto, a ¨obrigação¨ de participar continuamente da formação qualificada e
atualizada de docentes, cuja profissão nunca está preparada definitivamente,
necessitando sempre discutir o saber inicial em confronto com as experiências
66
cotidianas e sinuosidade do processo ensino e aprendizagem, principalmente em
equipe, atendendo as exigências da LDB, no que diz respeito as abordagens dos
temas transversais.
Acreditamos que o vivenciar de qualquer profissional que atua na área da
educação constitui-se num buscar de pesquisa, programação, reflexão, metas e
objetivos do trabalho pedagógico em conjunto, pois somente dessa forma, a escola, de
maneira geral, não será um. local de trabalho e muito menos de trabalho isolado, a qual
será de fato um espaço de formação conjunta, onde as experiências e saberes possam
ser produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto de docentes da
escola.
Em 2004, surgiu a oportunidade de alguns professores das áreas de Biologia,
Física e Química do DCN participarem da Formação Continuada programada pela
Secretaria de Estado de Educação, onde os referidos professores foram convidados
para ministrarem cursos teóricos-práticos para professores do Ensino Médio da Capital
e do Interior, nas áreas supracitadas, cujo objetivo principal foi o treinamento dos
mesmos para manuseio dos equipamentos, vidrarias e reagentes que constituem os
Laboratórios de Biologia, Física e Química inseridos em grande parte das escolas de
Ensino Médio da Capital e algumas do Interior.
Todos os cursos foram oferecidos em Rio Branco e cada área ofereceu o
mesmo curso para 3 (três) turmas de professores, em datas diferentes. Vale ressaltar,
que os referidos cursos tiveram um resultado satisfatório, onde observou-se o desejo
dos professores-alunos de implementar uma metodologia mais atualizada,
interdisciplinar e, prática, neste caso, mudando a concepção das aulas extremamente
teóricas.
A partir dessas experiências, o DCN decidiu formatar os Projetos para o novo
Programa de Formação Continuada em parceria com a SEE, oferecendo cursos de
formação continuada nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder de vista os
referenciais curriculares. A carga horária de cada área totalizará 180 horas/aulas, a
qual será distribuída em módulos.
Cada módulo será constituído por cursos, que serão ministrados na forma
semipresencial para professores de Rio Branco e de outras localidades, da seguinte
forma:
67
1- Rio Branco: Na fase presencial o professor explorará os
conteúdos programáticos a cada encontro semanal, de preferência
aos sábados, durante 4 (quatro) horas, enquanto que o professoraluno,
na fase não presencial, no período de segunda a sexta-feira,
terá a responsabilidade de através dos conhecimentos adquiridos,
aperfeiçoar e/ou criar material didático alternativo para ser inserido
no trabalho diário do mesmo.
2- Outras Localidades: A única diferença em relação aos cursos da capital, é
observada na fase presencial, pois o encontro do professor com os
professores-alunos será realizado mensalmente, durante os finais de
semana e equivalente a 16 (dezesseis) horas/aulas.
No que diz respeito a avaliação dos participantes de cada curso, pretende-se
desenvolver junto ao Núcleo de Tecnologia de Informação da UFAC, um programa de
acompanhamento informatizado, principalmente da fase não presencial, na qual o
professor avaliará as consultas realizadas pelo professor-aluno, ao material e/ou
exercícios que ficarão disponibilizados na home page da UFAC.
Objetivos
* Oportunizar aos professores-alunos uma reflexão pedagógica, para que os mesmos
compreendam a necessidade de formação e autoformação permanente.
* Construir junto aos professores-alunos competências técnico-científico-pedagógicas
que lhes possibilitem avaliar e reavaliar, constantemente, suas práticas de
aprendizagem.
* Instrumentalizar os professores-alunos com aulas práticas que possam ser
desenvolvidas no âmbito dos laboratórios inseridos nas Escolas de Ensino Médio.
* Capacitar os professores-alunos no enriquecimento de planos de curso e aula,
visando desenvolver competências e habilidades através de conteúdos
significativos para o aluno.
* Criar situações, inseridas no trabalho diário do professor-aluno, nas quais o aluno
possa ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.
II. CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
O avanço das pesquisas na área biológica, notadamente dia a dia, vem
estabelecendo novos conceitos nas diversas sub áreas que compõem a biologia, em
68
virtude do desenvolvimento de novas tecnologias capazes de desvendar ¨alguns
mistérios¨, como por exemplo, a codificação dos genes inseridos na molécula de DNA.
essa forma, necessária a formação continuada.
Essas pesquisas geralmente são realizadas nos Laboratórios das Universidades
Públicas e de algumas Instituições de Pesquisasas, cujos resultados obtidos não
podem ficar retidos nesses órgãos, necessitando ser disseminados nas escolas de
Ensino Básico, conforme previsão na LDB, que estabelece que o referido ensino é uma
das etapas de escolarização em que é assegurada ao cidadão a formação básica
requerida para a sua participação efetiva na sociedade. Neste sentido, a escola deve
ter função de formadora de cidadãos críticos, conhecedores da sua realidade social e
dispostos a transformá-la. O conhecimento de biologia e disciplinas correlacionadas
tem grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica em constante
evolução. A escola deve formar cidadãos com conhecimento mínimo para o
entendimento da ciência e da tecnologia e seus papéis no desenvolvimento social.
As diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio estabelecem, para a
área de biologia, competências relativas à apropriação de conhecimentos desta ciência
e aplicação destes conhecimentos para explicar a interação dos seres vivvos com o
meio ambiente, bem como planejar, executar e avaliar ações de intervenção na
realidade. A formação de cidadãos conscientes deve ser promovida por educadores
preparados, seja no domínio dos conceitos fundamentais da ciência em questão, seja
na habilidade de promover em seus discentes a capacidade de utilizar o conhecimento
adquirido para questionar o entorno e solucionar desafios. O papel do professor é o de
discutir os conceitos e estimular os discentes a aperfeiçoar e/ou construir modelos para
a realidade que rodeia.
Vale destacar que educadores com responsabilidade de formar cidadãos não
devem interromper seu processo de instrução. A atualização profissional é condição
fundamental na profissão de educador. Esta atualização pode ser promovida pelo
acompanhamento dos avanços tecnológicos através de leituras e reflexões, como
também através de cursos complementares, como os cursos de formação continuada.
Pensando na formação de educadores na área de biologia, inicialmente é proposto um
curso de formação continuada para o exercício de 2006, no qual serão abordados
conceitos fundamentais da ciência específica através de discussão dos temas em
biologia celular, histologia, anatomia humana e práticas de laboratório.
69
O referido curso caracteriza-se por fornecer subsídios para (i) promover a
atualização dos docentes de ciências e biologia do ensino básico em conceitos, regras
e novas orientações da área; (ii) promover aos docentes de biologia do ensino básico o
acesso à ciência envolvida em novas tecnologias; (iii) fomentar a discussão dos
princípios de biologia nos problemas e situações da comunidade local e (iv)
instrumentalizar aulas práticas que possam ser desenvolvidas nos laboratórios
eixistentes nas ecolas de ensino médio.
III. DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA CARGA HORÁRIA DO CURSO
O curso de formação continuada em biologia tem carga horária total de 180
horas a serem oferecidas de forma semi-presencial. O curso será dividido em quatro
módulos: biologia celular, histologia, anatomia humana e práticas de laboratório. Cada
módulo contemplará carga horária de 45 horas, os quais serão oferecidos para turmas
de até 30 alunos.
São propostos dois programas: para a capital, Rio Branco, será ministrada uma
aula por semana, de preferência aos sábados, com duração de 4 horas; para o interior
do Estado e outras localidades será ministrado um encontro mensal de 16 horas, por
final de semana. O curso terá duração total de seis meses, com carga horária
presencial de 96 horas e não-presencial de 84 horas.
IV. CURRICULO SIMPLIFICADO DA COORDENADORA DO CURSO
RUSLEYD MARIA MAGALHÂES DE ABREU: É doutora e mestre em Biologia Celular e
Molecular pelo Instituto de Biociências, Departamento de Biologia da Universidade
Estadual de São Paulo-UNESP/Rio Claro e licenciada em Ciências Biológicas pela
Universidade Federal do Acre-UFAC. É professora efetiva do Departamento de
Ciências da Natureza da UFAC desde 1983, onde lecionou disciplinas de biologia nos
Cursos de Ciências, Habilitação em Biologia, Enfermagem, Pedagogia, Agronomia,
70
Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) e Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas. Atualmente, ministra a disciplinas nos Cursos de Ciências Biológicas,
Enfermagem e Medicina e no Programa Especial de Formação de Professores para a
Educação Básica (PEFPEB), oferecido pela UFAC em convênio com o Governo do
Estado do Acre. Foi Coordenadora do antigo e extinto curso de Ciências, do Curso de
Licneciatura do Curso de Ciências Biológicas e dos Cursos de Licenciaturas em
Ciências Biológicas do PEFPEB (2001-2005). Orientou várias monografias de
conclusão de curso e discentes de iniciação científica na área de limnologia.
Atualmente, é a Coordenadora do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas,
tendo sido a presidente da: 1-) Criação Curso de Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas, 2-) Reformulação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura
Plena em Ciências Biológicas, em atendimento as novas diretrizes da LDB, 3-) Criação
dos Cursos de Licenciaturas em Ciências Biológicas do PEFPEB (2001-2005) e 4-)
Criação dos Cursos de Licenciaturas em Ciências Biológicas do PEFPEB – Zona Rural
(2006-2010) e Interior (2006-2009). Também participou da comissão que escreveu o
Projeto Político Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da
Universidade Federal do Acre, campus de Cruzeiro do Sul (documento de 2005).
Atualmente, coordena o projeto de pesquisa “Estudos citoquímicos em
Tetragonopterinae (Characiforme: tetragonopterinae) de sistemas aquáticos da área da
UFAC¨, da bolsista PIBIC - Joana Figueiredo da Mata. É representante da área de
biologia da UFAC junto a SEE em discussões sobre políticas pedagógicas e parcerias
institucionais para promover o ensino de ciências. Concluiu três orientações de
iniciação científica em pesquisa sobre estudos morfológicos e citoquímicos de
operárias de Apis mellifera e compõe o quadro de professores do Programa de
Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais. Possui quatro artigos científicos
publicados em periódicos nacionais e internacionais e um no prelo.
V) CARACTERIZAÇÂO DO CORPO DOCENTE
FRANCISCO GLAUCO DE ARAÚJO SANTOS: Doutor em Ciência Animal pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Medicina Veterinária pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente da Universidade Federal do
71
Acre desde 1993, onde foi Coordenador do Curso de Ciências, Curso de Licenciatura
Plena em Ciências Biológicas e Chefe do Departamento de Ciências da Natureza
(DCN). Orientou várias monografias de conclusão de curso e discentes de iniciação
cinetífica nas áreas básicas e algumas monografias de cursos de especializações de
Departamento de Saúde da UFAC. Atualmente é Sub-Chefe do DCN e orienta um
discente bolsista do PIBIC e três discentes voluntários do referido programa. Tem
vários artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais.
MARIA ROSÉLIA MARQUES LOPES: Doutora em Botânica pela Universidade de São
Paulo (USP), mestre em Botânica pela Universidade de São Paulo (USP). Docente da
Universidade Federal do Acre desde 1981, onde foi Sub-Coordenadora do Curso de
Licenciatura Plena em Ciências Biológicas e Coordenadora do Laboratório de Biologia.
Orientou várias monografias de conclusão de curso na área de botânica e discentes de
iniciação científica nas áreas de botânica e limnologia e algumas dissertações de
mestrado no Programa de Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, na
área de limnologia. Atualmente é Sub-Coordenadora do Programa de Mestrado em
Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, onde orienta duas dissertações na área de
limnologia, tem uma orientada de iniciação científica com bolsa do CNPq e dois
orientados bolsistas do programa PIBIC-júnior. Tem vários artigos científicos
publicados em periódicos nacionais e internacionais.
LÍGIA CÉLIA NERI ARANGUREN: Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela
Universidade Federal de São Carlos, mestre em Morfologia pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Docente-aposentada pela Universidade Federal do
Acre, onde foi Coordenadora do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas,
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Pró-Reitora de Graduação, Coordenadora
da Comissão para elaboração do Projeto para implantação do Curso de Mestrado em
Ecologia e Manejo de Recursos Naturais na UFAC, Presidente do Conselho Editorial
da Universidade Federal do Acre e Coordenadora Geral da UNIDADE DE EXECUÇÃO
MUNICIPAL do PROGRAMA HABITAR BRASIL / BID de Rio Branco (UEM / RB),
nomeada através da Portaria 1707 de 21 de maio de 2003 a 12/2004. Orientou várias
72
monografias de conclusão de curso e discentes de iniciação cinetífica nas áreas
básicas.
OBS. Outros professores da área da biologia poderão participar dos cursos em pauta.
VI) DESCRIÇÃO SUSCINTA DO PROJETO DO CURSO
6.1) Objetivos do curso
a) promover a atualização dos docentes de biologia do nível médio em conceitos,
regras e novas orientações da área;
b) promover aos docentes de biologia do nível médio o acesso à ciência envolvida em
novas tecnologias;
c) fomentar a discussão dos princípios de biologia envolvidos nos problemas e
situações da comunidade local.
6.2) Distribuição dos componentes curriculares
Neste curso de formação continuada serão abordados conceitos fundamentais
da ciência específica através de discussão dos temas atuais por meio dos módulos de
biologia celular, histologia, anatomia humana e práticas de laboratório.
Módulo I: Biologia Celular (45 horas)
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, célula-tronco, projeto genoma,
doençasxorganelas, dentre outros. O curso abordará inicialmente conceitos
atualizados em Biologia Celular. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar
tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais
capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de biologia molecular, dentre outros, os processos de amplificação
73
e codificação do DNA. Nesta etapa serão consideradas algumas atividades práticas de
laboratório.
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Biologia Celular. A abordagem proposta não conduzirá o professor
do ensino médio a ser um especialista na referida área, mas proporcionará ao
professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e
assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos
alunos da rede pública.
Conteúdo Programático:
Temas: 1- Biologia Molecular
2- Célula Tronco
3- Divisão Celular
4- Processos de Síntese da Célula
Avaliação: Construção de material didático alternativo para enriquecimento de aulas
teóricas-práticas da disciplina Citologia.
Discussão e/ou correção do material que será disponibilizado na home page
da UFAC.
Módulo II: Histologia (45 horas)
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, histologia enquanto ciência, matris extracelular
e técnicas de abordagem dos tecidos, dentre outros. O curso abordará inicialmente
conceitos atualizados em Histologia. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e
reforçar tais conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os
mais capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de histologia, envolvendo análises microscópicas e moleculares,
dentre outros.
74
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Histologia. A abordagem proposta não conduzirá o professor do
ensino médio a ser um especialista na referida área, mas proporcionará ao professoraluno
novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e assim
transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos alunos da
rede pública.
Conteúdo Programático:
Temas: 1- Métodos de estudo dos tecidos;
2- Introdução, histórico e principais tipos de tecidos do organismo;
3- Matriz extracelular;
4- Aplicação prática e importância do conhecimento dos tecidos (circulatório,
endócrino, nervoso e muscular).
Avaliação: - Confecção do material didático alternativo para enriquecimento de aulas
teórico-práticas da disciplina Histologia;
- Seminário sobre temas abordados e escolhidos durante a realização do
curso;
- Elaboração de um "atlas" de histologia, dos principais tecidos do
organismo.
Módulo III: Anatomia Humana (45 horas)
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, anatomia comparada, enriquecida pela
fisiologia, dentre outros. O curso abordará inicialmente conceitos atualizados em
Anatomia Humana. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar tais
conceitos aos professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais
capazes de absorver os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos temas atuais e
específicos na área de anatomia, envolvendo análises macro e microscopicamente,
estrutura e ultra-estrutura orgânica, identificando-se a forma e função dos seres,
podendo ser utilizadas peças anatômicas.
75
O principal objetivo deste curso é o reforço, a revisão e contextualização de
assuntos gerais de Anatomia Humana. A abordagem proposta não conduzirá o
professor do ensino médio a ser um especialista na referida área, mas proporcionará
ao professor-aluno novas perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e
assim transformar o cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos
alunos da rede pública.
Conteúdo Programático:
Temas: - Sistema Ósseo
- Sistema Muscular
- Sistema Cardiovascular
- Sistema Nervoso
- Sistema Digestório
- Sistema Respiratório
- Sistema Urinário
Avaliação: - O professor-aluno será avaliado pelo seu desempenho nas aulas teóricas
e práticas bem como pela sua participação na confecção do material didático proposto,
a ser realizado individualmente e em grupo.
Módulo IV: Práticas de Laboratório em Biologia – 45h
Este módulo pretende dar subsídios para os professores do ensino médio de
biologia, no sentido de reforçar o entendimento de conceitos pouco abrangidos durante
a formação formal, como por exemplo, aulas práticas de laboratórios em diversas subáreas
da biologia, principalmente àquelas desenvolvidas com o auxílio de microscópios
e estereoscópios. O curso abordará inicialmente conceitos atualizados em Biologia
Geral. Esta parte inicial tem a finalidade de revisar e reforçar tais conceitos aos
professores do ensino médio do Estado do Acre tornando-os mais capazes de absorver
os conceitos específicos da próxima fase.
Serão discutidos posteriormente com esses professores-alunos assuntos
variados, tais como: manuseio de equipamentos, vidrarias e reagentes, assim como
normas laboratoriais e aulas práticas que possam ser desenvolvidas nos Laboratórios
de Biologia das Escolas de Ensino Médio do Estado.
76
O principal objetivo deste curso é interação da teoria com a prática aplicadas na
Biologia Geral. A abordagem proposta não conduzirá o professor do ensino médio a ser
um especialista na referida área, mas proporcionará ao professor-aluno novas
perspectivas a partir dos conceitos que foram abordados e assim transformar o
cotidiano escolar refletindo numa melhora de aprendizado dos alunos da rede pública,
principalmente no que diz respeito a implementação de aulas práticas.
Conteúdo Programático:
1- Normas laboratoriais
2- Utilização do Microscópio e Estereomicrocópio (Lupa)
3- Equipamentos variáveis
4- Vidrarias
5- Reagentes
6- Técnicas biológicas
7- Aulas práticas
Avaliação: Adaptação e ou inovação de algumas aulas práticas para a realidade das
Escolas de Ensino Médio do Estado.
Discussão e/ou correção do material que será disponibilizado na home page.
6.3) Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
Os conteúdos de cada módulo serão abordados em duas fases. A primeira
destinada ao resgate dos conhecimentos fundamentais e a segunda, à discussão dos
temas atuais à luz dos conceitos de biologia abordados no ensino médio. A avaliação
do nível de conhecimento nos fundamentos de biologia pertinentes ao módulo será
desenvolvida durante o primeiro encontro (primeira aula presencial) de cada módulo.
Esta etapa consistirá em propor um tema para discussão, que poderá ser extraído de
um artigo científico, um artigo em revista de veiculação nacional, ciência hoje, super
interessante, entre outras) ou filme e/ou reportagem televisionada. A partir do material
fornecido serão questionados e debatidos com os professores-alunos quais são os
conhecimentos fundamentais da ciência envolvidos. Os alunos mais tímidos serão
77
instigados a externar as suas reflexões. Identificado o nível de conhecimento dos
professores-alunos serão propostas atividades niveladoras não-presenciais.
As atividades não-presenciais serão disponibilizadas e acompanhadas através
de site próprio na internet. O Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da
Universidade Federal do Acre será responsável por confeccionar a página e fornecer
senha de acesso a cada professor-aluno e docente do curso. Os docentes serão
responsáveis por fornecer ao NTI o material didático a ser disponibilizado e assessorar
virtualmente o professor-aluno em suas dificuldades ou comentários com relação ao
desenvolvimento das atividades não-presenciais. O NTI deverá possibilitar que o
docente tenha acesso ao monitoramento do tempo de permanência no site e dos
documentos acessados por cada professor-aluno. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
A viabilidade da etapa não-presencial foi discutida com representantes da
Secretaria de Estado de Educação, que na ocasião de discussão da presente proposta
informou da disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores (Internet) em
todos os municípios do Estado do Acre. Caso o professor-aluno tenha dúvida com
relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por telefone, através de
contato com o docente ou com o NTI.
