sexta-feira, 22 de junho de 2012
ELETROBRÁS
Intersindical Nordeste Setembro de 2008
Presidente da Holding participa do 8º Encontro
Nacional dos Urbanitários e apresenta o projeto
da Nova Eletrobrás
O 8º Encontro Nacional dos
Urbanitários, realizado de 27 a 29
de agosto, em Belém, no Pará,
foi um evento marcante. Realizado
em um momento complexo, em
que está em curso uma das
maiores transformações no setor
elétrico brasileiro, o encontro teve
a participação do Presidente da
Eletrobrás, José Antônio Muniz,
que fez uma apresentação sobre
o tema “A nova Eletrobrás,
Sistema Isolado e a
reorganização das
distribuidoras federais de
energia”.
Durante seis horas, Muniz falou
sobre a reestruturação no setor
elétrico e garantiu que todas as
empresas serão mantidas.
Os esclarecimentos foram
importantes para acabar com as
incertezas sobre a retirada de
direitos e o fim de empresas, pois
o presidente afirmou que isto não
acontecerá. O grande objetivo
deste projeto é tornar a Eletrobrás
uma referência mundial,
intensificar sua atuação no
Marcos Severine, analista do setor
elétrico do Unibanco, elogia o
fortalecimento da governança
corporativa e o saneamento de
áreas deficitárias, como as
distribuidoras federalizadas, e diz
que estas medidas poderão
contribuir para que a Eletrobrás
apresente, no médio prazo, ganhos
significativos. “É possível que o
lucro da companhia venha a saltar
dos atuais R$ 1,5 bilhão para R$ 5,5
bilhões”, projeta Severine.
Edson Lobão, Ministro de Minas e
Energia, tenta tranquilizar o
mercado. Segundo ele, o governo
quer “modicidade tarifária”, mas a
estatal, nesta nova forma, estará
focada nos projetos que não são
interessantes para o setor privado.
A estatal está de olho em
hidrelétricas binacionais na
Argentina, Bolívia, Peru e Uruguai.
Além disso, também focará as
energias alternativas, como as
usinas térmicas de bagaço de
cana, eólica e nuclear.
Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente
da Eletrobrás, avalia que a empresa
vai vender a competência do Brasil
no setor elétrico para outros
países. Com isso, a Eletrobrás
deverá abrir novas fronteiras para a
prestação de serviços de empresas
brasileiras no exterior.
“No capitalismo global, o
fortalecimento da marca é algo
muito importante e é justamente
isso que a Eletrobrás está
buscando com esse projeto”.
João Carlos Cascaes, expresidente
da Copel (Companhia
Paranaense de Energia), destaca
que uma mudança significativa na
possível nova Eletrobrás seria a
despolitização dos cargos de
diretoria da estatal. “A Eletrobrás
deve ser tão sólida quanto à
petrolífera, sem ingerência política”.
João Carlos Cascaes defende, do
ponto de vista técnico, a manutenção
das subsidiárias regionalizadas, já que
cada empresa é voltada para a
operacionalização de seus sistema.
mercado interno e, agora, também
no exterior, explicou Muniz.
Domínio tecnológico e
trabalhadores qualificados
De acordo com José Muniz, o
Governo Federal quer tentar
seguir o exemplo da Petrobrás,
transformando a Eletrobrás
numa grande empresa,
reconhecida mundialmente
por sua eficiência e
lucratividade, com produção
de energia limpa e barata.
José Muniz destacou que tratase
de um projeto estratégico de
grande envergadura e que tem tudo
para ter êxito, pois a Eletrobrás
tem o domínio tecnológico e
trabalhadores extremamente
qualificados.
Comissão dos trabalhadores
para acompanhar o projeto
Para dar transparência ao
projeto e garantir
tranqüilidade a todos os
eletricitários quanto à
manutenção de conquistas e
benefícios, impedindo
qualquer perda, é fundamental
a participação dos trabalhadores
nas discussões e andamento da
construção desta nova
ELETROBRÁS.
