quinta-feira, 30 de setembro de 2010

5606 - HISTÓRIA DO EQUADOR

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História do Equador
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A História do Equador é um conjunto de acontecimentos no tempo, no qual os territórios que actualmente pertencem à República do Equador mudam em seu aspecto físico e forma de governo. A história da República pode dividir-se em quatro etapas: Era-a Prehispánica, A Conquista e Colónia, Era-a de Independência e a Época Republicana.

O começo da História de Equador dá-se a partir das organizações prehispánicas que terminam com a Invasão Incaica, depois disto surge a Conquista Espanhola para depois com as fundações de San Francisco de Quito, San Gregorio de Portoviejo e Santiago de Guayaquil começar uma nova era político-administrativa espanhola que duraria até a época das independências quando surge a nação colombiana de Simón Bolívar e depois ao se dividir formaria o que hoje se chama República do Equador.

Índice
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1 Era Indígena
1.1 Período Precerámico ou Paleoindio
1.2 Período Formativo ou Agroalfarero
1.3 Período de Desenvolvimento Regional ou Agrominero
1.4 Período de Integração ou Senhorios Etnicos
1.5 O Reino de Quito
1.6 A conquista Inca
2 Conquista Espanhola
3 Revolução de Independência
3.1 Estabelecimento de Governo
4 Federação
4.1 Interrupção do sistema constitucional e governos militares
4.2 Voltas à democracia
4.3 Século XXI
4.3.1 Dolarizacion
5 Notas
6 Veja-se também


Era Indígena
A actual República do Equador acha-se no coração da região onde nasceram e se desenvolveram as civilizações superiores megalíticas do Novo Mundo. As populações do período preincaico viviam em clãs, que formavam colectividades exógamas. A cultura Valdivia estendeu-se desde Manabí até a província de Santa Elena convertendo-se na primeira das Américas. Alguns destes clãs constituíram grandes tribos, e algumas tribos inclusive se aliaram entre si formando poderosas confederaciones, como a Confederación de Quito. Mas nenhuma destas confederaciones resistiu o formidable empurre dos quechuas. A penetración inca, no século XV, foi muito penosa, e muitas tribos permaneceram insumisas. No entanto, uma vez ocupada Quito pelas hostes de Huayna Cápac (1493-1525), os incas desenvolveram um amplo labor administrativo e colonizadora.

A história no Equador de era-a Indígena, pode dividir-se em quatro períodos dantes da invasão do Inca, estas são:

Período Precerámico
Período Formatívo
Período de Desenvolvimento Regional
Período de Integração
Período Precerámico ou Paleoindio
Na Fase Precerámica, As Vegas e O Inga constituem o génesis deste período, que se iniciou ao final da última glaciación e se estendeu até o ano 4200 aC, e cuja presença se reflete nos restos ósseos e em uma grande quantidade de pontas de seta fabricadas geralmente de obsidiana e basalto; e em variados instrumentos cortadores e raspadores elaborados com os mesmos materiais.

As Vegas é a estação préceramica da costa equatoriana que tem sido mais estudada pelos pesquisadores. O homem das Vegas utilizou a madeira para a elaboração de implementos de caça como jabalinas e lanças; com afiadas atiras de cana fabricou facas, e elaborou implementos de labranza utilizando grandes caracolas marinhas. As mostras mais importantes desta cultura determina-o o enterro chamado "Os Amantes de Sumpa".

O Inga deve seu nome a uma fazenda e a um rio situado ao noroeste do vulcão Ilaló, ao sudeste de Quito, onde se descobriram abundantes vestígios de talha obsidiana e basalto que foram a razão de intensas investigações arqueológicas. Este lugar foi habitado aproximadamente 10.000 anos dantes da chegada dos Incas. O Inga tem apresentado muitos problemas para seu estudo e na actualidade ainda não tem sido possível determinar como foi sua organização social, pois devido às condições climatológicas do lugar não se puderam encontrar restos ósseos de seus primitivos habitantes.

