domingo, 27 de maio de 2012
AS PIORES SECAS DO NORDESTE
PASTAGENS NO ECOSSISTEMA SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO: ATUALIZAÇÃO
E PERSPECTIVAS FUTURAS
Magno José Duarte Cândido1, Gherman Garcia Leal de Araújo2, Maria Andréa
Borges Cavalcante3
INTRODUÇÃO
As regiões áridas e semi-áridas representam 55% das terras do mundo,
perfazendo 2/3 da superfície total de 150 países e abrangendo ao redor de 700
milhões de pessoas. As regiões com características de aridez e semi-aridez na
América Latina e Caribe estão localizadas na Argentina, Brasil, Chile e México.
Todas estas áreas abrangem 313 milhões de hectares e compreendem 80% das
áreas tropical e subtropical.
No âmbito do Brasil, o Semi-árido abrange 70% da área do Nordeste, mais
o norte de Minas Gerais. A região é coberta por solos rasos de baixa fertilidade e
caracterizada pela vegetação da Caatinga. Os problemas básicos dessa região
são a escassez e a irregularidade de chuvas. Ciclicamente ocorrem estiagens
prolongadas, com reflexos danosos na economia e com custos sociais elevados.
Em função das características edafo-climáticas, a pecuária tem se
constituído, ao longo tempo, na atividade básica das populações rurais
distribuídas nos 95 milhões de hectares do Semi-árido. As lavouras têm sido
consideradas apenas como um subcomponente na maioria dos sistemas de
produção predominantes, pela sua maior vulnerabilidade às limitações
ambientais. O rebanho nordestino, embora expressivo (23,89 milhões de bovinos,
8,79 milhões de caprinos e 8,01 milhões de ovinos), apresenta níveis de
produtividade bastante baixos (IBGE, 2004).
Nessa revisão, enseja-se discorrer acerca das características do Semi-árido
Brasileiro, mormente de suas pastagens, enfocando alternativas de
complementaridade nos sistemas de produção pecuários com vistas à sua
sustentabilidade social, econômica e ecológica.
1 Prof. Adjunto, Dpto. Zootecnia, Universidade Federal do Ceará-UFC, Av. Mr. Hull, 2977, Campus do Picí,
Fortaleza-CE, 60970-355, mjdcandido@gmail.com;
2 Pesquisador III, EMBRAPA/Semi-árido, BR 428, km 152, caixa postal 23, Zona Rural, Petrolina-PE,
56300-097, ggla@cpatsa.embrapa.br;
3 Pesquisadora visitante, Bolsista DCR do CNPq, Dpto. Zootecnia, Univ. Federal do Ceará-UFC,
mariaandrea_borges@yahoo.com.br.7
CARACTERIZAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO
A região semi-árida ocupa uma área de, aproximadamente 900.000 Km2,
cerca de 10% da área total do Brasil, abrangendo os estados do Nordeste, exceto
o Maranhão, além do Norte de Minas Gerais. Ecologicamente, mais parece um
mosaico formado por centenas de sítios ecológicos que demandam
recomendações de manejo diferenciadas. Os fatores mais marcantes destes
menores ecossistemas funcionais são o clima, o solo, a vegetação, a fisiografia e
o homem (Araújo Filho et al, 1995).
Climaticamente, o semi-árido brasileiro caracteriza-se por clima quente e
seco, com duas estações, a seca e a úmida, com pluviosidade situada nas
isoietas de, aproximadamente, 300-800 mm. A maior parte das chuvas se
concentra em três a quatro meses dentro da estação da úmida, acarretando um
balanço hídrico negativo na maioria dos meses do ano e elevado índice de aridez.
Observam-se ainda temperaturas médias em torno de 28°C, sem significativas
variações estacionais (Araújo Filho et al., 1995).
Compartimentação Ambiental do Trópico Semi-Árido
O semi-árido Brasileiro, segundo Sá et al. (2004), abrange 20 Grandes
Unidades de Paisagem (UPs), as quais englobam 172 unidades geoambientais
(UG). Essas UPs têm características semelhantes quando observadas à primeira
vista. Mas, quando subdivididas em cento e dez UGs, elas são muito diferentes se
vistas pela ótica dos recursos naturais e agro-sócio-econômicos, o que não quer
dizer que em toda a região essas microcaracterísticas não se repitam.
