quarta-feira, 29 de setembro de 2010

5565 -LÍNGUAS DO PERU

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Espanhol peruano ribereño
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Ficheiro:Dialectos espanhol de Peru e Equador.png Mapa dialectal de Equador e Peru.O espanhol peruano ribereño é um dialecto do idioma espanhol que se fala ao longo da costa do Peru. Pode-se dizer que tem hoje dois sociolectos principais.

O peruano ribereño, propriamente tal é o central ou limeño, com origem na cidade de Lima de onde se irradió a toda a costa. Lima foi entre 1535 e 1739 a cidade mais importante de América do Sul e sua fala converteu-se em uma das mais prestigiadas da região[1] devido a sua importância política e cultural, prestígio obtido pela existência da Universidade Nacional Maior de San Marcos, primeira universidade fundada na América|o continente americano]], e ao facto que contou com maior proporção de espanhóis de origem castizo que a maioria de cidades do continente americano, inclusive se radicaron muitos nobres de Castilla, sendo a cidade com mais títulos nobiliarios castelhanos fora de Espanha. No entanto, como no resto do continente, o elemento andaluz deixa sentir seu infuencia.

Segundo alguns especialistas em dialectología hispana trata-se de um dialecto a médio caminho entre os chamados conservadores e radicais ainda que mais próximo dos primeiros. É ainda hoje o patrón comum que fala ao redor de 30% do total da população peruana.

Índice
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1 Fonética e morfosintaxis
2 Subdialectos
2.1 Espanhol norperuano ribereño
2.2 Espanhol peruano ribereño de influência afroperuana
2.3 Espanhol peruano ribereño de influência andina
3 Mudanças Recentes
4 Notas
5 Referências
6 Enlace externo
7 Veja-se também



Fonética e morfosintaxis
Entre as características fonológicas principais e tradicionais estão:

A não aspiração de s/ em posição final de sílaba ante pausa ou vocal (que se dá em toda a América costeña-excepto Yucatán- e sul de Espanha) salvo ante consonante.
A emissão correcta da vibrante múltipla e a vibrante simples /rr/ e /r/ sem o asibilamiento característico da sierra e outras regiões da América.
O yeísmo e o seseo
A pronunciación entre pospalatal e velar de j” e “g” ante e –i (nunca aspirada nem glotal como em toda a costa americana ao norte desde Equador).
Em ocasiões a elidida /d/ final de palavra faz-se surdo /t/ por ultracorrección.
O /n/ final de sílaba, do mesmo modo que o espanhol caribeño, é velar, não alveolar, salvo no discurso formal.
Não existe a confusão de líquidas (l por r) andaluza nem o som nasal das vogais caribeño.
No gramatical a fala limeña própria ajusta-se muito à norma geral (americana), devido ao escasso contacto histórico que teve a população da cidade com o espanhol andino) e às as línguas autóctonas (quechua, aymara) por quatro séculos (o quechua foi deslocado da costa peruana rapidamente no s. XVI).

Conserva a distinción tradicional entre o (a) e lhe para o acusativo e dativo da terceira pessoa, masculina singular, excepto em frases isoladas particularmente na construção com "se" Que bem se lhe vê ou (O livro) lhos dei em vez de Lho dei ou lhes dei.

Dado que Lima tal que México foi centro receptor e difusor do regular peninsular, desde cedo se deu preferência ao uso do tuteo para o tratamento de confiança e o "você"< 'vossa graça' no formal. O emprego de "vos" com a modificação, de estigma popular, de seu antigo paradigma verbal , para o tratamento familiar não arraigó (enquanto era eliminado da península e se fez corrente nas zonas afastadas do poder espanhol) Não obstante, isto sim como toda a América, se preferiu, no uso oral, o "vocês" plural de respeito dantes que "vocês".

Entre os vícios limeños próprios teria que destacar, algumas formas leves dos chamados dequeísmo e queísmo.


