domingo, 29 de agosto de 2010

2757 - HISTÓRIA DO ÔNIBUS NO BRASIL

Edição Nº134 - Outubro/2008 Informativo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos
100 anos do ônibus no brasil
Historicamente, a demanda pelos
transportes públicos coletivos
urbanos no Brasil acompanha
o desempenho da economia
em geral e, mais diretamente, as
variações do salário médio que reflete
o poder de compra dos trabalhadores.
Depois de quase uma década de perda sistemática
de demanda e produtividade, iniciada a partir
de 1995, o setor começou uma recuperação, ainda
que tímida, a partir de 2004 que coincide com
o aumento dos níveis salariais levado a efeito no
primeiro mandato do Presidente Lula.
Assim, entre 2004 e 2007, os transportes coletivos
urbanos por ônibus mostraram um crescimento
de cerca de 10% na quantidade de passageiros
transportados.
Infelizmente, o que seria o início consistente da
recuperação do setor fatalmente ficará prejudicado
face aos reflexos negativos da crise econômica
mundial sobre o nosso país.
Apesar de, inicialmente, as
autoridades brasileiras não
reconhecerem as graves
conseqüências da crise para
o país, hoje já está claro que
elas virão e, sem dúvida, diminuirão
o nível da atividade econômica do Brasil
nos próximos anos, em função da queda das exportações
e do crédito.
A queda da atividade econômica, por sua vez, refletirá
negativamente no nível de emprego e de
salários afetando diretamente a demanda pelos
transportes públicos. Entretanto, somente nos
próximos meses será possível conhecer a verdadeira
dimensão do problema que enfrentaremos.
De qualquer forma, o momento é propício para
se retomar com prioridade as discussões sobre a
desoneração dos custos do setor como forma de
tornar esse serviço público essencial mais acessível
à população nesse momento de dificuldades
que se aproxima.
A Crise
Econômica e
os Transportes
Públicos
PÁGINA 2
Informativo da Associação Nacional das Empresas
de Transportes Urbanos - NTU
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Fala, leitor!
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Edição nº 134
Por ocasião de recente visita técnica à Ásia,
promovida pela NTU em parceria com a UITP –
União Internacional dos Transportes Públicos,
tivemos a oportunidade de conhecer os sistemas
de transporte público de Shangai e Hong Kong, na
China, e de Seoul, na Coréia do Sul. Em especial,
destaca-se nos sistemas de transportes asiáticos
o nível de desenvolvimento atual dos sistemas de
bilhetagem eletrônica e de controle operacional
e informações aos usuários, cujas características
principais abordamos neste artigo.
A grande Seoul possui uma população de 23 milhões
de habitantes que é atendida por um sistema
de transporte público composto de redes de metrô
e ônibus totalmente integrados. A rede de ônibus,
operada por empresas privadas, foi totalmente reestruturada
a partir de julho de 2004 com a criação
de linhas tronco e alimentadoras,
implantação
de faixas exclusivas, reorganização
das empresas e
das relações com o poder
público, implantação dos
sistemas de controle e informações
e de bilhetagem
eletrônica com smart card.
Os sistemas de controle
operacional e informações
aos usuários, denominado
BMS, são compostos
de um centro de controle
operacional que recebe informações
dos ônibus em
circulação, gerenciando a operação em tempo real.
A partir dos dados coletados, o centro transmite
orientações aos motoristas e às empresas operadoras.
Informações aos usuários como itinerários
e tempo para chegada dos ônibus nos pontos de
parada podem ser acessados por internet, celular,
telefones públicos, além de estar disponíveis nos
painéis eletrônicos localizados nas paradas.
O sistema de bilhetagem eletrônica está baseado
em um cartão porta dinheiro que pode ser utilizado
em diversos segmentos fora do transporte como
shoppings, diversões e bancos. Pesadas ações de
marketing, como máquinas de vendas e cartões
personalizados para grupos específicos, garantem
o interesse da população pelos “T-money”, como
são chamados os cartões.
A base de cálculo das tarifas integradas é a distância
percorrida. Os ônibus são equipados com
dois validadores conectados a sistemas GPS, o
que permite o débito da tarifa em função do trajeto
realizado. Para viagens integradas de até 10
quilômetros, a tarifa é única, a partir daí existe um
acréscimo para cada 5 km percorrido. Entretanto,
a tarifa final não pode exceder a soma das tarifas
individuais de todos os veículos utilizados.
Hong Kong tem uma população de sete milhões
de habitantes que realizam cerca de 11,5 milhões
de viagens por dia utilizando os transportes públicos.