Com base na interação entre vegetação e solo, a região pode ser dividida
nas seguintes zonas: domínio da vegetação hiperxerófila, domínio da vegetação
hipoxerófila, ilhas úmidas e agreste e área de transição.
Botanicamente, a caatinga constitui um complexo vegetal muito rico em
espécies lenhosas e herbáceas, sendo as primeiras caducifólias e as últimas
anuais, em sua grande maioria. Na Tabela 1, pode-se observar os grandes
domínios fisionômicos do semi-árido e seus respectivos percentuais.
Araújo et al. (1995) relataram que extensas áreas da caatinga se encontram
permanentemente em estádios pioneiros de sucessão, sem perspectivas de
recuperação. A pecuária, por seu turno, praticada de maneira extensiva, tem sido
responsabilizada pela degradação, principalmente do estrato herbáceo, onde as
modificações são percebidas pelo desaparecimento de espécies de valor
forrageiro, aumento das ervas indesejáveis e ocupação das áreas por arbustos
indicadores da sucessão secundária regressiva. A substituição de bovinos por
caprinos, em áreas de caatinga degradada, pode resultar em perdas da
biodiversidade do estrato lenhoso, devido à pressão do ramoneio sobre as
plântulas das espécies forrageiras e anelamento do caule das plantas adultas.
Tabela 1 - Compartimentação ambiental do Semi-árido Brasileiro
Vegetação
Hiperxerófila
Vegetação
Hipoxerófila
Ilhas
úmidas
Agreste e área
de transição Total
Área em Km2 317.608 399.777 83.234 124.424 925.043
% Nordeste 19,09 24,04 5,00 7,48 56,61
% Semi-árido 34,33 43,21 9,00 13,46 100,00
Fonte: Sá et al. (2004)
Sá et al., 2004, ressaltaram que os Estados do Ceará e da Paraíba tem as
maiores áreas, em termos percentuais, com problemas de degradação no nível
severo, seguidos de perto pelos Estados de Pernambuco e Bahia. O nível de
degradação ambiental severo aparece principalmente nas áreas dos Estados
onde se encontram os solos do tipo Bruno-não-cálcicos. O nível de degradação
ambiental acentuado está mais relacionado às áreas de solos Litólicos, ou seja,
solos mais recentes e em fase de desagregação da rocha que lhe deu origem.
AS PASTAGENS NA REGIÃO SEMI-ÁRIDA BRASILEIRA
Devido à irregularidade das chuvas e a características físicas e topográficas
limitantes do solo, a agricultura de sequeiro em grande parte do Semi-árido é
vulnerável. Segundo Araújo Filho & Carvalho (2001), citando dados do Governo
do Estado do Ceará, em anos de seca a agricultura chega a perder 72 % da sua
produtividade média, enquanto as perdas da pecuária chegam a 20% apenas da
média de cada localidade. Portanto, a pecuária atua como um estabilizador das
variações climáticas ano após ano. Apesar disso, a produtividade dos ruminantes
domésticos no Semi-árido é influenciada pela irregularidade na oferta de
forragem, tanto dentro como entre anos (Tabela 2).
As pastagens são o principal alimento dos rebanhos do Semi-árido,
predominando áreas de pastagem nativa em relação às de pastagens cultivadas
em todos os estados, exceto no norte de Minas Gerais (Giulietti et al., 2004).
Nas pastagens cultivadas, predominam as gramíneas vindas da África,
principalmente os capins mais adaptados à semi-aridez: Gramão, Urocloa, Búffel
e, com maior restrição, o Andropógon. A massa de forragem produzida por
algumas gramíneas cultivadas no Semi-árido pode ser visualizada na Tabela 3.
Verifica-se modesta massa de forragem, em razão principalmente da pluviosidade
baixa e variável. Algumas áreas com solo de aluvião são usadas para o cultivo de
gramíneas adaptadas ao alagamento, como as espécies Brachiaria humidicola, B.
arrecta e B. mutica e a Canarana (Echinocloa polystachya e E. pyramidalis).
Alguns terrenos de baixio e áreas à jusante das barragens, que conseguem reter
umidade no solo por um pouco mais de tempo na estação seca, são utilizadas
para o cultivo de capineiras de capim Elefante e/ou Cana-de-açúcar.