Subdialectos

Espanhol norperuano ribereño
Artigo principal: espanhol norperuano ribereño
A fala da costa do Peru, no entanto, tem uma variante norteña compreendida desde a costa do departamento da Liberdade até o departamento de Tumbes, a qual é mais parecida ao Espanhol equatorial, tem influências da extinta língua muchik ou mochica, viva até finais do s. XIX. As duas principais características definidoras são o rasgo próprio em sua estrutura tonal e a eliminação da fricativa palatal sonora ou /e/ intervocálica, sobretudo no falar de Sechura, Lambayeque e a cidade de Trujillo. Sendo Lima o principal foco de irradiación do idioma espanhol no Peru, as variantes locais tendem a ser deslocadas pelo Espanhol peruano ribereño falado na Cidade de Lima.


Espanhol peruano ribereño de influência afroperuana
De outro lado, na fala particular dos antigos assentamentos afroperuanos da Costa Peruana, tais como Chincha, o Callao e bairros limeños como A Vitória, Rímac, Bairros Altos, Ponte Pedra, etc., o espanhol peruano ribereño tem uma fonética muito peculiar, caracterizada por compartilhar alguns elementos fonológicos com os demais assentamentos afrocoloniales espanhóis na América (como os das Caraíbas ou do Rio da Prata).

Segundo a pesquisadora María do Carmen Cuba : "A fala dos negros tomava como modelo as variedades mais desprestigiadas do espanhol...""Em muitos lugares das Antillas e América Central desenvolveram-se línguas criollas, mas no Peru ao que parece só ingressaram pidgins ou dialectos castelhanos como uma segunda língua. Estes dialectos ficaram-se algo congelados entre os utentes, quem por sua situação social, económica e política, por muito tempo têm permanecido e em alguns casos seguem permanecendo em uma espécie de isolamento.

A diferença dialectal actualmente está marcada sobretudo pelo ritmo na fala eliminando sílabas e alterando estruturas silábicas. É mais acelerado que nos demais dialectos do Peru e é possível que nos séculos da colónia esta celeridade tenha sido maior".[2]

A fala particular dos afroperuanos da costa norte no que hoje são os departamentos de Lambayeque, Piura e Tumbes, difieren de seus pares das regiões mencionadas. As comunidades afroperuanas da província de Morropón por exemplo, verificam com o falar do espanhol equatorial e com o já descrito espanhol norperuano ribereño.


Espanhol peruano ribereño de influência andina
A outra variedad principal do espanhol da costa do Peru vem a ser a aparecida depois da penetración dos hábitos linguísticos da sierra e do âmbito rural às cidades da costa e a própria Lima, depois do grande trasvase de população que ocorreu desde a década de 1940.

Poder-se-ia catalogar a esta de sub-culta mas é hoje em dia o que fala a juventude e a grande maioria de provincianos e seus descendentes residentes na capital[3] [4] [5] .

Entre os rasgos principais estão:

As conjunciones repetitivas “pois” > “pe” (de origem andino), “nomás” e “já” ao final da cada frase.
O timbre fechado das vogais estendido em grande número de limeños.
O grande uso dos diminutivos, duplicación de pronombres e unificação de género e número.
Na esfera verbal, a mudança do modo subjuntivo pelo condicional e do passado simples pelo composto.
A bilabio-velarización de f/ sobretudo ante [w] e /ou/.
A pronunciación mais fechada das vogais /e e /ou/ e mais abertas da /i/ e /ou/.
Emprego de jergas derivadas de vozes quechua, como ‘jato’ e ‘jatear’ por casa e dormir.