A parte específica de cada módulo será desenvolvida da seguinte forma: em um
primeiro encontro (presencial) será proposto e discutido um ou mais temas
específico(s). A partir desta discussão, os professores-alunos serão instigados a
preparar um plano de curso, uma forma diferenciada de abordagem, uma prática
experimental ou uma aula expositiva mostrando qual seria a sua proposta de
abordagem do tema e dos conhecimentos específicos em química envolvidos na escola
de nível médio. Para o preparo desta atividade os professores-alunos terão orientação
virtual bem como acesso a documentos no site do programa (etapa não-presencial). No
encontro seguinte, os professores-alunos apresentarão as suas propostas que serão
discutidas por todo o grupo (viabilidade, forma de abordagem, execução da prática
experimental, dentre outros). Em resumo, na etapa presencial serão apresentados
temas específicos dos módulos, que serão desenvolvidos de forma não-presencial e
apresentados pelos professores-alunos no encontro presencial seguinte. Pretende-se
assim conferir aos professores-alunos a competência e habilidade de utilizar as
78
tecnologias de informação para confeccionar seu próprio material didático, plano de
curso e práticas experimentais. O curso será oferecido utilizando as instalações da
Universidade Federal do Acre, onde existem salas de aula e laboratórios.
6.4) Proposta de procedimentos avaliativos
a) Acompanhamento dos professores-alunos durante o desenvolvimento do curso
Os professores-alunos serão acompanhados e assessorados virtualmente
através do site do programa na página da UFAC na internet. Caso o professor-aluno
tenha dúvida com relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por
telefone, através de contato com o docente ou com o NTI. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
Os professores-alunos serão avaliados por módulo pela apresentação das
atividades propostas, engajamento em sala de aula, participação nas atividades
presenciais, freqüência de acesso ao site do programa na Internet e participação em
discussão virtual. Também será ministrada uma prova com o objetivo de avaliar a
maturidade do professor-aluno ao final do módulo. A cada modalidade de avaliação
terá a sua pontuação própria e ao final do módulo será atribuído um conceito, com
base na média das avaliações: A – aproveitamento muito bom (acima de 90%); B –
bom aproveitamento (de 70 a 90%); C – aproveitamento satisfatório (de 50 a 70%); D –
aproveitamento insuficiente (abaixo de 50%). O professor-aluno que tiver freqüência na
parte presencial inferior a 75% será desligado do programa, em consonância com a
Resolução nº 04, de 16-10-86, do Conselho Federal de Educação. Ao final do
programa será conferido ao professor-aluno um certificado contendo os tópicos
ministrados, a freqüência e o conceito obtido em cada módulo.
b) Acompanhamento dos professores-alunos após a finalização do curso
Para o acompanhamento do professor-aluno após a finalização do curso são
apresentadas duas propostas. O acompanhamento de professores-alunos de Rio
Branco será realizado com participação dos discentes do curso de licenciatura em
química da Universidade Federal do Acre. O curso de licenciatura plena em química
79
iniciado na UFAC em 2005 foi criado no espírito da nova Lei de Diretrizes e Bases
(LDB), onde são recomendadas pelo menos 400 horas de prática de ensino e 400
horas de estágio supervisionado. Com a preocupação da inserção do licenciando em
química nas escolas da rede pública de ensino médio desde o primeiro ano do curso,
os professores do Departamento de Ciências da Natureza iniciaram, em 2005, um
diálogo com a Secretaria de Estado de Educação. Este esforço em conjunto tem como
objetivo aproveitar a inserção da universidade na escola para trabalhar as diversas
realidades escolares e promover a aproximação dos docentes do ensino médio das
novas temáticas das áreas de ciências. Este aproveitamento resultaria na formação e
atualização continuada do corpo docente da rede pública de ensino médio.
No programa do curso de licenciatura plena em química da Universidade Federal
do Acre é descrito que a prática de ensino será dividida em duas frentes: 200 horas de
responsabilidade do Departamento de Educação e distribuídas em disciplinas
chamadas Investigação e Prática Pedagógica e 200 horas de responsabilidade da área
específica, em disciplinas chamadas Práticas de Ensino em Biologia (disciplinas
específicas). Nesta disciplina os discentes universitários são convidados a participar da
comunidade escolar, realizando um diagnóstico da escola e seu entorno e auxiliando o
docente do ensino médio em propostas de abordagem de temas em química, escolha
do material didático, preparo de práticas experimentais e em projetos que envolvam a
comunidade local. O objetivo da disciplina não é intervir na maneira com a qual a
escola e o docente em particular agem na função de educadores e formadores, mas de
contribuir com o fortalecimento da atividade docente na área. A presença do discente
universitário, e por conseqüência do docente universitário, resulta na formação e
atualização continuada do corpo docente do ensino médio, bem como contribui com a
divulgação de ciência e tecnologia.
Para o curso específico da formação continuada dos professores de ensino
médio da área de química propomos aproveitar o espaço consentido à disciplina
Instrumentação do Ensino de Química para realizar o acompanhamento dos
professores-alunos. Através da participação dos discentes universitários na rotina
escolar será possível monitorar o desenvolvimento dos temas abordados no curso,
bem como propiciar ao docente do ensino médio a possibilidade de propor outros
temas dentro da realidade da escola em que leciona. A troca de experiências entre o
profissional já estabelecido, o estudante universitário e o docente do curso superior
80
permitirá que os conceitos e temas pertinentes aos avanços na área específica e
aplicação dos conceitos fundamentais de química na resolução de problemas e
propostas de alternativas de mudança da realidade local deixem de ser uma idéia
inatingível e passem a fazer parte da rotina escolar.
O acompanhamento dos professores-alunos de outras localidades será realizado
da seguinte forma: cada participante do curso de capacitação deverá apresentar, ao
final do curso, um projeto para ser realizado na escola de origem. Este projeto, com
duração de seis meses, deverá envolver os discentes do cursista em atividades de
observação e intervenção da realidade local, com base nos conceitos apresentados
durante o curso de formação continuada. A primeira avaliação do projeto será na sua
proposição para o corpo de docentes. Estes poderão sugerir modificações e
adequações. Haverá acompanhamento virtual, onde o professor-aluno relatará
semanalmente as atividades desenvolvidas e terá auxílio do corpo docente nas
dificuldades que surgirem. São propostas visitas bimestrais para acompanhamento do
projeto in locco e eventual intervenção.
c) Avaliação do curso ao longo do seu desenvolvimento
A avaliação do desenvolvimento do curso será realizada durante os módulos
propostos. Será demandado que os professores-alunos respondam um questionário
anônimo de avaliação e sugestões para o curso. A contribuição do curso de formação
continuada na escola será avaliada através do reflexo do curso no desempenho da
atividade docente pelo professor-aluno. Será demandado que os discentes do
professor-aluno respondam um questionário anônimo de avaliação da qualidade da
aula ministrada após o referido professor-aluno ter começado a freqüentar o curso.
Com base nos resultados destas avaliações e nas sugestões apontadas, o programa
dos módulos, temas abordados e metodologias poderão ser revistas.
Vale ressaltar que os docentes do Departamento de Ciências da Natureza,
pretende continuar oferecendo cursos dessa natureza, abrangendo as áreas de
Biologia, Física e Química, como forma de qualificar e atualizar os professores do
Ensino Básico do Estado e de outras localidades.
81
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Física
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Ciências da Natureza, campus sede, Rio
Branco-AC
Coordenadora do Projeto: Profa. M.Sc. Esperanza Lucila Hernández Angulo
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2582
82
1) Breve histórico da atuação do Departamento de Ciências da Natureza da UFAC
em cursos de formação de professores na área de Física
A Universidade Federal do Acre (UFAC) em parceria com a Secretaria de Estado
de Educação (SEE) pretende implementar o Programa de Formação Continuada para
Professores do Ensino Básico do Estado do Acre, em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que nos seus artigos 61 e 67
estabelece que a Formação Continuada é um direito do profissional em educação e um
dever dos sistemas do ensino.
O Departamento de Ciências da Natureza (DCN) vivenciou essa experiência
durante os anos de 80, quando juntamente com as Secretarias de Educação Estadual
e Municipal, fundou na antiga Escola de 2º grau (CERB), o Núcleo de Ciências Sarah
Fadulh (NAIMEC), cujo objetivo principal foi implementar no Estado uma Formação
Continuada dos egressos dos Cursos de Ciências e Habilitação em Biologia, assim
como professores que atuavam nas áreas de Física e Química, possibilitando que os
mesmos através de treinamentos e discussões sobre temas atualizados adquirissem
conhecimentos teórico-práticos para enriquecimento do programa de curso de suas
escolas e até mesmo, mudanças no referido programa.
Em virtude da falta de interesse das referidas secretarias, no que diz respeito a
disponibilidade de verbas para continuar com os projetos em desenvolvimento do
NAIMEC, o referido núcleo foi extinto por volta do final dos anos 90, coincidindo com o
deslocamento de vários professores do DCN para participação de cursos de Mestrado
e Doutorado fora do Estado.
Após o retorno dos referidos professores, que iniciou por volta do ano 2000,
iniciou-se uma nova discussão no DCN, acerca da implantação do Núcleo de Ciências
da Naturreza, que visa em seus objetivos, a Formação Continuada dos professores do
ensino básico. Vale salientar que essas discussões acentuaram-se a partir de 2005, em
função do pensamento da maioria dos docentes do DCN, os quais entendem que a
Universidade não pode ficar distanciada da Educação Básica do Estado, tendo,
portanto, a ¨obrigação¨ de participar continuamente da formação qualificada e
atualizada de docentes, cuja profissão nunca está preparada definitivamente,
necessitando sempre discutir o saber inicial em confronto com as experiências
83
cotidianas e sinuosidade do processo ensino e aprendizagem, principalmente em
equipe, atendendo as exigências da LDB, no que diz respeito as abordagens dos
temas transversais.
Acreditamos que o vivenciar de qualquer profissional que atua na área da
educação constitui-se num buscar de pesquisa, programação, reflexão, metas e
objetivos do trabalho pedagógico em conjunto, pois somente dessa forma, a escola, de
maneira geral, não será um. local de trabalho e muito menos de trabalho isolado, a qual
será de fato um espaço de formação conjunta, onde as experiências e saberes possam
ser produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto de docentes da
escola.
Em 2004, surgiu a oportunidade de alguns professores das áreas de Biologia,
Física e Química do DCN participarem da Formação Continuada programada pela
Secretaria de Estado de Educação, onde os referidos professores foram convidados
para ministrarem cursos teóricos-práticos para professores do Ensino Médio da Capital
e do Interior, nas áreas supracitadas, cujo objetivo principal foi o treinamento dos
mesmos para manuseio dos equipamentos, vidrarias e reagentes que constituem os
Laboratórios de Biologia, Física e Química inseridos em grande parte das escolas de
Ensino Médio da Capital e algumas do Interior.
Todos os cursos foram oferecidos em Rio Branco e cada área ofereceu o
mesmo curso para 3 (três) turmas de professores, em datas diferentes. Vale ressaltar,
que os referidos cursos tiveram um resultado satisfatório, onde observou-se o desejo
dos professores-alunos de implementar uma metodologia mais atualizada,
interdisciplinar e, prática, neste caso, mudando a concepção das aulas extremamente
teóricas.
A partir dessas experiências, o DCN decidiu formatar os Projetos para o novo
Programa de Formação Continuada em parceria com a SEE, oferecendo cursos de
formação continuada nas áreas de Biologia, Física e Química, sem perder de vista os
referenciais curriculares. A carga horária de cada área totalizará 180 horas/aulas, a
qual será distribuída em módulos.
Cada módulo será constituído por cursos, que serão ministrados na forma
semipresencial para professores de Rio Branco e de outras localidades, da seguinte
forma:
84
1- Rio Branco: Na fase presencial o professor explorará os
conteúdos programáticos a cada encontro semanal, de preferência
aos sábados, durante 4 (quatro) horas, enquanto que o professoraluno,
na fase não presencial, no período de segunda a sexta-feira,
terá a responsabilidade de através dos conhecimentos adquiridos,
aperfeiçoar e/ou criar material didático alternativo para ser inserido
no trabalho diário do mesmo.
2- Outras Localidades: A única diferença em relação aos cursos da capital é observada
na fase presencial, pois o encontro do professor com os professores-aluno,
será realizado mensalmente, durante os finais de semana e equivalente a
16 (dezesseis) horas/aulas.
No que diz respeito a avaliação dos participantes de cada curso, pretende-se
desenvolver junto ao Núcleo de Tecnologia de Informação da UFAC, um programa de
acompanhamento informatizado, principalmente da fase não presencial, na qual o
professor avaliará as consultas realizadas pelo professor-aluno, ao material e/ou
exercícios que ficarão disponibilizados na home page da UFAC.
Objetivos
* Oportunizar aos professores-alunos uma reflexão pedagógica, para que os mesmos
compreendam a necessidade de formação e autoformação permanente.
* Construir junto aos professores-alunos competências técnico-científico-pedagógicas
que lhes possibilitem avaliar e reavaliar, constantemente, suas práticas de
aprendizagem.
* Instrumentalizar os professores-alunos com aulas práticas que possam ser
desenvolvidas no âmbito dos laboratórios inseridos nas Escolas de Ensino Médio.
* Capacitar os professores-alunos no enriquecimento de planos de curso e aula,
visando desenvolver competências e habilidades através de conteúdos
significativos para o aluno.
* Criar situações, inseridas no trabalho diário do professor-aluno, nas quais o aluno
possa ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.
1) Caracterização do curso
85
O ensino médio é uma das etapas de escolarização em que é assegurada ao
cidadão a formação básica requerida para a sua participação efetiva na sociedade.
Neste sentido, a escola deve ter função de formadora de cidadãos críticos,
conhecedores da sua realidade social e dispostos a transformá-la. O conhecimento de
física tem grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica em
constante evolução. A escola deve formar cidadãos com conhecimento mínimo para o
entendimento da ciência e da tecnologia e seus papéis no desenvolvimento social. As
diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio estabelecem, para a área de
física, competências relativas à apropriação de conhecimentos desta ciência e
aplicação destes conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, bem
como planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade. A formação de
cidadãos conscientes deve ser promovida por educadores preparados, seja no domínio
dos conceitos fundamentais da ciência em questão, seja na habilidade de promover em
seus discentes a capacidade de utilizar o conhecimento adquirido para questionar o
entorno e solucionar desafios. O papel do professor é o de articular os conceitos e
estimular os discentes a construir modelos para o mundo que os rodeia.
Educadores com responsabilidade de formar cidadãos não devem interromper
seu processo de instrução. A atualização profissional é condição fundamental na
profissão de educador. Esta atualização pode ser promovida pelo acompanhamento
dos avanços tecnológicos através de leituras e reflexões, como também através de
cursos complementares, como os cursos de formação continuada. Pensando na
formação de educadores na área de física é proposto este curso onde serão abordados
conceitos fundamentais da ciência específica através de discussão dos temas e
aprofundamento de conteúdos em física geral, desenvolvimento de técnicas
experimentais e física ambiental.
Baseados nos PCN a Secretaria de Educação do Estado elaborou em conjunto com os
professores de Física uma proposta curricular de Física para o Ensino Médio e com
seus próprios recursos promoveu cursos de Capacitação Continuada para os
professores de Rio Branco e outros municípios do interior do Estado, durante o
desenvolvimento da capacitação constatamos que em nossa região deverá ser feito um
trabalho específico com os professores do Ensino Médio na procura de fornecer os
conhecimentos necessários que eles precisam para trabalhar na sala de aula.
86
No estado de Acre existe um total de 80 professores de Física que trabalham na rede
pública de Ensino Médio. Destes apenas um 50% são habilitados em Física e
desenvolvem suas atividades pedagógicas no município de Rio Branco os demais 50%
possuem formação superior, mas em outras áreas (Matemática, Pedagogia,
Engenharia, etc.) trabalhando em outros municípios do Estado.
Para dar resposta a essas necessidades planejamos dois cursos:
O primeiro curso proposto estará dividido em três módulos, um de Mecânica, outro de
Ondas, Ótica e Termodinâmica e o terceiro de Eletricidade e Magnetismo eles serão
direcionados ao aprofundamento dos conteúdos ao nível de Ensino Médio vinculado a
uma análise cientifico metodológico e a relação com outras disciplinas prestando
atenção à construção e realização de demonstrações simples para utilizar nas salas de
aula mediante recursos existentes nos colégios de nosso estado.
No desenvolvimento do curso cada professor adquirirá habilidades no desenvolvimento
do plano de aula, destacando as aplicações da Física e das novas tecnologias em
concordância com as necessidades especificas de nossa região.
O curso foi planejado com a utilização da bibliografia do autor Alberto Gaspar volumes
1, 2 e 3 Editora Ática, 2001 ou volume único do 2004 do próprio autor, a qual será
utilizada como referência para fazer uma comparação, estudo e forma de abordagem
de acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio (PCN) com outros textos
de diferentes autores utilizados pelos professores do Ensino Médio..
O segundo curso será dividido em três módulos.
O primeiro, conforme solicitação da Secretaria de Educação, será sobre técnicas
experimentais de laboratório, ajudando a parte experimental do segundo módulo deste
curso e dando solução às necessidades de nossos professores do Ensino Médio de
adquirir habilidades nas montagens de práticas de laboratórios, assinado os materiais
existentes em cada colégio, com a elaboração de um caderno didático apostilado
detalhando o desenvolvimento e aplicação das técnicas experimentais.
87
O segundo será dirigido a aprofundar os conteúdos necessários ao nível de Segundo
Grau sobre problemas relacionados com o meio ambiente, capacitando os professores
com as técnicas experimentais nessa área.
No terceiro módulo serão desenvolvidas palestras sobre as doenças causadas pela
exposição prolongadas as diferentes radiações, sendo esta uma linha de pesquisa de
alguns professores da universidade, a qual dispõe de um centro de pesquisa sobre
meio ambiente.Para finalizar o módulo será elaborado e executado um projeto de
prevenção das doenças com maior incidência em nosso estado causadas pelas
radiações ultravioletas.
A participação dos professores – alunos neste curso pode ser ampliada para
professores de Matemática, Química e Biologia assim como para professores de
Ciências do Ensino Fundamental.
2) Descrição simplificada da carga horária do curso
Estamos propondo dois cursos de 180 horas cada um. Eles estão divididos em
três módulos de 60 horas, das quais um 50 %, aproximadamente serão desenvolvidas
de forma presencial e o outro 50% de forma semipresencial.
A Parte presencial será desenvolvida nas instalações da própria UFAC, para os
professores – alunos do município de Rio Branco, cada módulo terá um período de
duração de três messes, utilizando quatro horas dos sábados e com capacidade para
um total de 40 professores-alunos. Durante esse mesmo período será desenvolvida a
parte semipresencial com atividades orientadas e controladas.
Nos municípios os professores-alunos serão agrupados para utilizar as instalações dos
pólos universitários, (Senador Guiomar, Sena Madureira, Cruzeiro do Sul, Brasiléia,
Plácido de Castro), onde poderá ser menor a quantidade de alunos por turmas de
acordo com a localização.
88
Para o interior do Estado serão utilizadas quatro horas da sextas à noite, oito horas do
sábado e quatro horas do domingo para um total de 16 horas, equivalente a um mês do
curso a ser oferecido na Capital do Estado (Rio Branco). De igual forma será orientada
a parte semipresencial. Os cursos poderão ser repetidos de acordo com as
necessidades.
3) Currículo simplificado do coordenador do curso
Esperanza Lucila Hernández Angulo Concluiu Licenciatura em Física no Instituto
Pedagógico Juan Marinello de Matanzas,em Cuba no 1980 e mestrado em Mención
em Docência Universitária e Investigación Educativa no 2001 na Universidade de
Matanzas Camilo Cienfuegos, em Cuba (deferimento do diploma na UFRJ em 28 de
abril de 2006). Atualmente é professora de Física do Departamento de Ciências da
Natureza da Universidade Federal do Acre e participa como pesquisadora no grupo de
Estudos e Serviços Ambientais – Acre Bioclima do Departamento de Ciências da
Natureza.Possui uma publicação em revista e quatro em trabalhos em
eventos.Participou em cursos de capacitação para professores do Ensino Médio nos
anos 1997,1998 e 2004 em Rio Branco, Acre. Participa em reuniões de coordenação
com a Secretaria de Educação do Estado.Desempenha seu trabalho como professora
no curso de Licenciatura em Física e em outras especialidades da UFAC.Trabalhou
desenvolve projetos de extensão com a rede de Ensino Pública.Participou em eventos
nacionais e internacionais em Cuba e no XII Simpósio Nacional de Ensino de Física.