Tabela 2 – Variações anuais na precipitação e na produtividade do estrato
herbáceo da Caatinga numa área de exclusão em Quixadá – CE
Precipitação
pluviométrica
Produtividade
Variação em relação
Ano ao 10 ano
(mm) (kg MS/ha) (%)
1972 763 2.381 ---
1973 1.078 6.816 +186,0
1974 1.773 3.327 +40,0
1975 1.240 2.485 +4,0
1976 561 3.563 +50,0
1977 1.312 6.201 +160,0
1978 756 4.670 +96,0
1979 435 2.420 +2,0
Fonte: Araújo Filho (1980).
Devido a esta reduzida massa de forragem, mesmo no caso do capim Búffel,
a produtividade animal também é modesta nas pastagens cultivadas no Semiárido
(Tabela 4). Em termos de áreas com leguminosas, poucas são cultivadas,
predominando aquelas introduzidas dos gêneros Prosopis e Leucaena.
Por outro lado, a vegetação nativa do Semi-árido é bem diversificada, com
muitas espécies forrageiras nos três estratos: herbáceo, arbustivo e arbóreo.
Estudos mostraram que mais de 70% das espécies da caatinga participam
significativamente da dieta dos ruminantes domésticos. Em termos de grupos de
espécies botânicas, as gramíneas e dicotiledôneas herbáceas perfazem acima de
80% da dieta dos ruminantes, durante as águas. Porém, à medida que a estação
seca progride e com o aumento da disponibilidade de folhas secas de árvores e
arbustos, estas espécies se tornam cada vez mais importantes na dieta,
principalmente dos caprinos (Araújo Filho et al., 1995).
Tabela 3 – Massa de forragem de cinco gramíneas introduzidas para pastejo
intensivo por bovinos na região do Sub-médio São Francisco
Gramínea Massa de forragem (kg MS/ha)
Capim Urochloa (Urochloa mosambicensis) 3154b
Capim Birdwood (Cenchrus setigerus) 3374b
Capim Búffel (Cenchrus ciliares cv. Biloela) 4452a
Capim Favorito (Rynchelytrum repens) 1187c
Capim Green panic (Panicum maximum cv. Green Panic) 2107c
Médias na mesma coluna seguidas de letras distintas diferem (P<0,05) pelo teste de Duncan.
Fonte: Oliveira et al. (1988).
Tabela 4 - Desempenho de bovinos em pastagens cultivadas em Petrolina, PE
Gramíneas
Parâmetros Urocloa Birdwood Biloela Favorito
Prec. méd. região (mm) 400 400 400 400
Prec. méd. per. exp. (mm) 574 574 574 574
Ganho (kg/período) 97 109 118 68
Tempo de pastejo (dias) 359 375 482 218
Ganho médio diário (g/cab) 270 291 245 312
Taxa de lotação (cab/ha) 1,3 1,4 1,8 0,8
Ganho (kg/ha x ano) 129 145 158 91
Fonte: Adaptado de Oliveira et al. (1988).
Entre as diversas espécies nativas, merecem ser destacadas: a maniçoba
(Manihot pseudoglaziovii), o angico (Anadenanthera macrocarpa), o pau ferro
(Caesalpinia ferrea), a catingueira (Caesalpinia pyramidalis), a catingueira rasteira
(Caesalpinia microphylla), a favela (Cnidoscolus phyllacanthus), a canafístula
(Senna espectabilis), o marizeiro (Geoffrae spinosa) o mororó (Bauhinia sp.), o
sabiá (Mimosa caesalpiniifolia), o rompe gibão (Pithecelobium avaremotemo) e o
juazeiro (Zyzyphus joazeiro), entre as espécies arbóreas; a jurema preta (Mimosa
tenuiflora), o engorda-magro (Desmodium sp), a marmelada de cavalo
(Desmodium sp), o feijão bravo (Phaseolus firmulus), a camaratuba (Cratylia
mollis), o mata pasto (senna sp) e as urinárias (Zornia sp), entre as espécies
arbustivas e semi-arbustivas. Destacam-se ainda as cactáceas forrageiras,
facheiro (Pilosocereus pachycladus) e o mandacaru (Cereus jamacaru) (Drumond
et al., 2004). Vale ressaltar que algumas dessas espécies se destacam também
pelo seu potencial madeireiro, frutífero e medicinal.
