sexta-feira, 22 de junho de 2012

AS PRIMEIRAS UNIVERSIDADES NO BRASIL

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Fundada por dom João 6º logo depois da família real portuguesa desembarcar em Salvador (BA), a Fameb (Faculdade de Medicina da Bahia) simboliza o início da independência cultural do Brasil. Reprodução Faculdade de Medicina da Bahia foi inaugurada em 1808 por dom João 6º A chegada da família real portuguesa no Brasil foi fundamental para a criação da faculdade. Antes disso, Portugal não permitia a criação de nenhuma faculdade em suas colônias. Nas possessões espanholas, existiam universidades desde o século 16. A primeira escola de ensino superior do país foi inaugurada no dia 18 de fevereiro de 1808, oito dias antes da partida da família real para o Rio de Janeiro. Ela foi instalada no Hospital Real Militar, que ocupava as dependências do Colégio dos Jesuítas, no Largo do Terreno de Jesus. "Os primeiros professores da faculdade foram médicos militares. Só depois vieram os médicos civis", diz o médico Lamartine Lima, professor honorário da Faculdade de Medicina da Bahia, que hoje pertence à UFBA (Universidade Federal da Bahia). 04.jul.2002/Folha Imagem Fachada do prédio da faculdade de medicina da Universidade Federal da Bahia Naquela época, a cidade contava cerca de 50 mil habitantes e havia deixado de ser a capital da colônia há 45 anos. Depois de fundar a Fameb, dom João fez o mesmo no Rio de Janeiro no dia 5 de novembro daquele mesmo ano. Nascia a Escola de Anatomia, Cirurgia e Medicina, a atual UFRJ (Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro). "O que se ensinava na faculdade era uma medicina menos científica e mais de observação", diz o historiador Francisco Assis de Queiroz, professor da USP (Universidade de São Paulo). "Como a causa das doenças não era conhecida, buscava-se eliminar os sintomas". Para comemorar seus 200 anos, haverá uma festa amanhã de manhã no Largo do Terreiro de Jesus, em Salvador. Uma das atrações será um show com médicos artistas. A história da Fameb será contada por meio de cantos e solos instrumentais executados por ex-alunos da faculdade. Incêndio 06.jun.2000/Folha Imagem Prédio onde funciona a Faculdade de Medicina da Bahia, criada por dom João 6º A Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, como hoje é conhecida, passou por dois incêndios. O primeiro, de 1905, acabou com o prédio. Mas ele foi reconstruído em estilo eclético com predominância de linhas neoclássicas. O segundo incêndio aconteceu em 1952. "Com a Reforma do Ensino, de 1968, a faculdade de medicina deixou o prédio do Terreiro de Jesus em 1974", diz o professor Lima. Mas o curso voltou para lá em 2004. O edifício, no entanto, está abandonado. "As obras de restauração estão praticamente paradas", afirma o professor. À frente do tempo A Faculdade de Medicina da Bahia sempre saiu na frente. Além de ser a primeira faculdade do país, foi em sua sacada que foi acesa a primeira luz elétrica em Salvador, no dia 2 de julho de 1844. A primeira médica brasileira diplomada em território nacional, Rita Lobato Velho Lopes, se formou na Fameb em dezembro de 1887. O primeiro Museu Médico-Legal e Antropológico do Brasil foi criado no térreo daquela escola em abril de 1900. A medicina no começo do século 19 Antes da instalação da Fameb, a medicina era exercida por pessoas com pouco conhecimento em anatomia e fisiologia. Era a chamada medicina prática. "A maioria das cirurgias eram feitas nas casas dos pacientes. Quando as intervenções eram no hospital, morria um em cada quatro pacientes", afirma Lima. O cirurgião tratava de feridas e amputava, enquanto os algebristas cuidavam de membros deslocados. Mas parteiras e barbeiros também exerciam a chamada medicina prática. "Era comum que o especialista abrisse uma veia do paciente para que através da incisão se extraísse a doença do corpo", diz Queiroz. "O método era mais debilitante do que recuperador." Com o cirurgião, trabalhava um auxiliar adolescente que aprendia tudo com seu mestre para se tornar seu substituto. Os poucos formados na colônia tinham cursado medicina na Europa. "Em muitos casos, as pessoas confiavam muito mais nos curandeiros", diz o historiador. Ele lembra que no período colonial era muito comum a utilização de plantas e simpatias para tratar dos doentes. Compartilhe twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg Leia mais Eventos marcam 200 anos da imprensa no Brasil São Clemente homenageia bicentenário da chegada da corte portuguesa ao Brasil Mostra em SP reúne documentos, fotos e objetos sobre a abertura dos portos no país D. João 6º oficializou biopirataria, diz jornalista em livro Abertura dos portos foi primeiro passo do país rumo à globalização, diz Ricupero Reportagens investigativas e história do jornalismo são temas de livros Especial Leia mais sobre chegada da família real portuguesa ao Brasil Folha de S.Paulono Publicidade As Últimas que Você não Leu BC reduz projeção para deficit nas transações do Brasil com exterior Brasil tem o dever de liderar Transações do Brasil com exterior ficam negativas em maio Gasto do brasileiro é recorde para o mês de maio, informa BC Porta-voz do governo do DF contesta reportagem da Folha Um tapa na nossa cara Prefeitura diz que colunista da Folha foi injusto com Kassab Obras da transposição tocadas pela Delta estão paradas Advogado diz não ter recebido convite para ser vice de Haddad Leitores comentam aliança de Lula e Paulo Maluf Publicidade + LidasÍndice Dilma contou ter sofrido encenação de fuzilamento Haddad diz que não vai definir vice a toque de caixa Gasto do brasileiro é recorde para o mês de maio, informa BC Crise derruba arrecadação e ameaça contas do governo Militares da Aeronáutica e SNI vigiaram Lula durante 15 anos + Comentadas Dilma foi monitorada pelo SNI durante governo Sarney Dilma contou ter sofrido encenação de fuzilamento + EnviadasÍndice Dilma contou ter sofrido encenação de fuzilamento Crise derruba arrecadação e ameaça contas do governo Livraria da Folha Anatomia de um Instante Javier Cercas De: 49,90 Por: 44,90 Comprar Getúlio (1882-1930) Lira Neto De: 52,50 Por: 42,00 Comprar História Ilustrada da Guerra Tim Newark De: 69,90 Por: 55,90 Comprar Por Que Virei à Direita Denis Rosenfield, João Pereira Coutinho, Luiz Felipe Pondé De: 25,00 Por: 20,00 Comprar A Esquerda Que Não Teme Dizer Seu Nome Vladimir Safatle De: 19,90 Por: 15,90 Comprar Notícias Poder Mundo Mercado Cotidiano Esporte Ilustrada F5 Ciência Tec Folha de Hoje Folha Digital Assine a Folha Ambiente Bichos Blogs Colunistas Comida Equilíbrio e Saúde Folhateen Folhinha Ilustríssima Revista sãopaulo Saber Serafina Turismo Horóscopo Trânsito Folhainvest Indicadores Guia E-Mail Folha Assinantes Erramos TV Folha Foto Rádio Folha Acervo Folha Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade Copyright Folha.com. 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