Novos Horizontes em BH. Assessora professores do Ensino Médio no desenvolvimento
das Feras de Ciências.
4) Caracterização do corpo docente
Alejandro Fonseca Duarte concluiu o doutorado em Física Matemática - Belarusskii
Gosudarstvennii Universitet em 1982. Atualmente é Professor - Pesquisador da
Universidade Federal do Acre. Coordena o Grupo de Estudos e Serviços Ambientais do
Departamento de Ciências da Natureza. Publicou 30 artigos em periódicos
especializados e 19 trabalhos em anais de eventos. Possui 7 livros publicados. Possui
3 produtos tecnológicos, 10 softwares e 3 processos ou técnicas. Desde o ano 2000
participou de 4 eventos no exterior e 14 no Brasil. É orientador de uma tese de
mestrado na área de Poluição do ar (deposição úmida). Orienta vários alunos de
89
iniciação científica e tecnológica. Recebeu 3 prêmios e homenagens. Atualmente
participa de 3 projetos de pesquisa. Atua na área de Física, Energia e Meio Ambiente.
Em suas atividades profissionais interagiu com 30 colaboradores em co-autorias de
trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na
contextualização da produção científica sobre a Amazônia, são: Educação,
Climatologia, Energia alternativa, Atmosfera, Radiação solar, Aerossóis na atmosfera,
Poluição solar e Uso e Cobertura do solo.
Félix Javier León Molinet.Graduado na Faculdade de Ciências Medicas da
Universidade da Habana, Cuba, CRM 737, graduado de Especialista em Medicina
Familiar e Comunitária outorgado pela SBMFC Mestre em Medicina Tropical.
Universidade de Brasília (Núcleo de Medicina tropical) em 2004.Curso de
especialização em Medicina tropical em 2002, coordenador de programas de atenção
comunitária no município de Mâncio Lima, Acre. Atualmente se desempenha como
professor na Universidade Federal do Acre, na Faculdade de Ciências Médicas.
Francisco Eulálio Alves dos Santos.Doutor em Engenharia Mecânica, Universidade
Estadual de Campinas em 2001, Mestrado em Física na Universidade Federal de
Paraíba em 1981, Especialização em Administração Universitária na UFAC em 1982.
Atualmente professor de Física do departamento de Ciências da Natureza da
Universidade Federal do Acre. Participou em capacitação para professores do Ensino
Médio.
José Carlos da Silva de Oliveira. Mestre em: Bacharelado em Física na Universidade
Federal da Paraíba em 1983.Atualmente professore de Física do Departamento de
Ciências da Natureza da Universidade Federal do Acre. Participou na assessoria ao
núcleo de Ação Integrada para a Melhoria do Ensino de Ciências e na assessoria à
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Rio Branco no Encontro sobre
Reformulação Curricular do Curso de Magistério. Trabalha em projetos de extensão
com a rede de Ensino Pública.Participou em eventos nacionais e internacionais em
Cuba e no XII Simpósio Nacional de Ensino de Física. Novos Horizontes em BH.
90
Luis Eduardo Pedroso.Doutor. Coordenador do Curso de Licenciatura da UFAC.
Participa ativamente em reuniões de coordenação com a Secretaria de Educação.
Participou oferecendo cursos de capacitação para professores do Ensino Médio no ano
2004.
5) Descrição sucinta do projeto dos cursos
5.1) Objetivos:
Primeiro curso
Aprofundar nos conhecimentos teórico-práticos e nos procedimentos científicos e
metodológicos necessários para o desenvolvimento do professor na sala de aula.
Implementação do objetivo: Através da utilização de exemplos baseados no
cotidiano e fundamentalmente de nossa região, propiciar a comparação e análise da
bibliografia existente, estruturando um sistema de demonstrações simples que
ajudem ao entendimento das relações da Física com outras disciplinas, tanto na
vertical como na horizontal, incorporando o estudo das aplicações de novas
tecnologias onde se manifeste a preocupação como professores com os nossos
cidadãos
Segundo Curso.
1. Capacitar os professores de Física, Química e Biologia do Ensino Médio de nosso
estado para realizar um trabalho de prevenção sobre as doenças causadas pela
exposição prolongadas as radiações ultravioletas.
Implementação do objetivo. Através de um levantamento que será feito durante o
primeiro curso, desenvolveremos as práticas de laboratório em concordância com os
materiais disponíveis nos colégios, garantindo que os professores adquiram
habilidades em técnicas experimentais simples, que permitam a compreensão da parte
experimental de medição de diferentes parâmetros ambientais em nossa região.
Finalizando com elaboração e aplicação de um projeto para executar nos colégios
dirigido à prevenção de doenças causadas pela exposição prolongada a radiação
ultravioleta.
91
5.2) Distribuição dos componentes curriculares
Primeiro curso.
a)Primeiro Módulo: Mecânica. Grandezas e vetores, Cinemática, Dinâmica, Cinemática
no movimento circular, Trabalho e potência Energia mecânica. Impulso e quantidade de
movimento. Gravitação Universal. Estática. Hidrostática.
b) Segundo Módulo: Ondas luminosas. Espelhos curvos. 2Refração da luz Lentes
esféricas. Instrumentos ópticos. Óptica ondulatória.Calor. Introdução à termodinâmica.
Comportamento térmico dos gases.
c) Terceiro Módulo: Introdução à eletricidade. Campo elétrico.Potencial
elétrico.Corrente elétrica. Resistividade e geradores químicos. Circuitos elétricos. O
campo magnético. Campo magnético e corrente elétrica. Indução eletromagnética.
Ondas eletromagnéticas.
Segundo Curso.
Primeiro Módulo:a) Técnicas experimentais. Mecânica, Ondas, Eletricidade e
Magnetismo, Termodinâmica, Gravitação, Fluidos, Ótica, etc.
A parte presencial proposta para montagem das práticas e a semipresencial utilizar a
disponibilidade de textos e exemplares na Internet (página do curso) para que os
professores-aluno possam baixar a proposta, voltando de nova na parte presencial a
análise e discussão das propostas.
As práticas serão desenvolvidas em forma de ciclos de desenho, montagem,
realização, elaboração de manuais e elaboração de relatórios. A quantidade de práticas
pode estar entre 15 e 25.
b) Segundo Módulo: Mecânica, Ondas, Eletricidade e Magnetismo, Termodinâmica,
Gravitação, Fluidos, Ótica, Oscilações. Ondas. Ondas de luz.
c) Terceiro Módulo: Elaboração de um projeto para ser desenvolvido nos colégios
do Ensino Fundamental e Médio através de palestras planejadas com dados
específicos de nossa região tendo como objetivo fundamental promover um
trabalho de prevenção sobre as doenças causadas pela exposição prolongada
92
às radiações UV. Estabelecendo um cronograma de visitas às áreas do centro
de pesquisa de meio ambiente da UFAC
.
5.3) Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
Os conteúdos de cada módulo serão abordados em duas fases. A primeira
destinada ao resgate dos conhecimentos fundamentais e a segunda, à discussão dos
temas atuais à luz dos conceitos de física abordados no ensino médio. A avaliação do
nível de conhecimento nos fundamentos de física pertinentes ao módulo será
desenvolvida durante o primeiro encontro (primeira aula presencial) de cada módulo.
Esta etapa consistirá em propor um tema para discussão, que poderá ser extraído de
um artigo científico (das revistas física e da Internet) ou filme e/ou reportagem
televisionada. A partir do material fornecido serão questionados e debatidos com os
professores-alunos quais são os conhecimentos fundamentais da ciência envolvidos.
Os alunos mais tímidos serão instigados a externar as suas reflexões. Identificado o
nível de conhecimento dos professores-alunos serão propostas atividades niveladoras
não-presenciais.
As atividades não-presenciais serão disponibilizadas e acompanhadas através
de site próprio na internet. O Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI) da
Universidade Federal do Acre será responsável por confeccionar a página e fornecer
senha de acesso a cada professor-aluno e docente do curso. Os docentes serão
responsáveis por fornecer ao NTI o material didático a ser disponibilizado e assessorar
virtualmente o professor-aluno em suas dificuldades ou comentários com relação ao
desenvolvimento das atividades não-presenciais. O NTI deverá possibilitar que o
docente tenha acesso ao monitoramento do tempo de permanência no site e dos
documentos acessados por cada professor-aluno. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
A viabilidade da etapa não-presencial foi discutida com representantes da
Secretaria de Estado de Educação, que na ocasião de discussão da presente proposta
informou da disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores (internet) em
todos os municípios do Estado do Acre. Caso o professor-aluno tenha dúvida com
relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por telefone, através de
contato com o docente ou com o NTI.
93
A parte específica de cada módulo será desenvolvida da seguinte forma: em um
primeiro encontro (presencial) será proposto e discutido um ou mais temas
específico(s). A partir desta discussão, os professores-alunos serão instigados a
preparar um plano de curso, uma forma diferenciada de abordagem, uma prática
experimental ou uma aula expositiva mostrando qual seria a sua proposta de
abordagem do tema e dos conhecimentos específicos em física envolvidos na escola
de nível médio. Para o preparo desta atividade os professores-alunos terão orientação
virtual bem como acesso a documentos no site do programa (etapa não-presencial). No
encontro seguinte, os professores-alunos apresentarão as suas propostas que serão
discutidas por todo o grupo (viabilidade, forma de abordagem, execução da prática
experimental, dentre outros). Em resumo, na etapa presencial serão apresentados
temas específicos dos módulos, que serão desenvolvidos de forma não-presencial e
apresentados pelos professores-alunos no encontro presencial seguinte. Pretende-se
assim conferir aos professores-alunos a competência e habilidade de utilizar as
tecnologias de informação para confeccionar seu próprio material didático, plano de
curso e práticas experimentais.
5.4) Proposta de procedimentos avaliativos
5.4.1) Acompanhamento dos professores-alunos durante o desenvolvimento do curso
Os professores-alunos serão acompanhados e assessorados virtualmente
através do site do programa na página da UFAC na internet. Caso o professor-aluno
tenha dúvida com relação ao acesso à rede, o mesmo poderá ser orientado por
telefone, através de contato com o docente ou com o NTI. Caso seja detectado que o
professor-aluno não esteja cumprindo as atividades não-presenciais, o mesmo será
advertido com relação às suas responsabilidades com o curso.
Os professores-alunos serão avaliados por módulo pela apresentação das
atividades propostas, engajamento em sala de aula, participação nas atividades
presenciais, freqüência de acesso ao site do programa na internet e participação em
discussão virtual. Também será ministrada uma prova com o objetivo de avaliar a
maturidade do professor-aluno ao final do módulo. A cada modalidade de avaliação
terá a sua pontuação própria e ao final do módulo será atribuído um conceito, com
base na média das avaliações: A – aproveitamento muito bom (acima de 90%); B –
94
bom aproveitamento (de 70 a 90%); C – aproveitamento satisfatório (de 50 a 70%); D –
aproveitamento insuficiente (abaixo de 50%). O professor-aluno que tiver freqüência na
parte presencial inferior a 75% será desligado do programa, em atendimento à
Legislação vigente. Ao final do programa será conferido ao professor-aluno um
certificado contendo os tópicos ministrados, a freqüência e o conceito obtido em cada
módulo.
5.4.2) Acompanhamento dos professores-alunos após a finalização do curso
Para o acompanhamento do professor-aluno após a finalização do curso são
apresentadas duas propostas. O acompanhamento de professores-alunos de Rio
Branco será realizado com participação dos discentes do curso de licenciatura em
física da Universidade Federal do Acre. O curso de licenciatura plena em física iniciado
na UFAC em 2005 foi criado no espírito da nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), onde
são recomendadas pelo menos 400 horas de prática de ensino e 400 horas de estágio
supervisionado. Com a preocupação da inserção do licenciando em física nas escolas
da rede pública de ensino médio desde o primeiro ano do curso, os professores do
Departamento de Ciências da Natureza iniciaram, em 2005, um diálogo com a
Secretaria de Estado de Educação. Este esforço em conjunto tem como objetivo
aproveitar a inserção da universidade na escola para trabalhar as diversas realidades
escolares e promover a aproximação dos docentes do ensino médio das novas
temáticas das áreas de ciências. Este aproveitamento resultaria na formação e
atualização continuada do corpo docente da rede pública de ensino médio.
No programa do curso de Licenciatura Plena em Física da Universidade Federal
do Acre é descrito que a prática de ensino será dividida em duas frentes: 200 horas de
responsabilidade do Departamento de Educação e distribuídas em disciplinas
chamadas Investigação e Prática Pedagógica e 200 horas de responsabilidade da área
específica, em disciplinas chamadas Instrumentação do Ensino de Física. Nesta
disciplina os discentes universitários são convidados a participar da comunidade
escolar, realizando um diagnóstico da escola e seu entorno e auxiliando o docente do
ensino médio em propostas de abordagem de temas em Física, escolha do material
didático, preparo de práticas experimentais e em projetos que envolvam a comunidade
local. O objetivo da disciplina não é intervir na maneira com a qual a escola e o docente
95
em particular agem na função de educadores e formadores, mas de contribuir com o
fortalecimento da atividade docente na área. A presença do discente universitário, e por
conseqüência do docente universitário, resulta na formação e atualização continuada
do corpo docente do ensino médio, bem como contribui com a divulgação de ciência e
tecnologia.
Para o curso específico da formação continuada dos professores de ensino
médio da área de física propomos aproveitar o espaço consentido à disciplina
Instrumentação do Ensino de Física para realizar o acompanhamento dos professoresalunos.
Através da participação dos discentes universitários na rotina escolar será
possível monitorar o desenvolvimento dos temas abordados no curso, bem como
propiciar ao docente do ensino médio a possibilidade de propor outros temas dentro da
realidade da escola em que leciona. A troca de experiências entre o profissional já
estabelecido, o estudante universitário e o docente do curso superior permitirá que os
conceitos e temas pertinentes aos avanços na área específica e aplicação dos
conceitos fundamentais de física na resolução de problemas e propostas de
alternativas de mudança da realidade local deixem de ser uma idéia inatingível e
passem a fazer parte da rotina escolar.
O acompanhamento dos professores-alunos de outras localidades será realizado
da seguinte forma: cada participante do curso de capacitação deverá apresentar, ao
final do curso, um projeto para ser realizado na escola de origem. Este projeto, com
duração de seis meses deverá envolver os discentes do curso em atividades de
observação e intervenção da realidade local, com base nos conceitos apresentados
durante o curso de formação continuada. A primeira avaliação do projeto será na sua
proposição para o corpo de docentes. Estes poderão sugerir modificações e
adequações. Haverá acompanhamento virtual, onde o professor-aluno relatará
semanalmente as atividades desenvolvidas e terá auxílio do corpo docente nas
dificuldades que surgirem. São propostas visitas bimestrais para acompanhamento do
projeto in locco e eventual intervenção.
5.4.3) Avaliação do curso ao longo do seu desenvolvimento
A avaliação do desenvolvimento do curso será realizada durante os módulos
propostos. Será demandado que os professores-alunos respondam um questionário
96
anônimo de avaliação e sugestões para o curso. A contribuição do curso de formação
continuada na escola será avaliada através do reflexo do curso no desempenho da
atividade docente pelo professor-aluno. Será demandado que os discentes do
professor-aluno respondam um questionário anônimo de avaliação da qualidade da
aula ministrada após o referido professor-aluno ter começado a freqüentar o curso.
Com base nos resultados destas avaliações e nas sugestões apontadas, o programa
dos módulos, temas abordados e metodologias poderão ser revistas.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: História
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de História, campus sede, Rio Branco-AC
Coordenador do Projeto: Prof. M. Sc. José Dourado de Souza
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2538
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1. Breve histórico da atuação do Departamento de História da UFAC em cursos
de formação de professores
Por mais de dez anos, o Departamento de História promoveu cursos de
formação continuada de professores dos ensinos fundamental e médio nos municípios
do interior do Acre, em parceria com os governos estadual e municipais.
Somente nos últimos anos é que esse tipo de atividade deixou de acontecer,
visto que estávamos muito mais voltados com a realização dos Cursos de Graduação
(Licenciatura) em História para professores da zona urbana em cinco municípios
acreanos e em um amazonense.
Agora, após a conclusão desses Cursos de Graduação, torna-se de
fundamental importância retomarmos o oferecimento dos cursos de extensão.
Primeiro porque cabe ao Departamento de História essa tarefa de dar
continuidade à formação dos profissionais formados por nós e alimentar,
permanentemente, a população com informações e análises históricas que
contribuam com a construção da cidadania e a preparação desses cidadãos para
uma ação consciente e transformadora.
2. Caracterização do curso
A formação continuada é um direito do profissional em educação e um dever
dos sistemas de ensino, conforme determina a Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9394/96), nos seus artigos 61 e 67. Assim como dispõe o artigo 61 inciso
I, a formação de profissionais em educação terá como fundamento “a associação entre
teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço” e ainda o art. 67, inciso
II assegura o “aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim”.
O Departamento de História, sensível a essas demandas junto aos profissionais
do ensino médio e em sintonia com as políticas para aprimoramento da qualidade do
ensino, definiu em Assembléia Departamental um Projeto de Formação Continuada
de Professores de História do Ensino Médio, visando dar continuidade ao
aprimoramento profissional desses professores.
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Mais que uma exigência legal, a formação continuada é para o Departamento de
História da UFAC e o Departamento de Ensino Médio da Secretaria de Estado de
Educação uma necessidade político-pedagógica. Por isso, estamos estreitando
relações para juntos construirmos uma parceria para a implementação desse processo
de formação.
A Secretaria de Estado de Educação tem manifestado em documentos que a
experiência histórica nos indica que as capacitações realizadas, em geral, tem se
caracterizado pela descontinuidade e fragmentação, muitas vezes, fundamentadas em
modelos teóricos que não reconhecem os conhecimentos produzidos pelos professores
em sua atuação, acentuando o distanciamento entre o conhecimento teórico e a prática
dos professores nas escolas, que certamente têm contribuído com a baixa qualidade
de ensino e a reprodução das desigualdades sociais e culturais.
Discutir a formação docente e entendê-la como um processo contínuo de mão
dupla, de troca de experiências entre professores e alunos. Eles continuamente
passam pela auto formação, à medida que reelaboram o seu saber inicial em confronto
com suas experiências e práticas cotidianas no processo ensino aprendizagem.
O vivenciar da atividade docente constitui-se continuamente num trabalho de
pesquisa, problematização, reflexão e proposição do fazer pedagógico. A escola não é
apenas um local de trabalho e muito menos de trabalho isolado. O que se propõe é que
a escola seja um espaço também de formação, onde as experiências e saberes
possam ser produzidos e compartilhados permanentemente, pelo conjunto dos sujeitos
escolares notadamente pelos docentes.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, “o objetivo do ensino de História no
ensino médio é o desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas que
conduzam à apropriação, por parte dos alunos, de um instrumental conceitual - criado
e recriado constantemente pela disciplina científica -, que lhes permita analisar e
interpretar as situações concretas da realidade vivida e construir novos conceitos ou
conhecimentos. Ao mesmo tempo, esse instrumental conceitual permite a
problematização de aspectos da realidade e a definição de eixos temáticos que
orientam os recortes programáticos bem como, apontam para novas possibilidades de
criação de situações de aprendizagem” 2.
2 PCN + - Ensino Médio. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais – Ciências Humanas e suas Tecnologias, p. 77.
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Assim, é de singular importância participarmos do Programa de Formação
Continuada de Professores do Ensino Médio, considerando a nossa tradição com
este tipo de atividade, a expectativa da Secretaria Estadual de Educação em atender
uma exigência dos professores e a reivindicação dos próprios profissionais da
educação.
3. Descrição simplificada da composição da carga horária do curso
O Curso de Formação Continuada de História possui uma carga horária de 180
horas a serem oferecidas de forma semipresencial. O mesmo será dividido em três
módulos: História da África, História do Oriente e História do Acre. Cada módulo
contará com uma carga horária de 60 horas, sendo 50 presencial e 10 semipresenciais.
4. Currículo simplificado do coordenador do curso
José Dourado de Souza, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado à Rua Três
de Setembro n° 309, Bairro das Placas, CEP: 69.914 – 780, Rio Branco – Acre,
Telefones: (0xx68) 3228 – 2502 e 9971 – 4040, E-mail: douradoac@yahoo.com.br.
É professor do Departamento de História da Universidade Federal do Acre
desde 1989, graduado em História e Pedagogia pela Universidade Federal do Acre.