Em termos quantitativos, a produção média anual das forrageiras nativas
situa-se em torno de 4,0 t de MS/ha, com substanciais variações advindas de
diferenças nos sítios ecológicos e flutuações anuais das características da
estação de chuvas (Araújo Filho et al., 1995), conforme se verifica na Tabela 1.
Devido à marcada estacionalidade de produção, os animais passam longos
períodos com baixíssimas ofertas de forragem por unidade de área.
Em termos qualitativos, no estrato herbáceo Araújo Filho (1980) avaliou as
flutuações na biomassa da parte aérea, bem como, os teores de PB e de MS,
durante 3 anos sucessivos (Figura 1). Nota-se o aumento gradativo do teor de MS
durante a estação chuvosa, com valor inicial de 26,8% e sua estabilização em
torno de 90% na seca. Já o teor de PB inicia-se com 7,9% e estabiliza-se ao final
da seca com, aproximadamente 4,0%. A biomassa produzida aumenta a partir do
início das chuvas em janeiro, chegando ao máximo em junho e julho com a média
de quase 4000 kg/ha, reduzindo-se abaixo de 2.000 kg/ha ao final da seca.
O valor nutritivo de espécies lenhosas caducifólias da Caatinga importantes
para dietas de ruminantes foi avaliado por Araújo Filho et al. (1998) e se
encontram na Tabela 5. O valor nutritivo das forrageiras estudadas variou ao
longo do ciclo fenológico com os melhores índices alcançados na fase vegetativa.
As pastagens nativas suportam diversos tipos de animais domésticos,
principalmente bovinos, caprinos e ovinos. Essas pastagens têm capacidade de
suporte variável, mas proporcional à disponibilidade de água, e em quase todas
as propriedades, a capacidade de suporte vem sendo ultrapassada (Giulietti et al,
2004). Segundo tais autores, nos estados do Semi-árido onde há maior área com
pastos cultivados, a proporção de municípios com lotação abaixo de um animal
por hectare é maior. Isso acontece em Minas Gerais, Sergipe e Bahia. Em
Alagoas, que também tem uma boa proporção de municípios com mais de 30%
de cobertura por pastos cultivados, há uma grande quantidade de municípios com
lotação acima de 1,0 UA/ha. Isso é paradoxal, quando se considera que os pastos
nativos geralmente apresentam menor capacidade de suporte que os cultivados,
raramente excedendo a 1,0 UA/ha.
Figura 1 - Flutuações mensais do teor de matéria seca (%), proteína bruta (%) e
disponibilidade de forragem (ton/ha) em pasto nativo, município de
Quixadá - média de 3 anos (Adaptado de Araújo Filho, 1980)
PASTEJO MÚLTIPLO
A utilização de mais de um tipo de ruminante em pastejo múltiplo nas
fazendas do Semi-árido Brasileiro é uma realidade e traz uma série de vantagens,
como a diversificação dos produtos obtidos, a oferta de carne e leite para
consumo familiar (advinda principalmente dos pequenos ruminantes), maior
flexibilidade de comercialização etc.
Do ponto de vista alimentar, a utilização de diferentes ruminantes permite a
exploração da grande diversidade florística e de espécies forrageiras presentes
na Caatinga. A preferência alimentar sobre as forragens varia com a espécie
animal, com a estação do ano e com a intensidade do pastoreio. De forma geral,
os bovinos e ovinos tendem a pastejar mais gramíneas, enquanto que os caprinos
parecem preferir o consumo de folhas de espécies lenhosas. Bovinos e caprinos
consomem mais gramíneas no verão, enquanto os ovinos o fazem no inverno. As
ervas perfazem a maior parte da dieta geral durante a primavera, enquanto que
as ramas são mais procuradas pelos bovinos na primavera e no inverno, pelos
ovinos no verão e pelos caprinos no inverno (Heady & Child, 1994).