O sistema de transporte público coletivo
é composto de trens, trens leves, bondes, ônibus
e miniônibus. O sistema de ônibus é concedido a
cinco empresas privadas que operam uma frota
de 5.900 ônibus. A cada cinco anos, para renovação
de seus contratos, as empresas são obrigadas
a apresentar um plano de trabalho para os anos
seguintes contendo informações sobre itinerários,
frota, garagens, manutenção, finanças, segurança,
etc.
O sistema de bilhetagem eletrônica de Hong Kong
é operado por uma Joint
Venture, formada pelas
empresas operadoras de
ônibus. O sistema foi inaugurado
em 1997 e no ano
2000 a organização foi
autorizada a operar como
recolhedora de depósitos
pelo governo local, o que
permitiu a sua expansão
para outros segmentos.
Hoje, o Sistema Octopus,
como é chamado, possui
mais de 17 milhões de
cartões em circulação e
realiza mais de 10 milhões
de transações por dia. Atende todos os modos de
transporte de Hong Kong e seus cartões são utilizados
em estacionamentos, estabelecimentos
comerciais em geral e máquinas self-service para
pagamentos de compras e serviços. A recarga dos
cartões é feita em praticamente todas as esquinas
da cidade nos equipamentos instalados nas lojas
comerciais. Os cartões Octopus possuem programa
de descontos firmados com diversos parceiros
para os membros associados, créditos automáticos
fornecidos por instituições financeiras e podem
ser utilizados como cartões de crédito quando são
personalizados.
Ações de marketing como cartões personalizados
para os diversos públicos, produtos licenciados com
a marca e lojas de conveniência garantem a aceitação
do produto que nasceu no setor de transporte e
hoje faz parte do cotidiano de Hong Kong.
* Marcos Bicalho dos Santos
é engenheiro civil, M.Sc. em
Engenharia de Transportes, e
diretor superintendente da NTU
Novidades nos Sistemas de Transportes Asiáticos
Artigo : mArcos bicalho dos santos
Exposição da NTU recebe 6,5 mil pessoas em Brasília
“O amarelecido de papéis
e fotografias antigas
se transformou
em um espectro multicolorido
dos sonhos de
mulheres e homens que
dedicaram suas vidas ao
ofício de levar as pessoas
aos seus destinos. Assim,
se descortinou uma
história que precisava
ser contada. Não porque
fosse feita de heróis,
mas principalmente por
ter sido construída por
mãos de gente comum.
Uma trajetória desenhada
a cada obstáculo das
estradas carroçáveis, a
cada madrugada insone
nas oficinas improvisadas
no quintal das residências.
Era também
uma história de imaginação,
de acertos e
erros e, mais que tudo,
de muito trabalho cotidiano.
Enfim, uma história
de fazeres humanos
como todas as histórias
devem ser”,
trecho do livro De Ônibus
Um século. Esse foi o tempo
necessário para que
o ônibus deixasse de ser
uma simples novidade para se
tornar essencial à mobilidade
urbana nos grandes centros
do Brasil. A linha do tempo foi
percorrida em meio a poeiras e
asfaltos com muita perspicácia
e coragem de humildes empreendedores,
amantes da humanidade
e do progresso.
O início dessa história contou
com pessoas que desbravavam
caminhos para levar a sociedade
ao futuro. Hoje, os ônibus
cumprem muito bem essa função
ao conduzir todos os dias
55 milhões de brasileiros ao
seu trabalho, escola ou lar. O
Brasil tem uma média de 14,3
bilhões de viagens por ano por
meio desse modal, segundo relatório
da Associação Nacional
de Transportes Públicos (ANTP).
Cerca de 105 mil ônibus percorrem
8,1 bilhões de quilômetros
por ano no país.
O empresário e vice-presidente
da NTU, Eurico Galhardi, compara
o funcionamento do sistema
de transporte público ao corpo
humano, como forma de ressaltar
a importância do ônibus nos
dias atuais. “Enquanto os glóbulos
vermelhos transportam
oxigênio pelas artérias do corpo
humano, os ônibus transportam
as pessoas pelas vias da cidade,
levando o progresso a todos
os lugares”, afirma.
Valor histórico e social
Para o empresário de transporte
público David Lopes de Oliveira,
presidente da Federação das Empresas
de Transportes do Ceará,
Piauí e Maranhão (Cepimar), a
história do ônibus é também a
história de muitas famílias e comunidades.