Tem especialização em História Econômica e Social da Amazônia e Planejamento do
Desenvolvimento Regional. Mestre em Educação (com área de concentração em
Currículo) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Coordenador do
Curso de Especialização em História Econômica e Social da Amazônia, no período de
1988 a 1989. Coordenou o Curso de Graduação em História da UFAC no período de
1990 a 1991. Foi Chefe do Departamento de História da UFAC pôr quatro mandatos
(1992 a 1993, 1994 a 1995, l996 a 1997 e 2004 a 2005). É o atual subchefe do
Departamento de História e, também, Coordenador do Curso de Licenciatura em
História para Professores da Zona Rural (Parceria UFAC e Governo do Estado do
Acre). É co-autor do livro Acre: uma História em Construção.
Atuou como acadêmico do Curso de História e depois como professor do
Departamento de História da UFAC no Projeto de Extensão Estudos das Propostas
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Curriculares de História para o 1° e 2° graus, no período de 1980 a 1982 e de 1986
a 1993, numa ação que envolvia a UFAC, o Governo do Estado do Acre e os Governos
Municipais do Acre, tendo como clientela os professores desses sistemas de ensino.
5. Caracterização do corpo docente
O curso contará com a participação dos seguintes docentes:
- José Dourado de Souza, professor do Departamento de História da UFAC, Msc. em
Educação e com uma larga experiência em cursos de formação continuada de
professores da rede estadual e municipal de ensino, que ministrará o módulo de
História do Acre;
- Tereza Almeida Cruz, professora do Departamento de História, Msc. em História do
Brasil e professora concursada de História da África, com experiência de coordenação
de um Workshop de História da África, que ministrará o módulo desta disciplina.
- Valmir Freitas, professor do Departamento de História da UFAC, Msc. em História do
Brasil e professor concursado de História do Oriente, com experiência de coordenação
de um Workshop de História do Oriente, que ministrará o módulo desta disciplina.
6. Descrição sucinta do projeto do curso
6.1. Objetivos do curso
6.1.1. Objetivo geral
- Promover a capacitação e atualização de professores-alunos nas áreas de História da
África, do Oriente Próximo e do Acre, considerando que, História da África e do Oriente
Próximo não faziam parte da grade curricular do curso de História (embora fizessem
parte de lista de optativas) e os conteúdos de História do Acre foram ministrados com
uma carga horária insuficiente.
6.1.2. Objetivos específicos
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Módulo I– História do Acre
- Oportunizar conhecimentos sobre a História do Acre numa perspectiva crítica,
de modo a contribuir com ações transformadoras;
- Ampliar os conhecimentos dos professores-alunos do ensino médio, sobre a
história regional, de modo a contribuir com o resultado geral do processo de
ensino-aprendizagem destes.
Módulo II – História da África
- Oferecer uma visão crítica e abrangente da História da África Subsaariana, de
suas civilizações tradicionais, do tráfico de escravos, dos processos de
colonização e descolonização e de construção nacional bem como uma
panorâmica da África contemporânea;
- Proporcionar elementos para um melhor entendimento das contribuições da
história da África para a nossa própria autocompreensão como sociedade
brasileira, considerando que boa parte de nossas raízes culturais são
provenientes do continente africano;
Módulo III – História do Oriente
- Estudar a evolução das sociedades que se desenvolveram no Oriente próximo,
interligando o passado e o presente do mundo árabe e seus conflitos atuais;
- Analisar o contexto do surgimento do Islã no Oriente Próximo, bem como sua
expansão e conflitos com a cristandade ocidental;
- Ampliar o conhecimento dos professores-alunos do ensino médio sobre o mundo
islâmico, o fundamentalismo e suas ligações com o terrorismo internacional, bem
como analisar as origens dos conflitos árabe-israelense;
- Combater estereótipos incorretos, colocando assim as bases para um melhor
entendimento do mundo islâmico.
6.2. Distribuição dos componentes curriculares
Módulo I: História do Acre
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O capitulo correspondente a História do Acre assume posição de destaque no
contexto da História da Nação brasileira.
O Acre foi inserido no quadro das preocupações do capital monopolista
internacional a partir da segunda metade do século XIX, com a utilização da borracha,
na qualidade de matéria-prima indispensável para a produção de um conjunto de
artefatos necessários a reprodução do grande capital industrial e financeiro.
Sendo esta região (do Acre) riquíssima em árvores seringueiras, logo surgiram
motivos para que ela fosse disputada pelas nações (Brasil, Bolívia e Peru) que se
julgavam donos legítimos desta região.
Os conflitos daí resultantes, e suas conseqüências ao longo de mais de um
século e meio, produziram um acervo histórico-cultural invejável, constituindo-se na
atualidade em matéria obrigatória em todos os níveis de ensino.
Lamentavelmente poucos são aqueles que vêm se dedicando ao estudo mais
aprofundado, cientifico desta questão, daí a importância de promovermos a
socialização destes saberes ao conjunto do professorado do ensino médio, como forma
de sensibilizá-los no sentido de melhor prestigiarem estes conhecimentos.
No mais, assim fazendo, estamos contribuindo para que a Universidade Federal
do Acre, realmente, cumpra a seu papel de socializar o saber cientifico no contexto dos
sistemas municipais e estadual de ensino.
Deste modo iremos desenvolver um programa que comece refletindo sobre as
populações indígenas que habitavam esta região antes da chegada dos nordestinos
brasileiros a partir da segunda metade do século XIX, indo até chegar aos dias atuais.
Depois vamos estudar o processo de formação e expansão da empresa
extrativista da borracha na Amazônia/Acre; e a estrutura e funcionamento dos seringais
amazônicos/acreanos durante o primeiro surto da borracha.
Na seqüência estudaremos o processo da anexação do Acre ao Brasil; e a
estrutura jurídico-político e administrativa do Acre: de 1903 aos dias atuais.
Prosseguindo, iremos analisar o processo de diversificação da produção
econômica do Acre entre o primeiro e o segundo surto da borracha: 1913 à 1942; o
segundo surto da borracha (1942 à 1945): os acordos de Washington e a Batalha da
Borracha; o Acre de 1945 a 1962: o destino dos Soldados da Borracha; as alternativas
do Governo Federal para soerguer a produção gumífera; o Basa e um novo sistema de
crédito; e, as Colônias Agrícolas.
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Finalizando vamos estudar o Acre Estado: o Golpe Militar, a Ditadura, a Lei de
Segurança Nacional e a formação da ARENA e do MDB no Acre; a pecuarização da
economia acreana e os conflitos pela posse da terra no Acre; o processo de
redemocratização política no Acre: a reorganização dos Partidos Políticos e os amplos
debates democráticos dos anos oitenta; as questões relacionadas ao Meio Ambiente e
Reservas Extrativistas; a esquerda no Poder; e o Futuro: a reinvenção do Acre.
Módulo II: História da África
O módulo de História da África se justifica por duas razões principais. A primeira,
por ser a África uma das matrizes históricas e culturais do povo brasileiro. Cerca de
metade dos brasileiros descende mais diretamente de africanos escravizados trazidos
para o Brasil, ao longo de três séculos de tráfico negreiro. É reconhecido por quase
todos o elevado grau de participação que as culturas, técnicas e instituições sociais
africanas tiveram, e têm, na formação da sociedade brasileira. O módulo de História da
África contribuirá para que os professores-alunos tenham uma maior proximidade às
temáticas sobre a história, sociedade, economia e cultura do continente africano. Nos
últimos anos, as pesquisas sobre a História do Brasil buscaram conhecer cada vez
mais as especificidades da história africana e as articulações com a história brasileira,
sem as quais esta se torna quase incompreensível. Entretanto, os resultados desse
redirecionamento ainda não se fizeram sentir de forma mais consistente nos bancos
escolares.
A segunda justificativa está na urgente necessidade de estabelecer uma
compreensão mais integrada de processos históricos extremamente relevantes da
época contemporânea, como, por exemplo, as conseqüências do processo de
descolonização da África. O novo patamar em que o Brasil pretende se inserir no atual
cenário internacional exige um estudo de novo tipo da África e de si próprio. Exige
igualmente que esse estudo não esteja preso a uma visão eurocêntrica do tipo colonial,
nem a uma ótica ufanista, denominada afrocêntrica, que se seguiu à independência
dos países africanos. Para estudar criticamente e superar esses enfoques, o módulo de
História da África se baseará no estudo de novas correntes historiográficas. Seguindo
essa orientação, o Curso será ministrado numa abordagem multidisciplinar.
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No primeiro momento, este módulo oferecerá um panorama do quadro no qual a
história da África passa a ser reconhecida como disciplina acadêmica, das
metodologias empregadas, das principais tendências, e da sua importância para o
estudo da realidade brasileira. Em seguida, promoverá o conhecimento das principais
sociedades africanas existentes quando os portugueses chegaram à costa atlântica,
destacando seu desenvolvimento cultural, tecnológico e comercial, mostrando como
que, no final do século XV e século XVI a África não estava atrasada em relação a
Europa.
Abordará, posteriormente, as relações que os europeus mantiveram com os povos
com os quais entraram em contato, considerando-se as relações existentes antes de
sua chegada, as transformações decorrentes da presença de comerciantes europeus,
que introduziram novas mercadorias e provocaram novas demandas.
Este módulo propiciará também o conhecimento das formas de escravidão que
existiam nas sociedades islamizadas, nas sociedades regidas pelas relações de
linhagem, e nos núcleos de produção voltados para o suprimento de matérias-primas já
no final da fase pré-colonial. A seguir, serão analisadas as condições de implantação
do tráfico atlântico de escravos, os sistemas de fornecimento, as rotas, os mecanismos
de negociação, os papéis assumidos pelos africanos, as relações destes com os
mercadores europeus, e os efeitos que teve sobre algumas sociedades africanas.
Outro aspecto a ser discutido será o quadro do processo da
partilha da África entre as nações européias, no contexto de
expansão do capitalismo, e a resistência das populações africanas;
bem como compreender o processo histórico que levou à
liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou
ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e
Estados.
Por fim, será feita uma análise dos problemas africanos de hoje, destacando as
crises, perspectivas e o grande desafio de unir a África.
Portanto, este módulo de História da África propiciará aos professores-alunos do
Ensino Médio um conhecimento crítico da História da África, numa visão panorâmica,
desde antes da chegada dos europeus até a história contemporânea do continente
africano, buscando compreender melhor nossas raízes históricas culturais que vieram
do outro lado do Atlântico bem como procurar valorizar mais as contribuições dos
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africanos e seus descendentes na formação de nossa sociedade brasileira. Também é
importante ressaltar que a disciplina de História da África não era ministrada no curso
de História (embora fizesse parte da lista de disciplinas optativas da grade curricular do
curso), de forma que, os professores que estão atuando no Ensino Médio não tiveram a
oportunidade de estudar a história da África Negra. Assim terão a oportunidade de
conhecer a história da África e um pouco da cultura afro-brasileira para transmitir aos
seus alunos do Ensino Médio, colocando em prática a Lei 10.639/03, de autoria da
deputada Esther Grossi (PT/RS), promulgada pelo presidente Lula em 09 de fevereiro
de 2003, altera a LDB de 1996, incluindo no currículo oficial dos estabelecimentos de
ensino fundamental e médio, públicos e privados, a obrigatoriedade do ensino da
História e Cultura Afro-brasileira.
Módulo III: História do Oriente Próximo
Entre os focos de tensão internacional atuais, nenhum apresenta um desafio tão
grave à convivência global quanto o fundamentalismo muçulmano. Este desafio é tanto
político quanto intelectual. Num vasto arco que se estende da África ocidental até a
Indonésia, o mundo muçulmano está em ebulição. Nas últimas décadas, guerras,
golpes e revoluções têm se multiplicado. O Oriente Médio, centro histórico e ideológico
do Islã, encruzilhada geoestratégica e maior repositório energético do mundo, é palco
de turbulência cada vez mais graves: basta pensar no conflito Israel-Palestina, na
guerra civil do Líbano, na revolução iraniana, nas repetidas crises envolvendo o Iraque
e no atual episódio de possível desenvolvimento de armas nucleares por parte do Irã.
Tudo isto se interliga com a emergência de tendência islamistas radicais, cujos
programas teocráticos e antiocidentais evocam ecos significativos entre populações
presas numa modernização experimentada como injusta e invasiva. Recentemente
essas turbulências parecem estar se exacerbando mais ainda: há alguns anos, mais e
mais países não-muçulmanos têm se tornado alvo de ataques terroristas
fundamentalistas, provocando contra-reações com gravíssimas conseqüências no
âmbito internacional.
Como entender esse conjunto de problemas? O mundo muçulmano aparece,
superficialmente, como fonte e exportador de problemas e desastres. Contudo, o
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desafio se aprofunda, quando lembramos que: (a) há um pouco mais de mil anos, a
civilização islâmica estava à frente da ocidental em termos organizacional, econômico e
científico, e estava entre as mais tolerantes já vistas; (b) o atraso atual do mundo
islâmico, para o qual vários estudiosos apontam, se implementou através de uma
expansão econômica, política e cultural do ocidente associada a grande violência e
humilhação daqueles povos, cujos efeitos ainda não se exauriram; (c) o
fundamentalismo muçulmano de hoje é apenas um ápice de uma série de tentativas
desenhadas para fazer frente à supremacia (real ou imaginária) ocidental, reconquistar
a independência e recuperar a posição internacional perdida. Entre as tentativas para
isto citaremos o nacionalismo secular, o comunismo e o modernismo islâmico. Até hoje
o fundamentalismo, por mais que domine o noticiário, mobiliza somente uma minoria
dos muçulmanos; a maioria prefere uma acomodação entre suas tradições e a
modernidade. É a minoria, contudo que lança ao ocidente um desafio urgente que não
pode ser negado. Esta urgência se alia a uma curiosidade mais constante pelo mundo
muçulmano que no decorrer de 14 séculos e através de três continentes, produziu uma
imensa variedade de expressões religiosas, sociais, filosóficas e artísticas de singular
criatividade. Portanto, pretendemos abordar essa problemática no curso de formação
continuada aos professores-alunos do ensino médio, de forma panorâmica, de modo
que o olhar sobre o mundo muçulmano passa abranger tanto suas problemáticas
quanto suas realizações enriquecedoras. O propósito do curso é proporcionar de
maneira introdutória uma perspectiva multidisciplinar que inclui três dimensões
analíticas distintas: a) uma dimensão religiosa-civilizacional: o Islã; b) uma dimensão
político-regional: O Oriente Médio; c) uma dimensão ideológico-social: o
fundamentalismo muçulmano. Também é importante ressaltar que a disciplina de
História do Oriente Próximo não era ministrada no curso de História (embora fizesse
parte da lista de disciplinas optativas da grade curricular do curso), de forma que, os
professores que estão atuando no Ensino Médio não tiveram a oportunidade de estudar
a história do mundo muçulmano. Assim terão a oportunidade de conhecer a história do
Oriente Médio e um pouco da cultura islâmica para de forma qualitativa fazer frente às
demandas e questionamentos dos alunos que compõe e clientela do Ensino Médio.
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6.3. Metodologia proposta para o curso e para o desenvolvimento dos trabalhos
O curso de formação continuada para professores de História de Ensino Médio
será desenvolvido em três módulos: História do Acre, História da África e História do
Oriente Próximo. Cada módulo terá a carga horária de 60 horas aulas, sendo 50
presenciais e 10 semipresenciais, em caráter concentrado (considerando as despesas
de deslocamento dos professores), durante seis dias (de segunda-feira a sábado), com
uma carga horária diária de 08 horas aulas presenciais e 02 semipresenciais.
Este curso beneficiará 145 professores da rede estadual de ensino público,
distribuídos em dois pólos: o de Rio Branco e o de Cruzeiro do Sul, respeitando a
distribuição feita pela Secretaria Estadual de Educação. No Pólo de Rio Branco
atenderemos 120 professores dos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Manoel
Urbano, Santa Rosa, Plácido de Castro, Capixaba, Acrelândia, Senador Guiomard,
Bujari, Porto Acre, Xapuri, Epitaciolândia, Brasiléia, Assis Brasil, Tarauacá, Jordão e
Feijó; e no Pólo de Cruzeiro do Sul atenderemos 25 professores dos municípios de
Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo.
O curso será dividido em 04 turmas, sendo 03 com professores-alunos do Pólo
de Rio Branco, com 40 alunos cada; e 01 no Pólo de Cruzeiro do Sul com 25 alunos.
Os conteúdos de cada módulo serão desenvolvidos através de metodologias
participativas como: aulas expositivas dialogadas, trabalhos de grupos, preparação e
apresentação de seminários temáticos. Os professores-alunos serão sempre
incentivados a participarem das aulas, perguntando, questionando, expondo as suas
idéias.
Considerando a competência de representação e comunicação dos PCNs3 e da
Proposta Curricular de História do Ensino Médio para o Estado do Acre, serão
utilizadas diversas linguagens para o desenvolvimento dos conteúdos como
documentários, filmes, fotografia, literatura, mapas bem como o uso do power point e
do data-show. Será trabalhado o caráter específico de cada uma dessas linguagens,
contextualizando a sua produção e seus interesses. Desta forma, os professoresalunos
serão incentivados a incorporarem em suas práticas cotidianas em sala de aula
estas novas linguagens que tornam o ensino de História bem mais interessante e
3 Ibid, p. 74.
109
atraente para os alunos, procurando sempre despertar o senso crítico e a participação
ativa dos mesmos na construção de uma sociedade plural e democrática.
Ainda relacionado à competência de representação e comunicação, serão
orientados trabalhos de pesquisa sobre a História do Acre, da África e do Oriente
Próximo, favorecendo a produção de textos analíticos e interpretativos, a partir de
categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico.
Outra competência a ser desenvolvida ao longo do curso será a investigação e
compreensão, objetivando “relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas
formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções
culturais e históricas”.4 Assim, ao longo do curso serão trabalhados os diferentes
modos de conceber o tempo nas sociedades africanas, médio orientais e acreanas,
ajudando os professores-alunos a compreender e respeitar as diversidades culturais
que são construções históricas e a “estabelecer relações entre
continuidade/permanência e ruptura e transformação nos processos históricos”.5
6.4. Proposta de procedimentos avaliativos
A avaliação envolverá todas as atividades desenvolvidas durante as diversas
etapas do curso e compreenderá três dimensões:
. A avaliação da aprendizagem.
. A avaliação do curso.
. A avaliação do desempenho docente.
A avaliação não terá nunca caráter punitivo, mas sim, motivador. Será empregue
de forma ampla, como atitude de responsabilidade das instituições envolvidas, dos
docentes e dos professores-alunos acerca do processo formativo.
A avaliação da aprendizagem é de competência do docente, que tem autonomia
para definir quais as formas adequadas de avaliar seus alunos frente à peculiaridade
da disciplina, os objetivos propostos nos planos de curso e os procedimentos
metodológicos utilizados na ministração das aulas.
4 Ibid.
5 Ibid, p. 75.
110
A avaliação do curso, que inclui a estrutura dos três módulos, o desempenho
docente e a participação das instituições envolvidas.
Os professores-alunos avaliarão o desempenho de seus professores e do curso
como o todo através de um questionário, com ou sem identificação, propondo inclusive
as mudanças necessárias.
Importante destacar que a avaliação é compreendida na sua dimensão
qualitativa, e não punitiva ou mercantilizada, pois neste caso haveria a reprodução e
reforço da cultura tradicional da avaliação autoritária e excludente ou premiadora.
Envolve, também, a conscientização, aceitação e adesão voluntária dos
segmentos que constituem o curso, visando sua melhoria.
Outro aspecto a destacar é a legitimidade que a avaliação deve ter ao ser
sustentada numa metodologia participativa capaz de garantir a construção coletiva dos
instrumentos de avaliação, segundo critérios balizadores do trabalho executado e com
base em informações fidedignas.
Vale também destacar a devolução de resultados da avaliação às partes
interessadas, assim como a privacidade e o sigilo de informações que dizem respeito,
exclusivamente, ao indivíduo.
Rio Branco, 15 de maio de 2006.
111
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
DO ENSINO MÉDIO
Área de Concentração: Geografia
Público-alvo: professores que atuam no ensino médio na rede municipal e estadual.
