terça-feira, 17 de abril de 2012

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16/09/2010 - 07:30
Contratados para a pavimentação da BR-364 são libertados
Grupo de 20 pessoas foi arregimentado pela terceirizada HS Construções - que, por sua vez, foi contratada pela Construtora Etam. Financiamento da obra tem R$ 500 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) federal

Por Bianca Pyl

Um grupo de 20 pessoas que trabalhava na pavimentação da Rodovia BR-364, foi libertado de trabalho análogo à escravidão em Feijó (AC), em 19 de agosto. Os empregados foram arregimentados pela empresa terceirizada HS Construções - que, por sua vez, foi contratada pela Construtora Etam. Considerada uma das obras mais importantes do estado, a BR-364 recebeu R$ 500 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de acordo com informações do site do governo acreano.

Os trabalhadores chegaram a laborar por 40 dias sem receber salários. Após esse período, um grupo deles procurou a Promotoria de Justiça em Feijó (AC) para fazer uma denúncia em relação às condições de trabalho, efetivada em 17 de agosto. A denúncia foi apurada pelo Promotor de Justiça Bernardo Fiterman Albano e pela Polícia Civil e Polícia Militar.


Vítimas dormiam em barracas de lona, sem nenhuma proteção (Foto: Prom. de Jus. de Feijó/AC)

No local indicado pelos trabalhadores (na altura do km 90 da rodovia em obras), os agentes públicos verificaram que os alojamentos oferecidos pelo empregador eram barracas feitas de lona azul em chão de terra batida, sem qualquer proteção lateral. As camas eram completamente improvisadas e alguns dormiam em cima de caixas de ferramentas.

De acordo o promotor Bernardo, a jornada de trabalho chegava até 20 horas por dia. Os trabalhadores relataram que a comida era insuficiente e, por vezes, estragada. Não havia banheiro nos alojamentos e os empregados utilizavam a floresta para fazer as necessidades fisiológicas. A água consumida vinha de um pequeno açude, local onde também tomavam banho


Local onde as vítimas retiravam água para beber
e também tomavam banho (Foto: Prom. de Just.)
Os trabalhadores não receberam nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI) para realizar os serviços de pavimentação.

O empregador Luís Fernando Gomes Sampaio foi preso em flagrante pelo crime de redução de pessoas à condição análoga à de escravos, previsto no artigo 149 do Código Penal. Alguns dias depois do ocorrido, conseguiu habeas corpus para responder o processo em liberdade.

O relatório da fiscalização foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Acre (SRTE/AC), que efetuou a rescisão do contrato de trabalho das vítimas. As verbas rescisórias foram pagas pela HS Construções no último dia 10 de setembro.

A Construtora Etam rescindiu o contrato com a HS Construções, segundo Assis Junior, engenheiro da empresa. De acordo com Manoel Rodrigues de Souza Neto, superintendente regional do Trabalho e Emprego no Acre, a Etam contratou a maioria os empregados que moram perto da obra para continuar a obra na rodovia. Os empregados são moradores da região - dos municípios de Feijó (AC), Sena Madureira (AC) e Manoel Urbano (AC).

A Repórter Brasil entrou em contato com a HS Construções e a empresa não quis se pronunciar sobre o caso. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do Acre e foi informada que o diretor do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem do Acre (Deracre) concederia entrevista à reportagem. Contudo, o dirigente não foi localizado nos telefones fornecidos pela assessoria.


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Comentários:



FABIO - 21/09/2010 - 14h45
Estive lá e constatei a denuncia acima. São péssimas as cpondições de trabalho e alojamentos dos trbalhadores de uma obra pública com investimento de mais 10 milhões de reais. Ai eu pergunto, cadê as autoridades??
ISMAEL LIMA - 17/09/2010 - 12h12
Prezados, Se isso é grave, então mais coisas deste nivel está acontecendo em Marabá na construção das instaleções do Campus do Instituto Federal em uma área de assentamento, onde os trabalhadpres de uma empresa trabalham em condições precárias. A denuncia ta feia.... Agora é só pedir pra Motoki fazer uma visita de surpresa e ver as condições degradantes dos trabalhadores.









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