Tabela 5 – Flutuações da composição bromatológica da catingueira, mororó, do
pau branco e do sabiá em diferentes fases fenológicas
Componente Estádio Fenológico
(% na MS) Vegetativo Floração Frutificação Dormência
Catingueira (Caesalpinia bracteosa)
Proteína bruta 16,9 15,6 14,4 11,2
Lignina 6,6 11,2 12,7 11,7
Tanino 20,6 19,1 16,2 9,5
DIVMS 58,4 52,5 50,4 30,9
Mororó (Bauhinia cheilantha)
Proteína bruta 20,7 18,1 13,3 9,7
Lignina 9,1 7,5 17,6 25,3
Tanino 5,7 6,4 12,2 3,9
DIVMS 59,7 58,9 55,9 35,5
Pau branco (Auxemma onconcalix)
Proteína bruta 20,3 16,5 16,5 8,3
Lignina 20,9 20,9 18,8 20,2
Tanino 0,7 7,2 9,1 3,0
DIVMS 25,9 24,4 21,9 12,7
Sabiá (Mimosa Caesalpinifolia)
Proteína bruta 19,2 15,7 14,3 5,6
Lignina 13,5 18,2 19,7 22,9
Tanino 4,9 11,0 16,7 8,6
Fonte: Araújo Filho et. al. (1998).
Essas preferências alimentares diversificadas são conseqüência da
adaptação de tais indivíduos a ambientes de pastejo misto, onde, em maior ou
menor grau, os mesmos desenvolveram mecanismos de sobrevivência a
condições de pastejo interespecífica (Carvalho & Rodrigues, 1997).
As estratégias de forrageamento de cada espécie resultam numa
superposição ou complementaridade de dietas, quando mais de uma espécie
animal pasteja numa área com certa diversidade florística. Por meio da Figura 2,
verifica-se 50% de superposição de dieta entre bovinos e ovinos. Já caprinos e
bovinos apresentam alta complementaridade de dieta, com apenas 15% de
superposição. O aspecto anteriormente mencionado refere-se apenas à
heterogeneidade espacial da pastagem no seu caráter horizontal (distribuição das
espécies). No caso da distribuição vertical do pastejo a complementaridade entre
bovinos e caprinos é ainda maior (Figura 3), porque a superposição de dieta entre
estes, além de pequena, não ocorre no mesmo estrato da vegetação. Os caprinos
apresentam ainda uma grande complementaridade vertical com as outras
espécies animais estudadas (Lechner-Doll et al., 1995).
Figura 2 – Superposição de dietas entre ruminantes em relação à proporção do
tempo total em pastejo (adaptado de Lechner-Doll et al., 1995, por
Carvalho & Rodrigues, 1997).
Figura 3 – Altura de pastejo em relação ao tempo total em pastejo (adaptado de
Lechner-Doll et al., 1995, por Carvalho & Rodrigues, 1997).
Diante de tais constatações e à luz da diversidade florística da Caatinga, é
possível obter, em áreas de Semi-árido com maior disponibilidade hídrica, uma
estrutura da vegetação compatível com os rebanhos explorados, por meio da
manipulação da vegetação lenhosa (Araújo Filho, 1985). No rebaixamento, as
espécies de interesse forrageiro sofrem um corte a 20-30 cm do solo, permitindo
uma rebrotação vigorosa que, após alguns cortes sucessivos, está apta ao
ramoneio, principalmente por caprinos. No raleamento, são controladas as
espécies lenhosas sem interesse forrageiro, preservando 30% de cobertura
lenhosa e favorecendo o crescimento do estrato herbáceo para pastejo,
principalmente por bovinos e ovinos. A caatinga rebaixada-raleada combina as
duas técnicas anteriores. Em áreas em que o banco de sementes já não responde
ao raleamento, pode-se fazer o enriquecimento da Caatinga com uma gramínea
exótica adaptada (Búffel, Urochloa ou Gramão), para pastejo (Araújo Filho, 1995).
ESTRATÉGIAS PARA SUPLEMENTAÇÃO DA CAATINGA
Considerando o potencial para aproveitamento da vegetação da Caatinga
durante dois a quatro meses na época chuvosa (variável de acordo com a região),
há que se buscar dentre as inúmeras alternativas existentes aquelas estratégias
de suplementação da Caatinga mais adequadas para cada época do ano, espécie
e categoria animal. Essas estratégias incluem o uso de culturas forrageiras nãoconvencionais,
misturas múltiplas, confinamento, uso de pastagens irrigadas etc.
Dentre as culturas forrageiras não convencionais, algumas plantas se
mostram perfeitamente adaptadas às condições do Semi-árido, como a palma
forrageira, a mandioca, a maniçoba, o sorgo e a cana-de-açúcar.