Instituição Proponente: Universidade Federal do Acre
Núcleo Proponente: Departamento de Geografia, campus sede, Rio Branco-AC
Coordenador do Projeto: Prof. M. Sc. José Alves Costa
Endereço: Campus Universitário Reitor Áulio Gélio Alves de Souza, Br 364, Km 04 CEP: 69.915-900 Caixa Postal:
500 Rio Branco, Acre. Telefone: (068) 3901-2622
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1. Breve histórico da atuação do Departamento de Geografia da UFAC em cursos
de formação de professores
O Departamento de Geografia da Universidade Federal do Acre, iniciou
sua experiência em Curso de Formação Continuada de Professores no ano de 1987,
quando da implantação do projeto: “ESTUDO DAS PROPOSTAS CURRICULARES A
NÍVEL DE 1º E 2º GRAUS NA ÁREA DE GEOGRAFIA” em uma ação conjunta com as
secretarias de Educação Estadual e Municipal, com vistas a elaborar uma proposta
curricular a ser implantada em todo o Estado do Acre.
O referido projeto foi desenvolvido no período de 1987 a 1992 através de
ações que envolveram encontros pedagógicos com professores que ministravam a
disciplina de Geografia para planejamento, assessoramento teórico-metodológico,
cursos, seminários , palestras, bem como a elaboração de um livro temático sobre a
Geografia do Acre.
Dentre os vários cursos ministrados merecem destaques:
1. Construtivismo e sua aplicabilidade na Geografia
2. A questão da Avaliação no Ensino
3. A Questão da Avaliação no Ensino da Geografia
4. Perspectivas de Educação Ambiental Aplicada ao Estado do Acre
5. As mudanças no Leste Europeu
6. Os Aspectos teóricos da Geografia
7. Geografia Econômica
8. Geografia Política
9. Geografia do Acre
No período de 1993 à 1998, o Departamento de Geografia, em uma ação
continuada e tomando por base as diretrizes gerais, propostas pela SESU/FNDE, de
integração das Instituições de Ensino Superior com Ensino Básico, concebeu o
Programa “MELHORIA DA QUALIDADE DA AÇÃO EDUCATIVA, PARA O PERÍODO
DE 1993/1998”, participando ativamente com o Projeto “AÇÕES INTEGRADAS PARA
O APRIMORAMENTO DO ENSINO DA GEOGRAFIA”, adotando um procedimento
que consistiu nos seguintes passos:
1. diagnóstico da situação do Ensino básico em todo o Estado;
113
2. Indicação de um conjunto de ações a serem implementadas,
obedecendo a escala de prioridades.
O Programa Melhoria da Qualidade da ação Educativa, abrangeu 10 (dez)
municípios do Vale do Acre e 03 (três) municípios do Vale do Juruá, tendo como
clientela alvo todos os profissionais que atuam direta e indiretamente no Processo
Ensino-Aprendizagem. Para tanto foi executado:
􀀹 Capacitação de professores através de cursos, seminários e participação
em eventos dentro e fora do Estado em conteúdos específicos da área ou
áreas afins, com planejamento curricular do Ensino Básico;
􀀹 Assessoramento permanente através das equipes que compõem os
núcleos (SEC, SEMECs, UFAC) atendendo às demandas dos sistemas
estadual e municipais de ensino, sobretudo no tocante a conteúdos e
metodologias de trabalho;
􀀹 Produção e Aquisição de recursos didáticos (elaboração de cartilhas,
documentários, jogos didáticos e outros recursos pedagógicos).
2) CARACTERIZAÇÃO DOS CURSOS A SEREM OFERECIDOS.
CURSO I: Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino de Geografia.
A necessidade crescente pela apropriação do conhecimento deve ser
encarada como uma meta a ser atingida em qualquer campo profissional. Essa
carência é o reflexo de um processo de transformação mundial, calcada na
necessidade das organizações publicas e privadas, para fazerem frente a concorrência
no mercado e na nova divisão internacional do trabalho, inserindo o conhecimento
técnico-científico como uma demanda crescente.
Em qualquer nível do Magistério a prioridade é a busca e a produção do
conhecimento, seguida da qualificação de docentes, em caráter permanente, para as
atividades do magistério .
Neste sentido, o curso ora apresentado vislumbra um encontro necessário
entre a teoria e a pratica, enfocando-se diversos elementos, advindos da reforma
educacional, ocorrida nos anos 90, que até bem pouco tempo não faziam parte do
cotidiano da escola e das atividades docentes.
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O curso está estruturado em 03(três) unidades, que versam sobre as
transformações, políticas, econômicas e sociais, que culminaram com as reformas
internas, inclusive no campo educacional, analisando-se dois instrumentos básicos – a
nova LDB e os PCN’s, que procuraram ajustar o campo da educação a nova realidade.
Este curso vem preencher uma lacuna dos cursos de formação de
professores, do Estado Acre, que ate então não tinham reformulado suas grades
curriculares.
A) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
O curso será oferecido com uma carga horária de 120 (cento e vinte)
horas /aulas, sendo 60 horas teóricas e 60 horas práticas, distribuídas em 03 (três)
unidades, a saber:
a) Unidade I – 20 h/a;
b) Unidade II – 20 h/a;
c) Unidade III – 80 h/a.
B) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
C) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO EM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO NA GRADUAÇÃO E NA PÓSGRADUAÇÃO.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelos seguintes professores, conforme quadroresumo
abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
115
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
E)DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
EMENTA: Antecedentes da Reforma Educacional. A Reforma Educacional e suas
Conseqüências. Parâmetros Curriculares Nacionais em Geografia e os
Temas Transversais.
OBJETIVO GERAL:
Compreender a relação entre os elementos que contribuiram para a
(re)organização do espaço mundial, da Educação e do Ensino de Geografia, nos
anos 80 e 90 e que papel deve desempenhar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
8Identificar os elementos que contribuíram para a (re)organização do espaço
Mundial;
8Compreender qual é o papel da educação no mundo pos-moderno;
8Identificar e compreender a legislação Educacional produzida na década de 90,
objetivando adequar o campo educacional à nova realidade sócio-econômica;
8Analisar os Parâmetros Curriculares Nacionais, particularmente da área de
Geografia;
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES.
Unidade I – Contextualização histórica dos principais elementos que
contribuíram para a (re)organização do espaço mundial:
1.1 – As transformações políticas, sociais e econômicas ocorridas na Europa
e o surgimento de novas potências mundiais (relações multipolares);
1.2 – O avanço dos ideais neoliberais pela Europa, América do Norte e
países subdesenvolvidos;
1.3 – Os avanços técnológicos e sua introdução da base dos processos
produtivos;
116
1.4 – As mudanças nas relações de trabalho e a exigência de novas
habilidades do trabalhador;
Unidade II – A Reforma Educacional e seus reflexos no Ensino:
2.1 – A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o ajuste do campo
educacional à nova realidade sócio-econômica nacional e
internacional;
2.3 – Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´s, enquanto Projeto
Pedagógico Nacional;
Unidade III – PCN´s – Parâmetros Curriculares Nacionais:
3.1 – Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais
3.1.1 – Educação e cidadania – uma questão mundial e nacional;
3.1.2 – A realidade educacional brasileira;
3.1.3 – A importância de um referencial curricular nacional;
3.1.4 – A contribuição de diferentes áreas do conhecimento;
3.2 – Os Temas Transversais enquanto questões sociais urgentes:
3.2.1 – Ética;
3.2.2 – Saúde;
3.2.3 – Orientação Sexual;
3.2.4 – Meio Ambiente;
3.2.5 – Trabalho e Consumo;
3.2.6 – Pluralidade Cultural;
3.3 – PCN´s de Geografia
3.3.1 – Caracterização da área de Geografia;
3.3.2 – Critérios de seleção e organização dos conteúdos de
Geografia;
3.3.3 – Objetivos;
3.3.4 – Conteúdos;
3.3.5 – Critérios de Avaliação;
3.3.6 – Orientações metodológicas e didáticas.
117
METODOLOGIA PROPOSTA.
A carga horária do curso consistirá em aulas teóricas e práticas. As aulas
teóricas serão ministradas através de aulas expositivas, constando de análise e
discussão de textos, estudos dirigidos e seminários, com atividades individual e em
grupo. As aulas práticas serão desenvolvidas através da produção de textos referentes
às diversas unidades do conteúdo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS.
A avaliação consistirá em duas etapas bem distintas, a saber:
a) Durante a etapa presencial, será considerada o envolvimento do
professor-aluno em todas as atividades, tanto teóricas quanto práticas;
b) Após a finalização do curso, que entendemos como a etapa não
presencial, o acompanhamento das atividades que serão
desenvolvidas pelos professores-alunos será feito através da internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o
Curso será ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da
Secretaria de Estado de Educação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA.
BRABANT, J. M. Crise da Geografia, Crise da Escola. In: Geosul nº 2 Ano I.
Florianópolis, UFSC, 1966.
BRAGA, R. B. Cidadania, Escola e Educação Ambiental: elementos para uma
reflexão. Belo Horizonte: Faculdade de Educação/UFMG, 1986.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
118
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação
dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
COSTA, J. A. O Papel da Educação na Sociedade Global:
Qualidade total ou qualidade social? Os (des)caminhos da
educação brasileira. Rio Branco: UFAC/UFRJ, 1997.
GENTILE, P. & SILVA, (Org.). Neoliberalismo, qualidade total e educação.
Petrópolis: Vozes, 1994
FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 1996.
IANNI, O. A Sociedade Global. Rio de Janeiro: Civilização
Brasiliense, 1993.
OLIVEIRA, A. U. de. Educação e Ensino de Geografia na Realidade Brasileira. In:
Jornal Desalambar nº 6, maio. Brasília: AGB, 1987.
PAGANELLI, T. I. Para a Construção do Espaço Geográfico na Criança. São Paulo:
FGV/IESAE, 1982.
SANTOS, O. J. dos. A Questão da Produção e da Distribuição do Conhecimento.
Educ. Rev (2): 4-7, dez. Belo Horizonte, 1985 (Série Estudos e Pesquisas).
SANTOS, D. Estado Nacional e Capital Monopolista: reflexões para crítica da
Geografia em que se ensina. In: Terra Livre. São Paulo: AGB, 1985.
SEABRA, M. F. G. Geografia(s)? In: Orientações (5). São Paulo: IGEO/USP, 1984.
VESENTINI, J. W. O Método e a Práxis – notas polêmicas sobre geografia tradicional e
a geografia crítica. In: Orientação. São Paulo: IGEO-USP, 1985.
119
VESENTINI, J. W. A Questão do Livro Didático no Ensino da Geografia. In: Geografia
e Ensino: Textos Críticos. Campinas: Papirus, 1989.
VIOLA, E. J. & LEIS, H. R. Desordem Global da Biosfera e Nova Ordem Internacional:
O Papel Organizador do Ecologismo. In: Ecologia, Política e Sociedade. Campinas:
Papirus, 1986.
CURSOII: Planejamento e Avaliação Educacional.
A necessidade crescente pela apropriação do conhecimento deve ser
encarada como uma meta a ser atingida em qualquer campo profissional. Essa
carência é o reflexo de um processo de transformação mundial, calcada na
necessidade das organizações publicas e privadas, para fazerem frente a concorrência
no mercado e na nova divisão internacional do trabalho, inserindo o conhecimento
técnico-científico como uma demanda crescente.
Em qualquer nível do Magistério a prioridade é a busca e a produção do
conhecimento, seguida da qualificação de docentes, em caráter permanente, para as
atividades do magistério .
Neste sentido, o curso ora apresentado vislumbra um encontro necessário
entre a teoria e a pratica, enfocando-se diversos elementos, advindos da reforma
educacional, ocorrida nos anos 90, que até bem pouco tempo não faziam parte do
cotidiano da escola e das atividades docentes.
O curso está estruturado em 03(três) unidades, que versam sobre as
diversas escalas do Planejamento e Avaliação educacional.
Este curso vem preencher uma lacuna dos cursos de formação de
professores, do Estado Acre, que ate então não tinham reformulado suas grades
curriculares, especialmente a unidade I, que trata da elaboração do Projeto Político
Pedagógica da Escola.
Desta forma, este curso interessa diretamente a Professores Regentes,
Coordenadores e Gestores.
120
D) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORARIA.
O curso será oferecido com uma carga horária de 120 (cento e vinte)
horas /aulas, sendo 60 horas teóricas e 60 horas prática, distribuídas em 03 (três)
unidades, a saber:
d) Unidade I – 90 h/a;
e) Unidade II – 15 h/a;
f) Unidade III – 15 h/a.
E) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
F) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO COM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO EM PARTICIPAÇÃO EM CURSOS.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelo professor, conforme quadro abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
G) DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
EMENTA: Escalas do Planejamento Educacional ao nível da escola. Elementos que
compõem cada nível do Planejamento Educacional.
121
CURSOII: Planejamento e Avaliação Educacional.
OBJETIVO GERAL:
8Identificar e organizar os elementos que compõem os diferentes estágios do
Planejamento Educacional
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
8Estruturar e desenvolver um Projeto Político Pedagógico;
8Organizar e desenvolver um Plano de Ensino;
8Organizar e desenvolver um Plano de Aula;
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES.
UNIDADE I: O Macro Planejamento do Nível da Escola
1.1 – O Projeto Educativo da Escola:
1.1.2 – Pontos comuns de trabalho da comunidade escolar;
1.1.3 – As bases de um Planejamento Educacional ao Nível da Escola.
1.2 – O Projeto Político Pedagógico
1.2.1 – Justificativa
1.2.2 – Problemática
1.2.2.1 – Diagnóstico da realidade sócio-econômica da comunidade
1.2.2.2 – Educação e cidadania - uma questão mundial e nacional
1.2.2.3 – Indicadores educacionais
1.2.2.4 – O ensino básico como prioridade
1.2.3 – Os Temas Transversais
1.2.3.1 – Introdução
1.2.3.2 – Justificativa
1.2.3.3 – Critérios adotados para introdução dos Temas Transversais
1.2.3.4 – Transversalidade x interdisciplinaridade
1.2.3.5 – Objetivos dos Temas Transversais
1.2.3.6 – Especificidade dos Temas Transversais
1.2.4 – Conteúdo por área especifica do conhecimento:
1.2.4.1 – Caracterização da área do conhecimento
1.2.4.2 – Objetivos da área do conhecimento para o nível de ensino
1.2.4.3 – Critérios de seleção e organização dos conteúdos
1.2.4.4 – Relação da área do conhecimento com os temas transversais
122
1.2.4.5 – Objetivos, conteúdos e critérios de avaliação por série
1.2.5 – Orientações metodológicas.
UNIDADE II: O Meso Planejamento ao Nível da Escola
2.1 – O Plano de Ensino Anual
2.1.1 – Objetivos
2.1.2 – Competências
2.1.3 – Habilidades
2.1.4 – Conteúdos
2.1.5 – Orientação Metodológica
2.1.6 – Os Recursos Didáticos
2.1.7 – Critérios de Avaliação
UNIDADE III: O Micro Planejamento
3.1 – O Plano de Aula
3.1.1 – Objetivos Específicos
3.1.2 – Conteúdos
3.1.3 – Competências dos Conteúdos
3.1.4– Habilidades dos Conteúdos
3.1.5 – Metodologia Utilizada
3.1.6 – Recursos Didáticos
3.1.7 – Avaliação
METODOLOGIA PROPOSTA.
A carga horária do curso consistirá em aulas teóricas e práticas. As aulas
teóricas serão ministradas através de aulas expositivas, constando de análise e
discussão de textos, estudos dirigidos e seminários, com atividades individual e em
grupo. As aulas práticas serão desenvolvidas através da produção de textos referentes
às diversas unidades do conteúdo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS.
A avaliação consistirá em duas etapas bem distintas, a saber:
c) Durante a etapa presencial, será considerada o envolvimento do
professor-aluno em todas as atividades, tanto teóricas quanto práticas;
d) Após a finalização do curso, que entendemos como a etapa não
presencial, o acompanhamento das atividades que serão
desenvolvidas pelos professores-alunos será feito através da internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o
123
Curso será ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da
Secretaria de Estado de Educação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA.
ALMEIDA, F. J. de & FONSECA, J. F. M. Projetos e Ambiente Inovadores – Brasília:
MEC/SEA, 2000.
BRABANT, J. M. Crise da Geografia, Crise da Escola. In: Geosul nº 2 Ano I.
Florianópolis, UFSC, 1966.
BRAGA, R. B. Cidadania, Escola e Educação Ambiental: elementos para uma
reflexão. Belo Horizonte: Faculdade de Educação/UFMG, 1986.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação
dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
LUCKESI, C. C. Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo. In: XVI
Seminário Brasileiro de Tecnologia Educacional. Porto Alegre: UFRGS, 1984.
(Mimeo).
OLIVEIRA, A. U. de. Educação e Ensino de Geografia na Realidade Brasileira. In:
Jornal Desalambar nº 6, maio. Brasília: AGB, 1987.
124
PAGANELLI, T. I. Para a Construção do Espaço Geográfico na Criança. São Paulo:
FGV/IESAE, 1982.
REYS, O. A. Planejamento de Ensino: Um Ato Político-Pedagógico. Santa Maria:
UFSM, 1985 (mimeo.).
SANTOS, O. J. dos. A Questão da Produção e da Distribuição do Conhecimento.
Educ. Rev (2): 4-7, dez. Belo Horizonte, 1985 (Série Estudos e Pesquisas).
SEABRA, M. F. G. Geografia(s) In: Orientações (5). São Paulo: IGEO/USP, 1984.
CURSOIII:
A necessidade crescente pela apropriação do conhecimento deve ser
encarada como uma meta a ser atingida em qualquer campo profissional. Essa
carência é reflexo de um processo de transformação mundial, calcada na nova divisão
internacional do trabalho, inserindo o conhecimento técnico-científico como uma
demanda crescente.
Em qualquer nível do Magistério a prioridade é a busca e a produção do
conhecimento, seguida da qualificação de docentes, em caráter permanente, para as
atividades de ensino.
Neste sentido, o curso ora apresentado vislumbra um encontro necessário
entre as relações homem x natureza focalizando os processos morfogenéticos, os
condicionantes climáticos, os circuitos hidrológicos e as configurações biogeográficas
das paisagens, refletidos nas expressões sócio-econômicas da atualidade, presentes,
principalmente, na relação campo-cidade no Brasil.
Para tal, o curso está dividido em 03 (três) módulos que versam sobre o
espaço natural, agrário e urbano-industrial brasileiro, proporcionando ao docente uma
visão globalizante, inter e multidisciplinar dos diversos condicionantes de organização e
(re) produção do território e, de forma dedutiva, aliado às especificidades regionais da
Amazônia, despertando o censo crítico dos docentes para a construção de um modelo
de desenvolvimento baseado na sustentabilidade sócio-ambiental.
125
H) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
O curso será oferecido em 180 (cento e oitenta) horas/aula, distribuídas
em 03 (três) módulos de 60 (sessenta) horas/aula cada, a saber:
a) A Organização do Espaço Natural brasileiro: 60 h/a
b) Produção do Espaço Urbano-Industrial Brasileiro: 60h/a
c) A produção do espaço agrário brasileiro: questão agrária, questão agrícola e as
novas territorialidades: 60h/a
I) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
J) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO EM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO NA GRADUAÇÃO E NA PÓSGRADUAÇÃO.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelos seguintes professores, conforme quadroresumo
abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
126
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
José Alves
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Karina Furini da Ponte
Me
str
e
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Maria do Socorro Oliveira Maia Mestre • Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Silvio Simione da Silva
Doutor
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Mestrado em
Desenvolvimento Regional.
• Sub-Coordenador do Curso de Mestrado
em Desenvolvimento Regional.
• Orientador em Dissertações no Curso de
Mestrado em Desenvolvimento Regional.
• Co-orientador de mestrandos no
Programa de Mestrado FCT/UNESP
Waldemir Lima dos Santos
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Educação, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável.
K) DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
CURSO III: PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
EMENTA: Aspectos e dinâmica do espaço natural brasileiro. O meio físico e a (re)
produção do espaço geográfico. As grandes paisagens naturais brasileiras e a
caracterização fitoecológica regional e local. Ecossistemas naturais e impactos de
127
atividades humanas sobre aspectos do ambiente. Espaço urbano e indústria.
Tendências atuais da industrialização brasileira. A questão agrária no Brasil. As
transformações territoriais recentes no campo.
MÓDULO 1: A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO NATURAL BRASILEIRO
OBJETIVOS DO MÓDULO 1.
• Identificar as principais características que configuram o território
brasileiro;
• Compreender a formação, distribuição e classificação dos climas e sua
importância na produção do espaço;
• Identificar a importância dos sistemas hídricos na configuração da
paisagem e sua utilização pelo homem;
• Analisar os diversos Biomas brasileiros e sua importância no contexto da
(re) produção do espaço nacional e regional;
• Avaliar os principais impactos ambientais causados pela ação humana
sobre os ecossistemas naturais.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 1.
