terça-feira, 1 de maio de 2012

PORTO ESTRELA (ANTIGO PORTO MAUÁ) BALDEAÇÃO DO NAVIO VAPOR PARA O TREM

Museu de História e Ciências NaturaisCONTATO CONTAS PÚBLICAS LICITAÇÕES ARTIGOS NOTÍCIAS Bom dia! Hoje é terça-feira, 01 de Maio de 2012Sobre o Museu ο Institucional ο Diretoria ο Licitações ο Contas Públicas ο Parceiros ο Doação ο Museu Filmes ο Loja do Museu Nossos Projetos ο Ponto de Informação Histórica ο Memórias da Mata Mineira ο Cine + Cultura ο Arquivo Histórico ο Ponto de Cultura Estação Digital Conheça a História ο Além Paraíba ο Estrada de Ferro ο Cinema Brasil ...voltarConheça a História - Estrada de Ferro A Primeira Estrada de Ferro do Brasil: Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis No Brasil a Estrada de Ferro, era um sonho antigo, ainda dos tempos da Regência. Em 31 de outubro de 1835, foi dado o primeiro passo, com a sanção do Decreto nº 101, da Assembléia Legislativa, concedendo privilégios por 40 anos, a uma ou mais Companhias que se dispusessem a construir “um caminho de ferro ligando o Rio de Janeiro às Províncias de São Paulo e Minas Gerais”. Vários aventureiros tentaram. O inglês Thomas Cochrane estava tentando conseguir apoio governamental para fazer a estrada de ferro em direção a São Paulo, enquanto Irineu Evangelista de Souza, pretendia levar seus trilhos para Minas Gerais. Cochrane não tinha dinheiro e dependia dos favores da Câmara dos Deputados e do Tesouro. Já Irineu, resolveu dispensar os favores oficiais a seu projeto, limitou-se a pedir a Assembléia Provincial do Rio de Janeiro, um privilégio de zona, que garantia a não construção de uma ferrovia paralela a sua. No dia 27 de abril de 1852 o projeto foi aprovado. Um mês após a aprovação da Lei Provincial e agindo com rapidez, reuniu os acionistas para a fundação da empresa que construiria a ferrovia, a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Irineu tinha 26 pessoas interessadas no seu projeto, incluindo: Senadores, banqueiros e vários comerciantes. Entre agosto e setembro de 1852 as obras foram iniciadas. Passados menos de 2 anos do início da construção, da estrada de ferro, chegou o grande dia de colocar o Brasil nos trilhos e ouvir o barulho do trem passar. Assim no dia 30 de abril de 1854, boa parte das embarcações disponíveis no Rio de Janeiro, foi tomada por gente bem vestida, logo no início do dia, pois todos queriam chegar cedo ao Porto de Estrela. A agitação tomou conta o lugar. Quando chegou ao porto o barco que trazia o Imperador Dom Pedro II, os nobres e os ministros formaram duas filas por onde o Imperador passou saudando a todos. Em companhia de Irineu, o Imperador Dom Pedro II, dirigiu-se ao local onde estavam montadas arquibancadas e as cadeiras do Imperador e da Imperatriz ao centro, além do Bispo ao qual cabia a importantíssima missão de batizar a Locomotiva da Primeira Estrada de Ferro do Brasil. Após a cerimônia, toda a comitiva real embarcou nos vagões, estes decorados especialmente para a primeira viagem. O Trem saiu do Porto de Estrela em direção ao vilarejo de Fragoso, percorrendo uma distância de 14,5km em pouco mais de 20 minutos. Todo o percurso foi acompanhado por oficiais da Guarda Nacional, que ficaram perfilados dos dois lados da linha e pelas pessoas que se amontoavam pelos morros para poder ver o trem passar. Logo após chegar a Fragoso, o trem retornou ao seu ponto de partida – Porto de Estrela – onde seria servido um belíssimo almoço na estação. Porém antes da comilança, começou a sessão de discursos aberta pelo empreendedor Irineu Evangelista de Souza: “Senhor! A Diretoria da Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis vem render graças a Vossas Majestades pela honra que se dignaram conferir à estrada, vindo assistir a solenidade de inauguração. Vinte meses são contados desde que Vossas Majestades honraram com suas augustas presenças o primeiro acampamento de operários da companhia. Coube-me então a distinta honra de depositar nas mãos de Vossa Majestade um humilde instrumento de trabalho, do qual Vossa Majestade não desdenhou em fazer uso, como para mostrar a seus súditos que o trabalho, esta fonte serene de prosperidade, era não só digno de vossa alta proteção, porém mesmo extraordinária honra. Hoje dignam-se Vossas Majestades de vir ver correr a locomotiva veloz cujo som ecoará na mata do Brasil prosperidade e civilização marcando sem dúvida alguma, uma nova era. Seja-me permitido, Imperial Senhor, exprimir nesta ocasião solene um dos mais ardentes anelos do meu coração: esta estrada de ferro que se abre hoje ao trânsito público, é apenas o primeiro passo de um pensamento grandioso. Esta estrada de ferro, senhor não deve parar, e se puder contar com a proteção de Vossa Majestade, seguramente não parará senão quando tiver assentado a mais espaçosa de suas estações na margem esquerda do rio das Velhas”. A resposta