sexta-feira, 22 de junho de 2012

ELETROBRÁS

Intersindical Nordeste Setembro de 2008 Presidente da Holding participa do 8º Encontro Nacional dos Urbanitários e apresenta o projeto da Nova Eletrobrás O 8º Encontro Nacional dos Urbanitários, realizado de 27 a 29 de agosto, em Belém, no Pará, foi um evento marcante. Realizado em um momento complexo, em que está em curso uma das maiores transformações no setor elétrico brasileiro, o encontro teve a participação do Presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, que fez uma apresentação sobre o tema “A nova Eletrobrás, Sistema Isolado e a reorganização das distribuidoras federais de energia”. Durante seis horas, Muniz falou sobre a reestruturação no setor elétrico e garantiu que todas as empresas serão mantidas. Os esclarecimentos foram importantes para acabar com as incertezas sobre a retirada de direitos e o fim de empresas, pois o presidente afirmou que isto não acontecerá. O grande objetivo deste projeto é tornar a Eletrobrás uma referência mundial, intensificar sua atuação no Marcos Severine, analista do setor elétrico do Unibanco, elogia o fortalecimento da governança corporativa e o saneamento de áreas deficitárias, como as distribuidoras federalizadas, e diz que estas medidas poderão contribuir para que a Eletrobrás apresente, no médio prazo, ganhos significativos. “É possível que o lucro da companhia venha a saltar dos atuais R$ 1,5 bilhão para R$ 5,5 bilhões”, projeta Severine. Edson Lobão, Ministro de Minas e Energia, tenta tranquilizar o mercado. Segundo ele, o governo quer “modicidade tarifária”, mas a estatal, nesta nova forma, estará focada nos projetos que não são interessantes para o setor privado. A estatal está de olho em hidrelétricas binacionais na Argentina, Bolívia, Peru e Uruguai. Além disso, também focará as energias alternativas, como as usinas térmicas de bagaço de cana, eólica e nuclear. Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás, avalia que a empresa vai vender a competência do Brasil no setor elétrico para outros países. Com isso, a Eletrobrás deverá abrir novas fronteiras para a prestação de serviços de empresas brasileiras no exterior. “No capitalismo global, o fortalecimento da marca é algo muito importante e é justamente isso que a Eletrobrás está buscando com esse projeto”. João Carlos Cascaes, expresidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia), destaca que uma mudança significativa na possível nova Eletrobrás seria a despolitização dos cargos de diretoria da estatal. “A Eletrobrás deve ser tão sólida quanto à petrolífera, sem ingerência política”. João Carlos Cascaes defende, do ponto de vista técnico, a manutenção das subsidiárias regionalizadas, já que cada empresa é voltada para a operacionalização de seus sistema. mercado interno e, agora, também no exterior, explicou Muniz. Domínio tecnológico e trabalhadores qualificados De acordo com José Muniz, o Governo Federal quer tentar seguir o exemplo da Petrobrás, transformando a Eletrobrás numa grande empresa, reconhecida mundialmente por sua eficiência e lucratividade, com produção de energia limpa e barata. José Muniz destacou que tratase de um projeto estratégico de grande envergadura e que tem tudo para ter êxito, pois a Eletrobrás tem o domínio tecnológico e trabalhadores extremamente qualificados. Comissão dos trabalhadores para acompanhar o projeto Para dar transparência ao projeto e garantir tranqüilidade a todos os eletricitários quanto à manutenção de conquistas e benefícios, impedindo qualquer perda, é fundamental a participação dos trabalhadores nas discussões e andamento da construção desta nova ELETROBRÁS. Por isso, o companheiro Edvaldo Gomes apresentou a proposta, aprovada por unanimidade na Plenária de Belém, de criar Comissão Técnica para acompanhar o processo, com reuniões mensais. Esta proposta já havia sido aprovada na última assembléia da campanha salarial da CHESF, apresentada pelo companheiro Edvaldo Gomes. O Presidente da Eletrobrás e o Diretor Administrativo da empresa aceitaram de pronto a proposta, inclusive a periodicidade das reuniões. Com isto, estaremos acompanhando de perto as mudanças, informando aos trabalhadores e apresentando críticas e propostas. Presidente da Eletrobrás apresentou algumas das mudanças