Período Formativo ou Agroalfarero
A raiz de As Vegas e O Inga começaram a conformar-se as diferentes culturas às que a ciência determinou de acordo a sua localização e desenvolvimento, assim começa o Período Formativo. Ao iniciar-se este período, as culturas Machalilla, Valdivia, Chorrera na costa; Cotocollao, A Chimba na sierra; e Pastaza, Chiguaza na região oriental, tinham uma economia arcaica e uma tecnologia incipiente, condições que foram mudando com a implementação de novas formas de agricultura, o mejoramiento dos artefactos lícitos destinados à molienda, e a elaboração de implementos de cerâmica, a maioria deles criados com fins religiosos ou para a elaboração e o almacenaje de alimentos.

A Cultura Valdivia ocupou extensos territórios das províncias de Manabí e a província de Santa Elena.

A Cultura Machalilla ocupou territórios da actual província equatoriana de Manabí, e parte das províncias vizinhas de Santa Elena com importantes contactos com a região interandina. Teve vinculações muito ceranas com as culturas de Valdivia e Chorrera.

A Cultura Chorrera teve seu núcleo no lugar A Chorrera, localizado na ribera ocidental do rio Babahoyo; mas estendeu sua presença para quase todas as regiões costaneras e inclusive a algumas da sierra. O PERÍODO INCICO COMPRENDIO DE 1800 Ao 2000

Período de Desenvolvimento Regional ou Agrominero
O período de Desenvolvimento Regional determinou pela primeira vez as diferenças regionais ou territoriais na organização política e social dos povos que a conformaram. Entre os principais povos deste período estiveram as culturas: Jambelí, Guangala, Baía, Tejar-Daule, A Tolita, Jama Coaque na costa equatoriana, enquanto na serranía apareciam Cerro Narrío e Alausí; assim também na selva amazónica equatoriana se organizaram Os Tayos.

Ficheiro:Figura masculina cultura Baía (M.Am. Madri) 01.jpg Figurilla da Cultura Baía (300a.C.- 500 d.C.)A Chimba é o lugar cerámico mais temporão de ande-los setentrionais, ao norte de Quito, e é representativa do Período Formativo em sua última etapa. Seus habitantes estabeleceram contacto com vários povos da costa e da sierra, mantendo íntima cercania com a cultura Cotocollao, localizada na meseta de Quito e seus vales aledaños.

A Cultura Baía ocupou os territórios que se estendem desde as estribaciones da cordillera dos Andes até o Oceano Pacífico; e desde Baía de Caraquez, até o sul de Manabí, ao sul.

A Cultura Jama-Coaque habitou as zonas compreendidas entre cabo de San Francisco, em Esmeraldas; até Baía de Caráquez, em Manabí, em uma zona de colinas arborizadas e extensas praias que facilitaram a seus imigrantes a recolección de recursos tanto da selva como do mar.

Período de Integração ou Senhorios Etnicos
Os grupos humanos que integraram este período já não se limitaram a se adaptar ao médio ambiente que os rodeava, senão que se aproveitaram dele para melhorar suas condições de vida. Na sierra concentraram-se as culturas: Cosangua-Píllaro, Capulí, Piartal-Tuza; na região oriental está Fase Yasuní; enquanto na costa levantam-se as culturas Milagre, Manteña e Huancavilca.

Os manteños constituem a última cultura precolombina na região litoral do Equador, e foram quem, desde seus povoados, contemplaram as naves espanholas pela primeira vez surcando as águas equatoriais do Mar do Sur. De acordo à evidência arqueológica e as crónicas dos espanhóis, estendia-se desde a actual Baía de Caraquez na província de Manabí, passando pelo Cerro de Folhas e estendendo até o sul da província.

Os mantas desenvolveram delicadas técnicas para o trabalho em ouro e prata, e dedicaram grande parte de suas actividades aos aspectos religiosos. Uns de seus artefactos mais conhecidos são suas cadeiras ou tronos, que se encontravam no Cerro de Folhas de Manabí, os quais tinham fins religiosos e políticos. Acostumavam a fazer sacrifícios humanos, e adoravam à serpente, o jaguar ou puma, e à deusa Umiña, representada por uma grande esmeralda. O centro desta cultura, a actual Manta, chama-se assim em honra a esta cultura.