A palma forrageira é uma planta de grande potencial de aproveitamento no
Semi-árido. Apresenta até 90% de água, o que garante a saciedade dos rebanhos
durante os meses de seca, mesmo em regiões onde as aguadas foram todas
esgotadas. Quando desidratada (farelo de palma) constitui excelente concentrado
energético, suprindo a carência de energia dos rebanhos durante a seca,
mantendo-os em boa condição corporal, podendo inclusive propiciar ganhos
razoáveis, desde que seja fornecida dentro de uma dieta que equacione seu baixo
teor de proteína e de carboidratos fibrosos.
A mandioca é amplamente difundida no Semi-árido, com grande exploração
para a produção de farinha. Porém, as raízes da mandioca constituem um
concentrado energético por excelência e a sua parte aérea apresenta elevado
teor de proteína bruta. Portanto, é possível formular grosseiramente uma ração
balanceada entre proteína e energia somente com uma proporção adequada
entre a rama e a raspa da mandioca para a suplementação dos animais.
A maniçoba, do mesmo gênero da mandioca é nativa do Semi-árido e
apresenta grande tolerância à seca. Pode ser utilizada fenada e ultimamente
estudos estão sendo feitas com vistas à sua utilização como silagem. Assim como
a mandioca, a maniçoba não deve ser consumida pelos animais fresca, pelo risco
de intoxicação devido aos glicosídeos cianogênicos que são encontrados tanto na
parte aérea como nas raízes, mas que são facilmente volatilizados quando a
planta é desidratada ao sol.
O sorgo e a cana-de-açúcar são forrageiras de alta produção e excelentes
fontes de energia, suprindo boa parte das demandas nutricionais dos rebanhos na
época da seca. Sua suplementação é potencializada quando associada a uma
fonte protéica, que pode ser a uréia, no caso da cana, ou um banco de proteína,
no caso do sorgo.
Na maior parte das fazendas do Nordeste é praticada uma produção
diversificada, tanto em termos de produção animal como vegetal, gerando grande
quantidade de resíduos de culturas (palhadas de milho, arroz, feijão, trigo etc. e
restolhos de outra culturas, como melão e melancia), que podem ser aproveitados
para suplementação volumosa dos animais nas épocas de maior escassez de
forragem. Em razão do elevado teor de fibra das palhadas, estas serão melhor
aproveitadas quando submetidas a tratamento químico (como a amonização).
Outra alternativa para suplementar a Caatinga na seca é o uso das misturas
múltiplas e dos sais proteinados, pela sua simplicidade e baixo custo. Fenos e
silagens de Leucena (Leucaena leucocephala) e Gliricídia (Gliricidia sepium),
além da raspa de mandioca, formulados como mistura múltipla têm apresentado
bons resultados (Carvalho Filho et. al.,1997; Guimarães Filho et al., 1998).
No Semi-árido, há ainda a possibilidade de se utilizar áreas exclusivas de
leguminosas nativas ou exóticas adaptadas como bancos de proteína. Tais
plantas têm a capacidade de permanecer verde por algum tempo após o fim das
“águas”. Com isso, os animais têm acesso à forragem verde e de alto valor
nutritivo já em uma época onde a vegetação encontra-se senescente, dirimindo os
prejuízos causados pela seca. Dentre as espécies já avaliadas e recomendadas,
encontram-se a Leucena, a Cunhã, o Guandú, o Sabiá, a Jurema-Preta e a
Gliricídia. O pastejo no banco de proteína deve ocorrer por apenas duas horas ao
dia, antes do rebanho ir à Caatinga.
ALGUNS SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO
A produção animal na região semi-árida baseia-se, em grande parte, na
utilização da pastagem nativa, sendo marcadamente influenciada pela oferta
quantitativa e qualitativa dos recursos forrageiros disponíveis.
Devido à presença de diversos sítios ecológicos no semi-árido são propostos
alguns sistemas de produção animal, tais como: manipulação da vegetação da
Caatinga (rebaixamento, raleamento e enriquecimento pela introdução de plantas
forrageiras resistentes à seca), o sistema CBL, o sistema Glória, o sistema
SIPRO, terminação de cordeiros em confinamento e a utilização de pastagens
cultivadas e irrigadas, que se aplicam com sucesso em determinadas áreas.