Unidade I
􀂾 Caracterização geral do espaço brasileiro
• O espaço brasileiro no contexto mundial e regional
• Aspectos gerais:
a) Localização geográfica e astronômica
b) Formação econômica e territorial brasileira
c) A dimensão do território brasileiro: (des)igualdades regionais.
Unidade II
􀂾 Organização do Espaço Climático
• A dinâmica da atmosfera sobre a América do Sul e seus reflexos no território
brasileiro
• A interação entre os elementos e os fatores climáticos na produção do espaço
• Os tipos climáticos brasileiros
128
􀂾 Aspectos Hidro-geomorfológicos
• Os fatores de transformação: endógenos e exógenos
• As províncias geológicas brasileiras
• Unidades morfo-estruturais do relevo brasileiro
􀂾 As Bacias Hidrográficas brasileiras
• Aspectos conceituais e legais
• Composição e classificação das Bacias Hidrográficas
• Manejo de Bacias Hidrográficas: Uso e Sustentabilidade
Unidade IV
􀂾 Os Biomas brasileiros
• Os principais Domínios e fatores de distribuição;
• Os principais Ecossistemas Amazônicos;
• A Fitoecologia Regional e Local
Unidade V
􀂾 Homem e sua relação com a Natureza
• A influência das atividades econômicas nas paisagens naturais
• Os impactos ambientais no meio biótico e abiótico:
a) Flora e Fauna
b) Relevo
c) Solos
d) Atmosfera
e) Água
• A produção do espaço e as mudanças climáticas globais, regionais e locais.
METODOLOGIA PROPOSTA PARA O CURSO.
129
A carga horária do curso consistirá em aulas teóricas
e práticas. As aulas teóricas serão ministradas através de aulas
expositivas, constando de análise e discussão de textos, estudos
dirigidos e seminários, com atividades individual e em grupo. As
aulas práticas serão desenvolvidas através da produção de textos
referentes às diversas unidades do conteúdo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS DO CURSO.
A avaliação consistirá em duas etapas bem distintas, a saber:
e) Durante a etapa presencial, será considerada o envolvimento do
professor-aluno em todas as atividades, tanto teóricas quanto práticas;
f) Após a finalização do curso, que entendemos como a etapa não
presencial, o acompanhamento das atividades que serão
desenvolvidas pelos professores-alunos será feito através da internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o
Curso será ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da
Secretaria de Estado de Educação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 1
AYOADE, J.O. Introdução à Climatologia para os Trópicos. São Paulo, Difel,
CHARBONNEAU, J.P. et al. Enciclopédia de Ecologia. SP, EDUSA, 1979.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia Fluvial. São Paulo: Edgard Blücher, 1981.
DREW, D. Processos interativos homem-meio ambiente. (Trad. José Alves dos
Santos), SP, Difel, 1986.
GOODY, R.M & WALTER, J.C.G. Atmosfera planetária. São Paulo, Editora Edgard
Blucher Ltda, 1975.
GUERRA, A. J. T. ; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e
conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
130
KEPPEN, W. Climatologia: com um estudo de los clima de la terra. México,
fundo de cultura econômico, 1984.
LOMBARDO, M.A. Ilha de calor nas metrópoles. o exemplo de São Paulo. Hucitec,
1985.
MONTEIRO, C.A. de F. Da necessidade de em caráter genético à classificação
climática. Revista Geográfica, RJ, Temo XXXI, nº 257, p.29-44, Julho/dez/ 1962
ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
OMETTO, J. C. Bioclimatologia Vegetal. São Paulo. Agronômica Seres,1981.
RIZZINI, Carlos Toledo. Tratado de Fitogeografia do Brasil. São Paulo: Editora
Hucitec, 1976.
ROSS, J. L. S. (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, l996.
SALATE, E. et. al. Amazônia. Desenvolvimento integrado e ecologia. São Paulo,
Brasiliense, 1983.
TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: Supren/IBGE, 1977.
TROPPMAIR, H. Biogeografia e Meio Ambiente. 7 ed. Rio Claro: Divisa, 2006.
VESENTINI, J. W. Geografia, Natureza e Sociedade. 1 ed. São Paulo: Editora
Contexto, 1989.
MÓDULO II: PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO-INDUSTRIAL BRASILEIRO
OBJETIVOS.
􀂾 Permitir ao aluno o conhecimento e apreensão dos processos de urbanização e
industrialização brasileira, entendendo-os numa perspectiva desigual no
tempo/espaço;
􀂾 Compreender a relação espaço urbano e indústria como processos inseridos no
modo de produção capitalista;
􀂾 Entender as transformações atuais do modo de produção capitalista,
demonstrando como os imperativos da acumulação flexível interferem na
organização, localização e produção do espaço industrial brasileiro.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 2 .
131
Unidade I
􀂾 O Processo de Urbanização no Brasil.
• A urbanização brasileira a partir de uma perspectiva histórica;
• O desenvolvimento desigual da urbanização;
• A produção do espaço urbano e sua estruturação;
• A indústria como agente modelador do espaço urbano.
• Tendências da urbanização brasileira.
Unidade II
􀂾 O Espaço e a Indústria
• A indústria na história;
• A indústria no capitalismo;
• A indústria e o urbano.

Unidade III
􀂾 A Caracterização do Processo Industrial.
• Tipos de indústria e sua classificação;
• Fatores de localização industrial.
Unidade IV
􀂾 Processo de Industrialização no Brasil.
• A gênese da industrialização;
• A divisão territorial do trabalho;
• As dinâmicas da indústria.
Unidade V
􀂾 As tendências Atuais da Industrialização Brasileira.
• A produção fordista e flexibilização;
132
• Os pólos tecnológicos;
• O processo de concentração/desconcentração;
• Políticas industriais e planejamento espacial: Estado, indústria e meio ambiente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 2.
BODDY, M. Reestruturação industrial, pós-fordismo e novos espaços industriais: uma
crítica. IN:VALLADARES, L. (org.). Reestruturação urbana- Tendências e desafios.
São Paulo: Nobel, 1990. p.44-58.
CARLOS, A. F. Espaço e industria. São Paulo: Contexto, 1988.
________. Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil:1930-1970.
São Paulo:UNICAMP/Global, 1985.
CORREA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1988.
DAVIDOVITCH, F. Urbanização brasileira: tendências, problemas e desafios.
Espaço e Debates, ano 4, n. 13, 1984.
SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
SCARLATO, F. C. O espaço industrial brasileiro. IN: ROSS, Jurandir (org.) Geografia
do Brasil. 2 ed. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 1998. p.327-380.
MÓDULO III - A PRODUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO BRASILEIRO: QUESTÃO
AGRÁRIA, QUESTÃO AGRÍCOLA E AS NOVAS
TERRITORIALIDADES.
OBJETIVOS.
􀂾 Possibilitar ao professor-aluno compreender a produção e organização do espaço
agrário brasileiro;
􀂾 Apresentar e discutir com o professor-aluno a questão agrária numa perspectiva
histórica, destacando a agricultura sob o modo capitalista de produção;
133
􀂾 Propiciar ao professor-aluno elementos para analisar a realidade agrária local,
regional e nacional, demonstrando as novas territorialidades como o papel dos
movimentos sociais, do agronegócio e da produção familiar.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 3 .
Unidade I
􀂾 Geografia agrária e questão agrária: elementos teóricos para análise.
• As questões teóricas sobre a geografia agrária.
• A questão agrária na transição do feudalismo ao capitalismo.
• A agricultura sob o modo capitalista de produção: relações de produção, renda da
terra, expropriação e concentração da terra.
Unidade II
􀂾 A questão agrária brasileiro: uma leitura do passado para entender o
presente.
• A grande lavoura e o regime escravocrata.
• O acesso a terra e a produção familiar: a formação da pequena propriedade e o
papel do imigrante.
• A mercantilização da terra: a Lei de Terras de 1850.
• A modernização da agricultura: um processo desigual, conservador e excludente.
Unidade III
􀂾 Os movimentos sociais e a luta pela terra no Brasil.
• Os movimentos sociais e a luta pela terra.
• A situação atual dos movimentos sociais no campo.
Unidade IV
􀂾 As transformações territoriais recentes no campo brasileiro.
• O processo de “urbanização do campo” e a questão campo-cidade.
• Caracterização, relevância e as perspectivas do agronegócio.
• Questões metodológicas sobre a produção familiar.
• A produção familiar e agricultura sustentável.
134
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 3.
ALVES, J. A dinâmica agrária do município de Ortigueira (Pr) e a reprodução
social dos produtores familiares: uma análise das comunidades rurais de
Pinhalzinho e Vila Rica. Presidente Prudente (SP), 2004. Dissertação (Mestrado em
Geografia) Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista.
ANDRADE, M. C. Geografia rural: questões teórico-metodológicas e técnicas. In: ____.
Globalização e Geografia. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 1996.
SILVA, J. G. Tecnologia e agricultura familiar. Porto Alegre: Ed. Universidade /
UFRGS, 1999.
_____. O que é questão agrária. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.
JAHNEL, T. C. As leis de terra no Brasil. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo,
AGB, n. 65, p. 105-115.
MARTINS, J. de S. Os camponeses e a política no Brasil. In: ____. Os camponeses
e a política no Brasil. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
OLIVEIRA, A. U. de. As transformações no campo e o agronegócio no Brasil. Terra
Livre, AGB, São Paulo, ano 19, n. 21, v. 2, p. 113-156. Jul./dez. 2003.
______. A geografia das lutas no campo. 9. ed. rev. e ampl. São Paulo: Contexto,
1999.
______. Modo capitalista de produção e agricultura. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995.
STÉDILE, J. P. (Org.). A questão agrária hoje. 3. ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002.
SZMRECSÁNYI, T. Pequena história da agricultura no Brasil. 4. ed. São Paulo:
Contexto, 1998.
135
CURSO IV: A produção do espaço a partir do enfoque regional: do Global ao
Local.
A proposta da temática deste curso, “A Produção do Espaço a partir do
Enfoque Regional: do global ao local”, visa possibilitar aos professores-alunos um
embasamento teórico-metodológico para analisar de forma crítica a sociedade
brasileira no contexto da globalização, de modo a compreender as particularidades
regionais de produção do território nacional e suas diferentes interações e inserções
em outras escalas geográficas.
Com base em uma capacitação teórico-metodológica de leitura crítica da
realidade vivida pelo professor-aluno, o mesmo será agente mediador de novos olhares
ao exercer sua atividade docente com seus educandos, buscando uma proposta de
ensino-aprendizagem que possibilite uma construção do conhecimento, permitindo,
assim, entender sua realidade a partir de suas articulações nos níveis local, nacional,
regional e internacional.
A possibilidade de um aprofundamento do tema em questão permitirá,
tanto ao professor-aluno, quanto a seus educandos, ler o espaço geográfico enquanto
construção de vários atores sociais em diferentes escalas, permitindo assim, se verem
como sujeitos sociais que também produzem e organizam este espaço.
Diante do exposto, estas reflexões teóricas permitirão um (re)pensar de
sua prática em sala de aula, de modo a construir conhecimentos que façam sentido aos
seus educandos para apreender a realidade vivida. Na construção desta busca deve
perpassar não só a reflexão teórica, mas também as práticas didáticas, as habilidades
e as competências desenvolvidas tanto no espaço da sala de aula, como no seu
cotidiano.
L) DESCRIÇÃO SIMPLIFICADA DA COMPOSIÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
O referido curso contará com uma carga horária total
de 180 horas. Para tanto, o mesmo será desenvolvido em três
módulos, contendo cada um 60 horas/aulas.
Cada módulo será estruturado visando contemplar 40
horas de discussões teóricas acompanhadas de debates, e de 20
horas dedicadas às atividades práticas. Assim, da carga horária
136
total, 120 horas serão de aulas teóricas e 60 de atividades práticas,
podendo ser realizadas tanto em sala como extraclasse.
M) CURRÍCULO SIMPLIFICADO DO COORDENADOR.
(Anexo I)
N) CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE QUE MINISTRARÁ O CURSO EM
RELAÇÃO AO SEU ENVOLVIMENTO NA GRADUAÇÃO E NA PÓSGRADUAÇÃO.
O corpo docente que estará diretamente envolvido nas atividades de
ensino e coordenação é composto pelos seguintes professores, conforme
quadro-resumo abaixo:
Corpo Docente Tit
ula
çã
o
Atividade Docente Atual
José Alves Costa
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Metodologia do Ensino da Geografia.
• Coordenador do Curso de Especialização
em Análise Regional.
• Coordenador do Curso de Graduação em
Geografia – Licenciatura e Bacharelado.
• Coordenador do Programa de Formação
de Professores para a Educação Básica
– Zona Rural.
José Alves
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Karina Furini da Ponte
Me
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia
137
str
e
Metodologia do Ensino da Geografia.
Maria do Socorro Oliveira Maia Mestre • Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Metodologia do Ensino da Geografia.
Silvio Simione da Silva
Doutor
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Mestrado em
Desenvolvimento Regional.
• Sub-Coordenador do Curso de Mestrado
em Desenvolvimento Regional.
• Orientador em Dissertações no Curso de
Mestrado em Desenvolvimento Regional.
• Co-orientador de mestrandos no
Programa de Mestrado FCT/UNESP
Waldemir Lima dos Santos
Mestre
• Ensino no Curso de Graduação em
Geografia.
• Ensino no Curso de Especialização em
Educação, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável.
O) DESCRIÇÃO SUCINTA DO PROJETO DO CURSO.
CURSO IV: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO A PARTIR DO ENFOQUE REGIONAL: DO
GLOBAL AO LOCAL.
OBJETIVOS DO CURSO .
􀂾 Possibilitar ao aluno condições de analisar criticamente as teorias de região e
regionalização vinculadas ao processo histórico do pensamento científico e
geográfico;
􀂾 Propiciar elementos para compreender a regionalização do espaço mundial no
contexto da globalização;
􀂾 Analisar as regionalizações brasileiras, compreendendo-as à luz das teorias da
região e regionalização que contribuíram nos respectivos momentos históricos para
as suas formulações, bem como contextualizá-las diante das realidades
socioeconômica e política da sociedade brasileira;
138
􀂾 Compreender a produção do espaço brasileiro a partir das regiões
geoeconômicas: Centro-sul e Nordeste, buscando identificar os elementos que
compõem o ordenamento e desenvolvimento territorial em ambas regiões;
􀂾 Analisar as possíveis regionalizações da Amazônia no processo de sua
formação, assim como os impactos na produção do espaço – ontem e hoje –
perante as questões do desenvolvimento regional.
􀂾 Situar o Acre no contexto das regionalizações internacional, nacional e interna
ao seu próprio território e a implicação disto na definição de questões do
desenvolvimento estadual.
MÓDULO 1: TEORIA DA REGIÃO, REGIONALIZAÇÃO E PRODUÇÃO DO ESPAÇO
MUNDIAL.
DISTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES DO MÓDULO 1.
Unidade I
􀂾 Teoria da Região, Regionalização e Produção do Espaço Mundial
• A região como categoria de análise da Geografia.
• Teorias da região no contexto histórico do conhecimento geográfico.
Unidade II
􀂾 O atual debate sobre a análise regional.
• Território e territorialidade.
• Regionalismo e identidade cultural.
• A questão do desenvolvimento regional.
Unidade III
􀂾 A regionalização na ordem da geopolítica do espaço mundial.
• Mundialização da economia.
• Blocos internacionais de poder.
• A questão regional – o Brasil no contexto latino-americano.
139
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 1
BEZZI, Meri Lourdes. Região: Uma (re)visão historiográfica – da gênse aos novos
paradigmas. Santa Maria: UFSM, 2004.
COGGIOLA, Osvaldo (Org.). Globalização e socialismo. São Paulo: Xamã, 1997.
CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. 7. ed. São Paulo: Ática, 2003.
HAESBAERT, R. Blocos internacionais de poder. 7. ed. São Paulo:
IANNI, O. A dialética da globalização. In: ___. Teorias da globalização. 11. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
LENCIONI, S. Região e Geografia. São Paulo: Edusp, 2003.
OLIVEIRA, A. U. de. A inserção do Brasil no capitalismo monopolista mundial. In:
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. 2. ed. São Paulo: Editor da Universidade de
São Paulo, 1998. p. 289 – 321.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
_______. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2002.
SMITH, N. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção de espaço. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
MÓDULO 2: AS REGIONALIZAÇÕES E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO:
CENTRO-SUL E NORDESTE.
Unidade I
􀂾 Propostas de Regionalizações do Território Brasileiro.
• Proposta de Delgado de Carvalho-1913.
• Divisão adotada pelo IBGE- 1938.
• Divisão do Conselho Técnico de Economia e Finanças-1939.
140
• Divisão regional oficial-1941 e 1945.
• Divisão regional –1960, 1968 e 1988.
Unidade II
􀂾 A Produção do Espaço da Região Centro-Sul.
• 2.1) O processo de industrialização e urbanização. O caso de São Paulo;
• 2.2) A modernização da agricultura: soja, pecuária e cana-de-açúcar.
Unidade III
􀂾 A Produção do Espaço da Região Nordeste.
• 3.1) As diferentes regiões nordestinas;
• 3.2) A seca como elemento de organização do espaço;
• 3.3) O novo papel do Nordeste na produção nacional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 2
ANDRADE, M. C. A terra e o homem no Nordeste. São Paulo: Cortez, 2005.
________. Geografia Econômica do Nordeste. O espaço e a economia nordestina.
São Paulo: Atlas, 2003.
BEZZI, M. L. Região: Uma (re)visão historiográfica – da gênese aos novos paradigmas.
Santa Maria: UFSM, 2004.
FAISSOL, S.; GALVÂO, M. V. A divisão regional da década de 1940: suas
características e fundamentos. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, V.31,
n.4, p.181-218, out/dez. 1969.
GEIGER, P. P. Organização regional do Brasil. Revista Geográfica, Rio de Janeiro, v.
61, n.33, p.25-53, julh/dez. 1964.
MORAES, P. R. Sudeste. O centro econômico. São Paulo: Cortez, 1999.
MÓDULO 3: AMAZÔNIA E ACRE: DO GLOBAL AO LOCAL EM NOSSO ESPAÇO
VIVIDO.
Unidade I
􀂾 O longo processo de ocupação e produção do espaço regional Amazônico: do
global ao local.
141
• Da “descoberta” a ocupação inicial dos europeus na região.
• Das fortificações à ocupação pelas frentes extrativistas.
• Projetos de desenvolvimentos centrados no exterior e implicações no espaço
regional – o arquipélago econômico da Amazônia.
• A rearticulação do espaço nacional pós 1950 e reflexos sobre a Amazônia: quando
o arquipélago foi desfeito.
• Enfim a Amazônia: uma região de floresta, suas gentes e os muitos rios.
Unidade II
􀂾 Questões do desenvolvimento regional na interpelação com a questão ambiental:
do local ao global
• Perspectiva do desenvolvimento postos na Amazônia, perante o ambiente local e as
forças sociais.
• Desenvolvimentista.
• Desenvolvimento Integral e ecodesenvolvimento.
• Desenvolvimento Sustentável.
• Encontros e desencontros dos projetos postos por diferentes sujeitos: conflito,
resistência e aderências.
Unidade III
􀂾 Acre no contexto regional: região, meio ambiente e desenvolvimento.
• Formação do espaço acreano: floresta, campo e cidade.
• As especificações regionais do Estado até 1989.
• As Regiões Geográficas e a “regionais de desenvolvimento no ZEE/AC”: acertos e
erros.
• O Acre no contexto dos limites interestadual e internacional: a Amazônia-acreana e
o MAP.
METODOLOGIA PROPOSTA PARA O CURSO.
􀂾 Aulas teóricas dialogadas;
􀂾 Leituras, sistematizações e debate em sala;
142
􀂾 Filmes seguidos de discussões;
􀂾 Realização de seminários;
􀂾 Estudo dirigido;
􀂾 Trabalhos em grupo e individuais com os discentes.
􀂾 Técnicas de pesquisa de campo.
􀂾 Trabalhos de campo.
PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS DO CURSO.
A avaliação será continuada, por meio de produção
de texto sobre as temáticas debatidas, participação nas atividades
propostas em sala e produção de projetos para serem
desenvolvidos com os alunos do Ensino Médio durante a prática
docente.