para transformar a Holding na Petrobrás do setor elétrico Transparência, manutenção de conquistas, unificação de benefícios e da política salarial Opiniões Os Sindicatos avaliam que a estratégia de integração energética na América Latina é importante para fortalecer o Mercosul. Porém, é preciso estarmos vigilantes na defesa do papel regional que a CHESF cumpre, assim como na defesa dos direitos e conquistas dos trabalhadores. Se uma política estratégica audaciosa deu certo em relação à PETROBRÁS, por que não daria certo com a ELETROBRÁS? Se o projeto for bom para o país e trabalhadores, se atender aos interesses nacionais e regionais, certamente os sindicatos estarão contribuindo para um modelo de Eletrobrás que atenda aos interesses da população. A CHESF contribuiu decisivamente nestes 60 anos de sua existência para o crescimento econômico e social do Nordeste e precisa continuar a realizar estas ações em favor das futuras gerações. Porém, a Intersindical defende avanços nos benefícios e conquistas e entende que o Governo Federal precisa avançar nas políticas de recursos humanos, sobretudo na política salarial. Saímos do período de abandono, de falta de planejamento e investimentos, de um setor destroçado pelos Governos Collor e FHC, que preocuparam-se apenas em criar as condições para a entrega ao capital privado. Os trabalhadores também foram vítimas, com arrocho salarial, retirada de benefícios, intimidações, perseguições e demissões. Trata-se, sem dúvida, de um divisor de águas para o setor elétrico. Mas para isso, é preciso acompanhamento, para que não haja distorções e equívocos que possam comprometer o projeto, prejudicar os trabalhadores e o país. A criação da Comissão Técnica reveste-se de uma importância especial, pois somente com a participação dos trabalhadores será assegurada transparência. Urbanitários de todo o país participam do 8º ENU Edvaldo Gomes, Secretário de Relações Internacionais da FNU/CUT, apresentou proposta de criar Comissão Técnica, que foi aprovada pela plenária dos trabalhadores e aceita pela Eletrobrás A Eletrobrás se prepara, com base em seu reconhecido domínio tecnológico em projetos de usinas hidrelétricas, para inaugurar uma atuação internacional, passando a disputar projetos nos países vizinhos da América Latina e também na África. Atualmente, existem estudos para quatro projetos de hidrelétricas no Peru, que somam cerca de 6 mil MW. No total, os objetivos naquele país prevêem o estudo de viabilidade para o aproveitamento de 15 hidrelétricas, que totalizariam 20 mil MW. Existe também projeto para usinas no lado boliviano do rio Madeira, assim como a interconexão com o sistema elétrico venezuelano. Ao todo, são 28 propostas de projetos que estão em estudo, abrangendo América Central e África. Atuação na América e África Lei 11.651/08 - Maior mudança na história da ELETROBRÁS Sancionada em 8 de abril, a Lei 11.651 representa a maior mudança na história da ELETROBRÁS desde a sua criação, em 1961. A lei conferiu a ELETROBRÁS e suas subsidiárias a possibilidade de participação majoritária em consórcios que disputam leilões de concessão de projetos de geração e de linhas de transmissão. Até então, a participação das estatais federais em tais consórcios estava limitada a 49%. A mesma lei permite a ELETROBRÁS atuar em outros países, levando seu domínio tecnológico, principalmente para projetos de geração hidrelétrica e transmissão de energia em países em desenvolvimento. Mudanças no estatuto da ELETROBRÁS, aprovadas nos últimos meses, buscaram fortalecer a estatal internamente na relação com suas controladas (Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, Eletronuclear e CGETEE), ao centralizarem na holding o poder de decisão em relação a investimentos e à composição de consórcios, entre outras coisas. “Art. 15 Parágrafo 1º - A ELETROBRÁS, diretamente ou por meio de suas subsidiárias ou controladas, poderá associar-se, com ou sem aporte de recursos, para constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no exterior, que se destinem direta ou indiretamente à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização.” Para especialistas do setor, a procura por mercados internacionais é importante, uma vez que demonstra a capacidade técnica do setor elétrico brasileiro