O sistema CBL (Caatinga – Búffel – Leucena) consiste na utilização
estratégica de uma área de Caatinga, durante o período chuvoso, correspondente
a 1/3 a 2/3 da área total do sistema, associada a uma área de capim Búffel e
outra de Leucena (banco de proteína), para serem utilizadas durante o período
seco. Neste caso, a Caatinga é utilizada para o pastejo dos animais no período de
3 a 4 meses, quando apresenta alta disponibilidade de forragem e, a pastagem de
capim Búffel, durante o período seco, recebendo suplementação à base de
Leucena. A suplementação com Leucena pode ser feita na forma de feno ou de
pastejo direto. No caso, a área de Leucena é subdividida em piquetes e manejada
utilizando-se lotação rotativa, com acesso diário dos animais por um período de
duas horas. A determinação da área destinada à produção de Leucena depende,
além do tamanho da área de capim Búffel, do número de animais e dias para
suplementação no período seco e da disponibilidade de forragem e teor de
proteína bruta da gramínea (Guimarães Filho & Soares, 1992).
Em termos de produção animal, segundo Guimarães Filho & Soares (1992),
o sistema CBL permite a obtenção de novilhos machos com peso vivo médio de
420-450 kg (14–15 arrobas de carcaça) aos 30-36 meses de idade. Esses
animais no sistema tradicional (Caatinga mais palha, como base da alimentação)
atingiriam aos 36 meses de idade o peso vivo médio de 270 kg. Além disso, há
aumento na capacidade de suporte, podendo-se utilizar pelo menos 3 vezes mais
animais por unidade de área, quando comparado com o sistema tradicional,
havendo elevação da produtividade por área.
O sistema Glória, muito difundido no estado de Sergipe, adota a integração
agricultura-pecuária em vários sub-sistemas e consiste basicamente em manter,
durante o período chuvoso, o rebanho (normalmente vacas leiteiras) sob regime
de pastejo alternado em áreas de gramíneas cultivadas, com características de
resistência à seca (Búffel, Urocloa e Grama áridus), além de pastagens nativas de
ciclo anual, especialmente o capim Marmelada (Brachiaria plantaginea) e as
espécies de leguminosas dos gêneros Phaseolus, Centrosema e Stylosanthes
(Languidey & Carvalho Filho, 1994). No período seco, a rebanho é suplementado
com feno e silagem de leucena e gliricídia, palma forrageira e palhadas.
O Sistema SIPRO, desenvolvido pela EMBRAPA/Semi-árido, enfoca o
máximo aproveitamento da Caatinga na época chuvosa e a sua suplementação
na época seca, de acordo com a categoria animal. Assim, todas as categorias
seriam suplementadas com palhadas na época seca, além da suplementação
com pasto de capim Búffel na época da parição e primeiro mês de aleitamento
para as matrizes, associada com grão de sorgo quando da parição na época seca
e suplementação com pasto de Búffel também para as marrãs de reposição após
seu desmame (Guimarães Filho & Vivallo, 1989).
A terminação de borregos em confinamento enseja não só a redução da
pressão de pastejo sobre a Caatinga na época da seca, mas também o
fornecimento de um manejo e alimentação privilegiados para uma categoria possa
dar algum retorno econômico num curto espaço de tempo. Alguns trabalhos já
demonstraram que em 70 dias é possível se obter borregos com peso de abate
com dietas contendo feno de gramíneas nativas, como a Milhã Branca (Camurça
et al., 2002), ou Farelo de Castanha de Caju, um subproduto abundante
principalmente no Ceará (Rodrigues et al., 2003).
Os sistemas silvi e agrossilvipastoris são outra possibilidade. A EMBRAPACaprinos,
vem pesquisando esses sistemas, que combinam a exploração pastoril,
com a madeireira, utilizando muitas vezes espécies arbóreas com duplo
propósito, isto é, produção de madeira e de forragem. Outrossim, a sombra das
árvores para o conforto animal e o papel dessas na circulação de nutrientes
constituem vantagens a ser incrementadas. Por outro lado, o pastoreio dos
rebanhos em caatinga manipulada ou não, constitui também exemplo de sistemas
silvipastoris (Araújo Filho et al., 1995).