Por isso, o companheiro
Edvaldo Gomes apresentou a
proposta, aprovada por
unanimidade na Plenária de
Belém, de criar Comissão
Técnica para acompanhar o
processo, com reuniões mensais.
Esta proposta já havia sido
aprovada na última assembléia da
campanha salarial da CHESF,
apresentada pelo companheiro
Edvaldo Gomes.
O Presidente da Eletrobrás e
o Diretor Administrativo da
empresa aceitaram de pronto
a proposta, inclusive a
periodicidade das reuniões.
Com isto, estaremos
acompanhando de perto as
mudanças, informando aos
trabalhadores e apresentando
críticas e propostas.
Presidente da Eletrobrás apresentou algumas das mudanças para
transformar a Holding na Petrobrás do setor elétrico
Transparência, manutenção de conquistas, unificação de
benefícios e da política salarial
Opiniões
Os Sindicatos avaliam que a
estratégia de integração energética
na América Latina é importante para
fortalecer o Mercosul. Porém, é
preciso estarmos vigilantes na defesa
do papel regional que a CHESF
cumpre, assim como na defesa dos
direitos e conquistas dos
trabalhadores.
Se uma política estratégica
audaciosa deu certo em relação à
PETROBRÁS, por que não daria
certo com a ELETROBRÁS? Se o
projeto for bom para o país e
trabalhadores, se atender aos
interesses nacionais e regionais,
certamente os sindicatos estarão
contribuindo para um modelo de
Eletrobrás que atenda aos interesses
da população.
A CHESF contribuiu
decisivamente nestes 60 anos de sua
existência para o crescimento
econômico e social do Nordeste e
precisa continuar a realizar estas
ações em favor das futuras gerações.
Porém, a Intersindical defende
avanços nos benefícios e conquistas
e entende que o Governo Federal
precisa avançar nas políticas de
recursos humanos, sobretudo na
política salarial.
Saímos do período de abandono,
de falta de planejamento e
investimentos, de um setor
destroçado pelos Governos Collor e
FHC, que preocuparam-se apenas em
criar as condições para a entrega ao
capital privado. Os trabalhadores
também foram vítimas, com arrocho
salarial, retirada de benefícios,
intimidações, perseguições e
demissões.
Trata-se, sem dúvida, de um
divisor de águas para o setor elétrico.
Mas para isso, é preciso
acompanhamento, para que não haja
distorções e equívocos que possam
comprometer o projeto, prejudicar os
trabalhadores e o país.
A criação da Comissão Técnica
reveste-se de uma importância
especial, pois somente com a
participação dos trabalhadores será
assegurada transparência.
Urbanitários de todo o país participam do 8º ENU
Edvaldo Gomes, Secretário de Relações Internacionais da FNU/CUT,
apresentou proposta de criar Comissão Técnica, que foi aprovada pela
plenária dos trabalhadores e aceita pela Eletrobrás
A Eletrobrás se prepara, com
base em seu reconhecido domínio
tecnológico em projetos de usinas
hidrelétricas, para inaugurar uma
atuação internacional, passando
a disputar projetos nos países
vizinhos da América Latina e
também na África.
Atualmente, existem estudos
para quatro projetos de
hidrelétricas no Peru, que somam
cerca de 6 mil MW. No total, os
objetivos naquele país prevêem o
estudo de viabilidade para o
aproveitamento de 15
hidrelétricas, que totalizariam 20
mil MW.
Existe também projeto para
usinas no lado boliviano do rio
Madeira, assim como a
interconexão com o sistema
elétrico venezuelano. Ao todo, são
28 propostas de projetos que
estão em estudo, abrangendo
América Central e África.
Atuação na América e África
Lei 11.651/08 - Maior mudança
na história da ELETROBRÁS
Sancionada em 8 de abril, a Lei 11.651 representa a maior mudança na história da
ELETROBRÁS desde a sua criação, em 1961.
