segunda-feira, 16 de abril de 2012

MOMÇÕES PAULISTAS NO PANTANAL

Monções (expedições fluviais) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Para outros significados de Monção, veja Monção (desambiguação).

"A Partida da Monção" (Almeida Júnior, 1897. Acervo do Palácio dos Bandeirantes).As chamadas monções foram expedições fluviais que, entre a segunda década do século XVIII e a primeira metade do século XIX, mantiveram as comunicações entre a capitania de São Paulo e a capitania de Mato Grosso, no Brasil.

Índice [esconder]
1 História
2 Cronologia
3 Referências
4 Ver também

[editar] HistóriaEm sua origem, o termo se refere ao regime alternado de ventos, que define o período propício à navegação. No Brasil daquela época, porém, tratava-se da estação favorável às viagens fluviais, considerando-se o regime dos rios - cheias ou vazantes[1].

O termo monções aplicado às expedições fluviais no Brasil foi adotado porque o período favorável às jornadas paulistas coincidia com as viagens de Portugal para o Oriente, nos meses de março e abril, época quando um regime de ventos provocava fortes chuvas no Oceano Índico, rota dos portugueses.[2]

As monções tiveram um importante papel na colonização da Região Centro-Oeste do Brasil, após o declínio das bandeiras. Iniciaram-se em 1718, quando o bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro nas proximidades do sítio onde hoje se encontra a cidade de Cuiabá. Em pouco tempo, outros sertanistas foram atraídos pela notícia, sobretudo da capitania de São Paulo. Como resultado, uma verdadeira corrida do ouro acabou por converter a região em um vasto campo de mineração.

Posteriormente, essas expedições tornaram-se regulares e o seu objetivo passou a ser também comercial e militar, visando o abastecimento e defesa dos mineradores de Cuiabá, Vila Bela e demais povoações surgidas em decorrência da mineração.

De todo modo, a viagem entre as capitanias de São Paulo e Mato Grosso era penosa e requeria no mínimo cinco meses. A partir de Araritaguaba (atual Porto Feliz), no rio Tietê, chegava-se ao rio Paraná, depois ao rio Pardo, aos afluentes do rio Paraguai, ao rio São Lourenço e, finalmente, ao rio Cuiabá. Nos trechos encachoeirados todos desembarcavam, arrastando as numerosas canoas ou puxando-as com cordas. Assim foi introduzido o gado bovino em Mato Grosso, em 1727.

Posteriormente da mesma forma abriram-se as comunicações regulares entre Mato Grosso e o Estado do Grão-Pará e Maranhão, através dos rios amazônicos.

No início do século XIX, porém, as monções foram-se tornando mais raras até que as últimas ocorreram por volta de 1838.

[editar] Cronologia1720 - Partida de monção com quatro comboios, dos quais apenas dois chegam às minas de Cuiabá, um deles com gentes e carga de Antônio de Almeida Lara.
1726 - Viagem de ida do Governador e Capitão-general da capitania de São Paulo, D. Rodrigo César de Meneses (1721-1727), acompanhado por 3.000 pessoas.
1730 - Retorno da monção de 1726. Registra-se ataque dos Paiaguás na altura do Xaréu, tendo perecido o Ouvidor-geral, Antônio Alves Lanhas Peixoto.
1751 - Partida da monção do Governador e Capitão-general da capitania de Mato Grosso, D. Antônio Rolim de Moura Tavares.
1785 - Partida da monção que transportou o juiz de fora de Cuiabá, Diogo de Toledo Lara Ordoñez e o padre José Manuel de Siqueira.
1788 - Partida da monção do astrónomo e matemático Francisco José de Lacerda, que efetuou observações científicas.
1800 - Partida da expedição militar de Cândido Xavier de Almeida Sousa[3], que transportou tropas, armamentos e munições para a fronteira sul-matogrossensse.
1826 - expedição do naturalista russo barão de Langsdorff.
1858 - última expedição militar, sob o comando do capitão Luís Soares Viegas, transporta armas, munições e petrechos militares para a Província de Mato Grosso.
Referências↑ Ver Monções.
↑ CAVALCANTE, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628
↑ Descrição diária dos progressos da expedição...
[editar] Ver tambémForte de Nossa Senhora dos Prazeres do Iguatemi



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