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Silvino Santos: uma câmera na mão e a Amazônia sob os olhos
24/05/2010 17:09:58
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Se a floresta Amazônica contém mistérios e cenários que desafiam a imaginação, nada melhor que adentrar a mata com uma câmera filmadora para captar estas cores e histórias.
Com essa ideia, o português Silvino Santos, morando no Brasil no início do século passado, seria reconhecido, mais tarde, como pioneiro do cinema na Amazônia.
Por conta dos 40 anos da morte do documentarista, o Núcleo de Antropologia Visual (NAVI) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) promove uma homenagem ao cineasta Silvino Santos (1886-1970). Entrada franca.
Programação:
'No Paiz das Amazonas' (1922)
Dia 25 de maio:
Auditório Rio Solimões (UFAM), às 12h30.
Auditório do Centro de Artes da UFAM (CAUA), localizado na Rua Monsenhor Coutinho, Centro, às 19h.
Ao final das duas sessões haverá debate com o historiador e artista plástico Prof. Otoni Mesquita.
`No Rastro do Eldorado' (1924-1925).
Dia 26 de maio:
Auditório do CAUA, às 19h.
Debate com o integrante do NAVI e jornalista, Sávio Stoco.
Dia 27 de maio:
Auditório Rio Solimões (UFAM), às 12h30.
Debate com o geógrafo Prof. José Aldemir de Oliveira.
O evento tem apoio do Centro de Artes da Ufam (CAUA), Associação dos Docentes da UFAM (ADUA) e Coletivo Difusão.
A trajetória do gênio
Demonstrando muito talento com a fotografia, Silvino Santos foi descoberto por um dos mais poderosos seringalistas da Amazônia Peruana, o Sr. Júlio Cezar Araña.
No início dos trabalhos, Silvino Santos provou o azar e desespero de perder duas obras: em 1914, quando os negativos do longa rodado no Rio Putumayo seguiam em navio para serem copiados nos Estados Unidos, mas foram para o fundo do mar com a embarcação que foi colocada a pique, durante a I Guerra Mundial; e em 1918, quando o noivo da filha de Silvino, Propércio Saraiva, desapareceu com os originais de “Amazonas, o Maior Rio do mundo”, numa viagem em Londres.
Mas quem está acostumado a conviver com os carapanãs daqui, não desiste dos objetivos nem mesmo por causa desses problemas.
Assim, Silvino Santos filmou “No Paiz das Amazonas”, em 1921, que foi exibido no Brasil e em salas de cinema de Paris e dos principais centros da Europa.
Durante a filmagem de No Rasto do El-Dorado, entre 1924 e 1925, “Santos, o cinegrafista, descobriu esta grande árvore, crescendo na margem do rio, onde a água estava à mão. Ele observou suas vantagens naturais e a converteu em laboratório. À noite, com um pedaço de lona amarrado ao redor das raízes para manter afastada a luz, poderia revelar os filmes. Entusiasta pelo seu trabalho, vinha pelo campo com a lanterna ou vela, com um pé ou dois de filme, mostrando a todos o que teve a sorte de conseguir. Se ele não aparecesse todos sabiam que o seu dia tinha sido um fracasso”. (Albert Stevens. Foto The National Geographic Magazine).
Silvino Santos faleceu em Manaus, no dia 14 de maio de 1970.
postado por FelipeCarvalho
nomee-mailseu humor
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1 comentário
como assistir?
joao // 09/08/2011 às 13h47
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