sexta-feira, 25 de maio de 2012

cisternas do nordeste

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Uso e Reúso da Água Ambiente Água Amb » Conteúdo » Água » Artigos Água Doce Chuva de beber: cisternas para 50 mil famílias do semi-árido Em uma realidade totalmente diferente do empobrecido Nordeste, a Grande São Paulo, capital econômica do Brasil, enfrenta uma nova ameaça de racionamento de água. Envie para um amigo Envie a um amigo Imprimir Receba o Jornal Diário Compartilhe Delicious Google Live Digg Rec6 Stumbleupon Facebook As chuvas começam, finalmente, a se constituírem em fonte direta para atenuar a escassez de água nos dois extremos do Brasil, a pobre zona rural do Nordeste semi-árido e a rica região metropolitana de São Paulo. A primeira experiência é o Programa Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC), lançado em 2000, para fazer do céu um manancial de água potável para cerca de 5 milhões de pessoas nos próximos cinco anos no interior do Nordeste, açoitado por freqüentes secas. O P1MC, premiado como “uma solução definitiva para a falta de água potável” na região, é uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), uma rede de 750 ONGs, sindicais, comunitárias e eclesiásticas. A ASA até hoje já construiu 54.283 cisternas, sendo que, deste total, o MDS participou com o financiamento de 54,6% das unidades em 11 Estados, a maioria do Nordeste. Na semi-árida Região Nordeste do Brasil chove pelo menos 200 milímetros nos anos mais secos, o suficiente para abastecer cinco pessoas por ano com o armazenamento da água que cai no telhado. Atualmente, durante a seca, as pessoas, em geral as mães de família, têm de caminhar várias horas em busca de água nos açudes compartilhados com animais e parasitas, a única fonte disponível, mas também causa de diarréias e da elevada mortalidade infantil da região. São incontáveis as horas perdidas nesse “ir e vir, a lata de água pesando em meus braços, roubando meu tempo, levando minhas forças e minha juventude, minando nossas esperanças”, descreveu Josefa Cabral do Nascimento, uma viúva de 56 anos, em um testemunho à ASA. Como uma das primeiras beneficiadas do programa, Josefa disse que não pôde “conter as lágrimas... de felicidade, de vida nova”, ao ver construída ao lado de sua casa a cisterna com que sonhou durante décadas. Placas pré-fabricadas de cimento facilitam a construção das cisternas pela própria população, em um trabalho coletivo voluntário que permite reduzir o custo, que gira em pouco mais de R$ 1.000. Trata-se de tanques cilíndricos com uma parte colocada em um buraco no solo e capacidade para 16 mil litros. Não se trata simplesmente de pôr fim à sede, aos parasitas intestinais generalizados e ao sacrifício de buscar água longe, sempre a cargo das mulheres, disse João Amorim, gerente operacional do P1MC. Apenas comunidades organizadas participam do programa. As pessoas beneficiadas têm de fazer um curso de dois dias sobre cuidados que devem ter, como jogar fora as primeiras águas que caem, pois limpam o telhado. Também devem tratar a água com cloro, para garantir sua descontaminação. O P1MC compreende conhecimentos sobre o meio ambiente local e melhores formas de viver nele, como indica seu nome completo, que é Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido: Um Milhão de Cisternas Rurais. A organização comunitária é a chave para resolver outros problemas. O Programa contou com escassos recursos em sua fase de testes, suficientes para apenas cinco mil cisternas. Agora, incluído nos programas sociais do governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conta com contribuições do Ministério da Segurança Alimentar para a construção imediata de 12.040 cisternas, informou Amorim. Outras 20 mil serão construídas com contribuições da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). A meta é atingir 50 mil cisternas até o final do próximo semestre, acelerando o ritmo nos próximos anos com a adesão de novos “sócios” públicos e privados, para chegar a completar um milhão em 2008, disse o gerente do projeto. Em uma realidade totalmente diferente do empobrecido Nordeste, a Grande São Paulo, capital econômica do Brasil, enfrenta uma nova ameaça de racionamento de água. Chuvas menos freqüentes do que o normal no início deste ano agravaram uma crise que é estrutural, com mananciais contaminados e afetados pelo desmatamento nas proximidades. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) calcula que seu atual sistema atenderá somente até 2010 as necessidades da região metropolitana, onde vivem 17 milhões dos 172 milhões de habitantes do Brasil. Não é um problema de escassez de chuva. A Grande São Paulo também vive o drama das inundações em todos os seus verões, quando chove muito. Por isso, as águas constituem um duplo tormento e captar as fornecidas pelas chuvas pode atenuá-los. O volume captado será sempre pequeno em relação ao que inunda a cidade, mas seria importante para amenizar o ímpeto da torrente em seu clímax, disse Ivanildo Hespanhol, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Com esse objetivo, as autoridades locais estão construindo, há anos, os chamados piscinões, grandes tanques que servem para reter parte das águas da chuva. Essa alternativa poderia ser adotada por numerosos edifícios e residências, com o aproveitamento da água da chuva para usos que não exijam potabilidade, como limpeza, vasos sanitários e irrigação, disse