A lei conferiu a ELETROBRÁS e suas subsidiárias a possibilidade de participação majoritária em
consórcios que disputam leilões de concessão de projetos de geração e de linhas de transmissão. Até
então, a participação das estatais federais em tais consórcios estava limitada a 49%.
A mesma lei permite a ELETROBRÁS atuar em outros países, levando seu domínio tecnológico,
principalmente para projetos de geração hidrelétrica e transmissão de energia em países em
desenvolvimento.
Mudanças no estatuto da ELETROBRÁS, aprovadas nos últimos meses, buscaram fortalecer a estatal
internamente na relação com suas controladas (Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, Eletronuclear e
CGETEE), ao centralizarem na holding o poder de decisão em relação a investimentos e à composição de
consórcios, entre outras coisas.
“Art. 15
Parágrafo 1º - A ELETROBRÁS, diretamente ou por meio de suas subsidiárias ou controladas, poderá
associar-se, com ou sem aporte de recursos, para constituição de consórcios empresariais ou participação
em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no exterior, que se destinem direta ou indiretamente
à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização.”
Para especialistas do setor,
a procura por mercados
internacionais é importante, uma
vez que demonstra a capacidade
técnica do setor elétrico
brasileiro na produção de energia
elétrica.
Com atuação no exterior, o
Brasil ampliará as opções para
geração de energia, garantirá
maior segurança do sistema
nacional, promoverá a expansão
da marca Eletrobrás em outros
países, tornará o país um
fornecedor de serviços de alto
valor agregado e ajudará
nações amigas, seja por meio de
investimento em geração e
transmissão ou pela prestação de
serviços técnicos.
Fernando Neves, Diretor de Formação e Cultura, e José Barbosa,
Presidente do Sindurb-PE, participam das discussões
CARTA DE RECIFE AO PRESIDENTE LULA
Um dos destaques do 8º Encontro Nacional dos Urbanitários
foi o lançamento do livro “Matriz Energética: como ampliar
a participação das fontes renováveis e os desafios da
energia nuclear”, com a reprodução dos painéis e debates
realizados no seminário.
No livro, destacamos a Região Nordeste. Temos 70 GW
de potencial eólico, com as melhores condições do país.
Temos mais de 80% das reservas de urânio descobertas no
Brasil, com grandes possibilidades para a energia nuclear.
As ações previstas no Plano Nacional de Energia 2030
aumentam a geração de energia em 10 mil MW no Nordeste
até 2030. Embora seja equivalente a uma nova CHESF, ainda
é uma política muito tímida diante das perspectivas de
crescimento da Região Nordeste e do país.
Paulo Ferreira e Raimundo Lucena, secretários do Sinergia/BA,
acompanham as discussões.
Amélia Costa,
Presidente do
Sindicato dos
Urbanitários de
Alagoas, fez parte
da mesa que debateu
as mudanças no
setor elétrico.
Na foto ao lado, com
Edvaldo Gomes, do
Sindurb-PE.
Na parte final do livro está reproduzida a Carta de Recife ao Presidente Lula, documento formulado
a partir de debates, questionamentos e reflexões de trabalhadores, técnicos, engenheiros e professores,
cobrando do Governo Federal maiores investimentos no desenvolvimento da fonte eólica e
amplo debate com a sociedade sobre a energia nuclear.
Um ponto central da Carta de Recife ao Presidente Lula refere-se à questão do fim das
concessões, previsto para 2015, e reivindica ao Governo Federal o encaminhamento de uma Proposta
de Emenda Constitucional ao Congresso Nacional com o objetivo de assegurar a manutenção destas
concessões com as atuais empresas do Grupo Eletrobrás.
A Carta foi aprovada pelos sindicatos e participantes do 8º ENU, na Plenária de Belém.
