segunda-feira, 2 de abril de 2012

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO

Visões de mundo
Depois de cumpridas suas obrigações pessoais, para com a sociedade, a família e sabe-se lá mais com o quê, chega a hora do dia (ou da madrugada) em que sua sala lhe pertence, no mais absoluto silêncio. Nessa hora, em determinada poltrona, abre-se um livro e...





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domingo, 25 de setembro de 2011O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO (IHGB)
“ (...) amalgamação muito difícil será a liga de tanto metal heterogêneo, como brancos, mulatos, pretos livres e escravos, índios etc. etc. etc., em um corpo sólido e político.”

(José Bonifácio- 1813)



A criação do IHGB, em 1838, foi fruto da gestação de um projeto de identidade nacional. Buscava delinear o perfil desta nova nação, dentro de uma sociedade escravocrata, onde ainda havia elementos populacionais indígenas e portugueses. Uma nação em que todos os brasileiros se reconhecessem.

À história foi dado o papel de legitimação do presente.

A tarefa dos letrados reunidos em torno do IHGB, todos pertencentes às elites brasileiras, era justamente a de construir essa idéia de nação, pautada em uma visão civilizatória e progressista, de forte inspiração iluminista. Tal preocupação historiográfica, estava em voga na Europa do século XIX.

Esta nova Nação, nestes anos que antecederam a Proclamação da República, não se oporia à metrópole portuguesa, ao contrário, se perceberia inserida dentro de um processo de continuidade daquela tarefa civilizadora, iniciada há muitos anos atrás, pelos colonizadores. Um desdobramento tropical, uma vertente dessa civilização européia e branca.

Como não poderia deixar de ser, diversas metáforas de parentesco entre Brasil e Portugal foram construídas, reafirmando a idéia de ideal monárquico, e publicadas na Revista do IHGB.

Projetos de integração das diferentes regiões do Brasil foram financiados pelo imperador, tais como pesquisas, viagens exploratórias, coletas de material em arquivos estrangeiros, entre outros. O Estado Nacional foi o eixo a partir do qual se construiu a história brasileira, produzida “nos círculos restritos da elite letrada imperial.”

Em 1840, Januário da Cunha Barbosa, secretário do IHGB, lançou o desafio de premiar o melhor trabalho que indicasse os caminhos para a elaboração dessa história do Brasil.

O vencedor foi o alemão Von Martius, com a monografia intitulada “ Como se deve escrever a história do Brasil”, cujos detalhes acompanharemos nos próximos posts, após um breve introdutório sobre sua biografia.



Fonte Bibliográfica:

Nação e Civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional.
Autor: Manoel Luís Salgado Guimarães

http://www.ihgb.org.br/ihgb.php
Postado por Márcia Taube às 19:13 0 comentários:

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Márcia Taube
Nasci numa tapera, no meio do cerrado, em uma terra estranha que não chovia nunca. Era tanta miséria e ignorancia, que fugi de casa os onze anos, indo trabalhar na cidade de São Paulo, acolhida por uma família da comunidade japonesa. Com eles, aprendi a fazer Ikebanas e origamis e também a escrever sobre coisas que desconheço. As duras penas alfabetizei-me em português e até hoje cometo erros grosseiros de grafia. A revelia de meus pais adotivos, que trabalhavam numa pastelaria, resolvi seguir o ofício de pedreira, tijolo por tijolo. Graduei-me na Escola Federal de construção de muros e paredes em grau avançado. Trabalhei bastante e fiz belas obras, até que percebi que havia esquecido de colocar as portas e as janelas em muitas delas. Estou tentando melhorar o desempenho de meu ofício,mas tenho preferido construir pontes, ultimamente. Além da licenca poética acima, também sou cirurgiã-dentista, oficial da Marinha do Brasil, formanda em História, estagiária desesperada, viajante inveterada, mãe de quatro filhos, sendo dois cachorros e dois seres humanos maravilhosos,além de esposa nem sempre dedicada por falta de mais horas no dia...
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