A cronología determinada para a cultura estende-se desde o ano 600 de nossa era até 1534, ano em que Francisco Pacheco fundou a villa de Porto Velho.

Os huancavilcas constituem a cultura preocolombina mais importante do Guayas. Foram conhecidos nas crónicas sobretudo por suas características físicas, que impressionaram aos primeiros espanhóis. Relata-se que eram uma raça guerreira, e se deformavam o cráneo e se trasquilaban se deixando uma coroa a "maneira de fraile". Ademais tinham o costume de extrair-se os dentes incisos a temporã idade, como um ritual em sinal de sacrifício a seus deuses.

Da cultura huancavilca vem a lenda de Lenda de Guayas e Quil|Guayas e Quil]], a qual lhe dá o nome à cidade de Guayaquil.

O Reino de Quito
A existência do Reino de Quito tem sido questionada por muitos historiadores, mas não por isso deixa de ter sua proposta uma significação histórica. Esteve conformado pelos Quitus, os Puruhaes e os Cañaris, que eram os primitivos povos que por essa época habitavam as regiões andinas do actual Equador.

Seu assentamento principal esteve no sector onde posteriormente se levantou a cidade de Quito, e seus habitantes se chamaram Quitus. Os Quitus eram muito adiantados com respeito a estudos astronomicos, asi eles determinaram que se encontravam assentados na metade do mundo; podem inclusive ser comparados com culturas como a egípcia, ademais formaram um uma confederacion relativamente pequena e bem organizada. Os Shyris dominaram por mais de 700 anos, e seu dinastía mais importante foi a dos Duchicela até "Hualcopo Shyri XIV", em cujo reinado se produziu a invasão dos Incas.

A conquista Inca
Em meados do século XV o chamado Reino de Quito foi conquistado pelo Inca Túpac Yupanqui, quem ao comando de um grande exército encaminhou-se desde o sul para ampliar seus domínios. Ao princípio a campanha resultou-lhe relativamente fácil mas depois deveu enfrentar aos Bracamoros aos que só pôde dominar depois de longos meses de luta.

Quando o Inca começou a avançar sobre os Cañaris, foi ainda mais difícil para exércitos incaicos, pois estes os recusaram lutando com bravura, os obrigando a replegarse para terras do que hoje é Saraguro, onde deveram esperar a chegada de reforços para poder iniciar a campanha. Desta vez considerando a imensa superioridad de incas, os Cañaris preferiram pactuar e submeter às condições impostas por estes. Após isto Túpac Yupanqui fundou a cidade de Tomebamba, actual cidade de Cuenca, é nesta cidade onde nasceria Huayna Cápac, seu sucessor.

Conquista Espanhola
Quando chegaram os espanhóis o império estava submergido em uma guerra civil entre dois filhos do falecido Huayna Cápac depois da também repentina morte do sucessor designado Ninan Cuyochi: Huáscar –designado em Cusco depois da morte de Ninan Cuyochi– e Atahualpa, o qual se sublevó a Huáscar com o apoio dos curacas do denominado Reino de Quito, triunfando o segundo. Quase em seguida, Francisco Pizarro atraiu-o a Atahualpa a uma emboscada em Cajamarca e fazer prisioneiro; apesar de que o monarca indígena pagou um crescido resgate, foi condenado a morte e executado, depois de receber o baptismo. O sector correspondente a Quito foi ocupado em forma efectiva por Sebastián de Belalcázar, a quem deve-se-lhe também a fundação de San Francisco de Quito em 1534, a primeira cidade fundada no actual Equador. O conquistador Francisco Pacheco, por sua vez, fundou Portoviejo na costa equatoriana.