O projeto abordará uma proposta de elaboração e realização de trabalho
de campo com os educandos do Ensino Médio, que contemple a temática do curso,
vista a partir da observação empírica dos diversos elementos e sujeitos responsáveis
pela produção do espaço local e regional.
Este será elaborado durante as aulas, sendo que o desenvolvimento do
mesmo ocorrerá em um momento posterior, sendo acompanhado via Internet,
considerando-se que todos os municípios do Estado do Acre, onde o Curso será
ministrado, dispõem de Núcleo de Tecnologia da Secretaria de Estado de Educação.
Concluída esta etapa, os resultados deverão ser entregues como relatório e
apresentados na forma de seminários para os demais participantes e professores.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO MÓDULO 3
ACRE, Governo do Estado. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-
Econômico do estado do Acre: Recursos naturais e meio ambiente – documento
final. Rio Branco: SECTMA, 2.000. v.1.
________. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do estado
do Acre: Aspectos socioeconômicos e ocupação territorial – documento final.
Rio Branco: SECTMA, 2.000. v.2.
________. Programa Est. de Zoneamento Ecológico-Econômico do Est. do Acre:
Indicativos para a gestão territorial do Acre – documento final. Rio Branco:
SECTMA, 2.000. v.3.
143
BECKER, B. K. EGLER, C. A. G. Brasil uma nova potência na economia mundo.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993. 297p.
CALAÇA, M. Violência e resistência: O movimento dos seringueiros de Xapuri e a
proposta de reserva extrativista. Rio Claro, 1993, 363p. Tese (Doutorado em
Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual
Paulista - UNESP.
CALIXTO, V. O. et al. Acre: uma História em construção. Rio Branco: FDRHCD,
1985. 223p.
COSTA, C. A conquista do deserto ocidental. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1940. 434p.
GONÇALVES, C. W. P. Os (des) caminhos do meio ambiente. 2.ed.; 4.ed. São
Paulo: Contexto, 1990; 1993.
_______. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001. 178p.
KITAMURA, P. C. A Amazônia e o desenvolvimento sustentável. Brasília:
EMBRAPA, 1994. 182p.
NUNES, J. R. P. Modernização da agricultura – pecuarização e mudanças: o
caso do Alto Purus. Rio Branco: Tico-tico, 1991. 107p.
SILVA, S. S. da. A fronteira agropecuária acreana. Presidente Prudente, 2003.
SILVA, S. S. da. CAPEB: associativismo/cooperativismo e os desafios para a
automanutenção da produção camponesa na Amazônia-acreana. Boletim de
Geografia, Maringá, Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Geografia,
ano 20, n° 2, 2-2002. p.17-40
_______. Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-
Acreana. Presidente Prudente, 2005. 494. FCT/UNESP
_______. (org.). Acre: Uma visão temática de sua Geografia. Rio Branco, 2006. (no
prelo)
144
ANEXO I
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
JOSÉ ALVES COSTA
RIO BRANCO-ACRE
MAIO – 2006.
145
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
NOME: JOSÉ ALVES COSTA
ESTADO CIVIL: Casado NASCIMENTO: 28.07.61 SEXO: Masculino
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Acre/Departamento de Geografia
CARGO/FUNÇÃO
:
Professor de Ensino Superior MS-C1,
SIAPE 0414822. Aprovado em
Concurso Público para provimento do
cargo de Professor Auxiliar MS-A1
para a área de Geografia
Física/Climatologia, realizado no
período de 26 a 29 de março de 1989,
admitido em 03 de julho de 1989 em
regime de dedicação exclusiva, e
lotado no Departamento de Geografia.
V. EMPREGATÍCIO:
Sim
ENDEREÇO: Trav. Luiz Z. da Silva, nº 670 – Conjunto Manoel Julião Q. 3 C. 1.
CEP: 69915-000 CIDADE: Rio Branco ESTADO: Acre
TELEFONE: (068) 3226-5213 FAX: E-MAIL:
9972-1751
146
FORMAÇÃO:
Nível ÁREA/SUBÁRE
A DO
CONHECIMENT
O
INSTITUIÇÃO ANO
DE
INÍCI
O
ANO DE
CONCLU
SÃO
GRADUAÇÃO Geografia (Lic.) Universidade Federal do
Acre
1984 1987
ESPECIALIZAÇ
ÃO
Met. Ens. em
Geografia
Universidade Federal do
Acre
1989 1990
MESTRADO Educação:
Planejamento e
Avaliação
Educacional
Universidade Federal do
Rio de Janeiro
1997 1999
DOUTORADO - - - -
ATIVIDADES DOCENTES
DISCIPLINA(S)
LECIONADA(S)
Gr/P.
Gr.
INSTITUIÇÃO PERÍODO:
SEMESTRE
LETIVO/AN
O
Geografia Física I Gr. Universidade Federal do
Acre
1989.2
Estudos Regionais I Gr. Universidade Federal do
Acre
1989.2
Geografia Física I Gr. Universidade Federal do
Acre
1990.1
Estudos Regionais I Gr. Universidade Federal do
Acre
1990.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1991.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1991.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1992.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1992.2
147
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1993.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1993.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1994.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1994.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do
Acre
1995.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do
Acre
1995.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1996.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1996.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1997.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1997.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1998.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1998.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 1998.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 1999.1
Geografia do Acre III Gr. Universidade Federal do Acre 1999.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 1999.2
Didática do Ensino Superior PGr. Universidade Federal do Acre 1999.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 1999.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2000.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2000.2
Didática do Ensino Superior PGr. Universidade Federal do Acre 2001.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2001.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2001.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2001.2
Teoria e Prática no Ensino da Geografia PGr. Universidade Federal do Acre 2002.1
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2002.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2002.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2002.2
Fundamentos do Ensino em Geografia Gr Universidade Federal do Acre 2002.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2003.1
Fundamentos do Ensino em Geografia Gr Universidade Federal do Acre 2003.1
Ecologia, Sociedade e Geografia Gr. Universidade Federal do Acre 2003.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2003.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2003.2
Ecologia, Sociedade e Geografia Gr. Universidade Federal do Acre 2003.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2004.1
Estágio Supervisionado I, II e III Gr. Universidade Federal do Acre 2004.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2004.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2004.2
Estágio Supervisionado I, II e III Gr. Universidade Federal do Acre 2004.2
Climatologia I Gr. Universidade Federal do Acre 2005.1
Estágio Supervisionado I, II e III Gr. Universidade Federal do Acre 2005.1
Climatologia II Gr. Universidade Federal do Acre 2005.2
Prática de Ensino VIII Gr. Universidade Federal do Acre 2005.2
História do Pensamento Geográfico Gr. Universidade Federal do Acre 2006.1
148
Climatologia III Gr. Universidade Federal do Acre 2006.1
ORIENTAÇÃO DE ALUNOS GRADUAÇÃO/PET/IC/
OUTROS
Gr
/P.
Gr
/M
/D
INSTITUIÇÃO PERÍODO: SEM.
LETIVO/ANO
Alexandre Wagner Longhin P.Gr. UFAC 2000.1º/2º
José Luiz Bezerra de Farias P.Gr. UFAC 2001 a 2003
Elisandra Moreira de Lira IC UFAC 2000 a 2003
Everônica de Araújo Mesquita P.Gr. UFAC 2000 a 2003
Arlete Nascimento da Silva P.Gr. UFAC 2000 a 2003
Elisandra Moreira de Lira Monitoria Gr. UFAC 2000.1
Chirley Pacheco de Lira Monitoria Gr. UFAC 2002.1º/2º
Raimunda Nonata Cunha
Sussuarana
Monitoria Gr. UFAC 2001.1º/2º
José Frankneile de Melo Silva IC Gr. UFAC 2000.1º/2º
(*) Participação como Membro da Banca Examinadora.
ATIVIDADES NÃO DOCENTES
CARGO OU FUNÇÃO
INSTITUIÇÃO PERÍODO
Chefe de Departamento 91/92 Universidade Federal do Acre 1991
Membro do Conselho Universitário Universidade Federal do Acre 1990/94
Coordenador do Curso de Pós-Graduação
“Planejamento e Meio Ambiente”
Universidade Federal do Acre 1991/92
Membro do Colegiado de Curso de Geografia Universidade Federal do Acre 1989/90
Sub-Coordenador do Curso de Geografia Universidade Federal do Acre 1997/99
Membro do Conselho Universitário Universidade Federal do Acre 2000/02
Membro do Colegiado de Engenharia Florestal Universidade Federal do Acre 2000/05
Membro do Colegiado de Geografia Universidade Federal do Acre 2000/05
Sub-Coordenador do Curso Pós-Graduação em
Metodologia do Ensino da Geografia
Universidade Federal do Acre
2000/03
Membro do Conselho Universitário Universidade Federal do Acre 2004/05
Coordenador do Curso de Geografia - Licenciatura Universidade Federal do Acre 2006
Coordenador do Curso de Geografia - Bacharelado Universidade Federal do Acre 2006
Coordenador do Programa Especial de Formação de
Professores para a Educação Básica – Zona Rural
Universidade Federal do Acre
2006
PRODUÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA:
149
1. Correntes e Tendências da Educação Brasileira. (Paper). Mestrado em
Educação. UFRJ. Rio de Janeiro, 1997.
2. O Papel da Educação diante do Avanço Neoliberal. (Paper). Mestrado em
Educação. UFRJ. Rio de Janeiro, 1997.
3. Políticas de Formação de Professor: A Contribuição da UFAC nos últimos dez
anos. (Paper). Mestrado em Educação. UFRJ. Rio de Janeiro, 1997.
4. Desempenho do Sistema de Ensino Supletivo no Estado do Acre: O Caso de
Rio Branco. (Dissertação de Mestrado). UFRJ. Rio de Janeiro, 1999.
5. O Uso do fogo e a Insustentabilidade do Solo. In: XII Seminário de Iniciação
Científica [CD-ROM]. Rio Branco: PROPÉG/COAP-UFAC, 2003 (Anais/Resumos)
6. O Uso do fogo e as Consequências Ambientais na Região Acreana. In: Reunião
Anual da SBPC, 55.[CD-ROM] ISBN:________. Recife: SBPC/UFP, 2003
(Anais/Resumos)
7. Impactos Ambientais provocados pelas formas de Uso do Solo nos Projetos
de Colonização Pedro Peixoto e Humaitá-Acre, Brasil. In: XI Seminário de
Iniciação Científica – CDU 001.891(811.2). Rio Branco: PROPÉG/COAP-UFAC,
2002 (Anais/Resumos, p. 74)
8. Impactos Ambientais provocados pelo Avanço da Atividade Agropecuária na
Microrregião de Rio Branco-AC, Brasil. In: XI Seminário de Iniciação Científica –
CDU 001.891(811.2). Rio Branco: PROPÉG/COAP-UFAC, 2002 (Anais/Resumos,
p. 75)
9. Unidades de Conservação de Uso Indireto (UCUI) do Estado do Acre, Brasil.
In: XI Seminário de Iniciação Científica – CDU 001.891(811.2). Rio Branco:
PROPÉG/COAP-UFAC, 2002 (Anais/Resumos, p. 77)
10. As Formas de Erosão e Os Processos de Degradação do Solo na
Microrregião de Rio Branco – Acre, Brasil. In: Reunião Anual da SBPC, 55.[CDROM]
ISBN: 85-86957-05-4. Goiânia: SBPC/UFG, 2002 (Anais/Resumos)
11. As Formas de Manejo nas Unidades de Conservação de Uso Indireto (Ucui)
Acre, Brasil. In: Reunião Anual da SBPC, 55.[CD-ROM] ISBN: 85-86957-05-
4. Goiânia: SBPC/UFG, 2002 (Anais/Resumos)
12. Os Impactos Ambientais Provocados Pelas Formas de Ocupação na Reserva
Extrativsta Chico Mendes – Acre, Brasil. In: X Seminário de Iniciação Científica –
150
CDU 001.91(811.2). Rio Branco: PROPEG/COAP-UFAC, 2001 (Anais/Resumo,
p.84)
13. Os Impactos Sócio-Ambientais Provocados pelas Formas de Ocupação na Reserva
Extrativista Chico Mendes. In: Reunião Anual da SBPC, 53.[CD-ROM] ISBN:
85-86957-04-6. Salvador: SBPC/UFBA, 2001 (Anais/Resumos)
PROGRAMAS, PROJETOS E CURSOS DE EXTENSÃO DESENVOLVIDOS
Nome do Projeto Função Período de
Execução
a) Programa: Melhoria da Qualidade da
Ação Educativa
Coordenador 1993/1998
b) Programa: Desenvolvimento
Profissional Continuado Parâmetros em
Ação
Membro/executor
1999
b) Projeto: Estudo das Propostas
Curriculares a nível de 1º e 2º Graus na
área de Geografia
Membro/executor
1987/1992
c) Projeto: Ações Integradas para o
Aprimoramento do Ensino de Geografia
Membro/executor
1993/1994
d) Projeto: Ações Integradas para o
Aprimoramento do Ensino de Geografia
Coordenador 1995/1998
PROJETOS DE PESQUISA DESENVOLVIDOS:
Nome do Projeto Função Período de
Execução
1. Atlas Etnolinguístico do Acre – ALAC Membro 1999/2000
2. A Ocupação do Espaço e a Relação
Cidade-Campo na Messorregião do
Vale do Acre.
Membro
2000/2001
3. Relações Campo(Floresta) – Cidade:
A Produção Social do Espaço,
151
urbanidade, ruralidade e
desenvolvimento sustentável na
Amazônia Acreana.
Coordenador 2001/2003
Rio Branco- Acre, maio de 2006.
_____________________________
José Alves Costa
152
KARINA FURINI DA PONTE
CURRICULUM VITAE
Rio Branco
2006
153
1. DADOS PESSOAIS
Nome: Karina Furini da Ponte
Filiação: Reinaldo Jesus da Ponte e Eunice Aparecida Furini da Ponte
Nascimento: 15/10/1977 Osvaldo Cruz/SP- Brasil
Carteira de Identidade: 294020251/SSP/SP/09/0002/1993
CPF: 27676689899
Endereço profissional: Universidade Federal do Acre, Departamento de Geografia
Rodovia BR 364, Km04
6999915900 Rio Branco, AC-Brasil
Telefone: (68) 39012622
Endereço residencial: Rua Castro Alves, 296 apto 03
Bosque
69908060 Rio Branco, AC-Brasil
Telefone: (68) 8114 7004 (68) 32228938
E-mail: karinaponte211@hotmail.com
2. FORMAÇÃO PROFISSIONAL
2002-2004. Mestrado em Geografia (Presidente Prudente)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP,
São Paulo, Brasil
Título: Uma análise geográfica das novas ruralidades e do controle social nas Vilas
Rurais da Paz em Rolândia e João Inocente em Cambé. Ano de obtenção: 2004
Orientador: Bernardo Mançano Fernandes
Bolsista do(a): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
CNPq, Brasil
1997-2000. Graduação em Geografia
Universidade Estadual de Londrina, UEL, Paraná, Brasil.
Título: Programa Vila Rural. Uma alternativa no assentamento da população de
origem rural. O caso da Vila Rural Taquara Reino de Ibiporã-Pr.
Orientadora: Alice Yatiyo Asari
Bolsista do(a): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
CNPq, Brasil
1993-1996. Ensino Médio de nível médio- magistério
Escola Estadual Max Wirth, Osvaldo Cruz/SP, Brasil.
3.ATUAÇÃO PROFISSIONAL
1. Universidade Federal do Acre-UFAC
Vínculo institucional
2005-atual Vínculo: servidor público, Enquadramento funcional: Professor
Assistente, Carga horária: 40, Regime:Dedicação exclusiva
Atividades
154
12/2005-Atual
Disciplinas ministradas:
1.Estudos Regionais II
2.Geografia Política
3.Planejamento urbano
4.Geografia das Industrias II
2. Centro Educacional Santa Terezinha de Itaipu-CESTI
Vínculo institucional
2004-2005 Vínculo: professora, enquadramento funcional: professora, carga horária:
10 horas/aula semanais
Atividades
072004-11/2005 Nível: Ensino Fundamental
Disciplinas ministradas:
Geografia
3. União do Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu- UNIGUAÇU-FAESI
Vínculo institucional
08/2004-11/2005 Vínculo: professora, enquadramento funcional: professor titular,
carga horária:20
06/2005-11/2005 Vínculo: Supervisão de Estágio. Carga horária: 12
Atividades
08/2005-11/2005 Estágio, Uniguaçu-Faesi, Geografia
Atividades realizadas:
Supervisão do Estágio em Geografia
1/2005-07/2005 Ensino, Geografia, Nível: graduação
Disciplinas ministradas:
1.Geografia Agrária do Mundo Tropical (72 horas)
2. Iniciação à Pesquisa em Geografia (72 horas)
3.Metodologia e Prática do Ensino de Geografia II (72 horas)
4.Políticas Públicas, Educação Brasileira e Ensino de Geografia
(72 horas)
5.Geografia Agrária (72 horas)
6. Monografia II (72 horas)
7. Evolução do Pensamento Geográfico (72 horas)
8. Fundamentos Teóricos-Metodológicos do Ensino de Geografia
(72 horas)
9. Monografia I (72 horas)
10. Metodologia e Prática do Ensino em Geografia I (72 horas)
4. Governo do Estado de São Paulo- GOVERNO/SP
Vínculo institucional
2004-2004 Vínculo : Aprovado em concurso público, enquadramento funcional:
professor, carga horária:20
Atividades
04/2002-04/2004 Ensino, Nível: Ensino Fundamental
Disciplinas ministradas:
1. Geografia
155
5. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-UNESP
Vínculo institucional
2004-2004 Vínculo: Colaborador, enquadramento funcional: pesquisador, carga
horária: 20
Atividades
02/2002-12/2004: Participação em projetos, Núcleo de Estudos da Reforma Agrária,
Nera.
08/2003 – 12/2003: Estágio na Graduação com a Disciplina: Evolução do
Pensamento Geográfico. Bolsista CNPq, Unesp.
6.Associação do Ensino Superior de Osvaldo Cruz-AESOC
Vínculo institucional
02/2004-07/2004 Vínculo: professor, enquadramento funcional : professor titular,
carga horária:4
Atividades
02/2004-07/2004 Ensino, Administração, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas:
1.Agribusiness (72 horas)
7. Centro de Ensino Superior de Tupi Paulista- CESTUPI
Vínculo institucional
2004/2004 Vínculo: professor, enquadramento funcional : professor titular, carga
horária:4
Atividades
02/2004-07/2004 Ensino, Administração em gestão ambiental, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas:
1.Método e Técnicas de Pesquisa (72 horas)
2. Sociologia (72 horas)
8. Cooperativa Central Agroindustrial Ltda- CONFEPAR
Vínculo institucional
2001/2001 Vínculo: professor, enquadramento funcional : professor titular, carga
horária:20
Atividades
05/2001-07/2001 Ensino, Nível: Ensino Fundamental
Disciplinas ministradas:
1.Geografia
3. História
9. Universidade Estadual de Londrina- UEL
Vínculo institucional
2000/2000 Vínculo: bolsista, enquadramento funcional : bolsista, carga horária:20
1999/2000 Vínculo: bolsista, enquadramento funcional : bolsista, carga horária:20
Atividades
08/2000-12/2000 Participação em projetos, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq, UEL
Participação em projetos:
1.Realidade Agrária do Norte Paranaense: transformações
recentes e novas perspectivas
156
03/1999-07/2000 Participação em projetos, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico/CNPq, UEL
Participação em projetos:
1.As faces do movimento migratório. O caso do Norte do Paraná
157
ANEXO V
CURRICULUM VITAE
SILVIO SIMIONE DA SILVA
RIO BRANCO – ACRE
MAIO DE 2006
158
Curriculum Vitae
1 – Dados pessoais
Nome: SILVIO SIMIONE DA SILVA
Filiação: Onofre Pinto da Silva e Josefina Simione da Silva
Naturalidade: Águas da Prata, estado de São Paulo. Nacionalidade: Brasileiro
Data de nascimento: 29 de março de 1964. Estado civil: Casado
Nome da esposa: Francisca Honorina Farias Simione
Filhos: Silvio Simione da Silva Júnior, Cadmo Cairê Farias Simione e Clara Serena
Farias Simione
Carteira de Identidade: N.º 133.860 – SSP/AC. – 17/02/87.
C.D.I. Serviço Militar: RA 29012200728-6 29º CSM AC.
Título de Eleitor: N.º 13623324-02. Zona 001. Série 0146, Rio Branco, AC.