José Antonio Muniz informou que estudos detectaram que a
Eletrobrás estava com a mesma estrutura empresarial da
década de 70, estando submetida a diversas restrições para
uma atuação ágil e competitiva e apresentando resultados
financeiros muito aquém de seu potencial. Outros estudos
demonstraram que a Eletrobrás teve as suas funções
reduzidas.
Permaneceram as três grandes geradoras/transmissoras que não
foram privatizadas e a representação do Governo Federal na Itaipu
Binacional.
Cabe a Holding administrar recursos destinados a vários fundos e
supervisionar o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica – Cepel
A utilização dos recursos próprios está tolhida pela determinação do
governo de conter as tarifas das subsidiárias para atender o objetivo
de modicidade tarifária.
A sua responsabilidade pela otimização das operações interligadas
passou do GCOI para a ONS.
A sua responsabilidade pela programação do atendimento da
demanda futura de eletricidade passou a ser compartilhada com as
empresas geradoras sob controle privado.
Os estudos básicos para o planejamento de longo prazo, antes a
cargo do GCPS, foram transferidos para a EPE.
A Eletrobrás perdeu ainda, na prática, o comando efetivo de suas
grandes subsidiárias que passam a ser parte do processo de
loteamento político.
A estrutura técnico-administrativa foi despedaçada.
Proposta para mudança
“Soluções para a Eletrobrás atuar de forma integrada e sinérgica
na gestão dos negócios de energia para gerar maiores e melhores
resultados, como agente competitivo, com recursos próprios e por
meio de captação de recursos nos mercados de capital e financeiro
no Brasil e no exterior.”
O que está sendo feito:
O aperfeiçoamento da governança corporativa; A reorientação dos
negócios de distribuição; A reformulação institucional da Holding; A
reorganização do modelo de gestão empresarial para o sistema
Eletrobrás
Ações com providências já tomadas pela ELETROBRÁS
Simplificação dos processos de contratação de bens e serviços;
Flexibilização da gestão de Recursos Humanos;
Flexibilização da aplicação de recursos financeiros no curto prazo;
Marco legal para os Sistemas Isolados.
Ações já em desenvolvimento
Nova estrutura organizacional para cada Empresa Federal de
Distribuição; Busca do equilíbrio econômico-financeiro do negócio
da Distribuição; Estratégia de atuação internacional da Eletrobrás.
Presidente da Eletrobrás diz que mudanças
foram feitas para impedir o fim da empresa
Durante sua palestra no 8º ENU, o presidente da Eletrobrás
afirmou que as medidas para mudanças na Eletrobrás foram
tomadas para garantir a sobrevivência da estatal.
Segundo Muniz, a Eletrobrás estava perdendo valor de mercado a
cada ano e se nada fosse feito para mudar, para reinventar a empresa,
a “Eletrobrás caminharia inapelavelmente para o fim”.
Muniz explicou que com um fluxo de caixa cada vez menor, a
empresa iria acabar, não mais pela decisão de privatizar as empresas
controladas, as regionais, como era o objetivo do governo FHC. No
cenário pretendido pelo governo anterior, não precisaria da Holding,
pois todas as empresas seriam privatizadas. Mas isto não aconteceu
e a estrutura deixada para a Eletrobrás levava a empresa para o fim.
Por isso, técnicos da Eletrobrás, com o apoio do presidente Lula e
da ministra Dilma, conseguiram reinventar a Eletrobrás.
Sistema Isolado e
Prejuízos
“Em 2007, algumas empresas
apresentam imensos déficits,
como Eletronorte (R$ 542
milhões) e Manaus Energia (R$
544 milhões).
Porém, grande parte destes
prejuízos é fruto do sistema
isolado, o problema está ligado
ao sistema isolado. Não é por
incapacidade de gestão, por
ineficiência das empresas. É
necessário medidas fortes,
estruturadoras.
Por isso, já está pronta uma
Medida Provisória para
estabelecer um modelo para o
sistema isolado.