“Quando o transporte
público começou, era tudo muito
improvisado. Quem se arriscava
nesse negócio sabia que não era
lucrativo e o fazia por muita vontade
mesmo. Não existia a menor
infra-estrutura. Quem fazia as linhas
também abria as estradas.
Era tudo artesanal, os ônibus tinham
oficinas, chassi e até combustível
improvisados. Olhando
para trás é que nos damos conta
da longa história de sucesso que
foi construída, e quase toda cidade
brasileira passou por ela. No
rastro das mercadorias, surgiu o
interesse de transportar pessoas”,
relembra.
Herdeiro de uma dessas aventuras
empreendedoras, o empresário
se dedicou nos últimos dez
anos a documentar os primórdios
do ônibus no Nordeste. Em 2008,
a Cepimar lançou o resultado
desse trabalho, o livro De Ônibus
– 140 anos nas estradas e cidades
do Ceará. “Temos que valorizar
esse passado, nele estão
as nossas origens. Fizemos uma
pesquisa vasta e muito reveladora
que, além do livro, resultou em
um dos maiores acervos de impressos
sobre a história do transporte
público com mais de 50 mil
informações”, comenta Oliveira.
Dentre as revelações, Oliveira
conta sobre a descoberta de
um documento oficial datado de
1867 que autorizava empresários
a construírem uma estrada
ÔNIBUS: UM SÉCULO 100 anos de desafios para se tornar o principal PÁGINA 4
Em comemoração ao centenário do ônibus no Brasil, a NTU
realizou entre os dias 19 de agosto e 16 de outubro uma
exposição com mais duas mil peças em miniaturas. Idealizada
pelo colecionador Eurico Galhari, vice-presidente da NTU,
a mostra contou a história da evolução do transporte desde os
primórdios da roda até os mais modernos modais. Durante os 45
dias de exposição, cerca de 6,5 mil pessoas puderam apreciar as
peças, sendo que 5,8 mil visitas foram de crianças das escolas
do Distrito Federal. A exposição foi complementada pelo projeto
“Ônibus amigo do meio ambiente”, promovido pela Confederação
Nacional dos Transportes (CNT) e o SEST/SENAT, com o propósito
de levar a educação ambiental aos visitantes.
"Ouvir o centelhamento
do motor de partida seguido
do ronco do motor...
a adrenalina sobe e o corpo
responde de uma maneira
que faz sentir energizar
até a mais profunda
linha do sistema nervoso
fazendo ressurgir o dom
do volante. O atrito dos
pneus com o chão, a resposta
do sistema à ordem
do acelerador, os breves
sopros de ar dos freios de
serviço e a descarga de
ar do freio de estacionamento,
o trocadilho dos
pedais e o manuseio das
marchas... A solene responsabilidade
por vidas
dá sentido singular ao
comando do cockpit, principalmente
quando é o de
um ônibus. É! Dirigir faz
grande diferença quando
corre óleo diesel na veia."
Delvanor Paz, poeta
apaixonado por ônibus
para viabilizar o transporte público.
Até dez anos atrás, não havia
sido confirmado a existência de
sistema de transporte no Brasil
no século XIX. Após uma longa
procura, foi encontrado um jornal
de 1868 que pôs fim à expectativa
de descobrir se havia ou não
transporte público nesta época. O
periódico trazia em suas páginas
a tabela de itinerários das linhas
regulares de omnibus (como o
ônibus era chamado) de Fortaleza
para Maranguape.
Nas décadas seguintes, a evolução
do sistema de transporte
público continuou a passos curtos
devido à lenta resposta do poder
público ao acelerado crescimento
dos centros urbanos e da população.
Foi na década de 1970 que
surgiram as primeiras propostas
para a melhoria do transporte coletivo
utilizando-se os ônibus. Nas
duas décadas seguintes, surgiram
os ônibus articulados no Brasil e o
transporte passou a fazer parte do
planejamento das cidades.
Muitos desafios do início dessa
trajetória já foram superados.
Porém, novos impasses surgem
todos os dias nas vias urbanas,
como os automóveis que competem
por espaço de forma predatória,
comprometendo a qualidade
e eficiência do sistema; os altos
custos dos insumos para manter
o ônibus nas vias; a falta de incentivo
do governo em priorizar
a mobilidade das pessoas pelo
transporte coletivo, e outros.
Mas os empresários do setor
sempre estiveram e estarão receptivos
a novas propostas para
enfrentar os desafios que surgem
no cotidiano. Afinal, uma das suas
missões é oferecer um transporte,
“verdadeiro sistema circulatório
das cidades modernas”, com
o máximo de eficiência e qualidade,
transportando bens e pessoas
com segurança e conforto.