do Imperador ao entusiasmo do empresário foi curta, protocolar e anódina: “Os diretores da Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis podem ficar certos de que por igual compartilho o seu regozijo na estréia de uma empresa que tem de animar tão grandemente o comércio, as artes e a indústria deste Império”. Após os discursos o Imperador condecorou Irineu Evangelista de Souza com o título de “Barão de Mauá”. Porque Mauá era o nome do antigo porto de Estrela, que ficava ao lado do terminal da ferrovia. A novidade veio tornar muito mais animada as conversas sobre o barulho do trem, a força do vento e a espantosa velocidade da viagem. Neste momento surgiu a idéia de batizar a Locomotiva da Primeira Estrada de Ferro do Brasil com o título de “Baronesa”. A locomotiva pioneira foi fabricada pela Fairban & Sons em Manchester. “Os trilhos da Estrada de Ferro de Petrópolis substituíram as estradas poeirentas, e os vagões, as tropas de mulas". Porém já em 1857 tornou-se uma morta-viva: sem expansão de suas linhas as receitas não eram suficientes o necessário para amortizar o capital empregado, e sem garantia de juros não havia como financiar sua expansão. Como resultado desses problemas, a velocidade de crescimento do Império diminuiu bastante. A ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA A Primeira Estrada de Ferro construída em Minas Gerais, a Estrada de Ferro Leopoldina surgiu de uma iniciativa de fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira. Pois antes, toda a produção das fazendas era feito em lombo de burros, através de imensas tropas de muares que desde as regiões mais remotas, chegavam até os centros consumidores mais distantes atingindo os portos do litoral. A economia brasileira do século XIX esteve, assim, marcada pela expansão da lavoura cafeeira, que transformou o Sudeste na região mais importante do país. Juntamente com o aumento do mercado consumidor europeu e americano, foi o fator determinante para essa expansão. Esse foi o fator primordial para a instalação dessa ferrovia. Convém ressaltar que o nome Leopoldina, como muitos pensam não é uma homenagem à Imperatriz Leopoldina. Em 1871 foi autorizada a construção de uma estrada de ferro que, partindo de Porto Novo do Cunha tivesse como destino final a cidade mineira de Leopoldina. A Companhia que então se organizou adotou o nome “COMPANHIA ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA”. A Lei da Província de Minas Gerais nº 1.826, de 10 de outubro de 1871 foi o primeiro ato referente a essa estrada. Autorizava o Presidente da Província a conceder subvenção quilométrica de 9:000$000 ou a garantir o juro de 7% sobre o capital de 2.400:000$000 à Companhia que se organizasse para construir uma estrada de ferro, ligando Porto Novo do Cunha à cidade de Leopoldina. O Decreto Imperial nº 4.914, de 27 de março de 1872 concedeu ao engenheiro Antônio Paulo de Mello Barreto autorização para organizar uma Companhia afim de construir aquela estrada. A constituição da Companhia não foi muito difícil e pelo Decreto nº 4.976 de 05 de junho de 1872 foi concedida autorização para funcionar no Brasil, a Companhia Estrada de Ferro Leopoldina e aprovados os seus estatutos. A 10 de outubro de 1872, o engenheiro João Gomes do Val iniciou os trabalhos de exploração. Os estudos definitivos de 38 quilômetros foram apresentados ao Governo a aprovados em fevereiro de 1873, iniciando-se em março deste ano a construção da linha. No dia 08 de outubro de 1874 foram abertas ao tráfego as três primeiras Estações, nos quilômetros 3 (São José – em São José d’Além Parahyba), 12 (Pantano – atual Fernando Lobo) e 27 (Volta Grande). Na inauguração compareceram Sua Majestade o Imperador Dom Pedro II, diversos membros do Corpo Legislativo, o Ministro da Agricultura Conselheiro José Fernandes da Costa Pereira, os Conselheiros Christiano Benedicto Ottoni e Ignácio Marcondes Homem de Mello. Os Drs. Manoel Buarque de Macedo, Bento Ribeiro Sobragy e muitos outros. Para a inauguração a frota de material rodante incluía cinco locomotivas, sendo duas Rogers, duas Baldwin e outra de fabricação Belga. Ostentavam os seguintes nomes: “Visconde de Abaeté, Conselheiro Theodoro, Godoy Cataguases e Pomba”. Havia ainda 48 vagões de carga e 8 carros de passageiros. Os trabalhos de construção prosseguiram com rapidez, inaugurando em curtos intervalos de tempo as estações de São Luiz e Providência. Em julho de 1877 foram entregues ao tráfego as estações de Cataguases e Leopoldina, cerca de 120 quilômetros do início da estrada de ferro. © Museu de História e Ciências Naturais - 1993 / 2012 - Todos os Direitos Reservados - Phelipp de Avila - Web Designer, Design Gráfico e Wordpress Theme Developer COPYRIGHT @ MUSEU DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS NATURAIS

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