Benalcázar, autorizado por Pizarro remontou o Guayas, e assentou-a em um lugar próximo à boca do rio Yaguachi sobre o rio Amay (Babahoyo), e conheceu-lha como Santiago de Amay (1535). Assaltada e incendiada pelos bravíos Chonos mudou-se à culata do rio com o nome de Santiago da Culata (1536). Novamente assolada, desta vez pela aliança de Chonos e Punáes, escapou a outro lugar e foi reconhecida como Santiago da Nova Castilla (1537). Em recurrencia trágica refugiou-se entre os huancavilcas “que eram gente de paz” (1542), mas novamente deveram fugir, desta vez ao lado de um povo indígena chamado “Guayaquile” (1543). Temendo retaliaciones construíram grandes balsas, e, encabeçados pelos capitães Olmos, Rodrigo Vargas de Guzmán e Toribio de Castro, 140 pessoas com sua menaje cruzaram o rio Amay. E, o 25 de julho de 1547, dia do apóstol Santiago, patrão da cidade, atracaron nas Peñas e assentaram a cidade na união cimera dos cerros que hoje se conhecem como Santa Ana e do Carmen. Desde então é Santiago de Guayaquil.

Uma expedição, ao comando de Francisco de Orellana, descobriu em 1542 o rio Amazonas. Em alguns anos depois teve lugar a fundação da Presidência e Real Audiência de Quito (1563), a qual esteve subordinada ao Virreinato do Peru (excepto durante o breve período de 1717 a 1723) até 1740, data em que foi posta baixo a do Virreinato de Nova Granada.

Revolução de Independência
Ficheiro:Independência.gifO sistema colonial imposto pelo rei de Espanha originou tensões que se traduziram em distúrbios contra os impostos, ou contra certos obstáculos comerciais (alcabalas: 1592-93; estancos: 1765).

A começos do século XIX as insurrecciones acolheram as prédicas de Eugenio Espelho da década anterior. Os primeiros movimentos começaram em 1809 com a rebelião dos criollos contra o governo espanhol de natureza napoleónica. Os sublevados formaram uma Junta de Governo provisória o 10 de agosto de 1809 em Quito, mas os participantes foram vencidos por tropas enviadas desde o Virreinato do Peru e o Virreinato de Nova Granada. Nessa data os sublevados não propugnaban a independência, senão mudar as autoridades "afrancesadas" em Quito, mantendo fidelidade ao cativo rei Fernando VII. Como indica a acta, o presidente desta Junta "Prestará juramento solene de obediência e fidelidade ao Rei...Sustentará a pureza da religião, os direitos do Rei, e os da pátria e fará guerra mortal a todos seus inimigos, principalmente franceses".[1] Em Equador conhece-se este acontecimento como o Primeiro Grito de Independência Hispanoamericana. Muitos dos comprometidos pereceram durante a matança do 2 de agosto de 1810. Uma segunda Junta durou algo mais, mas sucessivos falhanços militares a desintegraron em 1812.

Os movimentos independentistas iniciaram o 9 de outubro de 1820 onde criollos e indivíduos da guarnición de Guayaquil dirigidos por José Joaquín de Olmedo se rebelaram e expulsaram às autoridades fiéis ao rei, criando uma nova nação chamada Província Livre de Guayaquil. A junta revolucionária que se formou em seguida pediu ajuda a Simón Bolívar, quem enviou a Antonio José de Sucre e algumas centenas de soldados; a campanha sobre a Sierra avançou trabajosamente até que Sucre se impôs na batalha de Batalha de Pichincha|Pichincha]], livrada sobre as estribaciones deste vulcão, para a parte ocidental de Quito, o 24 de maio de 1822, data que é reconhecida pelos equatorianos como a de sua independência de Espanha. Pouco depois a antiga Audiência uniu-se à Grande Colômbia, dirigida por Bolívar, ao cabo de um tempo também Guayaquil, mas quando fracassou o vasto projecto do Libertador um grupo de notáveis reunido em Quito decidiu organizar o novo país como Estado independente (13 de maio de 1830) e entregou o poder ao general venezuelano Juan José Flores.