na produção de energia elétrica. Com atuação no exterior, o Brasil ampliará as opções para geração de energia, garantirá maior segurança do sistema nacional, promoverá a expansão da marca Eletrobrás em outros países, tornará o país um fornecedor de serviços de alto valor agregado e ajudará nações amigas, seja por meio de investimento em geração e transmissão ou pela prestação de serviços técnicos. Fernando Neves, Diretor de Formação e Cultura, e José Barbosa, Presidente do Sindurb-PE, participam das discussões CARTA DE RECIFE AO PRESIDENTE LULA Um dos destaques do 8º Encontro Nacional dos Urbanitários foi o lançamento do livro “Matriz Energética: como ampliar a participação das fontes renováveis e os desafios da energia nuclear”, com a reprodução dos painéis e debates realizados no seminário. No livro, destacamos a Região Nordeste. Temos 70 GW de potencial eólico, com as melhores condições do país. Temos mais de 80% das reservas de urânio descobertas no Brasil, com grandes possibilidades para a energia nuclear. As ações previstas no Plano Nacional de Energia 2030 aumentam a geração de energia em 10 mil MW no Nordeste até 2030. Embora seja equivalente a uma nova CHESF, ainda é uma política muito tímida diante das perspectivas de crescimento da Região Nordeste e do país. Paulo Ferreira e Raimundo Lucena, secretários do Sinergia/BA, acompanham as discussões. Amélia Costa, Presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, fez parte da mesa que debateu as mudanças no setor elétrico. Na foto ao lado, com Edvaldo Gomes, do Sindurb-PE. Na parte final do livro está reproduzida a Carta de Recife ao Presidente Lula, documento formulado a partir de debates, questionamentos e reflexões de trabalhadores, técnicos, engenheiros e professores, cobrando do Governo Federal maiores investimentos no desenvolvimento da fonte eólica e amplo debate com a sociedade sobre a energia nuclear. Um ponto central da Carta de Recife ao Presidente Lula refere-se à questão do fim das concessões, previsto para 2015, e reivindica ao Governo Federal o encaminhamento de uma Proposta de Emenda Constitucional ao Congresso Nacional com o objetivo de assegurar a manutenção destas concessões com as atuais empresas do Grupo Eletrobrás. A Carta foi aprovada pelos sindicatos e participantes do 8º ENU, na Plenária de Belém. José Antonio Muniz informou que estudos detectaram que a Eletrobrás estava com a mesma estrutura empresarial da década de 70, estando submetida a diversas restrições para uma atuação ágil e competitiva e apresentando resultados financeiros muito aquém de seu potencial. Outros estudos demonstraram que a Eletrobrás teve as suas funções reduzidas. Permaneceram as três grandes geradoras/transmissoras que não foram privatizadas e a representação do Governo Federal na Itaipu Binacional. Cabe a Holding administrar recursos destinados a vários fundos e supervisionar o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica – Cepel A utilização dos recursos próprios está tolhida pela determinação do governo de conter as tarifas das subsidiárias para atender o objetivo de modicidade tarifária. A sua responsabilidade pela otimização das operações interligadas passou do GCOI para a ONS. A sua responsabilidade pela programação do atendimento da demanda futura de eletricidade passou a ser compartilhada com as empresas geradoras sob controle privado. Os estudos básicos para o planejamento de longo prazo, antes a cargo do GCPS, foram transferidos para a EPE. A Eletrobrás perdeu ainda, na prática, o comando efetivo de suas grandes subsidiárias que passam a ser parte do processo de loteamento político. A estrutura técnico-administrativa foi despedaçada. Proposta para mudança “Soluções para a Eletrobrás atuar de forma integrada e sinérgica na gestão dos negócios de energia para gerar maiores e melhores resultados, como agente competitivo, com recursos próprios e por meio de captação de recursos nos mercados de capital e financeiro no Brasil e no exterior.” O que está sendo feito: O aperfeiçoamento da governança corporativa; A reorientação dos negócios de distribuição; A reformulação institucional da Holding; A reorganização do modelo de gestão empresarial para o sistema Eletrobrás Ações com providências já tomadas pela ELETROBRÁS Simplificação