O marco legal para o sistema
isolado será definido por esta
MP. Existem dois caminhos,
esperamos que nos próximos
dias o governo escolha uma das
hipóteses.
Aí, nós vamos começar
estruturalmente a resolver o
problema do sistema isolado.
Obviamente que vamos resolver
este problema até 2012, a partir
de 2012 não haverá sistema
isolado no Brasil.”
Ações
organizacionais para
desenvolvimento na
distribuição
“Nova estrutura organizacional
para cada empresa federal de
distribuição. A busca do
equilíbrio econômico-financeiro
no negócio da distribuição.
Esse é um compromisso nosso
com o Presidente da República,
que de 2009 para 2010, nós
vamos dar lucro com as
distribuidoras.”
Reinventar para não acabar Estrutura arcaica e perda de funções
Definimos como prioridade o PCCS, é um grande desafio.
Os sindicatos marcaram um cronograma, que é para janeiro estar
com a coisa mais ou menos definida.
Mas, o que a gente pensa hoje, é que nós vamos ter um crachá
único. Se nós queremos ser a Petrobrás, temos que ter um crachá
único. Como será? Nós vamos ter que definir.
A política de RH terá que ser única. PCCS único. Nós vamos começar
a organizar o plano de saúde para os aposentados, ver se a gente
consegue desenvolver isso, porque tem este pleito, veio uma comissão
ontem para a gente avaliar esta questão.
A nova visão do sistema é do crachá único, para isso temos que
trabalhar para termos a unificação. Quero amanhã que a gente olhe
para o funcionário da Chesf, Furnas com o mesmo carinho que a
gente olhará para o funcionário da Eletroacre, da Boa Vista, seremos
iguais dentro do conjunto. Esse é o meu desejo, se eu vou conseguir
isso não sei, mas vou plantar essa diretriz, vou batalhar por ela.
Flexibilização de pessoal - Não definimos o quadro de pessoal,
temos que ir ao DEST. Queremos ter a mesma flexibilidade que a
Petrobrás tem, o mesmo grau de liberdade. Quero a liberdade para
dizer: eu preciso de tantas pessoas e não ter que me submeter ao
DEST, como tenho hoje a liberdade de mandar o pessoal para o
exterior sem perguntar ao DEST, Ministro, a ninguém.
Política salarial - A questão do salário varia, por exemplo, nós vamos
trazer alguém da Eletronorte para a Eletrobrás, aí verificamos que o
salário da Eletronorte é maior que o da Eletrobrás, dá para fazer um
marketing meu também, porque eu era presidente quando deu esse
salto no salário.
Não é um processo fácil, quando a gente conserta aqui, altera acolá.
Por isso, que estamos fazendo esse trabalho, o pessoal fez um
cronograma detalhado.
Acabar com a CCE-09 - Não posso assumir esse compromisso, o
que eu posso dizer é que se vamos unificar, vamos considerar todo
mundo como membro de uma empresa, de um sistema, nós vamos
trabalhar para unificar os benefícios, e o ônus e os bônus naturalmente.
Plano de Gestão Integrado de Pessoas do Sistema
Eletrobrás, com tecnologia da informação e
comunicação para o sistema Eletrobrás
Situação das
federalizadas
A Eletrobrás informou que
implantará um sistema para
resolver os déficits registrados
pelas federalizadas (Ceam -
Amazonas, Eletroacre, Ceron -
Rondônia, Cepisa - Piauí, e
Ceal - Alagoas).
“As federalizadas são hoje o
ponto fraco da Holding, é
preciso organizar a gestão
financeira e acabar com déficits
e dívidas, bem como
desenvolver processos eficientes
e buscar rentabilidade.
Não são federalizadas, agora
são empresas da Eletrobrás.
São empresas de distribuição
da Eletrobrás.”
Um dos principais assuntos
da pauta nacional no
momento é a cronstrução da
nova ELETROBRÁS.
Ainda não existe um modelo
exato de gestão para esta nova
formatação da Holding.