C.P.F: 197.498.212-20
Carteira de Reg. Professor DEMEC: Prof.º “LP” N.º 739 – Secretaria de Ensino de 1º
e 2º grau do MEC. no Acre.
Carteira de Trabalho: N.º 888165. Série: 00001-AC.
Carteira Nacional de Habilitação: N.º de Reg. 00598625261.
2 – Endereços
Residencial: Rua Venezuela 207, Bairro da Cadeia Velha, Rio Branco, Acre. CEP
69.900-280, Fone: 0xx 68 3223 3561. E-mail: ssimione@terra.com.br ou
ssimione@bol.com.br
Profissional: Universidade Federal do Acre, Departamento de Geografia Campus
Universitário, BR 364, Km 05, Distrito Industrial CEP 69 915-900, Fone: 0xx
68 3212 3610/3622.
3 – Formação
Ensino básico
• 1° Grau – Escola Estadual Rural Dom Pedro II, Mundo Novo, MS – 1ª a 2ª
séries; Escola Estadual Rural Tenente Antônio João, Mundo Novo, MS – 2ª a
4ª séries; EEPG. General Jaú, Japorã, MS. – 5ª a 8ª séries, 1973 a 1980.
• 2° Grau – Habilitação em Magistério – Projeto Logos II, Depto. de Ensino
Supletivo da SEC. do Estado do Acre, Brasiléia, 1983-1985
Graduação
• Curso de Licenciatura Plena em Geografia. Departamento de Geografia –
Universidade Federal do Acre – UFAC. Rio Branco, 1989-1992.
Mestrado
• Curso de Pós-Graduação – Mestre em Geografia. Programa de Pós-Graduação
em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual
Paulista – FCT/UNESP, Presidente Prudente, 1997-1999.
Doutorado
159
• Curso de Pós-Graduação – Doutor em Geografia. Programa de Pós-Graduação
em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual
Paulista – FCT/UNESP, Presidente Prudente, 2001-2005.
4 – Experiência Profissional
Ensino Fundamental
• Ensino Rural – 1983-1985
• Ensino Religioso 5ª a 6ª séries do 1° grau. Rio Branco, 1985-1986.
• Ensino de Geografia 5ª a 8ª séries do 1° grau. Rio Branco, 1987, 1989-1991.
Ensino Superior (Disciplinas ministradas no Curso de Geografia da UFAC)
- Graduação
• Prática de Ensino I, II e III.
• Geografia Regional III
• Geopolítica
• Geografia do Brasil III
• Geografia da População
• Geografia Agrária.
• Geografia do Acre
• Geografia da Amazônia
• Método Cientifico
- Pós-Graduação
􀂃 Metodologia científica. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional, em nível de Mestrado, UFAC.
􀂃 Orientação a Mestrandos do Prog. em Desenvolvimento Regional -
UFAC.
􀂃 Co-orientação a Mestrandos no Programa de Pós-Graduação em
Geografia da Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP.
􀂃 Sub-coordenação do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional –UFAC.
5 – Aprovação em processos seletivos públicos
Concurso público para professor efetivo no Depto. de Geografia da UFAC
• Concurso Público para Professor Efetivo da Universidade Federal do Acre.
02/1994. Nomeação pela Reitoria da Universidade Federal do Acre Portaria
00428 de 04/abril/1994.
6 – Experiência em atividades de pesquisa extensão
Pesquisas individuais realizadas.
• A fronteira agropecuária acreana.
• Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-acreana.
Extensão
160
• Equipe Técnica-pedagógica na área de Geografia da Secretária de Educação e
Cultura do Estado do Acre. SEC/AC, Rio Branco, 1993.
• Membro do Projeto: “Ações integradas para o melhoramento do ensino de
Geografia no 1° e 2° graus”. Departamento de Geografia da UFAC. Rio Branco,
1993-1995.
• Coordenação do Projeto de Elaboração do Livro Geografia Temática do Acre.
Departamento de Geografia, UFAC. Rio Branco, 2005.
7 – Eventos científicos
Participação (cinco últimos)
• Mini-curso: “a urbanização do rural e as novas relações campo-cidade”. 3°
Encontro de estudos agrários: mudanças e permanências no espaço.
Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba,
abr./2003.
• VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de Goiás,
AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004.
• Mini-curso: o papel do 3° setor na sociedade contemporânea. VI Congresso
Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de Goiás, AGB/Nacional. Goiânia,
jul./2004;
• XX Semana de Geografia: “desenvolvimento e questão ambiental: a Geografia
no cotidiano”. Departamento de Geociências da Universidade Estadual de
Londrina. Londrina, out./2004.
• XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as novas
territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004.
Apresentação de trabalho (comunicação livre, espaço dialogo etc. - cinco últimos).
• Aspectos gerais das transformações no espaço agrário acreano, nas últimas
décadas do século XX. III Encontro de Estudos Geográficos e do Turismo,
Departamento de Geociências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
Campus de Aquidauana. Aquidauana, nov./2001.
• A realidade agrária da produção familiar camponesa na Amazônia-acreana na
virada do século XX para o XIX. 3° Encontro de estudos agrários: mudanças e
permanências no espaço. Departamento de Geografia, Universidade Federal do
Paraná, UFPR. Curitiba, abr./2003.
• Organizações coletivas amazônica-acreana: autonomia, auto-sustentabilidade e
o mercado. VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de
Goiás, AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004;
• Territórios florestais na Amazônia-acreana: conservação e a potencialização da
natureza. XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as
novas territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004.
8 - Publicações e outras formas de divulgação do trabalho científico
161
Dissertação e Tese.
• A Fronteira Agropecuária Acreana. Dissertação de Mestrado. FCT/UNESP,
1999.
• Resistência camponesa e desenvolvimento agrário na Amazônia-acreana.
Dissertação de Mestrado. FCT/UNESP, 2005.
Livro
• Na Fronteira Agropecuária Acreana. Departamento de Geografia, UFAC, 2003.
Parte e capítulo de livros.
• Verbetes “caboclo” e “desmatamento”. MOTTA, Márcia Menendes (coord.).
Dicionário da Terra, Núcleo de Referência Agrária, Departamento de História,
Universidade Federal Fluminense. (no prelo).
• Textos do Atlas: “Reserva extrativista” e “Organização comunitária e coletiva em
Xapuri”. SILVA, Miriam Aparecida Bueno da. Atlas Escolar Municipal de
Xapuri. Rio Branco: AEMAC, 2004. 96p.
Artigos (cinco últimos)
• Apontamentos teóricos para a concepção dos estudos migratórios como um
campo de investigação na Geografia. Caderno Prudentino de Geografia (Revista
da AGB-Seção Presidente Prudente). 2002. N. 24. (ISSN 1413-4551)
• A liberdade no “fazer ciência” em Geografia. Terra Livre (Revista da AGB
Nacional). A.18, n. 19, jul.-dez./2002. (ISSN 0102-8030)
• CAPEB: Associativismo/ cooperativismo e os desafios para a auto-manutenção
da produção camponesa na Amazônia-acreana. Boletim de Geografia (Revista
do Departamento de Geografia da UEM). Ano 20. N.2. 2002. (ISSN 0102-5198)
• Para pensar “uma geografia livre” (Prefácio da Revista). Cosmo: revista de
geografia livre, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, n.2,
fev./2004. (ISSN 1679-0650).
• Das “microrregiões geográficas” às “regionais de desenvolvimento:
regionalizações das terras acreanas e as possibilidades de novos arranjos no
princípio do século XXI. Uáquiri: A Geografia e a Amazônia em questão. Revista
do Departamento de Geografia da UFAC. Rio Branco, A.2, n.2, /2004. (ISSN
1806-0218).
• O Espaço agrário acreano nas últimas décadas do século XX. Revista NERA
(eletrônica). FCT/UNESP, Presidente Prudente. WWW2.
prudente.unesp.br/dgeo/nera/revista/numero4.htm. A.7, n.4, jan.-ju./2004. (ISSN
1806-6755).
Textos completos em anais (cinco últimos)
• A fronteira agropecuária acreana. XV Encontro Nacional de Geografia Agrária.
Universidade Federal de Goiás – UFG, Goiânia, dez./2000. CD-Rom
• A realidade agrária da produção familiar camponesa na Amazônia-acreana na
virada do século XX para o XIX. 3° Encontro de estudos agrários: mudanças e
permanências no espaço. Departamento de Geografia, Universidade Federal do
Paraná, UFPR. Curitiba, abr./2003. CD-Rom
• A Amazônia e o desenvolvimento sustentável: possibilidades e realizações. 3°
Encontro de estudos agrários: mudanças e permanências no espaço.
Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba,
abr./2003. CD-Rom
162
• Organizações coletivas amazônica-acreana: autonomia, auto-sustentabilidade e
o mercado. VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de
Goiás, AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004. CD-Rom
• Territórios florestais na Amazônia-acreana: conservação e a potencialização da
natureza. XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as
novas territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004. CD-Rom
resumos (comunicação livre, espaço dialogo etc.). (cinco últimos)
• Viagens de estudo: possibilidades práticas para o ensino de Geografia. XII
Semana de Educação – Semana da Pedagogia. Curso de Pedagogia da
FCT/UNESP, Presidente Prudente, set./2001. Anais CD-ROM.
• Projeto Temas de Geografia do Acre: uma experiência de docência com ensino,
pesquisa e extensão. XII Semana de Educação – Semana da Pedagogia. Curso
de Pedagogia da FCT/UNESP, Presidente Prudente, set./2001. Anais CD-ROM.
• A realidade agrária da produção familiar camponesa na Amazônia-acreana na
virada do século XX para o XIX. 3° Encontro de estudos agrários: mudanças e
permanências no espaço. Departamento de Geografia, Universidade Federal do
Paraná, UFPR. Curitiba, abr./2003. Anais Impressos
• Organizações coletivas amazônica-acreana: autonomia, auto-sustentabilidade e
o mercado. VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Universidade Federal de
Goiás, AGB/Nacional. Goiânia, jul./2004. Anais Impressos.
• Territórios florestais na Amazônia-acreana: conservação e a potencialização da
natureza. XVII Encontro Nacional de Geografia Agrária: tradição x tecnologia: as
novas territorialidades do espaço agrário brasileiro. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, AGB/Porto Alegre. Gramado, nov./2004. Anais Impressos.
Palestras:
• Camponeses da floresta. Coordenação do Curso de Geografia da UFAC. Rio
Branco, nov./1998
• Caminhos e descaminhos na trajetória das lutas pela terra na Amazôniaacreana.
Comissão Pastoral da Terra – CPT/AC. Rio Branco, 2005.
Mesa Redonda
• A formação do profissional em Geografia e o mercado de trabalho. XV Semana
de Geografia da UFAC. Departamento de Geografia - UFAC. Rio Branco,
nov./1998.
• “Agroturismo e sustentabilidade. I Simpósio de Turismo de Araçatuba. Fundação
Educacional Araçatuba, Araçatuba, 31/out./2003.
9 - Declaração
Declaro para os devidos fins e efeitos legais que as informações aqui
prestadas são verdadeiras e me responsabilizo pela veracidade das mesmas.
__________________________________________.
Prof. Dr. Silvio Simione da Silva
163
ANEXO VI
CURRICULUM VITAE
WALDEMIR LIMA DOS SANTOS
RIO BRANCO – ACRE
MAIO 2006
164
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
NOME: WALDEMIR LIMA DOS SANTOS
ESTADO CIVIL: Casado NASCIMENTO: 09.04.1977 SEXO:
Masculino
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Acre/Departamento de Geografia
CARGO/FUNÇÃO
:
Professor de Ensino Superior.
Aprovado em Concurso Público para
provimento do cargo de Professor
Assistente para a área de
Biogeografia, Ecologia, Sociedade e
Natureza, admitido em 05 de janeiro
de 2006 em regime de dedicação
exclusiva, e lotado no Departamento
de Geografia.
V. EMPREGATÍCIO:
Sim
ENDEREÇO: Rua Triunfo, nº 333 – Bairro Cidade Nova
CEP: 69901-470 CIDADE: Rio Branco ESTADO: Acre
TELEFONE: (068) 9972-1097 FAX: E-MAIL:
waldemir_geo@yahoo.com.br
165
FORMAÇÃO:
Nível ÁREA/SUBÁRE
A DO
CONHECIMENT
O
INSTITUIÇÃO ANO
DE
INÍCI
O
ANO DE
CONCLU
SÃO
GRADUAÇÃO Geografia (Bac.) Universidade Federal do
Acre
1995 1999
ESPECIALIZAÇ
ÃO
Análise Regional Universidade Federal do
Acre
1999 2000
MESTRADO Ecologia e
Manejo de
Recursos
Naturais
Universidade Federal do
Acre / Foundation Ford
2003 2005
DOUTORADO - - - -
ATIVIDADES DOCENTES
1 - Instituição: Universidade Federal do Acre - UFAC
Função: Professor Efetivo do Departamento de Geografia
Área de Atuação: Biogeografia, Ecologia, Sociedade e Natureza
1.1 – Disciplinas Acadêmicas Lecionadas:
Hidrografia
II.............................................................
...........
2º Semestre/2005
Biogeografia
IV............................................................
........
2º Semestre/2005
2 - Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Função: Professor Substituto do Departamento de Geografia
166
Início: Julho/2005 a Dezembro/2005.
2.1 – Disciplinas Acadêmicas Lecionadas:
Hidrografia
II.............................................................
...........
1º Semestre/2005
Geografia Regional do Brasil
I.............................................
1º Semestre/2005
3 - Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Função: Professor Substituto do Departamento de Geografia
Período: Setembro/2000 a Setembro 2002
3.1 – Disciplinas Acadêmicas Lecionadas:
Climatologia
I..............................................................
.........
1º Semestre/2001 e
2002
Climatologia
II.............................................................
.........
2º Semestre/2000 e
2001
Biogeografia
III............................................................
........
1º Semestre/2001 e
2002
Biogeografia
IV............................................................
........
2º Semestre/2000 e
2001
Geomorfologia
II.............................................................
.....
1º Semestre/2001
Geografia Econômica
III......................................................
1º Semestre/2001 e
2002
Planejamento
Rural.......................................................
1º Semestre/2001
167
......
Geografia do Acre
II.............................................................
2º Semestre/2001
Formação Econômica e Territ. do
Brasil.............................
1º Semestre/2002
4 - Instituição: Universidade Federal do Acre - UFAC
Função: Professor do Programa de Formação de Professores para o Ensino Básico no
Departamento de Geografia – Zona Urbana e Comunidade
Período: De 2001 a 2004
4.1 – Disciplinas Lecionadas no Programa:
Climatologia
III.....................................................................
.....
Março/2001
Geografia Econômica
IV..........................................................
Setembro/2002
Formação Econômica e Territ. do
Brasil..................................
Setembro e Outubro/2002
Hidrografia
I.......................................................................
.......
Março e Abril/2004
5 - Instituição: Universidade Federal do Acre - UFAC
Função: Professor do Programa de Formação de Professores para o Ensino Básico no
Departamento de Geografia – Zona Rural
Período: 2006 a 2011
5.1 – Disciplinas Lecionadas no Programa:
Climatologia
III.....................................................................
.....
Marco/2006
História do Pensamento
Geográfico........................................
Março/2006
6 – Instituição: Anglo Vestibulares – Sistema de Ensino
Função: Professor de Geografia
168
Período: 12.04 a 18.05.2002 / 13.11.2002 a 03.02.2003
ORIENTAÇÃO DE
ALUNOS
GRADUAÇÃ
O/PET/IC/OU
TROS
G
r/
P.
G
r/
M
/D
INSTITUIÇ
ÃO
PERÍODO:
SEM.
LETIVO/ANO
Pedro Mardônio Silva
Belém
Graduação Gr. UFAC 2004.1º
PARTICIPAÇÃO EM
BANCAS DE DEFESA DE
MONOGRAFIAS
GRADUAÇÃ
O/PET/IC/OU
TROS
Gr/P.Gr/
M/D
INSTITUI
ÇÃO
PERÍODO:
SEM.
LETIVO/AN
O
Aécio de Castro Nogueira Graduação Gr. UFAC 2001.1º
Cláudia Santos de
Mesquita
Graduação Gr. UFAC 2001.1º
Maria do Socorro Teixeira
dos Reis
Especializaçã
o
P.Gr. UFAC 2003.1º
Paulo Maciel de Brito Especializaçã
o
P.Gr. UFAC 2005.2º
Sheila Andrade Vieira Graduação Gr. UFAC 2001.2º
ATIVIDADES NÃO DOCENTES
PRODUÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA:
169
Produção Bibliográfica:
• SANTOS, Waldemir Lima dos. O Processo de Urbanização e Impactos
Ambientais em Bacias Hidrográficas: O Caso do Igarapé Judia – Acre – Brasil.
163 f. 2005. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais) –
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – Universidade Federal do Acre, Rio
Branco.
• SANTOS, Waldemir Lima dos. O Crescimento do Comércio Informal na cidade
de Rio Branco: O Caso dos Camelôs. Rio Branco: UFAC/DEGEO (Dissertação de
Especialização em “Análise Regional”), 2000.
• SANTOS, Waldemir Lima dos. O Terminal Urbano de Transportes Coletivos e o
(Re)Direcionamento do Fluxo de Pessoas e do Comércio na Área Central
Comercial da Cidade de Rio Branco-Ac. Rio Branco: UFAC / DG., 1999. 85p.
Monografia (Graduação em Geografia) - Universidade Federal do Acre,
Departamento de Geografia, 1999.
Trabalhos resumidos em Anais de Eventos:
• Título do Trabalho: “Estrutura Agrária e Produção Agrícola dos
Camponeses do Município de Rio Branco, Senador Guiomard e
Plácido de Castro”.
Período: Agosto/96 a Março/97.
Resumo publicado nos Anais do VI Seminário de Iniciação Científica
da Universidade Federal do Acre - 1997.
• Título do Trabalho: “O Terminal Urbano de Transportes Coletivos e
o (Re)Direcionamento do Fluxo de Pessoas e do Comércio na Área
Central Comercial da Cidade de Rio Branco-Acre”.
Período: 28 de Junho a 02 de Julho de 1999.
Resumo publicado nos Anais do VIII Seminário de Iniciação
Científica da
Universidade Federal do Acre - 1999.
• Título do Trabalho: “O Processo de Urbanização e Impactos
Ambientais em Bacias Hidrográficas: O Caso do Igarapé Judia –
Acre - Brasil.”
Período: 04 a 08 de Julho de 2005.
Resumo publicado nos Anais do XIV Seminário de Iniciação
Científica PIBIC/CNPq/UFAC/EMBRAPA e IV Mostra de Pesquisa e
Pós-Graduação - 2005.
170
EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS E PROFISSIONAIS
Bolsista de Iniciação Científica
Instituição: CNPq
Período: Agosto de 1996 a Março de 1997
Bolsista com apresentação de trabalho no VIII Seminário de Iniciação Científica
Instituição: PIBIC-CNPq
Período: 28 de Junho a 02 de Julho de 1999
Participante como ouvinte no VIII Seminário de Iniciação
Científica
Instituição: PIBIC-CNPq
Período 28 de Junho a 02 de Julho de 1999
Participante com apresentação de trabalho no XIV Seminário de Iniciação
Científica PIBIC/CNPq/UFAC/EMBRAPA e IV Mostra de Pesquisa e Pós-
Graduação - 2005
Instituição: UFAC
Período 04 a 08 de Julho de 2005
Representante do Departamento de Geografia/UFAC
Evento: III Feira de Ciências e Artes do CAp
Função: Membro da Comissão Julgadora de Trabalhos
Período: 02 de agosto de 2002
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA/OUTROS CURSOS
• Ano: 2004
Instituição: Departamento de Geografia – UFAC
Título: “XVIII Semana de Geografia: (Des)Fiando Territórios e
Identidades”
Carga Horária: 30 h
• Ano: 2003
Instituição: Conselho da Justiça Federal
Título: Seminário de Direito Ambiental – ano V
Carga Horária: 16 h
• Ano: 2002
Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Título: Biodiversidade e Zoneamento Ecológico
Carga Horária: 04 h
171
• Ano: 1997
Instituição: Universidade Federal do Acre – UFAC
Título: Desenvolvimento do Setor das Construções, Grandes
Obras, Energia e Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Carga Horária: 07 h
Rio Branco- Acre, maio de 2006.
_____________________________
Waldemir Lima dos Santos
Professor Assistente

COPYRIGHT WALDEMIR LIMA DOS SANTOS

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