quarta-feira, 4 de abril de 2012

LEOPOLDO II DA BÉLGICA

Leopoldo II da Bélgica Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Leopoldo II
Rei dos belgas

Leopoldo II exibindo a Ordem da Jarreteira.
Governo
Reinado 17 de dezembro de 1865—
17 de dezembro de 1909
Consorte Maria Henriqueta da Áustria
Caroline Lacroix
Antecessor Leopoldo I
Sucessor Alberto I
Casa Real Saxe-Coburgo-Gota
Vida
Nome completo Leopoldo Luís Filipe Maria Vítor
Nascimento 9 de abril de 1835
Bruxelas, Bélgica
Morte 17 de dezembro de 1909 (74 anos)
Laeken, Bélgica
Sepultamento Cemitério de Laken, Igreja de Nossa Senhora, Bruxelas, Bélgica
Filhos Luísa Maria
Leopoldo, duque de Brabante
Estefânia
Clementina
Pai Leopoldo I
Mãe Luísa Maria de Orleães
ver
Leopoldo II (Bruxelas, 9 de abril de 1835 — Laeken, 17 de dezembro de 1909) foi o segundo rei dos belgas. Era o segundo filho do rei Leopoldo I, a quem sucedeu em 1865, permanecendo rei até sua morte. Foi irmão da imperatriz Carlota do México e primo-irmão da rainha Vitória do Reino Unido.

Índice [esconder]
1 Família
2 Tentativa de assassinato
3 Reinado
4 Morte
5 Condecorações
6 Referências


O regime da colônia africana de Leopoldo II, o Estado Livre do Congo, tornou-se um dos escândalos internacionais mais infames da virada do século XIX para o XX. O relatório de 1904, escrito pelo cônsul britânico Roger Casement, levou à prisão e à punição de oficiais brancos que tinham sido responsáveis por matanças a sangue frio durante uma expedição de coleta de borracha em 1903 (incluindo um indivíduo belga que matou a tiros pelo menos 122 congoleses).

O Estado Livre do Congo incluiu uma área inteira hoje conhecida por República Democrática do Congo. Amigo de Henry Morton Stanley, o rei pediu a ele que o ajudasse a dar entrada à petição do território. Ele administrou-o como sua possessão privada, considerando-se um empresário astuto, tendo passado uma semana em Sevilha para estudar os registros espanhóis de seu comércio com suas colônias da América Latina.

[editar] FamíliaNo dia 22 de agosto de 1853, em Bruxelas, Leopoldo II desposou a arquiduquesa Maria Henriqueta da Áustria (1836-1902). Eles tiveram quatro filhos:

A princesa Luísa Maria da Bélgica (1858-1924), que se casou com Fernando Filipe de Saxe-Coburgo-Gota;
O príncipe Leopoldo, duque de Brabante (1859-1869), que morreu jovem;
A princesa Estefânia da Bélgica (1864-1945), que se casou com o príncipe-herdeiro Rodolfo da Áustria;
A princesa Clementina da Bélgica (1872-1955), que se casou com Napoleão Vítor Bonaparte;
Leopoldo II era também pai de dois filhos ilegítimos, Lucien Philippe Marie Antoine (1906-1984) e Philippe Henri Marie François (1907-1914). A mães deles era Blanche Zélia Joséphine Delacroix (1883-1914), também conhecida como Caroline Delacroix, uma prostituta que se casou com o rei em dezembro de 1909, em uma cerimônia religiosa sem validade pela lei belga. Outra cerimônia ocorreu cinco dias antes da morte de Leopoldo II, no Castelo Real de Laeken.[1] Em 1910, os dois filhos foram adotados pelo segundo marido de Delacroix, Antoine Durrieux.

É dito que Leopoldo II foi cliente da casa de sado-masoquismo "Rose Cottage", de Mary Jeffries, em Hampstead, um subúrbio de Londres.[2]

[editar] Tentativa de assassinatoNo dia 15 de novembro de 1902, ao final da cerimônia em memória da falecida consorte de Leopoldo II, o anarquista italiano Gennaro Rubino tentou assassinar o rei, que estava em uma carruagem. Três tiros foram disparados, mas todos erraram o alvo de Rubino, o qual foi preso imediatamente.

[editar] Reinado
Caricatura de Leopoldo II, rei dos Belgas, publicada na revista inglesa Vanity Fair. Reconhecido pelas potências europeias como soberano do Estado Livre do Congo em 1885, o rei constituiu em 15 de abril de 1891 a Companhia do Catanga para explorar a borracha.Leopoldo II deu ênfase à defesa militar como base da neutralidade da Bélgica, mas não foi capaz de obter a lei de conscrição. Apesar de ter sido impopular, Leopoldo II é lembrado pelo povo belga como "o rei construtor" (Koning-Bouwer em neerlandês e le Roi-Bâtisseur em francês), porque mandou construir um grande número de prédios e projetos públicos, principalmente em Bruxelas, Oostende e Antuérpia.

Entre as construções estão as estufas reais nos terrenos do Castelo de Laeken, a Torre Japonesa, o Pavilhão Chinês, o Museu do Congo em Tervuren (hoje chamado Museu Real da África Central), o Cinquantenaire e a estação de trem da Antuérpia. Ele também construiu a Villa des Cèdres em Saint-Jean-Cap-Ferrat, na Riviera Francesa, que é um jardim botânico no presente.

Tais construções foram todas realizadas com o dinheiro proveniente do Congo. Em 1900, ele doou a maior parte de suas propriedades à nação belga.

O autor e jornalista norte-americano Adam Hochschild, em seu livro King Leopold's Ghost, escreveu que houve um "grande esquecimento" depois que o rei transferiu a posse de sua colônia à Bélgica. Hochschild lembra que, em sua visita ao Museu Real da África Central na década de 1990, não se mencionava nada a respeito das atrocidades cometidas no Estado Livre do Congo. Outro exemplo dado por Hochschild é o monumento, em Blankenberge, de um colono "trazendo a civilização" a uma criança negra aos seus pés, ilustrando mais o "grande esquecimento". Adam Hochschild dedica um capítulo desse livro ao problema da estimativa do total de mortes, chegando a um número aproximado de 10 milhões.[3]

[editar] MorteLeopoldo II faleceu aos setenta e quatro anos de idade e seu corpo foi enterrado na câmara mortuária real da Igreja de Nossa Senhora, no Cemitério de Laeken.

[editar] Condecorações 975.° Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro
748.° Cavaleiro da Ordem da Jarreteira
Ordem Militar da Torre e Espada
Referências↑ [1]
↑ In London: The Wicked City, Fergus Linnane (Robson Books 2003) pp. 297–8
↑ Hochschild, King Leopold's Ghost, Chapter 15, "A Reckoning".
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Leopoldo I Rei dos belgas
1865—1909 Sucedido por
Alberto I

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