Um amor diferente
As décadas de evolução do
ônibus não transformaram só a
forma de locomoção das pessoas.
Muitos brasileiros adotaram
o veículo como uma paixão, um
amor, até mesmo uma fixação.
“Ônibus não é simplesmente um
veículo de 2 a 4 eixos para transportar
passageiros. O ônibus é
um meio de fazer a vida acontecer,
por isso é um dos principais
eixos da sociedade. Ao garantir
que um dos mais nobres direitos
do homem aconteça, ou seja, o
“ir e vir”, o ônibus é parte vital
de nosso quotidiano”, declara
Delvanor Paz, auxiliar técnico
de uma empresa de transporte
e adepto da “busologia” – termo
utilizado para designar a
atividade do estudo do ônibus e
assuntos relacionados. No Brasil,
cerca de cinco mil pessoas
cultivam esse hobbie.
Apaixonado pelo veículo desde
criança, ele coleciona miniaturas
e fotografias, participa de
fóruns de discussão e fica horas
admirando os veículos nos terminais.
O busólogo encontrou
no ônibus o seu sustento e a felicidade.
“A minha alegria de viver
também vem do volante de
um ônibus porque há a incrível
paixão - mesmo por apenas vêlo
- e a realização pessoal daqueles
a quem o ônibus serve
ainda de ganha pão. A realização
do sonho se dá a cada nova
jornada”, finaliza.
SÉCULO DE HISTÓRIA
principal vetor da mobilidade urbana do século XXI
PÁGINA 5
Edição nº 134
A NTU promoveu no mês de outubro uma viagem
técnica com cerca de 20 empresários à
China e Coréia do Sul. Em dez dias, o grupo
observou os sistemas de transporte de Shangai,
Hong Kong e Seoul sob dois pontos de vistas de
diferentes: dos órgãos gestores e das empresas
operadoras de transporte. As novas tecnologias de
bilhetagem, a tarifação por distância e a grande
quantidade de vias exclusivas surpreenderam os
visitantes.
Em Shanghai, na China, por exemplo, existe uma
política de incentivo que vem sendo implementada
no transporte público para melhorar a infra-estrutura
das vias, com construção de pistas exclusivas
para ônibus, melhoria da idade média da frota, tarifa
integrada e subsídio do combustível. A gratuidade
atualmente é somente para os deficientes e
idosos acima de 70 anos. “O que pude perceber é
que existe uma preocupação do poder concedente
com desenvolvimento e melhoria do transporte e
da cidade como um todo”, avalia Rosilene Silveira,
diretora da empresa Rodap, de Belo Horizonte.
O meio ambiente é um dos pontos fortes de Hong
Kong, também na China. Muitas iniciativas são
adotadas visando preservação ambiental, como
utilização de combustíveis limpos e adoção de novas
tecnologias para redução de emissões. Estima-
se que 90% da frota já se enquadra em níveis
europeus de emissão. Em Seoul, na Coréia do Sul,
a reformulação do sistema de
transporte nos últimos quatro
anos garante um aspecto de “novidade e inovação”
em todos os ônibus.
Para o diretor da empresa Viação São Geraldo e
diretor da NTU Albert Andrade, o que mais se destacou
na visita técnica foi o monitoramento da frota.
Todas as cidades visitadas implementaram o
ITS – Sistema de Informação de Transporte, que é
operado pelas próprias empresas de transporte e
funciona com muita qualidade. “Já temos alguma
experiência bem sutil no Brasil. Mas ainda há um
tabu muito forte que encarece o preço da implantação
desse serviço. Na China, pudemos comprovar a
eficiência do sistema a um baixo custo”, comenta.
Hong Kong é atualmente composta
por ônibus (doble deck,
convencionais e microônibus),
trem, metrô, barco e táxi, onde
o ônibus tem participação de
34%. O serviço é realizado por
empresas privadas, que operam
por concessão. A bilhetagem
foi implantada em 1997
e possui 17 milhões de cartões
em circulação. As rotas de longa
distância não são incentivadas.
A gratuidade é parcial para os
idosos durante a semana, custeada
pelas taxas de combustível,
importação de veículos, e
licenciamento.
hong kong
Em Seoul, o sistema foi totalmente
reformulado em 2004
após um colapso. Houve a implementação
de pistas exclusivas
para ônibus, a criação
do cartão de transporte - com
integração temporal e intermodal
– e a criação uma espécie
de Câmara de Compensação
Tarifária no sistema de ônibus,
quando há déficit há participação
do Governo. Após as mudanças
houve uma melhora na
satisfação dos usuários, queda
do número de acidentes, otimização
da rotas e informação em
tempo real para o usuário.