Estabelecimento de Governo
A Assembleia Constituyente de Riobamba, entre agosto e setembro de 1830, expidió a Primeira Carta Magna do Equador, que estabeleceu a forma de Estado unitaria, a forma de Governo democrática e a separação de poderes (legislativo, executivo e judicial), bem como o voto censitario e a concessão da nacionalidade a quem tiverem fazer# parte dos exércitos emancipadores. A Flores confirmou-se-lhe como presidente constitucional, mas sua errada política económica, os privilégios que outorgou aos militares (muitos deles nascidos fora do Equador) e a virtual supresión das liberdades públicas lhe enajenaron simpatias, se organizando a oposição ao redor da sociedade O Quiteño Livre, a qual publicou um jornal famoso em sua época. Dispersado o grupo, surgiu como rival perigoso Vicente Rocafuerte, até o momento em que pactuou com Flores e lhe substituiu no comando. Rocafuerte impulsionou o desenvolvimento cultural. Substituiu-lhe as próprio Flores (1839-43), quem tratou de seguir na presidência, mas em 1845 teve que aceitar o desterro em consequência da Revolução Marcista, que estalló em Guayaquil. Desde esse ano até 1860 a figura mais importante foi a do general José María Urbina, quem libertou aos escravos negros, mas permitiu que o exército acumulasse privilégios excessivos. A crise de 1858-60 acabou com sua influjo; deveu refugiar-se no Peru, deixando passo a Gabriel García Moreno. Este mandatário tratou de organizar o país sobre bases católicas; desatando uma dura repressão na contramão de seus adversários, executando ao mesmo tempo básicas obras viales e de educação]] e melhorando a fazenda pública. Foi um tirano implacable que não vacilava em mandar a assassinar a seus adversários políticos. Durante seu mandato o Equador viveu uma época negra e muito triste, na qual não existiram as liberdades individuais nem de culto. Os direitos humanos foram pisoteados impunemente por García Moreno e a oposição sofreu uma durísima perseguição. É óbvio pensar que nestas circunstâncias lhe sobravam os inimigos. Quando se dispunha a iniciar um terceiro período presidencial foi assassinado à entrada do Palácio de Governo, em 1875. Sucedeu-lhe Antonio Borrero, e a este o general Ignacio de Veintimilla, quem se distinguiu por seu autoritarismo personalista, sendo desalojado do poder graças à campanha da Restauração, que uniu a conservadores, liberais e progressistas. Foram estes últimos quem fizeram-se em definitiva com o comando.

Federação
Durante as presidências de Caamaño, Flores Jijón e Cordeiro adiantaram-se as obras viales, progrediu a cultura e corrigiram-se alguns defeitos hacendarios. No entanto, o «progresismo» não gozou jamais de um caudaloso respaldo popular, e o escândalo chamado de «a venda da bandeira» bastou para o derrubar. Substituiu-lhe no governo o liberalismo, baixo a direcção de Eloy Alfaro. Com este caudillo, que encabeçava fundamentalmente a sectores camponeses da costa, se tentou estabelecer o laicismo. Alfaro terminou a construção do caminho-de-ferro Guayaquil-Quito, que em seu tempo foi uma obra de dimensões faraónicas para o país. Lamentavelmente Alfaro também tendeu à anulação das liberdades políticas e se enfrentou com uma tendência dissidente dentro de seu próprio partido, dirigida por seu general Leonidas Praça e constituída pela alta burguesía guayaquileña. O confronto acabou com a trágica morte de Alfaro e uma etapa de acusado liberalismo económico (1912-25), que permitiu aos bancos adquirir o domínio quase completo do país. O descontentamento popular ante a inflação facilitou o golpe de Estado dos militares jovens (julho de 1925), que se propunham acometer reformas substanciais, executadas depois parcialmente durante a presidência de Isidro Ayora (1926-31), ao reordenar a economia, estabelecer o Banco Central como o único autorizado para emitir moeda e criar um novo sistema de orçamento e de aduanas.