Mudanças Recentes
Alguns dos rasgos novos próprios das classes populares e/ou das gerações mais recentes nos que, segundo a pesquisadora Rocío Caravedo, não se pode rastrear origem andino são:[6]

O adelantamiento na articulação do dental /s/ com tendência ao ceceo.
Extensão da aspiração de s/ de preconsonante sonora como em [lah' βakas] a ante surda com assimilação a uma velar. Assim pertenço é [pertene'xko] e o Cusco é [o 'kuxko]
A diminuição ou neutralización do /-b-, -d-, -g-/ em posição intervocálica, ej: 'diamos' por digamos, 'sáao' por sábado.
A velarización das implosivas e sonorización das consonantes surdas, ej: 'oxequiar' por obsequiar, 'pasague' por bilhete, 'probesor' por professor.
A redução ou neutralización da /e/ intervocálica ej: 'ou-e'por ouve, 'chiquía' por chiquilla (por possível influjo provincial norteño).
Debilitamiento na pronunciación da vibrante múltipla e casual perda de r/ final de sílaba em contexto interno.

Em alguns casos, talvez produto do relajamiento no modo de falar uma língua que não foi a materna.

Esta fala popular peruana não só se nutre de influências andinas senão também, por suposto, estrangeiras: anglicismos, argentinismos e Mexicanísmos no plano do léxico (Veja-se jeringa).

De outro lado, em alguns jovens pertencente aos estratos sócio-económicos altos da Cidade de Lima desenvolveu-se, sobretudo no aspecto tonal certa forma peculiar e amanerada de falar dentro de uma linguagem especial cheio de anglicismos. Desenvolveu-se nos últimos vinte a trinta anos e surgiu como reacção à influência andina no espanhol, considerada pouco prestigiosa por este grupo. Mais recentemente este acento estendeu-se a jovens das demais capas sociais, incluindo a descendentes andinos.


Notas
↑ Rafael Lapesa, História da língua espanhola, Editorial Gredos, 1981,
↑ http://www.concytec.gob.pe/foroafroperuano/pdf/cultura%20e%20poder%20em%20a%20documentacion%20escrita-identidade%20em%20os%20arquivos%20coloniales-e%20matalache.pdf
↑ Documento sem título
↑ O baixo nível de ensino no Peru
↑ Peru
↑ Caravedo em 1990

Referências
Caravedo, R.: Sociolingüística do espanhol de Lima.- Lima, Pontificia Universidade Católica do Peru, 1990.-
Caravedo, R.: A fala de Lima e os patrões normativos do espanhol.- Lima, Academia de Ciências e Tecnologia, 1993.-
Caravedo, Rocío: Estudos sobre o espanhol de Lima, I. Variação contextual da sibilante.- Lima: Fundo editorial PUC, 1983.-
Caravedo, Rocío: Norma Culta da cidade de Lima.- Lima: PUC, Instituto Riva-Agüero, Cuadernos de Trabalho, 1, 1977.-
Rivarola, José Luis.: A Formação Linguística de Hispanoamérica.- Lima, 1990.-
Escobar, Alberto: Variações sociolingüísticas do castelhano no Peru.- Lima 1978.-
Canfield, Delos Lincoln.: A pronunciación do espanhol da América.- Chicago, The University of Chicago, 1981.-
Malmberg, Bertil: A América hispanohablante: unidade e diferenciación do castelhano.- Madri: Istmo, 1970.-
Granda, German: Estudos de linguística andina.- Lima Pontificia Universidade Católica do Peru, 2001.-
Lipski, Jhon M: O espanhol da América.- Madri: 1994.-
Lapesa, Rafael.: História da língua espanhola.- Madri, 1986.-
Lope Blanch, Juan M.: Ensaios sobre o espanhol da América.- México: Universidade Autónoma de México, 1993.-

Enlace externo
Reflexões sobre o espanhol no Peru actual
Separatas da Udep: Castelhano em Peru.L2
Dicionário comparativo do espanhol no Peru com o resto da América Latina

Veja-se também
Idioma espanhol no Peru
Espanhol andino
Espanhol amazónico
Espanhol equatorial
Jeringa (linguística)
Linguagem chicha
Replana
Centro histórico de Lima
Etnografía do Peruem:Peruvian Coast Spanish
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Categoria: Dialectos do idioma espanhol no Peru

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