segunda-feira, 28 de maio de 2012

vaqueiros do nordeste

Skip to content Skip to main navigation Skip to 1st column Skip to 2nd column Fundação Joaquim Nabuco Home Vaqueiro do nordeste brasileiro Qui, 25 de Março de 2010 12:27 Regina Coeli Vieira Machado Servidora da Fundação Joaquim Nabuco pesquisaescolar@fundaj.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. O tipo étnico do vaqueiro provém do contato do branco colonizador com o índio, durante a penetração do gado nos sertões do Nordeste brasileiro. O vaqueiro é a figura central de uma fazenda. Seu trabalho é árduo e contínuo. Passa grande parte do tempo montado a cavalo percorrendo a fazenda, fiscalizando as pastagens, as cercas e as aguadas (fonte, rio, lagoa ou qualquer manancial existente numa propriedade agrícola). O maior problema enfrentado pelo vaqueiro é o da água. Às vezes o gado tem que ser levado por dezenas de quilômetros até os bebedouros. Na época da migração ele tem que conduzir o gado para lugares distantes na ida e na volta. Em algumas propriedades a migração sazonal não é necessária, devido a existência próxima de aguadas. Nessas regiões normalmente os cactos são abundantes, como por exemplo no vale do Moxotó, em Pernambuco. Os restolhos do roçados de algodão, feijão, fava e milho também são usados na alimentação do gado, assim como o caroço de algodão ou ramos da catingueira, do mulungu, da jurema, do angico, que têm que ser podados pelo vaqueiro. Nos anos mais secos, alguns cactos como o mandacaru e o xique-xique precisam ser queimados antes de ser colocados para alimentar os animais. A macambira, além de ser queimada, deve ser ainda picada. Cabe a ele ainda reunir os animais nos currais, além de ferrá-los, ou seja, utilizando um ferro em brasa colocar em cada um a marca do seu dono. Uma das coisas que o caracterizam é o aboio, ao conduzir o gado para o curral ou na pastagem. Eles aboiam também quando precisam orientar um companheiro que se perde numa serra, ou se extravia numa caatinga. Lidar com o gado na caatinga cheia de galhos e espinhos é muito difícil, por isso o vaqueiro tem que usar uma roupa própria, com condições de enfrentá-la e que funcione como uma couraça ou armadura. A vestimenta do vaqueiro é caracterizada pela predominância do couro cru e curtido, geralmente, utilizando-se processos primitivos, o que o deixa da cor de ferrugem, flexível e macio (retira-se todo o pelo). Antigamente era usado o couro de veado catingueiro, mas por causa dessa espécie encontrar-se em extinção, passou-se a usar o couro de carneiro e de bode. A vestimenta compõe-se de gibão, pára-peito ou peitoral, perneiras, luvas, jaleco e chapéu. O gibão é enfeitado com pespontos e fechado com cordões de couro. O pára-peito ou peitoral é seguro por uma alça que passa pelo pescoço. As perneiras que cobrem as pernas do pé até a virilha, são presas na cintura para que o corpo fique livre para cavalgar. As luvas cobrem as costas das mãos, deixando os dedos livres e nos pés o vaqueiro usa alpercatas ou botinas. O jaleco parece um bolero, feito de couro de carneiro, sendo usado geralmente em festas. Tem duas frentes: uma para o frio da noite, onde conserva a lã, outra de couro liso para o calor do dia. O chapéu protege o vaqueiro do sol e dos golpes dos espinhos e dos galhos da caatinga e, às vezes, a sua copa é usada para beber água ou comer. O vaqueiro usa sempre um par de esporas e nas mãos uma chibata de couro, indicando que, se não está montado poderá fazê-lo a qualquer momento. O seu Dia Nacional é comemorado anualmente em 20 de julho e a festa tradicionalmente mais importante para o vaqueiro nordestino é a vaquejada. Em Pernambuco, celebra-se também, no terceiro domingo de julho, a Missa do Vaqueiro, uma homenagem a Raimundo Jacó, vaqueiro assassinado por um companheiro no município de Serrita, PE, em maio de 1954. Recife, 24 de julho de 2003. (Atualizado em 9 de setembro de 2009). FONTES CONSULTADAS: ANDRADE, Manuel Correia de. A terra e o homem no Nordeste. 4.ed. rev. e atual. São Paulo: Ciências Humanas, 1980. ARAÚJO. Alceu Maynard. Brasil, história, costumes e lendas. São Paulo: Ed. Três, 1982. v.2, p.168-169. BARRETO, José Ricardo Paes. Vaqueiro: vida, lazer e religiosidade. Recife: Fundaj. Inpso. Centro de Estudos Folclóricos, 1984. (Folclore, 164). TIPOS e aspectos do Brasil. 10.ed. atual. E ampl. Rio de Janeiro: IBGE, 1975. p. 267-268. COMO CITAR ESTE TEXTO: Fonte: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Vaqueiro do Nordeste Brasileiro. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: . Acesso em:dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009. Busca "Palavra-chave" Busca "A a Z" Letras de A a ZAtividades Atividades PedagógicasAjuda Escolar Google Wikipedia Dicionário de Português Idioma InícioPesquisa escolar Site Fundaj Bibliotecas da Fundaj Inventários Documentais Notícias do Pesquisa Serviços FundajFale conosco Contador Pesquisa Escolar Copyright © 2012 Fundação Joaquim Nabuco. Todos os direitos reservados. Desenvolvido pela Fundação Joaquim Nabuco copyrighty fundação joaquim nabuco

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