A partir dos anos trinta a vida política do Equador esteve dominada pela figura caudillista de José María Velasco Ibarra, quem iniciou seu primeiro mandato presidencial em 1934, e posteriormente ocupou a presidência outras quatro vezes, ainda que só pôde completar o período na terceira ocasião (1952-56). Em 1941 o Peru invadiu com suas tropas território equatoriano. Nesse tempo o Equador estava inmerso em lutas políticas intestinas, pelo qual não se preparou bem a defesa de seu território. O Equador teve que assinar praticamente à força o Protocolo do Rio de Janeiro, chamado "Tratado de Paz, Amizade e Limites", o qual declararia nulo, até a assinatura de paz definitiva em 1998 em Itamaraty, Brasil. Neste tratado não perdeu território. Ver Conflito Peru-Equador]]. Pese a suas deficiências como administrador e sua vinculação aos grupos de oligarquía, impulsionou ambiciosas obras viales e educacionais e manteve uma política exterior de independência. Depois da queda de Velasco em 1961, substituiu-lhe seu vice-presidente Carlos Julio Arosemena, quem a sua vez foi derrocado em julho de 1963 por uma Junta Militar presidida por Ramón Castro Jijón. O falhanço económico e o estallido de uma revolta popular determinaram a nomeação, ocorrido em março de 1966, de um mandatário provisório, Clemente Yerovi. Oito meses mais tarde a nova Assembleia Constituyente encarregou a direcção do país a Otto Arosemena. Por então descobriram-se ricos yacimientos de petróleo]] em zonas do nororiente. As eleições de 1968 devolveram uma vez mais ao poder a Velasco Ibarra, que se declarou ditador em 1970 e dissolveu o congresso. Velasco Ibarra foi uma vez mais destituído por um golpe militar em fevereiro de 1972. Assumiu então a jefatura suprema o general Guillermo Rodríguez Lara, deposto a sua vez em 1976 por um triunvirato militar encabeçado pelo vicealmirante Alfredo Poveda Burbano.

Interrupção do sistema constitucional e governos militares
Para começos de 1972 Equador era um país sumido no caos, com um presidente convertido em ditador civil, eleições gerais próximas a celebrar-se e actores políticos cujas futuras acções eram impredecibles. Finalmente as forças armadas decidiram intervir, tomar-se o poder e interromper o incipiente sistema constitucional no que o país estava insiro desde 1968. Teve um golpe de estado incruento em fevereiro de 1972, que tomou por surpresa à opinião pública e à comunidade internacional. O derrocamiento de Velasco Ibarra sucedeu em Guayaquil e foi executado materialmente, e sem que se disparasse nem uma sozinha bala, por um oficial da Armada chamado Jorge Queirolo Gómez, mas levou ao general Guillermo Rodríguez Lara ao poder, quem se proclamou "nacionalista" e "revolucionário", o que, na prática, deveio em uma conduta de nacionalizaciones. O 1 de setembro de 1975 produziu-se uma tentativa inesperadamente de estado dirigido pelo general Raúl González Alvear, que pese a ter sido bastante violento não teve sucesso e deixou um saldo de 22 mortos. O general González partiu ao exílio em Chile e Rodríguez Lara seguiu governando por um breve lapso. Não obstante a situação de Rodríguez Lara fez-se insostenible e a cúpula das forças armadas pediu-lhe a renúncia, que se concretó em janeiro de 1976. A partir desse momento o país ficou em mãos de um triunvirato militar presidido pelo almirante Alfredo Poveda Burbano (Armada) e integrado pelos generais Guillermo Durán Arcentales (Exército) e Luis Leoro Franco (Força Aérea). Seu Ministro de Governo, o então Coronel Richelieu Levoyer estrutura um "Plano de volta à democracia", que incluiu um referendo em janeiro de 1978, com o que se elegeu mediante voto popular uma nova constituição. O Coronel Levoyer foi removido do cargo, mas ao fim celebraram-se eleições gerais, nas que novamente e mediante argucias legais incluídas na nova constituição, se impediu a participação do controvertido Assad Bucaram.

Voltas à democracia
O triunvirato militar ofereceu restabelecer as liberdades democráticas e mediante um referendo foi aprovada uma nova Constituição em janeiro de (1978). Nas eleições de 1978-79 triunfou o candidato da partido Concentração de Forças Populares, Jaime , em frente ao conservador e socialcristiano Sixto Durán Ballén, que contava com o apoio oficialista. Depois da morte de Roldós em um acidente de aviação o 24 de maio de 1981, sucedeu-lhe o vice-presidente democratacristiano Osvaldo Hurtado Larrea. Pouco depois, o congresso nomeou vice-presidente ao irmão de Jaime Roldós, León Roldós Aguilera.