SEOUL
O sistema de transporte funciona
com a integração entre os
modais, ônibus, metrô e táxi.
A participação do ônibus é de
55% dos passageiros transportados.
A bilhetagem funciona
desde 1999 e já possui 23 milhões
de cartões em operação.
Atualmente o metrô possui 8
linhas, transportando 15% dos
passageiros. O ônibus elétrico,
Ultracapacitor está em operação
com expectativa de serem
ampliadas as rotas com este
tipo de tecnologia.
SHANGHAI
Sistema de transporte
oriental: tecnologia e
inovação na frota e na
infra-estrutura
NTU promove visita técnica
aos sistemas de transporte
público do mundo oriental
PÁGINA 6
Leitura no ônibus
Quem lê, viaja. A frase popular tem sido interpretada
literalmente em algumas cidades
do país. Nelas, os usuários do transporte público
estão tendo a oportunidade de fazer as suas
viagens urbanas acompanhados de um livro adquirido
no próprio terminal ou parada de ônibus. Essa
iniciativa já foi adotada pela a Empresa Municipal
de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), em
São Paulo, que lançou o projeto “Leitura, a melhor
viagem”. Mais de dois mil exemplares foram colocados
à disposição dos passageiros em nove terminais
urbanos.
O acesso aos livros é livre. O usuário pode passar
em uma das estantes instaladas e retirar o livro
que desejar, sem nenhuma burocracia. Não há inscrição,
carteirinhas, qualquer anotação do empréstimo
ou data para devolução. E a entrega do livro
também não precisa ser feita no mesmo terminal.
Em Brasília, a idéia também tem feito sucesso. O
projeto “Parada Cultural” já está funcionando em
oito pontos de ônibus da cidade. “O objetivo é democratizar
a leitura, facilitar a chegada do livro às
pessoas. A nossa empolgação com o crescimento
desse projeto é o respeito que o cidadão está tendo
por ele”, conta o idealizador, Luiz Amorim.
A biblioteca funciona 24h e qualquer pessoa
pode pegar um livro emprestado, basta escolher
a obra e anotar o nome e o telefone de contato
em uma prancheta. Para diversificar as opções,
diariamente é feito um rodízio entre as paradas.
Os projetos implementados hoje no Brasil dependem
de dois fatores fundamentais para dar certo:
a doação de livros pela comunidade e a confiança
de que o livro emprestado será bem cuidado
e devolvido para que outras pessoas tenham a
oportunidade de ler enquanto se deslocam.
PÁGINA 7
Edição nº 134
A justiça condenou o estado do Rio de Janeiro
a indenizar uma empresa de transporte
público urbano pelos prejuízos decorrentes
dos incêndios a ônibus de sua frota. O ato
de vandalismo ocorreu em razão dos
ataques ordenados por traficantes
presos na unidade carcerária
Bangu 1, em setembro de
2002. A ação ficou
conhecida como
“Dia do Medo”.
O O Tribunal
de Justiça do
Rio de Janeiro
(TJERJ) considera que
houve omissão por parte
do Estado em garantir segurança
às empresas de ônibus, diante da prévia
informação sobre a ocorrência de vandalismo
nos bairros da Zona Sul carioca. Na ocasião, o
estado não teria tomado nenhuma atitude para
assegurar a ordem pública.
Rio de Janeiro vai indenizar
empresa que teve ônibus
incendiados
O Ministério das Cidades já regulamentou
o Programa de Infra-Estrutura de
Transporte e da Mobilidade Urbana
(Pró-Transporte) com recursos do FGTS. De
acordo com a instrução normativa, o objetivo
é propiciar o aumento da mobilidade
urbana, da acessibilidade dos transportes
coletivos urbanos e da eficiência dos prestadores
de serviços. O programa é voltado ao
financiamento do setor público e privado, à
implantação de sistemas de infra-estrutura
do transporte coletivo urbano, contribuindo
na promoção do desenvolvimento físicoterritorial,
econômico e social, como também
para a melhoria da qualidade de vida
e para a preservação do meio ambiente. O
público alvo do Pró-Transporte é composto
pelos Estados, municípios e o Distrito Federal,
órgãos públicos gestores e as respectivas
concessionárias ou permissionárias do
transporte público coletivo urbano.
Governo regulamenta
Pró-Transporte com
recursos do FGTS
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DE FIM DE ANO DA NTU.
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PÁGINA 8
Edição nº 134

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