dos processos de contratação de bens e serviços; Flexibilização da gestão de Recursos Humanos; Flexibilização da aplicação de recursos financeiros no curto prazo; Marco legal para os Sistemas Isolados. Ações já em desenvolvimento Nova estrutura organizacional para cada Empresa Federal de Distribuição; Busca do equilíbrio econômico-financeiro do negócio da Distribuição; Estratégia de atuação internacional da Eletrobrás. Presidente da Eletrobrás diz que mudanças foram feitas para impedir o fim da empresa Durante sua palestra no 8º ENU, o presidente da Eletrobrás afirmou que as medidas para mudanças na Eletrobrás foram tomadas para garantir a sobrevivência da estatal. Segundo Muniz, a Eletrobrás estava perdendo valor de mercado a cada ano e se nada fosse feito para mudar, para reinventar a empresa, a “Eletrobrás caminharia inapelavelmente para o fim”. Muniz explicou que com um fluxo de caixa cada vez menor, a empresa iria acabar, não mais pela decisão de privatizar as empresas controladas, as regionais, como era o objetivo do governo FHC. No cenário pretendido pelo governo anterior, não precisaria da Holding, pois todas as empresas seriam privatizadas. Mas isto não aconteceu e a estrutura deixada para a Eletrobrás levava a empresa para o fim. Por isso, técnicos da Eletrobrás, com o apoio do presidente Lula e da ministra Dilma, conseguiram reinventar a Eletrobrás. Sistema Isolado e Prejuízos “Em 2007, algumas empresas apresentam imensos déficits, como Eletronorte (R$ 542 milhões) e Manaus Energia (R$ 544 milhões). Porém, grande parte destes prejuízos é fruto do sistema isolado, o problema está ligado ao sistema isolado. Não é por incapacidade de gestão, por ineficiência das empresas. É necessário medidas fortes, estruturadoras. Por isso, já está pronta uma Medida Provisória para estabelecer um modelo para o sistema isolado. O marco legal para o sistema isolado será definido por esta MP. Existem dois caminhos, esperamos que nos próximos dias o governo escolha uma das hipóteses. Aí, nós vamos começar estruturalmente a resolver o problema do sistema isolado. Obviamente que vamos resolver este problema até 2012, a partir de 2012 não haverá sistema isolado no Brasil.” Ações organizacionais para desenvolvimento na distribuição “Nova estrutura organizacional para cada empresa federal de distribuição. A busca do equilíbrio econômico-financeiro no negócio da distribuição. Esse é um compromisso nosso com o Presidente da República, que de 2009 para 2010, nós vamos dar lucro com as distribuidoras.” Reinventar para não acabar Estrutura arcaica e perda de funções Definimos como prioridade o PCCS, é um grande desafio. Os sindicatos marcaram um cronograma, que é para janeiro estar com a coisa mais ou menos definida. Mas, o que a gente pensa hoje, é que nós vamos ter um crachá único. Se nós queremos ser a Petrobrás, temos que ter um crachá único. Como será? Nós vamos ter que definir. A política de RH terá que ser única. PCCS único. Nós vamos começar a organizar o plano de saúde para os aposentados, ver se a gente consegue desenvolver isso, porque tem este pleito, veio uma comissão ontem para a gente avaliar esta questão. A nova visão do sistema é do crachá único, para isso temos que trabalhar para termos a unificação. Quero amanhã que a gente olhe para o funcionário da Chesf, Furnas com o mesmo carinho que a gente olhará para o funcionário da Eletroacre, da Boa Vista, seremos iguais dentro do conjunto. Esse é o meu desejo, se eu vou conseguir isso não sei, mas vou plantar essa diretriz, vou batalhar por ela. Flexibilização de pessoal - Não definimos o quadro de pessoal, temos que ir ao DEST. Queremos ter a mesma flexibilidade que a Petrobrás tem, o mesmo grau de liberdade. Quero a liberdade para dizer: eu preciso de tantas pessoas e não ter que me submeter ao DEST, como tenho hoje a liberdade de mandar o pessoal para o exterior sem perguntar ao DEST, Ministro, a ninguém. Política salarial - A questão do salário varia, por exemplo, nós vamos trazer alguém da Eletronorte para a Eletrobrás, aí verificamos que o salário da Eletronorte é maior que o da Eletrobrás, dá para fazer um marketing meu também, porque eu era presidente quando deu esse salto no salário. Não é um processo fácil, quando a gente conserta aqui, altera acolá. Por