Já os sistemas agrossilvipastoris combinam as três modalidades de
exploração, ou seja, a agrícola a madeireira e a pastoril de forma integrada. Este
é o modelo predominante na maioria das fazendas do Semi-árido. Em tal sistema,
a unidade produtiva consta de três parcelas: uma para a agricultura, outra para a
pecuária e uma terceira para a exploração madeireira, tendo o animal como o
principal redistribuidor de nutrientes entre os componentes do conjunto. Assim, ao
se utilizar na área agrícola o esterco dos animais mantidos nas parcelas pastoril e
florestal do conjunto, estamos trazendo nutrientes daquelas para essa parcela. Já,
ao se suplementar o rebanho com restolho cultural ou grãos e feno produzidos na
parcela agrícola, se está transferindo nutrientes para as áreas de manutenção dos
animais, quais sejam os lotes pastoril e florestal (Araújo Filho et al., 1995).
Além de gramíneas adaptadas à semi-aridez, é crescente a alocação de
algumas áreas para o manejo intensivo de gramíneas cultivadas de alta produção.
Isso é mais comum em região com possibilidade do uso da irrigação, como às
margens dos rios, como o São Francisco e em algumas áreas de perímetro
irrigado. Graças à intensa insolação e à pequena amplitude térmica anual, o
Semi-árido apresenta excelente potencial para o manejo intensivo de pastagens
irrigadas, podendo se obter taxa de crescimento do pasto de até 162 kg MS/ha x
dia, no caso do capim Tanzânia irrigado e adubado, chegando a um ganho médio
anual de borregos terminados a pasto de 3.123 kg PV/ha x ano (Silva, 2004).
Tal sistema destinar-se-á às categorias de maior valor comercial do rebanho,
sejam as vacas ou cabras em lactação, novilhos ou borregos em engorda. Além
de se obter a expressão do potencial genético dessas categorias, essa estratégia
permite a redução da pressão de pastejo sobre a Caatinga, principalmente na
época seca. Estimativas de equivalência em unidade-animal dão conta que
apenas 1,0 ha dessas pastagens, com capacidade de suporte em torno de 8
UA/ha (Silva, 2004), pode propiciar a liberação de até 160 ha (áreas de Caatinga
mais seca) para serem pastejados de modo mais seletivo pelas categorias
inferiores ou para serem preservados para a próxima estação de pastejo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em geral, o manejo alimentar dos sistemas tradicionais de produção animal,
no Semi-árido, pode assim ser descrito: na época chuvosa e enquanto existem
alimentos na Caatinga, todos os animais se alimentam, exclusivamente, dessa
vegetação. Quando os alimentos da Caatinga começam a escassear, é ofertada
suplementação volumosa. Os bovinos são os primeiros a receberem
suplementação, depois os ovinos e, somente, quando a falta de alimentos na
caatinga se tornou crítica é que os caprinos passam a receber suplementação. As
matrizes em lactação, animais não desmamados e aqueles em pior estado
nutricional ou mais debilitados por problema de saúde têm preferência para
receber a suplementação. As fêmeas não lactantes, animais jovens desmamados
e aqueles sadios são soltos na Caatinga para encontrar os alimentos que restam.
Portanto, a Caatinga constitui o recurso forrageiro mais acessível para a
produção animal no Semi-árido Brasileiro, apresentando ainda valor nutritivo
satisfatório durante a estação chuvosa, porém, estratégias de suplementação do
rebanho principalmente na estação seca do ano são imprescindíveis para a
melhoria dos índices produtivos atuais.
A diversificação de uso das forrageiras, nativas vs. introduzidas e arbóreas
vs. arbustivas, além das forrageiras não-convencionais no sistema produtivo, é
muito importante, pois as respostas das diferentes espécies alteram-se com as
variações climáticas da região. A diversidade de exploração, portanto, torna os
sistemas produtivos menos vulneráveis ao clima da região.
Por último, é imperativo buscar a valorização dos produtos do Semi-árido,
como o leite, a carne e a pele, que podem apresentar características especificas,
a partir da incorporação de uma identidade territorial e cultural. Logo, deve-se
adotar a caracterização geográfica e a certificação desses produtos, propiciando a
sua a valorização do produto, pois nenhuma outra região poderá gerar um
produto semelhante ao da Caatinga, até porque esse é o único bioma
exclusivamente brasileiro.
LITERATURA CITADA
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Dissertação (Mestrado em Zootecnia).
COPYRIGHT MAGNO JOSÉ DUARTE CÂNDIDO
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