Nas presidenciais de 1984 venceu León Febres Cordeiro, candidato do de direita Frente de Reconstrução Nacional ao candidato da Esquerda Democrática Rodrigo Borja Cevallos. Durante seu mandato, Febres sofreu várias tentativas inesperadamente de Estado e inclusive um breve sequestro. O governo foi duramente questionado pela repressão para um grupo subversivo chamado "Alfaro Vive Carajo", por observadores de direitos humanos. Mas dentro da população esta repressão ao grupo guerrilheiro foi aplaudida por evitar ao Equador entrar na tendência sangrenta que viveram os países vizinhos durante os ochentas e parte dos noventas.

Nas presidenciais de 1988 venceu o social-democrata Rodrigo Borja Cevallos em frente ao candidato populista do Partido Roldosista Equatoriano Abdala Bucaram. Em sua gestão teve um grave levantamento indígena, o qual deu força política aos agrupamentos índias.

Em 1992 Sixto Durán Ballén, de Unidade Republicana]] triunfou sobre o candidato do Partido Social Cristão (direita) Jaime Nebot. Em janeiro de 1995 produziram-se confrontos armados com Peru na sierra do Cóndor, derivados das incursões do exército peruano.Após várias escaramuzas, Peru e Equador assinaram uma dupla declaração de paz em Brasília (17 de fevereiro) e Montevideo (28 de fevereiro).

Abdalá Bucaram, do Partido Roldosista Equatoriano (populista) venceu nas eleições presidenciais de 1996. Triunfou sobre o candidato do Partido Social Cristão (direita) Jaime Nebot Saadi, mas sua desastrosa gestão económica e seus frequentes escândalos provocou protestos populares em massa e uma greve geral. O Congresso optou por destituí-lo por «incapacidade mental» em fevereiro de 1997. Assumiu o vice-presidente Rosalía Arteaga, mas não pôde sustentar no cargo e dois dias mais tarde cedeu baixo pressões o poder a Fabián Alarcón Rivera, que até então presidia o poder legislativo. Esta situação perduraría até que se celebrassem as novas presidenciais antecipadas de 1998.

Em sua substituição, o Congresso designou como Presidente Interino a Fabián Alarcón, até esse momento Presidente do Congresso Nacional (pese a que constitucionalmente lhe correspondia assumir a presidência ao vice-presidente Rosalía Arteaga, quem se posesionó simbolicamente por umas horas). Depois de uma Assembleia Nacional Constituyente em 1998, a qual teve o mandato de revisar e modificar a Constituição de 1999, se realizaram eleições gerais nas que foi eleito presidente Jamil Mahuad Witt, da Partido Democracia Popular (hoje União Democrata Cristã).

Nesse ano também se conseguiu um acordo fronteiriço com Peru o 26 de outubro. No ano 1999 decretou-se um feriado bancário, no qual a metade do sistema financeiro equatoriano colapsó, e milhares de ahorristas perderam seu dinheiro. A péssima administração económica causou uma recessão que obrigou a centos de milhares de pessoas procurar trabalho no estrangeiro. Em 2000 a situação era insostenible pelos altos níveis de inflação. Em uma tentativa para controlar a economia o presidente Mahuad adoptou a dolarización o 9 de janeiro do 2000, na qual o país renunciava a sua política económica, e adoptava o dólar estadounidense como moeda oficial para todo o tipo de transacções.