isso, que estamos fazendo esse trabalho, o pessoal fez um cronograma detalhado. Acabar com a CCE-09 - Não posso assumir esse compromisso, o que eu posso dizer é que se vamos unificar, vamos considerar todo mundo como membro de uma empresa, de um sistema, nós vamos trabalhar para unificar os benefícios, e o ônus e os bônus naturalmente. Plano de Gestão Integrado de Pessoas do Sistema Eletrobrás, com tecnologia da informação e comunicação para o sistema Eletrobrás Situação das federalizadas A Eletrobrás informou que implantará um sistema para resolver os déficits registrados pelas federalizadas (Ceam - Amazonas, Eletroacre, Ceron - Rondônia, Cepisa - Piauí, e Ceal - Alagoas). “As federalizadas são hoje o ponto fraco da Holding, é preciso organizar a gestão financeira e acabar com déficits e dívidas, bem como desenvolver processos eficientes e buscar rentabilidade. Não são federalizadas, agora são empresas da Eletrobrás. São empresas de distribuição da Eletrobrás.” Um dos principais assuntos da pauta nacional no momento é a cronstrução da nova ELETROBRÁS. Ainda não existe um modelo exato de gestão para esta nova formatação da Holding. As informações do governo são de que a Eletrobrás atuará em projetos que não são interessantes para o setor privado, mas que atenderão aos interesses do país. Outra atribuição para a gigante do setor será a busca pela modicidade tarifária. Por fim, buscará promover a As concessões do parque gerador do sistema Eletrobrás expiram entre os anos de 2015 e 2022. A legislação vigente determina duas renovações, no caso da CHESF já foram feitas. Portanto, se não ocorrer mudança na legislação, haverá licitação em 2015. Este fato levou o Governo Federal a formar um grupo interministerial para estudar o assunto. A CHESF gera energia há mais de 60 anos, obtendo renda com a venda de energia. Caso perca o seu parque de geração, qual seria a alternativa para a companhia, gerar energia fora do país? Com novos controladores, qual seria o impacto no preço da energia elétrica? A preocupação dos Sindicatos também é como irão ficar os trabalhadores, já que grande parte dos chesfianos trabalham em função do parque gerador. Havendo a licitação, como ficará essa mão-de-obra? Este cenário de incertezas é extremamente preocupante. Por isso, um dos pontos principais da Carta de Recife é a renovação das concessões. Na carta, os Sindicatos pedem que o Governo Federal encaminhe Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Congresso na tentativa de manter os ativos. Sindicatos pedem renovação das concessões Governo Federal retoma programa nuclear No dia 18 de agosto, o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, formado por 11 ministros, apresentou ao presidente Lula as metas estabelecidas para a retomada do programa nuclear. Segundo o plano apresentado, já no mês de setembro deve ser iniciada a preparação do canteiro de obras de Angra 3, parada desde 1984, que receberá R$ 7 bilhões e terá capacidade de 1.400 MW. 1º Congresso de Direito da Energia Nos dias 4 e 5, foi realizado em Recife o 1º Congresso de Direito da Energia, que discutiu, entre outras questões, a implantação de usinas nucleares no Nordeste. Segundo o professor da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador técnico do Congresso, Carlos Henrique Mariz, o Nordeste detém um dos maiores potenciais de urânio do mundo e precisa ter energia nuclear própria. “ Com o barateamento dos custos operacionais, avanços na segurança e baixíssimo impacto ambiental, as usinas nucleares se tornaram a grande opção do momento para atendimento ao mercado de energia elétrica em todo o mundo. (Fonte JC 05/09/08) O Governo Federal vai começar o processo de escolha do local para receber a usina nuclear no próximo mês. Na Carta de Recife, os sindicatos pedem a realização antecipada de debate com a sociedade civil sobre o nível de segurança dessa alternativa de geração de energia elétrica. Apesar do Nordeste deter cerca de 80% das reservas de urânio conhecidas no Brasil, o que configurará, no futuro, um papel preponderante da região na geração de energia nuclear no país, qualquer decisão precisa ser amplamente debatida com a sociedade nordestina. Nova ELETROBRÁS: rumo à liderança no setor elétrico? integração das nações sulamericanas e ajudar países