As informações do governo são
de que a Eletrobrás atuará em
projetos que não são
interessantes para o setor
privado, mas que atenderão aos
interesses do país.
Outra atribuição para a gigante
do setor será a busca pela
modicidade tarifária.
Por fim, buscará promover a
As concessões do parque gerador do sistema Eletrobrás
expiram entre os anos de 2015 e 2022. A legislação vigente
determina duas renovações, no caso da CHESF já foram feitas.
Portanto, se não ocorrer mudança na legislação, haverá licitação
em 2015.
Este fato levou o Governo Federal a formar um grupo
interministerial para estudar o assunto.
A CHESF gera energia há mais de 60 anos, obtendo renda com
a venda de energia. Caso perca o seu parque de geração, qual
seria a alternativa para a companhia, gerar energia fora do país?
Com novos controladores, qual seria o impacto no preço da
energia elétrica?
A preocupação dos Sindicatos também é como irão ficar os
trabalhadores, já que grande parte dos chesfianos trabalham em
função do parque gerador. Havendo a licitação, como ficará essa
mão-de-obra?
Este cenário de incertezas é extremamente preocupante. Por
isso, um dos pontos principais da Carta de Recife é a renovação
das concessões.
Na carta, os Sindicatos pedem que o Governo Federal encaminhe
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Congresso na
tentativa de manter os ativos.
Sindicatos pedem
renovação das concessões
Governo Federal retoma
programa nuclear
No dia 18 de agosto, o Comitê de Desenvolvimento do Programa
Nuclear Brasileiro, formado por 11 ministros, apresentou ao
presidente Lula as metas estabelecidas para a retomada do
programa nuclear.
Segundo o plano apresentado, já no mês de setembro deve ser
iniciada a preparação do canteiro de obras de Angra 3, parada
desde 1984, que receberá R$ 7 bilhões e terá capacidade de
1.400 MW.
1º Congresso de Direito da Energia
Nos dias 4 e 5, foi realizado em Recife o 1º Congresso de Direito
da Energia, que discutiu, entre outras questões, a implantação
de usinas nucleares no Nordeste.
Segundo o professor da Universidade Federal de Pernambuco e
coordenador técnico do Congresso, Carlos Henrique Mariz, o
Nordeste detém um dos maiores potenciais de urânio do mundo
e precisa ter energia nuclear própria. “ Com o barateamento dos
custos operacionais, avanços na segurança e baixíssimo impacto
ambiental, as usinas nucleares se tornaram a grande opção do
momento para atendimento ao mercado de energia elétrica em
todo o mundo. (Fonte JC 05/09/08)
O Governo Federal vai começar o processo de escolha do local
para receber a usina nuclear no próximo mês. Na Carta de
Recife, os sindicatos pedem a realização antecipada de debate
com a sociedade civil sobre o nível de segurança dessa
alternativa de geração de energia elétrica.
Apesar do Nordeste deter cerca de 80% das reservas de urânio
conhecidas no Brasil, o que configurará, no futuro, um papel
preponderante da região na geração de energia nuclear no país,
qualquer decisão precisa ser amplamente debatida com a
sociedade nordestina.
Nova ELETROBRÁS:
rumo à liderança no
setor elétrico?
integração das nações sulamericanas
e ajudar países
pobres por meio de assessorias
técnicas, como é o caso de
algumas nações africanas.
De acordo com o Governo, este
projeto também é importante para
o fortalecimento do Mercosul.
A União Européia é o mais antigo
e melhor estruturado entre os três
megablocos existentes.
A base de tudo se deu em 1944,
quando foi criado o BENELUX,
união econômica entre a Bélgica,
Luxemburgo e Holanda. Em 1952,
uniram-se a esses três, França,
Alemanha e Itália e formaram a
Comunidade Européia do Carvão
e do Aço (CECA), carvão significa
energia e aço significa indústria.