Século XXI
Mas ainda assim produziram-se novos levantamentos da CONAIE (Confederación de Nacionalidades Indígenas do Equador)e respaldados por um grupo de coronéis liderados por Lucio Gutiérrez .. Equador

Dolarizacion
Mahuad foi deposto em janeiro do 2000, no meio de uma grave crise económica ocasionada pela quebra em massa do sistema financeiro equatoriano, a queda dos preços internacionais do petróleo e a vinculação do governo de Mahuad com a banca corrupta cuja cabeça mais visível foi Fernando Aspiazu, quem o 26 de agosto do 2002 foi condenado a oito anos de prisão pelo delito de peculado. Todo isso provocou uma greve geral, mobilizações indígenas e uma tentativa inesperadamente de estado que durou quatro horas. O vice-presidente Gustavo Noboa, a quem correspondia a sucessão conforme à Constituição, assumiu a Presidência e estabeleceu em abril um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para aceder a créditos por um valor próximo aos 800 milhões de dólar]]é para continuar e fortalecer a dolarización, aplicando medidas de ajuste em diversos sectores da economia. Ademais, centrou seus esforços na construção de um grande oleducto de crus pesados (OCP) desde a Amazonía até a costa do Oceano Pacífico, para que a exportação de cru se duplique a partir de 2003]].

Nas eleições de 2002 venceu o coronel retirado Lucio Gutiérrez, ao candidato Álvaro Noboa do partido PRIAN e que é considerado o homem mais rico do país. Gutierrez foi derrocado o 20 de abril de 2005, pelo telefonema "Rebelião dos forajidos", devido a que em sua administração arbitrariamente se destituiu ao Corte Suprema de Justiça. Em seu lugar assumiu o vice-presidente Alfredo Palácio, quem ostentó poder até o 15 de janeiro de 2007.

Depois das eleições do 15 de outubro nas que nenhuma força obteve a maioria de votos necessária para se converter em novo chefe de Estado, se realizou uma segunda volta eleitoral o 26 de novembro entre os dois candidatos mais votados: o magnata de direita Álvaro Noboa e o economista de centroizquierda Rafael Correa. Rafael Correa recebeu 56.67 % dos votos válidos, em frente ao 43.33% de Alvaro Noboa, convertendo-se assim no presidente eleito para o período 2007-2011.

Em fevereiro de 2007, a maioria de oposição do Congresso Nacional, substituiu ao presidente do Tribunal Supremo Eleitoral Jorge Deita. O Tribunal Supremo Eleitoral analisou a sanção, destituiu e retirou os direitos políticos de 57 deputados dos partidos UDC, PSC, PSP, PRIAN.

O 15 de abril de 2007, em uma consulta popular foi aprovado com mais de 81% dos votos, o chamado para uma Assembleia Constituyente de plenos poderes convocada pelo presidente da república.

O 30 de setembro de 2007 em eleições para a Assembleia Nacional Constituyente, o oficialismo obteve mais de 70% das cadeiras. A Assembleia Constituyente começou seus labores no final de novembro.

Na madrugada do 1 de março de 2008 em uma operação nocturna planificada, tropas de elite do exército colombiano, deram morte ao porta-voz das Farc Raúl Reis e outros 20 guerrilheiros, o qual foi considerado pelo governo equatoriano como a mais grave violação a sua soberania, desatando uma crise diplomática com Colômbia. O bombardeio ocorreu no sector denominado Angostura, na província de Sucumbíos, na região amazónica. Cerca de 25 pessoas pereceram, entre eles Raúl Reis,vocero das Farc. O acampamento onde pernoctaban, ilegalmente, os guerrilheiros, ficou totalmente destruído e os corpos destroçados. Na incursão o governo colombiano, encontrou três computadores (laptops) do chefe guerrilheiro. Estas laptops foram posteriormente enviadas à INTERPOL para investigações.

Notas
↑ Deputados de Quito})
}}. «Acta do 10 de Agosto de 1809»

}}. Consultado o 2007.
Veja-se também
Antecedentes da independência da América Hispana.
História do constitucionalismo equatoriano.
José de Villamil, um prócer da independência (1821).
José Joaquín de Olmedo, um prócer da independência (1820).
Eugenio Espelho, inspirador das independências.
Juan Pío Montúfar, precursor da independência de Equador

em:History of Equador

Obtido em "http://pt.wikilingue.com/es/Hist%C3%B3ria_do_Equador"
Categoria: História de Equador
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