pobres por meio de assessorias técnicas, como é o caso de algumas nações africanas. De acordo com o Governo, este projeto também é importante para o fortalecimento do Mercosul. A União Européia é o mais antigo e melhor estruturado entre os três megablocos existentes. A base de tudo se deu em 1944, quando foi criado o BENELUX, união econômica entre a Bélgica, Luxemburgo e Holanda. Em 1952, uniram-se a esses três, França, Alemanha e Itália e formaram a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA), carvão significa energia e aço significa indústria. A União Européia é um grande bloco, integrado por 27 países, conta com moeda única, Parlamento, Tribunal de Justiça e livre trânsito de pessoas, entre outros. Esta expansão para o exterior é importante para o Brasil, que domina toda tecnologia de construção de hidrelétricas, temos construtoras, fábricas de equipamentos e mão de obra qualificada, produzimos cerca de 90% dos componentes de uma usina hidrelétrica. Questionado - pelo secretário geral do Sinergia/BA, Raimundo Lucena - sobre o fim das empresas, o Presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, foi contundente em sua resposta. Leia abaixo: “É a segunda vez que inventam a história de que eu quero acabar com a Chesf. Eu nasci na Chesf, com 17 anos eu era empregado da Companhia, como é que eu vou deixar acabar com a empresa na minha mão? Eu sou aposentado da Chesf. Eu acho que é um desrespeito ao Governo do Presidente Lula, a mim, um desrespeito a todo mundo, pensar que alguém, um dia, pode acabar com a Chesf. De uma vez por todas me ajudem a acabar com essa palhaçada que chega a irritar! A Chesf é um patrimônio do Nordeste! Uma empresa que construiu Sobradinho, Paulo Afonso I, II, III, IV, Itaparica, Xingó, sistema de transmissão de 500Kv. Agora que está na minha mão eu quero acabar com a Chesf? De onde vem isso? Onde está escrito isso? A Petrobrás é uma única empresa, a Petrobrás é a BR Distribuidora, é a Transpetro, a Biocombustível. Então, quando se fala do Sistema Eletrobrás, é um conjunto que tem cabeça, tronco e membro. A Chesf hoje teria que construir o que? A Chesf hoje gera recurso para fora do Nordeste, e alguns anos atrás emiti uma sugestão, pedi a Edvaldo que fosse a minha casa, como presidente do Sindicato dos Urbanitários, eu era presidente da Eletronorte e expliquei para ele que a Chesf daqui a cinco, dez anos, iria gerar lucro imenso porque não teriam que fazer mais nada, só operar o sistema que, claro, vai se depreciando paulatinamente. E esse lucro vai para onde? A Chesf é uma máquina, é uma empresa que tem uma gênese pura, os fundadores da companhia são exemplos que passaram de geração para geração, com certeza eu não estaria aqui hoje se eu não tivesse começado minha vida profissional na Chesf. Como é que um cara do interior do Maranhão, nascido no meio do mato, numa casa de taipa, chão batido, coberto com folhas de coco, dormindo em rede, vai para Pernambuco, estuda lá; eu que não conhecia energia elétrica até os 14 anos, aos 17 anos comecei a trabalhar na Chesf, carregando painel, cheguei à presidência da Eletronorte, presidência da Chesf, diretor de ambas e, agora quando pensei que não me quisessem mais, - tinha radicado residência em São Paulo, estava muito feliz - fui convocado para vir presidir a Eletrobrás pelo Ministro Lobão. Vem agora a história de que iria acabar com a Chesf, com a Eletronorte, que história é essa gente? A Eletrobrás é a soma de todos os elos e essa corrente será tanto mais forte quando todos os elos também forem. Nós queremos a Chesf forte, ela está indo agora para Jirau, é parceira da construção da linha Tucuruí – Manaus, vai para o Peru com a gente, como é que vai acabar? Só na cabeça de gente que não tem o que fazer. Vamos acabar com essa história de uma vez por todas! Não tem Super Eletrobrás, tem o sistema Eletrobrás, que será super, na medida em que todos nós trabalharmos para isso.” “Eu nasci na Chesf, como vou querer acabar com ela?” Intersindical/NE - Coordenação: Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco Rua Barão de São Borja, nº 218, Boa Vista - Recife / PE - Fone: (81) 3231 2156 - www.urbanitarios-pe.org.br COPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

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