quinta-feira, 31 de maio de 2012

A ILHA DO DIABO: GUIANA FRANCESA

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ARQUIVO DE NOTÍCIAS MATÉRIA - A ILHA DO DIABO Data: 05/01/2009 Escrito por: Megadeth Brasil Do francês Île du Diable, a famigerada colônia penal da França que foi objeto de estudo das gerações futuras, localiza-se próxima a costa da Guiana Francesa, sendo a menor ilha do pequenino arquepélago das Ilhas Salut (Ilhas da Salvação). Inaugurada como prisão em 1852 pelo Imperador Napoleão III, tornou-se um dos mais famosos campos de detenção da história, guardando em seus domínios, entre outros, inúmeros presos políticos (os mais famosos sendo Alfred Dreyfus e o anarquista Clément Duval). Junto a Kourou (hoje, uma região em liberdade), cidade na parte continental da colônia, recebeu a denominação de "Ilha do Diabo" dada as condições que inflingia a seus prisioneiros, em geral, tratados de forma desumana, preferindo a morte do que continuar o resto de seus dias sob tais maltratos. Estima-se que cerca de 80.000 pessoas, desde o mais alto cargo até meros ladrões, tenham pisado seu solo infestado por todo tipo de doença que se possa imaginar haver em um lugar "esquecido até mesmo por Deus" (nas palavras de alguns autores, ao se referirem à ilha). A única maneira de escapar, afora o trabalho de fugir do cárcere, era atravessando uma densa floresta tropical, o Inferno Verde (Green Hell) e chegar à costa (rochedos há cerca de 40 metros acima do nível do mar em algumas regiões), para apenas então, caso houvesse alguma embarcação no aguardo, poder se ver livre do inferno na Terra (ou ir a nado, o que era uma tarefa quase suicida). Mas não era tudo, pois a terra-firme mais próxima ligava diretamente ao Rio Moroni, conhecido por ser completamente infestado de piranhas. No início, o governo da outra Guiana (holandesa), provia guarida aos fugitivos, mas posteriormente passou a deportá-los novamente para a França, ou então, diretamente à prisão (exceto os de origem ariana-alemã, devido a um acordo com Hitler em 1933, época de sua ascensão). Mais de 50.000 pessoas morreram apenas nesta prisão natural (compare a números atuais, chega a ser um número fora da compreensão humana), onde trabalhavam impiedosamente, independente do calor, humidade e insetos. Caso não atingissem a quota necessária do dia, não recebiam mais do que um pão seco para comer. Para se ter idéia dos horrores da ilha, diz-se que certa vez um soldado holandês, ao ouvir gritos no Rio Moroni, foi investigar e ver do que se tratava, já suspeitando ser um prisioneiro. Lá chegando, a visão que teve foi a do mais puro terror: um homem sendo dilacerado em pedaços por um cardume inteiro de piranhas, cada uma arrancando-lhe pedaços do tamanho de uma mão fechada, por cada mordida. Em menos de instantes, não sobrou nada, apenas o esqueleto sob o testemunho do soldado. Além disso, formigas e outros insetos eram razões frequentes dos atestados de óbitos daqueles que tentavam escapar por terra e, como se não bastasse, ainda havia o perigo do canibalismo, cometido pelos próprios priosioneiros uns com os outros, num ato de desespero e loucura. Aliás, loucura esta causada pelo sol excessivo, onde sem mais nem menos, companheiros de cela esfaqueavam-se até a morte como forma de expor seus sentimentos mais primitivos. Antes disso tudo, o arquipélado já possuia má fama. Em 1763, 12.000 franceses induzidos a aceitar uma proposta de terras na região de El Dorado nas Guianas, chegaram nas ilhas esperando encontrar ouro e diamantes. Despreparados para o clima tropical, sem habitação apropriada, foram pegos de surpresa por tempestades nativas, enchentes e atacados por mosquitos transmissores de Malária. Em menos de um ano, mais de 10.000 dos que saíram em expedição já haviam morrido. Palco de mortes e símbolo da obscuridade humana, a Ilha do Diabo também teve durante seu "reinado", alguns atos corajosos, de homens que saiam nus, correndo pela floresta, completamente desarmados, em busca de alguma salvação. Eventualmente, apesar de todas as adversidades, alguns deles conseguiam seu objetivo maior: ser livre. Vale ressaltar, que a maioria dos que lá se encontravam, por serem presos políticos, eram inocentes, pois apenas eram contra determinadas ações do governo francês na época. Um de seus prisioneiros mais famosos, foi Henri Charriere, que em 1969 publicou o livro mundialmente aclamado, chamado Papillon, narrando toda sua história e sua fuga da ilha. Alguns fatos narrados no livro são até hoje contestados por alguns, mas o fato é que o enredo todo rendeu até um filme multi-premiado nos cinemas. Diz-se que que Charriere sozinho desbravou o Oceano Atlântico durante 60 horas à mercê das ondas, até encontrar por fim, a liberdade. Sua determinação vírou símbolo de que um ser humano prefere sofrer tentando o que deseja, do que passar a sua vida em escravidão, no caso nas "Ilhas da Morte" (como também é conhecido o local). Todavia, a maior obra já publicada sobre a ilha, chama-se "Dry Guillotine", por René Belbenoit, um fugitivo que conseguiu chegar mais longe do que qualquer outro jamais poderia sonhar, passando durante a fuga em lugares como Panamá, Guatemala, México e por fim, Estados Unidos, onde publicou sua obra de grande prestígio. Em menos de dois meses, já haviam sido impressas 14 tiragens do livro, um verdadeiro testemunho de coragem, força, desespero e amor pela vida. É interessante notar que toda a crueldade do lugar fora minunciosamente calculada pela nação mais sofisticada da época, a França, sendo a figura dos criminosos nenhum pouco convencional, independente dos padrões da época. De qualquer forma, em 1946, com alguns fatos e verdades vindo à tona, o governo francês suspendeu a parte do código penal que enviava pessoas para a ilha da tortura e, desde então, nunca mais se ouviu falar em Île du Diable. Alguns retornaram à França, outros permaneceram na Guiana, mas o inferno tropical (dentre inúmeros nomes) teve um fim. Contrariando as histórias do passado, as Ilhas da Salvação, de onde faz parte a Ilha do Diabo, são hoje um ponto turístico, com algumas regiões vetadas aos visitantes, onde em alguns trechos podemos conhecer um pouco da história do lugar, ou segundo lendas, ainda ouvir os gritos dos prisioneiros que ecoam até hoje. Voltar Logar-se Nome de usuário: Senha: Não possui cadastro? 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