quarta-feira, 22 de setembro de 2010

4945 - LITERATURA INGLESA

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Plano de Aula Ensino Médio
Jane Austen e a literatura inglesa

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Conteúdo relacionado

Este plano de aula está ligado à seguinte reportagem de VEJA:

Todos amam Jane. Até os mortos-vivos - 22/03/2010
Objetivos
Perceber o impacto das obras de Jane Austen na literatura inglesa e mundial; entender o conceito de intertextualidade

Conteúdos
Obras de Jane Austen, literatura inglesa

Tempo estimado
Duas aulas

Introdução

VEJA desta semana traz uma reportagem sobre o livro Orgulho e Preconceito e Zumbis, do americano Seth Grahame-Smith. Inspirado no romance de Jane Austen, o livro inaugura a tendência "clássico mistureba", associando os personagens das obras-primas da autora a monstros marinhos, vampiros e outros seres de escassa razão e pouquíssima sensibilidade. Use a revista como ponto de partida para apresentar a seus alunos o trabalho de Jane Austen, ícone da literatura inglesa e mundial.

Desenvolvimento

1ª aula
Solicite que os estudantes pesquisem dados biográficos de Jane Austen (1775-1817) e contextualizem a Inglaterra de sua época, pré-vitoriana e marcada pelo início da Revolução Industrial e pelas guerras napoleônicas.

Em seguida, proponha que leiam a reportagem Todos amam Jane. Até os mortos-vivos, publicada em VEJA. Peça que destaquem as passagens da resenha que abordam a profunda influência da romancista na literatura de língua inglesa. Conte que sua obra inaugurou um dos períodos áureos das letras britânicas, que prosseguiu, na era vitoriana, com a obra de Charles Dickens.

O texto relata que, entre as obras de Jane Austen, estão "cinco romances perfeitos e um romance sublime, Orgulho e Preconceito". Entregue à classe trechos do livro para que trabalhem em sala e peça que a moçada tente identificar o que a revista considera uma das marcas registradas de Jane: os súbitos "volteios de frase" na construção de personagens. Proponha que os alunos escolham um dos seis romances da autora e leiam a obra completa em casa. Se houver tempo, organize na escola a exibição de filmes inspirados nesses dois livros ou na figura da escritora.

Ensine aos alunos que, no século 19, floresceu no Reino Unido o chamado gênero gótico, a que pertenceram romances como Frankenstein, da britânica Mary Shelley, O Médico e o Monstro (1886), do escocês Robert Louis Stevenson, e Drácula (1897), do irlandês Bram Stoker. Mostre que esse gênero sombrio atravessou o Atlântico, manifestando-se nas obras do americano Edgar Allan Poe e, já no século 20, de Howard Phillips Lovecraft.

Proponha à turma algumas questões para discussão:

- É possível ver nesses textos "janelas abertas" para escapar da atmosfera sufocante da era vitoriana?
- Em que medida eles traziam à tona o lado obscuro do psiquismo, negado pela hipocrisia da época?

Lembre que os terríveis crimes de Jack, o Estripador, ocorreram em 1888, apenas dois anos depois da publicação de O Médico e o Monstro. Lance uma provocação para a turma: ao acrescentar doses generosas de mortos-vivos à obra-prima de Jane Austen, o americano Grahame-Smith fez da escritora um ícone da literatura gótica?

2ª aula
De acordo com a reportagem de VEJA, "a imitação é a maior homenagem que se pode prestar a um artista". Tal prática também pode ser vista como um
caso de intertextualidade. Encomende pesquisas sobre esse diálogo entre obras de arte, de forte presença na literatura e nas artes plásticas.

Sugira uma comparação do conhecido poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias, com trechos da versão feita pelo poeta Murilo Mendes. (Veja os dois textos abaixo).

Canção do Exílio - Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias (1847)

Canção do Exílio - Murilo Mendes


Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,

[...]

Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

Murilo Mendes (1930)


Peça que os estudantes comparem os dois poemas e discutam como as diferentes épocas em que foram escritos contribuem para as mudanças na maneira como os dois escritores veem o Brasil.

Para finalizar a aula, proponha que os alunos elaborem um painel com outras manifestações de intertextualidade, ilustrado por casos de diálogo entre pinturas e esculturas de diferentes autores e épocas. Por exemplo, muitos consideram que a mãe com a criança morta no colo, no painel Guernica, de Pablo Picasso, dialoga com a Pietà, a mais famosa escultura de Michelangelo. Imagens inspiradas na Pietà também estão presentes nos painéis de Portinari criados para o edifício da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

Avaliação
Na primeira aula, certifique-se de que a turma entendeu as marcas de estilo de Jane Austen e foi capaz de identificá-las corretamente no texto. Na segunda aula, observe se o conceito de intertextualidade ficou claro para os alunos e se eles conseguiram aplicá-los na análise dos dois poemas e na elaboração do painel.

Quer saber mais?

Filmografia
Razão e sensibilidade, EUA/Reino Unido, 1995, direção de Ang Lee
Orgulho e preconceito, França/Reino Unido, 2005, direção de Joe Wright
O clube de leitura de Jane Austen, EUA, 2007, direção de Robin Swicord

Bibliografia
Orgulho e Preconceito, Jane Austen, Martin Claret, tel.: (11) 3672-8144
Razão e Sensibilidade, Jane Austen, Landmark, tel.: (11) 2711-2566

Consultoria Carlos Eduardo Matos
jornalista e editor de livros didáticos e paradidáticos

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