A União Européia é um grande
bloco, integrado por 27 países, conta
com moeda única, Parlamento,
Tribunal de Justiça e livre trânsito
de pessoas, entre outros.
Esta expansão para o exterior
é importante para o Brasil, que
domina toda tecnologia de
construção de hidrelétricas, temos
construtoras, fábricas de
equipamentos e mão de obra
qualificada, produzimos cerca de
90% dos componentes de uma
usina hidrelétrica.
Questionado - pelo secretário geral do Sinergia/BA, Raimundo Lucena - sobre o fim das
empresas, o Presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, foi contundente em sua resposta.
Leia abaixo:
“É a segunda vez que inventam a história de que eu quero acabar com a Chesf. Eu nasci na Chesf, com
17 anos eu era empregado da Companhia, como é que eu vou deixar acabar com a empresa na minha
mão?
Eu sou aposentado da Chesf. Eu acho que é um desrespeito ao Governo do Presidente Lula, a mim, um
desrespeito a todo mundo, pensar que alguém, um dia, pode acabar com a Chesf.
De uma vez por todas me ajudem a acabar com essa palhaçada que chega a irritar! A Chesf é um
patrimônio do Nordeste! Uma empresa que construiu Sobradinho, Paulo Afonso I, II, III, IV, Itaparica,
Xingó, sistema de transmissão de 500Kv.
Agora que está na minha mão eu quero acabar com a Chesf? De onde vem isso? Onde está escrito isso?
A Petrobrás é uma única empresa, a Petrobrás é a BR Distribuidora, é a Transpetro, a Biocombustível.
Então, quando se fala do Sistema Eletrobrás, é um conjunto que tem cabeça, tronco e membro.
A Chesf hoje teria que construir o que? A Chesf hoje gera recurso para fora do Nordeste, e alguns anos
atrás emiti uma sugestão, pedi a Edvaldo que fosse a minha casa, como presidente do Sindicato dos
Urbanitários, eu era presidente da Eletronorte e expliquei para ele que a Chesf daqui a cinco, dez anos,
iria gerar lucro imenso porque não teriam que fazer mais nada, só operar o sistema que, claro, vai se
depreciando paulatinamente. E esse lucro vai para onde?
A Chesf é uma máquina, é uma empresa que tem uma gênese pura, os fundadores da companhia são
exemplos que passaram de geração para geração, com certeza eu não estaria aqui hoje se eu não
tivesse começado minha vida profissional na Chesf.
Como é que um cara do interior do Maranhão, nascido no meio do mato, numa casa de taipa, chão
batido, coberto com folhas de coco, dormindo em rede, vai para Pernambuco, estuda lá; eu que não
conhecia energia elétrica até os 14 anos, aos 17 anos comecei a trabalhar na Chesf, carregando painel,
cheguei à presidência da Eletronorte, presidência da Chesf, diretor de ambas e, agora quando pensei
que não me quisessem mais, - tinha radicado residência em São Paulo, estava muito feliz - fui convocado
para vir presidir a Eletrobrás pelo Ministro Lobão.
Vem agora a história de que iria acabar com a Chesf, com a Eletronorte, que história é essa gente?
A Eletrobrás é a soma de todos os elos e essa corrente será tanto mais forte quando todos os elos
também forem. Nós queremos a Chesf forte, ela está indo agora para Jirau, é parceira da construção da
linha Tucuruí – Manaus, vai para o Peru com a gente, como é que vai acabar? Só na cabeça de gente que
não tem o que fazer.
Vamos acabar com essa história de uma vez por todas! Não tem Super Eletrobrás, tem o sistema
Eletrobrás, que será super, na medida em que todos nós trabalharmos para isso.”
“Eu nasci na Chesf, como
vou querer acabar com ela?”
Intersindical/NE - Coordenação: Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco
Rua Barão de São Borja, nº 218, Boa Vista - Recife / PE - Fone: (81) 3231 2156 - www.urbanitarios-pe.org.br
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