Hespanhol, descartando seu uso para beber, devido à contaminação do ar. Alguns edifícios de São Paulo usam esse sistema, buscando reduzir custos. A água é o segundo maior gasto nos edifícios de apartamentos, perdendo apenas para o pagamento de salários dos funcionários, segundo as administradoras. A prefeitura paulistana estimula projetos nesse sentido. Entretanto, são iniciativas sem critério, pois aproveitar as chuvas é uma questão de engenharia, afirmou Hespanhol. O armazenamento dessas águas deveria ser feito diretamente no teto, para uso nos grifos, evitando o gasto de energia para bombear a água, por exemplo. Isso muda o edifício, devendo estar previsto desde sua construção, acrescentou. Além da captação de água pluvial, mais viável em indústrias e outras atividades que ocupam áreas extensas com muito consumo hídrico, deve-se combinar o reuso da água servida e tratada. No futuro serão necessárias tubulações distintas para separar a água potável das demais, explicou o engenheiro, especialista em reuso de água. Mário Osava - Jornalista Fonte: Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 96, Novembro 2004. (www.eco21.com.br) Tags Água Escassez Racionamento Você vai gostar de ler também Água: Esgotabilidade, Responsabilidade e SustentabilidadeReuso da água doceÁgua: mais eficácia e mais transparênciaSede Zero - Um Desafio Hídrico para o 3.° MilênioÁguas Urbanas - Introdução Publicidade Confira as principais Tags do ambiente Água "Comandante Ferraz" "dequada" Abastecimento Acqua Project Acre Agenda 21 Agricultura Água Água de lastro Água doce Água Mineral Água Salgada Águas Subterrâneas Algas Alimentação Amapá Amazonas Amazônia Amazônia legal Ambiental Antártica Aproveitamento de água Aqüífero Guarani Araguaia-Tocantins Área de pesca Área Protegida Áreas alagadas Artigo Aspectos Ambientais Atividades Atlântico Sul Atmosfera Avaliação Ambiental Bacia Amazônica Bacia do Paraná Bacia do Prata Bacias Hidrográficas Balneabilidade Banco de Sêmen Belém Biodiversidade Bioindicadores Biopesca Biopirataria Captação Captura de peixes Características Catástrofes Ciclo Hidrológico Classificação Clima Cobrança Código Compostagem Concessão Conferências Consciência Ecológica Conservação Conservação Ambiental Consórcio Consumo de água Contaminação Contaminação ambiental Corredor ecológico Costeiro Costões Rochosos Criação Criadouros Curiosidades Curitiba DBO Declaração Universal Defesa Degradação Desafios Desastres Ambientais Descaso Desenvolvimento Sustentável Desova Desperdício Despesca Despoluição Dessalinização Direito Ambiental Direito do mar Direito Internacional Direitos da água Diversidade DMA Doenças Dunas Economia Ecosistema Ecossistemas aquáticos Educação Ambiental Enchentes Envase Escassez Esgoto Espécies Exóticas Espécies migradoras Esponja Estação Antártica Estação de Tratamento Eutrofização Fatores Fauna Fauna Silvestre Fenômeno Natural Flora Floração de algas Florestas Formação Fórum Fotografia Gênero Gerenciamento Ambiental Gestão ambiental Gestão da água Golfinhos Hidrelétricas Hidrografia Hidropirataria Hidrovias História Impactos Ambientais Informação Instituições Inundações Invasão de espécies Irrigação Lagoa Rodrigo de Freitas Lagos do Rio Doce Lambari Legislação Lei Lei da Pesca Licença de Pesca Licenciamento Limnologia Limnológicos Lixo Locais de pesca Localização Macaco Macapá Macroeconomia Macroinvertebrados Aquáticos Manacial Manaus Manejo Manejo de Pesca Manejo Sustentável Mangue Mar Mar Morto Maranhão Maricultura Matas Ciliares Mato Grosso Meio Ambiente Mercúrio Mexilhão Mineração Monitoramento Mudanças Climáticas Navegação Necessidades Humanas Neurotoxina Obrigações Oceano ONGs Órgãos Oriental Origem Osmose reversa Palmito Pantanal Pântanos Paraguai Paraíba do Sul Paraná Parnaíba Peixes Percepção Perdas de água Pesca Pesca Amadora Pesca artesanal Pesca esportiva Pesca profissional Pesquisa Científica Piracema Poluição Poríferos Pororoca Porto de Santarém Porto de Vila do Conde Porto Velho Portos Praia Praia arenosa Preservação Ambiental Prevenção Problemas ecológicos Produção Produção de jacaré Produção Pesqueira Programas Proibições Projetos ambientais Proliferação Proteção ao meio-ambiente Protocolo de Kyoto Pscicultura Psicultura Pulso de inundação Purificação Qualidade Ambiental Qualidade da água Racionamento Reciclagem Recifes Artificiais Recuperação Ambiental Recurso Sustentável Recursos Hídricos Recursos Naturais Recursos Pesqueiros Redução de Emissão Região Costeira do Norte Regiões Hidrogtáficas Repovoamento Reprodução Reservas Reservatório Reservatórios de águas Resgate Resolução Restinga Reuso Reutilização Revitalização Rio Iguaçu Rio Paraguay Rio Paraná Rio São Francisco Rio Taquari Rios Riscos Ambientais Rondônia Roraima Salinidade Saneamento Saneamento Ambiental São Francisco Saúde Sistema de Gerenciamento Sudeste Sul Superfície Terrestre Sustentabilidade Tamanho mínimo Tanque-rede Tartaruga Tecnologia Tipo de Piscicultura Tocantins Transposição Tratado Antártico Tratamento de Água Tratamento de Efluentes Tsunami Turismo Turismo Sustentável Uruguai Vaeiações antrópicas Variações sazonais Vida aquática ZEE Zona Costeira Últimas Notícias 12/12/2011 - COP 17 aprova pacote para incluir todos os países em corte de emissões 12/12/2011 - Dilma está 'satisfeita' com acordo sobre o clima, diz ministra 12/12/2011 - Clima: analistas avaliam que acordo da COP-17 representa avanço.. 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